Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia.
Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que seu caminho é o único!
By Paulo Coelho.
Vida não é manter um placar. Não é quantos amigos você tem, ou o quanto você é aceito. Não é sobre se você tem planos para este final de semana, ou se você está sozinho. Não é sobre quem você está namorando, quem você já namorou, ou quantas pessoas você já teve e se você nunca teve ninguém.
Não é sobre quem é sua família, ou quanto dinheiro ela tem. Ou que tipo de carro você dirige. Ou quando você foi mandado à escola. Não é sobre o quanto você é bonito ou feio, ou que roupas você usa, que sapatos você calça, que tipo de música você ouve.
Não é sobre se seus cabelos são loiros, vermelhos, pretos ou castanhos. Ou se sua pele é muito clara ou muito escura. Não é sobre que graduação você tem, o quão esperto você é, o quão esperto os outros pensam que você é, ou o quão inteligente os testes dizem que você é.
Não é sobre que clubes você frequenta, ou o quanto você é bom no seu esporte. Não é sobre representar o seu ser inteiro em um pedaço de papel e ficar vendo quem irá aceitar o seu “eu” que está escrito.
A vida não é isso! Mas a vida é, sim, sobre quem você ama e quem você machuca. É sobre quem você faz feliz ou infeliz propositalmente. É sobre manter ou trair a verdade. É sobre amizade, usada como algo sagrado ou como uma arma…
É sobre o que você diz e pensa, às vezes contundente, às vezes encorajador. É sobre iniciar rumores e contribuir para fofocas mesquinhas. É sobre que julgamentos você já passou e por quê. E como seus julgamentos foram espalhados ou difundidos…
É sobre quem você tem ignorado com total controle e intenção. É sobre ciúme, medo, ignorância e vingança. É sobre carregar internamente o amor e o ódio, deixando-os crescer e espalhando-os…
Vida é tudo aquilo com que preenchemos o espaço entre nós e nossos amigos, nossa família, nossos colegas, e também os nossos desafetos e até mesmo as pessoas que sequer conhecemos, a quem às vezes dizemos “bom dia”, às vezes não dizemos nada…
Agora me diga: como você tem preenchido esse espaço?
Desconheço a autoria.
Se você encontrasse com um amigo que não vê há muito tempo, o que contaria sobre sua vida? O que aconteceu de significativo? Você teria para contar mais problemas, decepções, frustrações, enfim, faria muitas lamentações ou contaria muitas conquistas, crescimento, mudanças?
Ao pensar em sua vida, como a descreveria agora?
Pense nisso… E daqui para frente, o que espera que aconteça? Como espera estar daqui a 5 ou 10 anos? E o que você está efetivamente fazendo para alcançar o que deseja?
Se suas respostas foram baseadas em dúvidas, incertezas, inseguranças, sempre com pensamentos negativos, duvidando que seja capaz de conseguir algumas coisas que deseja, como espera conseguir mudar sua realidade? O que está fazendo para mudar algumas situações que dependem exclusivamente de você? Ou você está aceitando tudo, conformado, pensando: já que está tudo ruim mesmo, o que mais posso fazer?
Saiba que é possível fazer muitas coisas para alcançar o que deseja, desde que saiba o que quer, ou também poderá começar pelo que já sabe que não quer.
Ao olhar para trás deve ter muitas experiências ruins, que não deseja mais passar, mas que também trouxeram muitos aprendizados. O que aprendeu de significativo em sua trajetória de vida?
Algumas pessoas olham para o passado e conseguem perceber as lições. Ainda que a custo de muito sofrimento, valorizam o aprendizado, pois conseguem aprender com a experiência passada; outras só se lamentam sobre o ocorrido, repetindo o mesmo padrão por anos, sem aprenderem absolutamente nada.
Essas geralmente se colocam no papel de vítimas, onde só conseguem se lamentar sem nada fazer para mudar. O que deixou de fazer há 3, 5, 10 anos atrás e que até hoje está sofrendo as consequências? Não terá sofrido o suficiente para perceber que algo diferente deve ser feito? Mas o que fazer? Isso somente você poderá responder…
Quem sabe poderá começar pensando em ser mais flexível? Mais aberto às mudanças? Ou você sofre da Síndrome de Gabriela, lembra-se? “Eu nasci assim, eu fui sempre assim, vou morrer assim…” Você só consegue pensar que não há mais como mudar, afinal, já se passaram tantos anos? Você já se sente velho para aprender? Nada disso! Velho é quem para de aprender, não se atualiza, e hoje vivemos em constante processo de mudanças, quando pensamos em algo… já mudou!
Enquanto continuar acreditando que as coisas devem ser feitas sempre da mesma maneira, possivelmente continuará obtendo o mesmo resultado. É preciso estar em constante aprendizado, sair da zona de conforto, aberto à mudanças, seja sobre o que for. Seja em relação ao trabalho, à educação dos filhos, a fazer a comida, se relacionar, amar, enfim, tudo muda em fração de segundos e devemos acompanhar esse processo se desejarmos evoluir, crescer; do contrário, encontraremos estagnação e, muitas vezes, sofrimento.
Você pode começar analisando algumas situações e que na correria se esquece de dar uma paradinha para avaliar suas relações. Se hoje não tiver tempo, reflita sobre isso no final de semana. Reserve uns minutinhos para reavaliar seus valores, sua maneira de conduzir seus problemas e, principalmente, como reage a eles; afinal, estamos nos referindo à sua própria vida e não há nada mais importante do que isso.
Responda a si mesmo às seguintes perguntas:
– O que tem feito por você?
– Tem dito “não” quando essa deve ser a resposta? Ou ainda continua sempre querendo agradar a todos, fazendo tudo por todos?
– Você se esquece constantemente de suas necessidades?
– Tem tido momentos de lazer, tem feito algo para se divertir? O que gosta de fazer e não faz há muito tempo?
– Há quanto tempo você não dá um sorriso, ou uma gostosa gargalhada?
– Como se sente em relação ao seu trabalho?
– E em relação à educação de seus filhos?
– E como está sua relação com seus pais?
– E sua relação afetiva, sexual, como está?
– Tem sido rígido consigo mesmo e com os outros?
– Tenta manter o controle sobre tudo e todos? Quando, na verdade, não consegue ter controle nem sobre suas emoções?
– Sente muito mais o abandono do outro do que o abandono que faz a si mesmo?
– Está em constante busca de aprovação e reconhecimento por se sentir sem valor?
– Está sempre se culpando do que acontece aos outros?
– Consegue perceber que muitas pessoas se afastam de você por julgá-las e/ou criticá-las?
– Tem medo de perder a pessoa amada quando nem percebe que já perdeu a si mesmo?
– Consegue identificar seus sentimentos ou está sempre em constante movimento para não entrar em contato com o que está dentro de você?
– Está constantemente se frustrando por criar muitas expectativas?
– Tem se sentido triste, constantemente irritado, sem energia?
Analise com calma todas essas questões e reavalie sua vida, suas relações. Procure responder a cada uma das questões acima, se possível escreva suas reflexões. As dúvidas, os medos, mágoas, ressentimentos, culpa, frustrações, críticas, julgamentos, rigidez, cobranças, são todos obstáculos ao crescimento. Transforme tudo isso. Não há receita, nem fórmula mágica, mas é certo que para as mudanças ocorrerem depende muito mais de você.
Comece se observando mais, pensando sobre todas essas questões. Cultive dentro de você a esperança, a fé, mesmo quando tudo parecer estar perdido. É a harmonia consigo mesmo – e com aqueles com quem convive – que lhe trará paz interior e preencherá seu vazio.
É o amor por si mesmo e o respeito por seus valores e sentimentos que o fará se sentir uma pessoa de valor! E isso, com certeza, ninguém poderá lhe dar, mas também ninguém poderá lhe tirar, é uma conquista absolutamente sua e que, certamente, fará toda diferença em sua vida!
Depois de todas essas reflexões e prováveis mudanças, talvez a história que irá contar quando encontrar um amigo seja bem diferente. Eu espero sinceramente que seja!
By Rosemeire Zago.
Cada um de nós tem muitas escolhas, e podemos, a cada momento da vida, fazer novas escolhas. Não precisamos continuar a ser uma vítimas do ambiente em que vivemos. Contudo, para encontrar um outro caminho, precisamos trabalhar muito para não dar respostas reflexas que se baseiam nas nossas experiências e condicionamentos passados.
Podemos preferir olhar para dentro de nós mesmos a cada dia para ver se há resíduos de medo, julgamento, raiva ou ódio. Se os encontrarmos, podemos preferir ver o valor de mudar nossa mente, deixando de lado os pensamentos negativos e os julgamentos. Essas novas escolhas é que irão mudar a nossa vida. Podemos resolver, a qualquer momento, criar um presente que não seja determinado pelas sombras do temido e doloroso passado. Podemos escolher um presente que se baseie no amor e no perdão.
Podemos nos lembrar que a paz de espírito só se tornará uma realidade quando neutralizarmos os julgamentos negativos que fazemos uns dos outros, e acreditarmos, de todo coração, na igualdade. Não conquistaremos a paz de espírito até que tenhamos pelos outros o mesmo interesse que temos por nós mesmos.
Quando enxergarmos a luz dos outros, o poder milagroso do amor virá fazer parte de nossa vida. Quando isso acontecer, quando começarmos a mudar nossa mente, nossa vida também irá mudar e o preconceito e a discriminação começarão a desaparecer da face da Terra.
Afirmações:
1. Hoje verei todas as pessoas como iguais.
2. Se eu perceber que estou julgando os outros, devo lembrar de que isso acontece porque, de um modo ou de outro, estou julgando a mim mesmo.
3. Quando odeio os outros, é porque, de algum modo, odeio a mim mesmo.
4. Quando sou mesquinho com os outros, talvez seja porque não curei os momentos do meu passado em que os outros foram mesquinhos comigo.
5. Se eu me sinto o “dono da verdade” com relação aos outros, talvez seja porque quero mostrar que eles estão errados só para provar que eu estou certo.
By Gerald Jampolsky.
Muitas vezes nos deparamos com pessoas que parecem sempre de mal com a vida, fechadas em si mesmas, procurando isolar-se, em vez de integrarem-se, ou no seio da família, ou nos mais diversos grupos. Quase sempre são muito críticas, muito exigentes, querendo que tudo seja feito à sua maneira, sendo esta considerada a única forma correta, desprezando as opiniões, gostos e ideias alheias.
São pessoas de difícil comunicação, amargas que vêem o mundo de uma forma pessimista, cinzenta. Não desfrutam de muitos momentos bons, porque não sabem relaxar, descontrair-se, ver as pessoas, as situações e os fatos de uma maneira menos intransigente, mais indulgente, sem julgamentos. Não sabem aceitar as diferenças. Parecem não ter prazer em estar com pessoas. Preferem o isolamento ao encontro. Não me refiro só ao encontro físico de estar em companhia de alguém, mas o encontro verdadeiro, espiritual, de almas, coração, sentimento. Para que isto ocorra é necessário humildade, aceitação do outro, sintonia de sentimentos, de ideias, despojamento de conceitos pré-formulados, em suma, de preconceitos.
Pressupõe abertura, flexibilidade, menos ansiedade, mais paciência para saber escutar, colocar-se no lugar do outro, olhar cada situação com olhos de criança, de aprendiz, de curiosidade, vendo as múltiplas possibilidades, sem ter uma resposta definida, pronta para cada coisa, de acordo unicamente com sua maneira de encarar os fatos.
É preciso saber ver além das aparências, ter respeito pelo outro, reconhecer as diferenças, respeitar as individualidades. E necessário saber acolher o outro, dirigir-lhe palavras, pensamentos, sentimentos que exaltem o positivo. Quem recebe apoio, palavras de incentivo, sente-se seguro, amado, é capaz de desenvolver todo seu potencial com mais facilidade. Tem sua autoestima elevada. Sente-se respeitado e amado pelo que é. Isto gera confiança no outro e em si mesmo. Faz com que as trocas ocorram naturalmente. É ação versus reação.
Se recebo carinho confiança, entendimento, aceitação, estímulos positivos, vou responder ao longo da vida de forma idêntica. Quando existe o verdadeiro encontro, há sintonia, divisão de problemas, pois o problema do outro passa a ser meu também. Há ajuda, espaço para o diálogo, aceitação e liberdade para que mudanças ocorram.
By Isabel C. S. Vargas.