Arquivo para Mercadorias

Faça bem a si mesmo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/07/2013 by Joe

Faça bem a si mesmo

Eu costumava contribuir financeiramente com todo tipo de coisa. Se eu estava andando pela rua e alguém me pedia dinheiro, eu dava. Se uma senhora me telefonasse, pedindo que eu comprasse três toalhinhas de mesa por 30 dólares, eu comprava. Quando as pessoas apareciam no meu escritório vendendo amendoins mofados eu pensava “Credo!”, e comprava três saquinhos.

Depois perguntava a mim mesmo: “mas para que causa eu fiz minha contribuição?”, e então me dava conta de que não tinha a mínima ideia da resposta!

Pode até ser uma atitude generosa fazer doações para a caridade, mas eu não estava fazendo aquilo por generosidade. Fazia principalmente por estar preocupado com o que os outros iriam pensar de mim. Eu não queria parecer um sovina, por isso contribuía, para que todos me considerassem um cara legal – e isso para mim estava ótimo.

Com muita frequência, eu me preocupava com o que as pessoas iriam pensar, em vez de considerar o que eu queria. Nunca enviava pratos para serem refeitos nos restaurantes, nem pedia aos vizinhos para baixarem o volume da música, e raramente devolvia mercadorias com defeito a uma loja.

Mas, enquanto eu achava que estava sendo amigável, na verdade estava sendo fraco. Minha experiência de vida me mostrou que muitas pessoas têm esse mesmo tipo de preocupação devido à necessidade de serem aprovadas pelos outros.

Para manter o controle sobre nossas vidas e viver plenamente, nosso grande desafio é eliminar essa compulsão em obter a aprovação alheia. Preocupar-se com o que os outros pensam a nosso respeito é um hábito difícil de ser quebrado, mas pode haver resultados trágicos se não o fizermos. Com frequência, pessoas sensatas se condenam a uma vida inteira de dedicação a empregos que elas simplesmente odeiam, simplesmente por pensarem no que as pessoas iriam dizer se elas deixassem essa posição segura…

Em poucas palavras: ao respeitar os outros, não deixe de ser verdadeiro consigo mesmo. Se as pessoas discordam de suas ideias ou de seu estilo de vida, o problema é delas, não seu.

By Andrew Matthews, no livro “Faça Amigos”.

Arroz de carreteiro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/12/2012 by Joe

Arroz de carreteiro

Na semana passada eu apresentei o Feijão Tropeiro e contei a história dos tropeiros que cruzavam as estradas de Minas Gerais levando mercadorias a cavalo ou em lombo de burro.

Muito similar a essa história, os tropeiros exerceram um papel muito importante também na economia no sul do Brasil, transportando gado e, depois, mercadorias em carretas que eram puxadas por bois. Como as viagens eram muito longas, uma dessas carretas transportava os mantimentos que seriam preparados para os tropeiros, principalmente o arroz e o charque, que é a carne salgada que se conservava pelos longos períodos de viagens empreendidas por eles. Normalmente esse carreteiro era o responsável pelo preparo da comida dos tropeiros.

E foi aí que surgiu o arroz de carreteiro ou, simplesmente, carreteiro. Preparado originariamente à base de arroz e charque em panela de ferro, acabou por se tornar um prato típico da culinária gaúcha.

O charque era dessalgado (muitas vezes à beira de algum rio) e depois cozido com arroz, se transformando em um prato forte e consistente para recuperar as energias de todos os tropeiros.

Hoje o prato tem inúmeras variações em seu preparo, com a incorporação de outros ingredientes e temperos, podendo ser feito com carne moída (boi ralado, como é conhecida no sul) e até sobras de churrasco.

Em outras regiões do país, como no centro-oeste e nordeste do país, é conhecido também como Maria Isabel, preparado com carne de sol.

É um prato muito prático e fácil de preparar. E aqui eu deixo uma receita mais tradicional, como é preparada no Rio Grande do Sul.

Arroz de carreteiro

Ingredientes

1/2 kg de charque
1/2 de arroz
2 colheres (sopa) de banha (ou óleo)
01 cebola grande picada
06 dentes de alho amassados
1 tablete de caldo de carne
cheiro verde e salsinha

Modo de preparo

Em uma panela com água fervendo, coloque a carne e deixe assim por uns 15 minutos. Retire da panela, lave em água fria e deixe escorrer bem. Corte em cubos pequenos.

Em outra panela (de preferência, de ferro), derreta a banha (ou aqueça o óleo), e coloque a carne para fritar, mexendo de vez em quando. Quando estiver dourada, adicione o alho e a cebola, deixe fritar por mais alguns minutos e depois junte o arroz. Mexa bem por mais alguns minutos e, em seguida, coloque água fervendo, uns dois dedos acima do nível do arroz.

Adicione o caldo de carne dissolvido em um pouco de água quente, tampe a panela e deixe cozinhar em fogo brando, até o arroz ficar no ponto. Quando for servir, decore com cheiro verde e salsinha picados.

Sugestão:

Algumas variações podem ser feitas no preparo deste prato, como a adição de pimentões, cenuras, tomates, ovos cozidos e até queijo ralado. Fica ao gosto de cada um.

By Joemir Rosa.

Feijão tropeiro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/12/2012 by Joe

Feijão tropeiro 3

A receita de hoje tem sua origem em solo mineiro onde, lá pelos idos do século XVII, o transporte de vários tipos de mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombo de burro.

Já durante os séculos XVII e XVIII, em Minas Gerais, a mão de obra foi quase toda direcionada para a mineração, o que fez com que a atividade agrícola ficasse comprometida. Foi o início do ciclo do ouro e a saída, então, era transportar matéria prima e alimentos de outras regiões em animais até os centros de mineração. Esses homens, que faziam os trajetos e guiavam os animais, eram conhecidos por tropeiros (nome também usado em outras regiões do Brasil, como sul e sudeste).

O comércio de Minas Gerais com as demais regiões brasileiras se intensificaram após 1822 e o papel do tropeiro começou a se destacar também dentro da culinária. A tropa era o conjunto de burros conduzidos pelos tropeiros, os comerciantes que iam e vinham, traziam e levavam cachaças, sementes, o precioso e raro sal, vasilhames, tudo enfim que se necessitasse transportar e comercializar.

A alimentação dessas pessoas era composta de produtos duráveis e secos como as carnes salgadas ou guardadas envoltas por banha de porco para melhor conservação, farinha com feijão, sementes, brotos nativos e caças abatidas no meio do caminho.

Durante essas travessias, os tropeiros preparavam um prato que misturava feijão, farinha de mandioca, linguiça, bacon, alho, cebola, ovos, temperos e acabou ficando conhecido por “feijão tropeiro”, numa referência direta aos integrantes das tropas.

A partir daí o feijão tropeiro passou a fazer parte da cozinha mineira, uma das mais características do Brasil, conhecida por seus pratos ricos em sabor e repleta de histórias típicas.

Como sempre destaco, as receitas podem ter pequenas variações de uma região para outra, mas o básico é mantido neste prato típico! Espero que gostem!

Feijão tropeiro

Ingredientes

1 kg de feijão roxinho
½ kg de farinha de mandioca crua
4 ovos fritos
4 ovos cozidos
½ kg de toucinho (para torresmo)
2 cebolas picadas
4 dentes de alho picados
½ xícara de chá de azeite de oliva
½ kg linguiça calabresa em fatias
½ kg linguiça mineira (fina) em pequenos pedaços
½ kg de bacon cortados em cubinhos
cheiro verde a gosto
sal a gosto

Modo de preparo

Cozinhe o feijão de modo que ele não se desmanche (o tempo vai depender da qualidade do feijão) e reserve. Com o azeite, frite o toucinho até que vire torresmo, coloque em um prato forrado com papel-toalha e reserve.

Aproveite essa gordura para fritar as cebolas, o alho, o bacon e as linguiças e, assim que estiverem bem fritos, acrescente o feijão para que fique refogado. Acerte o sal e vá adicionando a farinha de mandioca aos poucos, mexendo bem.

Em seguida, acrescente parte do cheiro verde e os ovos previamente fritos e cortados em pedaços médios. Finalmente coloque o torresmo e disponha toda a mistura em uma travessa. Utilize os ovos cozidos fatiados com o restante do cheiro verde para enfeitar.

Um dos acompanhamentos mais tradicionais é a couve, finamente fatiada e refogada.

Um bom vinho tinto seco é o ideal para harmonizar o prato.

By Joemir Rosa.

%d blogueiros gostam disto: