Arquivo para Machão

Atitudes que drenam energias

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Atitudes que drenam energia

Às vezes você se sente cansado, esgotado e não sabe o porquê?

Então, está na hora de avaliar se suas atitudes e pensamentos não estão influenciando a sua saúde física, emocional e mental.

Leia e reflita sober os tópicos abaixo e depois avalie como têm sido suas atitudes e pensamentos… e mude-os!!

1. Pensamentos obsessivos

– Pensar gasta energia e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental – torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos

– Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a autoestima, a alegria e o bom-humor recarregam as energias e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos e falta de cuidados com o corpo

– Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente

– As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão

– Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal

– Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro

– Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos; mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também a nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados

– A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas nos dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livra-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza

– A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. Pise no chão, na terra, na grama. Banhos de cachoeiras são ótimos para reabastecermo-nos!

10. Preguiça e negligência

– E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono…

11. Fanatismo

– Passa um ventinho e a pessoa diz “Ai meu Deus! Tem energia ruim aqui!” Alguém olha para você e logo você fala “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil, manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!

12. Falta de aceitação

– Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’. O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!

Desconheço a autoria.

Homens em crise emocional

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/08/2011 by Joe

O que é ser homem nos tempos de hoje e qual o verdadeiro papel do masculino na sociedade moderna? Muita gente aí, de ambos os sexos diga-se de passagem, responderia que homem que é homem não questiona isso e dariam a questão por encerrada, mesmo porque é mais fácil fugir do assunto. O problema é que os tempos mudaram, as mulheres ganharam seu espaço e o homem deixou de ficar no papel de único provedor e autoridade máxima da casa. E o nó na cabeça está estabelecido.

Para apimentar ainda mais a questão, esteve em cartaz a peça teatral “Homem de Tarja Preta”, monólogo escrito por Contardo Calligaris, psicanalista e articulista do jornal Folha de São Paulo, e produzido a pedido do ator Ricardo Bittencourt, vemos um homem de meia idade, bem-sucedido, casado pela segunda vez e pai de dois filhos, que se prostra na frente de seu computador durante a madrugada, entrando em chats gays e assumindo o papel de um crossdresser (alguém que tem prazer em se vestir ou usar objetos do sexo oposto). E é nessa “brincadeira” que surgem os dilemas masculinos.

Calligaris não propõe conclusões (você as tira), mas o maior objetivo da peça foi mostrar que ser homem é tão ou mais complicado que ser mulher, por mais que as moças saiam gritando por aí que nossa posição é confortável. As pressões de todos, especialmente da sociedade (você ouve “seja homem” a partir do momento que nasce), a caricatura do macho e até mesmo as referências culturais, que vão de Superman a Rocky Balboa, fazem com que o cidadão esteja eternamente descontente com sua própria virilidade.

Os homens também lutam, inconscientemente, contra a rotina básica de vida (emprego, esposa e filhos), porque desde criança são cobrados para serem excepcionais, ou seja, para serem mais do que realmente são. Até mesmo o lado sexual, incluindo a fama de promíscuo, vem carregado de senso de dever. Mais uma vez, de ser excepcional.

Calligaris afirmou que o fato de há 40 anos discutir-se a complexidade feminina, mas muito pouco a masculina, o levou a bolar o texto para o palco do teatro. Para o psiquiatra e psicanalista Luiz Cushnir, especializado na psique do homem e da mulher, o tema é bastante pertinente e ilustra uma situação real de conflito emocional vivida pelo sexo masculino.

Responsável pelo Centro de Estudos da Identidade do Homem e da Mulher (IDEN) e o Gender Group no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o médico realiza há 30 anos terapias em grupos, com homens e mulheres separadamente, e analisa a questão do gênero sexual no mundo moderno e a posição de cada um. De acordo com Cushnir, enquanto as moçoilas, para romper as amarras que as prendiam, basearam sua luta nos seus direitos, especialmente sócio-jurídicos (direito a voto, trabalho, condições iguais, etc.), a transformação masculina, que já foi pejorativamente chamada de “revolução das cuecas”, é no fundo uma batalha para conquistar direitos emocionais.

Segundo o especialista, o homem moderno deve ser mais sensível, mas não cair na armadilha de ser feminino, teoria aliás já abordada na década de 70 pelo americano Robert Bly em seu livro “Iron John: A Book about Men”. “Deve abandonar o papel de machista-machão para encontrar sua masculinidade interior, ignorando o apelo social de que sensibilidade está apenas do lado feminino. E, à medida que esse homem consegue encontrar uma posição onde é forte, passa a pedir uma resposta feminina da mulher”, explica. Ou seja, um homem completo vai buscar uma mulher completa ou ajudar uma mulher a achar seu feminino.

Muita gente reclama hoje que as mocinhas estão duras e masculinizadas, mas aquilo que se convencionou como padrão de vitória e conquista na vida, especialmente no campo profissional, foi feito para os homens. E é lógico que as moças tiveram que vestir uma máscara de ferro masculina ou se dariam mal. Mas um homem com H maiúsculo sabe que por trás daquela “armadura” existe um ser feminino completo e o faz desabrochar facilmente.

Ok, mas, afinal, o que é ser um homem de verdade hoje? Não existe resposta fácil. Primeiramente, o “ser homem” é algo individual, feito sob medida para cada um. Ou seja, se alguém tenta se adaptar a um modelo imposto pela sociedade, com regras arcaicas ou não, acaba perdendo sua própria identidade. Quer agradar aos outros e não a si próprio e, logicamente, vai ficar perdido.

Aí, então, dá-lhe caras por aí agindo como canalhas, sem sentimento, embora no fundo estejam loucos para dizer algo sensível como “eu te amo” e morrendo de medo de serem tachados de frutinhas. Ou aqueles que, depois de lerem revistas femininas para saber a nova “moda” em atitudes, se impõem uma sensibilidade tão grande que enterram de vez sua masculinidade e acabam invertendo o papel com as mulheres.

Se fôssemos arriscar, o homem verdadeiro é aquele que tem segurança de sua posição, de seus conceitos e sentimentos, de seu papel na sociedade e que, por tudo isso, respeita a posição feminina. Mesmo porque ele vai querer alguém que agregue algo à sua vida, que o complete.

Homem de verdade não se cobra para ser um ás na cama e aceita a sexualidade feminina. Não é incomum um cara passar a vida inteira esperando encontrar uma garota boa de cama e, quando isso acontece, passa a encanar sobre como ela sabe fazer tudo isso e com quem ela aprendeu. E aí, para se refugiar do embaraço, tasca a pecha de vagabunda à menina. Aliás, um homem de verdade pode negar sexo se não estiver no clima. E aí cabe a ressalva de que, se não tiver pela frente também uma mulher de verdade, vai ser questionado injustamente sobre sua masculinidade. Mas o homem de verdade não está nem aí, ele sabe o que é e o que quer.

O caminho a ser percorrido para que o homem do século XXI encontre sua identidade ainda é longo, mas muita coisa já foi alcançada. Luiz Cushnir exemplifica com a criação de filhos, que passou a ser compartilhada entre marido e esposa. Há muitos anos, era raro ver um pai brincando com suas crianças. Hoje, pais criam meninos e meninas sozinhos, viajam com eles e participam ativamente das suas vidas, não mais como aquela figura autoritária.

Um dos exercícios propostos pelo especialista Cushnir, em seus grupos de terapia com homens, aliás, é pedir para que cada paciente imagine que atitudes cada um teria para tornar o filho um homem de verdade. Segundo o médico, a forma de tratamento que esse pai dispensa às mulheres – como respeito e colaboração – acaba sendo determinante para esse ensinamento.

Enfim, se a individualidade de homens e mulheres deve ser respeitada, você pode procurar ainda hoje qual é seu homem interior de verdade, aquele que você realmente quer ser, sem medo de errar. Deixamos, porém, uma última reflexão, com a incrível frase de Contardo Calligaris: “nos seres humanos, o macho alfa (mais forte, mais viril, mais autoritário, mais marcante e com mais bravura) só existe na cabeça dos machos beta”.

By Dr. Claudio R. S. Pucci, psiquiatra e psicanalista (www.luizcuschnir.com.br).
Fonte: Terra.

Homens em crise emocional

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , on 24/09/2009 by Joe

Homem em criseO que é ser homem nos tempos de hoje e qual o verdadeiro papel do masculino na sociedade moderna? Muita gente aí, de ambos os sexos diga-se de passagem, responderia que homem que é homem não questiona isso e dariam a questão por encerrada, mesmo porque é mais fácil fugir do assunto. O problema é que os tempos mudaram, as mulheres ganharam seu espaço e o homem deixou de ficar no papel de único provedor e autoridade máxima da casa. E o nó na cabeça está estabelecido.

Para apimentar ainda mais a questão, esteve em cartaz a peça teatral “Homem de Tarja Preta”, monólogo escrito por Contardo Calligaris, psicanalista e articulista do jornal Folha de São Paulo, e produzido a pedido do ator Ricardo Bittencourt, vemos um homem de meia idade, bem-sucedido, casado pela segunda vez e pai de dois filhos, que se prostra na frente de seu computador durante a madrugada, entrando em chats gays e assumindo o papel de um crossdresser (alguém que tem prazer em se vestir ou usar objetos do sexo oposto). E é nessa “brincadeira” que surgem os dilemas masculinos.

Calligaris não propõe conclusões (você as tira), mas o maior objetivo da peça foi mostrar que ser homem é tão ou mais complicado que ser mulher, por mais que as moças saiam gritando por aí que nossa posição é confortável. As pressões de todos, especialmente da sociedade (você ouve “seja homem” a partir do momento que nasce), a caricatura do macho e até mesmo as referências culturais, que vão de Superman a Rocky Balboa, fazem com que o cidadão esteja eternamente descontente com sua própria virilidade.

Os homens também lutam, inconscientemente, contra a rotina básica de vida (emprego, esposa e filhos), porque desde criança são cobrados para serem excepcionais, ou seja para serem mais do que realmente são. Até mesmo o lado sexual, incluindo a fama de promíscuo, vem carregado de senso de dever. Mais uma vez, de ser excepcional.

Calligaris afirmou que o fato de há 40 anos discutir-se a complexidade feminina, mas muito pouco a masculina, o levou a bolar o texto para o palco do teatro. Para o psiquiatra e psicanalista Luiz Cushnir, especializado na psique do homem e da mulher, o tema é bastante pertinente e ilustra uma situação real de conflito emocional vivida pelo sexo masculino.

Responsável pelo Centro de Estudos da Identidade do Homem e da Mulher (IDEN) e o Gender Group no Serviço de Psicoterapia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, o médico realiza há 30 anos terapias em grupos, com homens e mulheres separadamente, e analisa a questão do gênero sexual no mundo moderno e a posição de cada um. De acordo com Cushnir, enquanto as moçoilas, para romper as amarras que as prendiam, basearam sua luta nos seus direitos, especialmente sócio-jurídicos (direito a voto, trabalho, condições iguais, etc.), a transformação masculina, que já foi pejorativamente chamada de revolução das cuecas, é no fundo uma batalha para conquistar direitos emocionais.

Segundo o especialista, o homem moderno deve ser mais sensível, mas não cair na armadilha de ser feminino, teoria aliás já abordada na década de 70 pelo americano Robert Bly em seu livro “Iron John: A Book about Men”. “Deve abandonar o papel de machista-machão para encontrar sua masculinidade interior, ignorando o apelo social de que sensibilidade está apenas do lado feminino. E, à medida que esse homem consegue encontrar uma posição onde é forte, passa a pedir uma resposta feminina da mulher”, explica. Ou seja, um homem completo vai buscar uma mulher completa ou ajudar uma mulher a achar seu feminino.

Muita gente reclama hoje que as mocinhas estão duras e masculinizadas, mas aquilo que se convencionou como padrão de vitória e conquista na vida, especialmente no campo profissional, foi feito para os homens. E é lógico que as moças tiveram que vestir uma máscara de ferro masculina ou se dariam mal. Mas um homem com H maiúsculo sabe que por trás daquela “armadura” existe um ser feminino completo e o faz desabrochar facilmente.

Ok, mas, afinal, o que é ser um homem de verdade hoje? Não existe resposta fácil. Primeiramente, o “ser homem” é algo individual, feito sob medida para cada um. Ou seja, se alguém tenta se adaptar a um modelo imposto pela sociedade, com regras arcaicas ou não, acaba perdendo sua própria identidade. Quer agradar aos outros e não a si próprio e, logicamente, vai ficar perdido.

Aí, então, dá-lhe caras por aí agindo como canalhas, sem sentimento, embora no fundo estejam loucos para dizer algo sensível como “eu te amo” e morrendo de medo de serem tachados de frutinhas. Ou aqueles que, depois de lerem revistas femininas para saber a nova “moda” em atitudes, se impõem uma sensibilidade tão grande que enterram de vez sua masculinidade e acabam invertendo o papel com as mulheres.

Se fôssemos arriscar, o homem verdadeiro é aquele que tem segurança de sua posição, de seus conceitos e sentimentos, de seu papel na sociedade e que, por tudo isso, respeita a posição feminina. Mesmo porque ele vai querer alguém que agregue algo à sua vida, que o complete.

Homem de verdade não se cobra para ser um ás na cama e aceita a sexualidade feminina. Não é incomum um cara passar a vida inteira esperando encontrar uma garota boa de cama e, quando isso acontece, passa a encanar sobre como ela sabe fazer tudo isso e com quem ela aprendeu. E aí, para se refugiar do embaraço, tasca a pecha de vagabunda à menina. Aliás, um homem de verdade pode negar sexo se não estiver no clima. E aí cabe a ressalva de que, se não tiver pela frente também uma mulher de verdade, vai ser questionado injustamente sobre sua masculinidade. Mas o homem de verdade não está nem aí, ele sabe o que é e o que quer.

O caminho a ser percorrido para que o homem do século XXI encontre sua identidade ainda é longo, mas muita coisa já foi alcançada. Luiz Cushnir exemplifica com a criação de filhos, que passou a ser compartilhada entre marido e esposa. Há muitos anos, era raro ver um pai brincando com suas crianças. Hoje, pais criam meninos e meninas sozinhos, viajam com eles e participam ativamente das suas vidas, não mais como aquela figura autoritária.

Um dos exercícios propostos pelo especialista Cushnir, em seus grupos de terapia com homens, aliás, é pedir para que cada paciente imagine que atitudes cada um teria para tornar o filho um homem de verdade. Segundo o médico, a forma de tratamento que esse pai dispensa às mulheres – como respeito e colaboração – acaba sendo determinante para esse ensinamento.

Enfim, se a individualidade de homens e mulheres deve ser respeitada, você pode procurar ainda hoje qual é seu homem interior de verdade, aquele que você realmente quer ser, sem medo de errar. Deixamos, porém, uma última reflexão, com a incrível frase de Contardo Calligaris: “nos seres humanos, o macho alfa (mais forte, mais viril, mais autoritário, mais marcante e com mais bravura) só existe na cabeça dos machos beta”.

By Claudio R. S. Pucci

Para saber mais sobre o trabalho e livros do Dr. Luiz Cuschnir, conhecer o IDEN e o Gender Groups: www.luizcuschnir.com.br

Fonte: Terra.

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