Arquivo para Maré

Dar certo ou dar errado

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/07/2014 by Joe

Dar certo ou dar errado

Com seus cabelos brancos e muitos milhões de reais no banco, um velho empreendedor gosta de contar a história de dois garotos que estudavam numa pequena cidade do interior e que se separaram no final do ginásio.

Foram se reencontrar numa esquina de São Paulo, trinta anos depois. Um era funcionário subalterno de um pequeno escritório. O outro, o principal sócio de uma importante indústria. Depois de algum tempo de conversa, o mais pobre não aguentou e perguntou:

– “Como é que você se deu assim tão bem na vida?”

– “Eu pulei na hora certa.”

Inconformado com a resposta, o pobre retrucou:

– “Mas como você sabia a hora certa de pular?”

– “Não sabia… fiquei pulando o tempo todo!”

Essa historinha saltitante esconde uma verdade ululante. Para ter sucesso no próprio negócio é preciso ser muito, mas muito teimoso – por muitas razões, sobretudo para aguentar por um bom tempo a conta bancária no vermelho, sem luz visível no final do túnel. É, não raro, um teste infernal de resistência, pontilhado por obstáculos de mercado, armadilhas da concorrência, rejeição da clientela – isso sem falar da alucinante montanha russa emocional na qual o empreendedor sacoleja diariamente, com picos de euforia pela manhã, descidas vertiginosas à tarde e vales de depressão à noite.

Está enganado quem acredita que os empreendedores de sucesso chegaram aonde chegaram por causa de inteligência privilegiada. Até porque os empreendedores que se julgam muito inteligentes normalmente são os que desistem mais rápido diante de resultados pouco animadores. São traídos pela própria inteligência, achando que ela está sendo sub-utilizada num negócio que não parece ter futuro certo.

Por outro lado, os empreendedores que persistem, colocando o sonho acima da vaidade intelectual, continuam a tocar o seu negócio. Passam por anos de sacrifício, até que em algum momento desembocam na hora e no lugar certos, com as pessoas certas. E o negócio finalmente deslancha!

De cada 10 empresas que prosperam, nove têm algo em comum: o dono gosta do que faz, acredita no que faz e tem paciência para esperar o mercado reconhecer seu valor. Se não gosta, deixa de acreditar. Se não acredita, a paciência não tem sentido. E sem sentido nada existe. Ou a mesma coisa de outro jeito: se gosta, o trabalho se assemelha ao prazer, não a aquele fardo que se suporta apenas para pagar as contas. Se acredita, talvez nem pense em desistir, afinal o tempo não importa tanto assim quando se tem fé. E, se não desiste, dar certo é uma questão de tempo.

A matemática ajuda a explicar o sucesso dos persistentes. Se um empreendedor entregar os pontos depois de prospectar 50 clientes em um ano de trabalho e outro empreendedor continuar no negócio por mais cinco anos com a mesma taxa de prospecção, o persistente terá cinco vezes mais chance de fazer a empresa prosperar.

Parece lógico? Note que a taxa de sucesso, nesse caso, não tem nada a ver com inteligência privilegiada – apenas com paciência e persistência. O mundo está cheio de pessoas pelas quais ninguém dava um tostão e que hoje são acionistas de empresas milionárias.

Da mesma forma, há uma multidão de primeiros alunos da classe que abriram sua empresa e não tiveram a paciência necessária para continuar remando contra a maré. Fecharam as portas e hoje, na mesa do bar, sempre que têm oportunidade, comentam com os amigos que não conseguem entender como tanta “gente burra” dá certo e ele, “inteligente e cheio de ideias novas” quebrou a cara.

Também é preciso lembrar que paciência é fundamental, sim, mas não é tudo. Existe uma linha nem sempre nítida que separa a persistência virtuosa da insistência inútil. Jamais gaste vela boa com defunto ruim – melhor assumir o prejuízo e fechar as portas do que perder mais dinheiro e aumentar o desgaste e o estresse. Se a situação está muito mal, a hora de fechar fica evidente. A grande questão é quando a empresa está patinando sem sair do lugar, naquele vai-não-vai, fecha-não-fecha. O que fazer nesse caso? Bem, o amigo pobre desistiria. Já o amigo rico continuaria pulando.

By Pedro Mello.

Você não é casca

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 01/02/2013 by Joe

Casca

“Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo” – disse o ex-roqueiro John Lennon.

Se você ainda não se encontrou em lugar algum, isso não causa nenhum espanto. Acontece com a maioria das pessoas. Tem gente que se sente tão distante de si mesma, que se pergunta com extrema preocupação:

– “Para um pouco, cara, e me diga: onde você está?!”

Conheci uma pessoa muito complicada, metida em tamanha confusão mental que, depois de muito examinar-se, indagou a si mesma:

– “Ei, tem alguém aí dentro?”

Mas, então, eu pergunto:

– “O que acontecerá quando você se encontrar consigo mesmo?”

– “Terá agradável surpresa ou tremenda decepção?”

– “Vai gostar de se ver no seu espelho interno ou tentará quebrar o espelho?”

Há pessoas que têm o mau hábito de avaliar-se pelos pequenos erros e fracassos cotidianos. Uma contrariedade daqui, um imprevisto dali e o indivíduo acaba somando tudo e achando que a vida está pior que briga de foice.

Agir assim é o mesmo que dizer que o oceano são aquelas gotas que se perdem nas areias da praia a cada movimento da maré. Esses viventes não olham a dimensão majestosa e incomensurável do oceano, mas a insignificância da espuma que morre na praia.

Medir-se pela casca, e não pelo cerne, é a causa de tantos desgostos e desânimos, porque a casca, por ser exterior, pode ser machucada, cortada, sujada, pichada. Pode. Mas o que importa é o cerne. Não é a casca que faz a árvore, mas o cerne. A casca tem contato com o mundo exterior e está sujeita a ele; o cerne não.

Se você vive a vida apenas da casca, sofrerá os efeitos dos embates exteriores. Se centrar sua vida no cerne, como deve ser, nada abaterá sua verdadeira vitalidade, pois ele é a essência. E a essência é a divindade imanente. O cerne é sua realidade intrínseca.

O oceano é a sua dimensão interior. Sua vida não é a roupa que você veste. Quando ocorrem situações desagradáveis, lembre que, por enquanto, foi atingida apenas a casca, a roupa, o exterior.

O cerne começa a ser corroído no momento em que você interioriza essas situações, transformando-as em focos emocionais negativos. Você pode não ser a causa primeira das situações, mas sempre será a causa primeira da interiorização.

Somente afeta a sua vida o que for interiorizado e da maneira como for interiorizado, tanto as coisas negativas quanto as positivas.

A interiorização negativa gera sofrimentos, tristeza, raivas, depressão, enfermidades. A interiorização positiva fortalece a vida, produz energias benéficas, causa bem-estar, levanta o astral e revigora a autoestima.

Cuide do seu mundo interior e ele cuidará do seu mundo exterior.

By Lauro Trevisan.

Acreditar e agir

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31/05/2011 by Joe

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito “acreditar”, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito “agir” e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem. Então o barqueiro disse ao viajante:

– Este barco pode ser chamado de “autoconfiança”. E a margem chama-se “realização”, a meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: acreditar e agir. Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Acreditar e agir. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não-violência. Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender os nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se os dois remos: acreditar e agir!

Já parou pra pensar quantas vezes você não conseguiu chegar à outra margem? Pense nisso!

Desconheço o autor.

Você não é casca

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 19/05/2011 by Joe

“Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo” – disse o ex-roqueiro John Lennon.

Se você ainda não se encontrou em lugar algum, isso não causa nenhum espanto. Acontece com a maioria das pessoas. Tem gente que se sente tão distante de si mesma, que se pergunta com extrema preocupação: “Para um pouco, cara, e me diga: onde você está?!”

Conheci uma pessoa muito complicada, metida em tamanha confusão mental que, depois de muito examinar-se, indagou a si mesma: “Ei, tem alguém aí dentro?”

Perguntinha: que acontecerá quando você se encontrar consigo mesmo? Terá agradável surpresa ou tremenda decepção? Vai gostar de se ver no seu espelho interno ou tentará quebrar o espelho?

Há pessoas que têm o mau hábito de avaliar-se pelos pequenos erros e fracassos cotidianos. Uma contrariedade daqui, um imprevisto dali e o indivíduo acaba somando tudo e achando que a vida está pior que briga de foice. Agir assim é o mesmo que dizer que o oceano são aquelas gotas que se perdem nas areias da praia a cada movimento da maré. Esses viventes não olham a dimensão majestosa e incomensurável do oceano, mas a insignificância da espuma que morre na praia.

Medir-se pela casca, e não pelo cerne, é a causa de tantos desgostos e desânimos, porque a casca, por ser exterior, pode ser machucada, cortada, sujada, pichada. Pode. Mas o que importa é o cerne. Não é a casca que faz a árvore, mas o cerne. A casca tem contato com o mundo exterior e está sujeita a ele; o cerne não!

Se você vive a vida apenas da casca, sofrerá os efeitos dos embates exteriores. Se centrar sua vida no cerne, como deve ser, nada abaterá sua verdadeira vitalidade, pois ele é a essência. E a essência é a divindade imanente (que existe sempre num dado objeto e é inseparável dele). O cerne é sua realidade intrínseca. O oceano é a sua dimensão interior. Sua vida não é a roupa que você veste.

Quando ocorrem situações desagradáveis, lembre que, por enquanto, foi atingida apenas a casca, a roupa, o exterior. O cerne começa a ser corroído no momento em que você interioriza essas situações, transformando-as em focos emocionais negativos.

Você pode não ser a causa primeira das situações, mas sempre será a causa primeira da interiorização. Somente afeta a sua vida o que for interiorizado e da maneira como for interiorizado, tanto as coisas negativas quanto as positivas.

A interiorização negativa gera sofrimentos, tristeza, raivas, depressão, enfermidades. A interiorização positiva fortalece a vida, produz energias benéficas, causa bem-estar, levanta o astral e revigora a auto-estima.

Cuide do seu mundo interior e ele cuidará do seu mundo exterior.

By Lauro Trevisan.

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