Arquivo para Medíocres

O quilômetro extra

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/06/2014 by Joe

Quilômetro extra

Há pessoas que vivem “se economizando”. Fazem apenas e tão somente a sua “tarefa”. Não se comprometem nem um pouco além da sua “súmula básica de atribuições” e o que foi “estritamente estipulado no contrato”. Não andam nem um quilômetro extra e por isso não têm sucesso, não vencem na vida.

Andar o quilômetro extra, acredite, é o grande segredo dos vencedores. E isto é fácil de compreender. São muito poucas as pessoas que andam esse quilômetro extra e, justamente nesse quilômetro, é que a estrada (da vida) é mais vazia. Sendo mais vazia, com menos “tráfego”, essas pessoas podem “correr mais”, desenvolver uma maior velocidade e, portanto, chegar sempre na frente, chegar sempre primeiro ao sucesso.

Pessoas que não andam o quilômetro extra vivem no trânsito congestionado onde estão todos os “comuns” e mesmo os “medíocres”. Vivem portanto, dando “trombadas” nas outras pessoas e podem mesmo ficar “paradas” nesse congestionamento chegando sempre tarde, sempre atrasadas. E como estão (e são) atrasadas, são pessoas nervosas, irritadas, com baixa criatividade e inovação.

Nesta semana, faça uma autoanálise e veja se você não é do tipo que vive no congestionamento das pessoas comuns que se economizam e que não andam o quilômetro extra que leva ao sucesso. Faça isso para o seu próprio bem!

Lembre-se: num mundo competitivo e dinâmico em que vivemos, a velocidade é essencial. E só poderemos imprimir velocidade à nossa vida quando a estrada é segura, livre e sem congestionamentos que nos fazem perder tempo.

Pense nisso. Ande o quilômetro extra! Vá além! E… sucesso!

By Professor Luiz Marins.

A elegância do conteúdo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/03/2012 by Joe

De ferramentas tecnológicas qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo chama-se conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo!

Mas onde ele se esconde?

Dentro das pessoas. De algumas delas.

Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio.

De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão: sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento.

O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Outro dia conversava com um taxista que tinha uma ideia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim, nem a ninguém, sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. “Morri e reencarnei na Suíça”, pensei.

Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado “A Elegância do Ouriço”, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos – cada um no seu papel.

A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus “superiores”, que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro.

By Martha Medeiros.

A maior bronca que já levei

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , on 27/06/2011 by Joe

Tínhamos uma aula de Fisiologia na Escola de Medicina logo após a semana da pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado, aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.

Um professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com paciência, tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada…

O professor tornou a pedir silêncio… mas não adiantou. Foi aí que o professor perdeu a paciência, “rodou a baiana” e deu a maior bronca que já levei na minha vida! Ele disse:

– “Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez: desde que comecei a lecionar, descobri que nós, professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos, observei que, de cada 100 alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.

O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que, de 100 professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de 100 garçons, apenas cinco são excelentes; de 100 motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais, e assim por diante.

É uma pena não termos como separar estes 5% do resto, pois se isto fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula. Mas … só o tempo será capaz de mostrar isso. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”.

Nem preciso dizer do silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de fisiologia durante todo o semestre.

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida.

De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não, só o tempo…

Mas uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Desconheço o autor.

O quilômetro extra

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/04/2011 by Joe

Há pessoas que vivem “se economizando”. Fazem apenas e tão somente a sua “tarefa”. Não se comprometem nem um pouco além da sua “súmula básica de atribuições” e o que foi “estritamente estipulado no contrato”. Não andam nem um quilômetro extra e por isso não têm sucesso, não vencem na vida.

Andar o quilômetro extra, acredite, é o grande segredo dos vencedores. E isto é fácil de compreender. São muito poucas as pessoas que andam esse quilômetro extra e, justamente nesse quilômetro, é que a estrada (da vida) é mais vazia. Sendo mais vazia, com menos “tráfego”, essas pessoas podem “correr mais”, desenvolver uma maior velocidade e portanto, chegar sempre na frente, chegar sempre primeiro ao sucesso.

Pessoas que não andam o quilômetro extra vivem no trânsito congestionado onde estão todos os “comuns” e mesmo os “medíocres”. Vivem portanto, dando “trombadas” nas outras pessoas e podem mesmo ficar “paradas” nesse congestionamento chegando sempre tarde, sempre atrasadas. E como estão (e são) atrasadas, são pessoas nervosas, irritadas, com baixa criatividade e inovação.

Nesta semana, faça uma auto-análise e veja se você não é do tipo que vive no congestionamento das pessoas comuns que se economizam e que não andam o quilômetro extra que leva ao sucesso. Faça isso para o seu próprio bem!

Lembre-se: num mundo competitivo e dinâmico em que vivemos, a velocidade é essencial. E só poderemos imprimir velocidade à nossa vida quando a estrada é segura, livre e sem congestionamentos que nos fazem perder tempo.

Pense nisso. Ande o quilômetro extra! Vá além! E sucesso!

By Professor Luiz Marins.

A elegância do conteúdo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/06/2010 by Joe

De ferramentas tecnológicas, qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo chama-se conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo!

Mas onde ele se esconde?

Dentro das pessoas. De algumas delas.

Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio.

De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento.

O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. Outro dia conversava com um taxista que tinha uma ideia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim, nem a ninguém, sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. “Morri e reencarnei na Suíça”, pensei.

Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado “A Elegância do Ouriço”, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos – cada um no seu papel.

A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus “superiores”, que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro.

By Martha Medeiros.

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