A prisão não são as grades, assim como a liberdade não é a rua!
Existem homens presos nas ruas e livres na prisão.
Tudo é uma questão de consciência.
By Mahatma Gandhi.
Sempre estava de bom humor e as suas palavras eram positivas e animadoras. Motivava aqueles que tinham a sorte de estar ao seu lado. Irradiava otimismo e, por isso, era muito agradável trabalhar com ele. Se alguém tinha alguma dificuldade, animava aquele que padecia a ver o lado positivo da situação.
Certo dia, sem meia tinta, perguntei-lhe abruptamente:
– “Como é possível que esteja sempre otimista? Como consegue ver a realidade constantemente de um modo tão positivo? Onde busca essa alegria que irradia à tua volta?”
A sua resposta, que me ficou gravada na memória e ainda hoje tem influência no meu modo de encarar a vida, foi a seguinte:
– “Todos os dias, quando me levanto de manhã, digo a mim mesmo que tenho duas opções para esse dia: deixar-me levar pelo mau humor ou, pelo contrário, esforçar-me por estar de bom humor. Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção.
“Quando me acontece algo de mal durante o dia, digo a mim mesmo que tenho duas opções: escolher o papel de vítima ou, pelo contrário, esforçar-me por aprender alguma coisa com aquilo que me aconteceu. Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção”.
Quando ouço alguém se queixar da vida, digo a mim mesmo que tenho duas opções: associar-me às suas lamentações ou, pelo contrário, esforçar-me por ver o lado positivo de cada situação. Como sou livre, escolho conscientemente a segunda opção.”
– “Mas isso não é tão fácil assim, é?” – respondi-lhe.
– “Também não é tão difícil como parece” – foi a sua contestação imediata. E continuou:
– “A vida é uma escolha constante. As atitudes que tomamos diante dela também o são. É uma decisão de cada um de nós escolher como viver a sua vida. E também é uma decisão de cada um de nós escolher a atitude que vai ter diante daquilo que nos acontece na nossa vida. Como somos livres, temos de escolher conscientemente a melhor opção.”
É verdade que esta história é demasiadamente fantasiosa. No entanto, é um relato que nos faz pensar que a nossa vida é, de algum modo, uma escolha constante.
Não façamos tragédias por tudo e por nada! A vida não é tão má como, às vezes, gostamos de a pintar!
Se há coisas que não nos correm bem, também há outras que são maravilhosas e que nem nos damos conta disso.
Ao olhar para o mundo que nos rodeia, não nos esqueçamos dessa bondade natural que possui por ter sido criado por Deus. Se a aceitarmos, desaparecerão muitos desânimos no nosso viver quotidiano, mesmo no meio das dificuldades.
E as pessoas à nossa volta nos agradecerão por serem contagiados por essa alegria de viver.
By Pe. Rodrigo Lynce de Faria.
O que leva muitos homens (e mulheres) a aceitar as explicações do cônjuge que chega tarde do trabalho? Não seria mais natural esperar que o companheiro entendesse o nosso cansaço e nos recebesse com carinho redobrado?
Por que nos sentimos na obrigação de participar daquele almoço de domingo com a família se preferíamos ir ao cinema, acordar às 2 da tarde ou encontrar nossos amigos?
Que direito tem o namorado de censurar o comprimento do vestido da namorada? E por que ela concorda em mudar de roupa, interpretando a implicância dele como uma prova de amor?
A reposta a todas essas perguntas é uma só: para evitar atritos com aqueles que amamos.
Fazemos muitas coisas contra nossa vontade porque não temos coragem de arcar com as consequências de um enfrentamento. Tememos as rejeições, as críticas diretas, o julgamento moral.
Temos medo do abandono e da condenação à solidão.
Preferimos, então, catalogar essas pequenas concessões como perdas menores e seguimos a vida sem pensar muito nelas.
No entanto, ao longo dos anos, a soma de restrições à nossa modesta liberdade cotidiana se transforma num conjunto compacto de mágoa e frustração, que acaba deteriorando os relacionamentos.
Crescemos com a ideia de que ficar só é doloroso, além de socialmente reprovável (tente jantar desacompanhada num restaurante badalado!). Esse equívoco tem levado muita gente a se prender a um casamento falido ou a um namoro doentio.
Quando a relação acaba e somos impelidos a viver sozinhos, temos a oportunidade de experimentar pequenos prazeres solitários: tomar conta do controle remoto da televisão, dormir com três cobertores, ir ao cinema duas vezes num único domingo, usar aquele vestido bem decotado…
Muitas vezes, só essa vivência nos dá a chance de avaliar o quanto eram duras as restrições que aceitávamos passivamente. A descoberta nos deixa menos tolerantes às exigências possessivas, ciumentas e por vezes invejosas impostas pelos elos afetivos usuais.
Junto com a mudança vem a pergunta: “Será que estou ficando egoísta?” Não. Temos o direito de criar uma rotina própria e diferente da praticada por vários grupos familiares e sociais.
Quando somos capazes de compreender o lado rico de estar só, quando perdemos o medo de nos defrontar com nossa solidão, rebelamo-nos contra muitas das pequenas e múltiplas regras de convívio.
Então, nos tornamos mais livres, inclusive para recompor as bases dos relacionamentos que nos aprisionam.
As normas terão de se ajustar aos novos tempos, passando a respeitar mais a individualidade recém-adquirida e a liberdade que vem junto com ela.
Impossível abrir mão de uma conquista tão prazerosa!
By Flávio Gikovate.
São duas as coisas (indispensáveis) que precisamos para conseguir a própria Liberdade: chamam-se Desapego e Coragem. E não dá para se ter uma sem a outra.
Acontece que o verdadeiro desapego vai além das coisas materiais. Só ficamos realmente livres quando nos desapegamos até das coisas espirituais. Principalmente das coisas espirituais!
Não basta desapegar-se do vinho e do Camaro vermelho: é preciso desapegar-se de Zeus. De Zeus, de Apolo, e de Vênus. É preciso desapegar-se do pão e das flores. Das estrelas – e também dos amores…
Sem desapego, impossível ser livre. E sem liberdade, impossível ser feliz.
A felicidade é uma flor delicada que a gente pendura nos galhos do Agora. Desde que bem pendurada, jamais cairá. Vai durar para sempre. Nunca secará. A felicidade é um estado de espírito – e é um estado tão profundo que, uma vez atingido, viverá conosco para sempre. A felicidade, depois que a conhecemos de verdade, nunca mais a perdemos. É como uma iluminação budista ou zen. Talvez sejam até a mesma coisa.
Mas não imaginem que eu esteja negando a gostosura que é ter um Camaro vermelho ou um cavalo negro com sela de prata. A gostosura que é comer um pão sovado ou ganhar um buquê de rosas champagne. A gostosura que é ter orgasmos. Desapego não significa privação nem desprezo. É amor puro pela coisa em si.
By Edson Marques.
Acho que todos nós pensamos conhecer a vida, as pessoas e nós mesmos, mas esquecemos que valorizar tudo isso significa amar. Ninguém ensina nada aos outros, apenas devemos aprender com os acontecimentos do dia a dia. Devemos aprender a compreender os fatos. Já dizia Carl Rogers:
– “Sabe que não acredito que alguém jamais tenha ensinado alguma coisa a outro. Duvido da eficácia do ensino. A única coisa que sei é que quem quiser aprender, aprenderá. E talvez o professor seja um fator que facilite, uma pessoa que apresenta as coisas e mostre aos outros como é empolgante e maravilhoso, e os convida a provarem!”
Acredito que é isso o que cada um pode fazer; não devemos obrigar ninguém a fazer o que não deseja. Acho que isso é viver: não achar que seremos adultos; teremos liberdade e faremos o que acreditamos que deva ser o certo e que não precisaremos mais de ninguém.
Pensamos que, para sermos adultos, temos de ser independentes e não precisar de ninguém. E é por isso que estamos todos morrendo de solidão. Há anos escutamos a frase:
– “Você é tudo que você tem. Portanto, torne-se a pessoa mais bela, terna, maravilhosa do mundo. E, então, há de sobreviver para sempre.”
Acredito que, se nos dermos por inteiro, aí sim poderemos pensar no próximo. Abaixo algumas citações que acho que devem ser analisadas e, se possível, farão você pensar na sua existência:
– “Minha felicidade sou eu, não você. Não só porque você pode ser temporário, mas também porque você quer que eu seja o que não sou”.
– “Não posso ser feliz quando mudo só para satisfazer o seu egoísmo. Nem posso me sentir contente quando você me critica por não ter os seus pensamentos, ou por ver como você vê. Você me chama de rebelde. No entanto, cada vez que rejeitei as suas crenças, você se rebelou contra as minhas.
Não procuro moldar a sua mente. Sei que você está se esforçando muito para ser só você. E não posso permitir que me diga o que ser, pois estou me concentrando em ser eu”.
E, por fim:
– “Você disse que eu era transparente e fácil de esquecer. Mas, então, por que tentou usar a minha vida, para provar a si mesmo o que você é?”
Pensem nisso tudo e analisem com carinho o comportamento das suas vidas e se vale a pena não se amar e perder as esperanças. Acho que para tudo existe uma explicação e uma luz no fim do túnel; por isso, acredito que a vida pode ser bela e feliz; afinal, basta acreditar em si.
A fim de aprender, temos de ser livres. Você tem de ser livre para experimentar, tentar, livre para errar, e olha que eu lucro muito com os meus erros! O segredo apenas está em não errar duas vezes. Mas seja livre para experimentar e tentar!
Gostaria de terminar com uma citação de Leo Rosten que, a seu modo especial, diz tudo:
– De certo modo, porém, pequeno e secreto, cada um de nós é um pouco louco… No fundo, todos se sentem sós e querem ser compreendidos; mas nunca podemos entender inteiramente outra pessoa, e cada um de nós permanece meio estranho até para os que nos amam…
Os fracos é que são cruéis; só se pode esperar a brandura dos fortes… Os que não conhecem o medo não são realmente valentes, pois a coragem é a capacidade de enfrentar o que se pode imaginar…
Compreendemos melhor as pessoas se olharmos para elas – por mais velhas ou imponentes que pareçam – como se fossem crianças. Pois a maior parte de nós nunca amadurece, apenas fica mais alta…
A felicidade só chega quando impelimos os nossos cérebros e corações aos extremos do que somos capazes… O objetivo da vida é importar – contar, representar alguma coisa, fazer com que a nossa vida conte alguma coisa.
By Leo Buscaglia.