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Mudançar

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/11/2014 by Joe

Mudançar

Eu vivo a deliciosa incerteza a cada instante. E, exceto a defesa radical da Liberdade absoluta, não tenho convicções inabaláveis.

Não tenho caminho certo, não ando por sobre um bloco de cimento frio, não gosto de muros, nem gosto de grades.

Eu decido se mudo ou se danço.

Mas adoro mudançar…

A instabilidade de uma corda bamba de seda à beira do abismo me excita.

Eu não quero ordens – eu quero música.

Ninguém me prende, ninguém me dirige, ninguém me sufoca, ninguém me segura.

Não aceito invasões.

Não baixo a cabeça, nem ponho meu rabo entre as pernas.

Não estou à venda.

E jamais darei procuração para que alguém viva minha vida em meu nome.

Sou eu que faço as minhas escolhas.

Sou livre.

By Edson Marques.

Quase…

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/09/2014 by Joe

Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência; porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

By Sarah Westphal.

Antes que o barco afunde

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/02/2014 by Joe

Antes que o barco afunde

Não importa! O que eu quero mesmo é tirar do meu caminho tudo que me atrasa, me engana e acaba por me reter…

Muitas vezes é melhor interromper o processo no meio, quando temos uma breve noção de qual será o fim e não enxergamos uma só razão para seguir em frente…

Às vezes, é melhor ficar com a incerteza do que poderia ter sido do que viver com a tristeza do que ficou…

Minha natureza não me permite viver pela metade; por mais duro que seja desistir, prefiro mil vezes uma lembrança que me traga um sorriso no rosto do que lembrar de algo e pensar “isso não me trouxe nada”…

Sempre tive um lema, talvez um tanto egoísmo, que é sair do barco antes que ele afunde e eu me afogue. Um ato que pode ser interpretado como covardia por muitos, mas não é e vou explicar porque:

De que vale continuar no barco se você não consegue sentir o vento que o impulsionava? De que vale continuar no barco quando somente um está remando? De que vale continuar no barco quando se gira em torno das mesmas coisas? De que vale continuar no barco quando não enxergamos o horizonte, mesmo que entre nuvens?

Existem mil razões para sair de um barco antes do seu naufrágio e uma somente que me ficaria ficar…

Talvez, algum dia, encontre alguém que me diga:

– “Fique, porque te ensino a nadar!”

Desabafo cuja autoria desconheço.

Credibilidade

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/08/2013 by Joe

Credibilidade

O que é credibilidade? É quando se diz e faz; prometeu, cumpriu. Palavra é compromisso: jamais, em tempo algum, prometa algo que você já tenha certeza que não vai cumprir!

Quando você promete sabendo que não vai cumprir, sua força interna recebe os reflexos da dúvida, da incerteza, da insegurança. Esse movimento interno de não cumprir o que prometeu exerce uma pressão desnecessária dentro de você, no seu ponto de equilíbrio.

Ponto de equilíbrio é resultado dos padrões aprendidos, culturalmente. Depende dos costumes, dos hábitos, das religiões e das artes que, mantidos pela tradição, estabelecem o que é verdade e o que é mentira; o que é certo e o que é errado. Se você prometeu, já sabendo que não irá cumprir, esse gesto forma um clima que vai trabalhar contrário à sua força interna. Muito mais grave ainda, prometeu-se para enganar, ou levar vantagens pessoais; enfim, por má-fé.

Credibilidade é você dizer modestamente o pouco que você pode fazer em qualquer circunstância e esse pouco cumprir. Se você não sabe se vai cumprir, não prometa, não garanta o compromisso. Tenha coragem de dizer: “Preciso de tempo para refletir, resolver pendências” ou “Ainda não posso fazer”. Se você não vai cumprir dentro do prazo combinado, avise antes e rápido. Não tenha vergonha de admitir: “Não dá, não posso, não vou conseguir”.

É engano imaginar que a nossa credibilidade cai quando se fala, antes do prazo combinado, que não vai dar. Afinal, imprevistos são imprevistos. O que não pode acontecer é você dizer: “Fulano, me desculpe por não ter cumprido nosso compromisso de ontem, você me perdoa?”

Agindo assim, é que sua credibilidade vai para o espaço.

By Paulo Zabeu, no livro “Cinco regras para vencer seus limites”.

O que você quer ser quando crescer?

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O que você quer ser quando crescer

Tenho pensado muito naquela velha pergunta que todo adulto faz às crianças:

– “O que você quer ser quando crescer?”

Acho que muitos de nós já respondemos a essa pergunta quando éramos crianças. Mas o ponto é: você realizou o que tanto queria ser? Hoje você está realizado(a) com o que se tornou? Você hoje realmente é o que queria ser?

Nós, humanos, temos a mania de nos acomodarmos, de aceitarmos as coisas como elas parecem que são; veja bem, eu disse “parecem que são”.

Então, na maioria das vezes, nos frustramos por não termos sido aquilo que queríamos ser, seja por falta de garra e luta nossa ou por ausência de apoio dos nossos pais quando ainda crianças; ou caso não seja nenhum dos dois motivos, certamente iremos encontrar vários. Isso é próprio da natureza humana.

Em geral, é normal nossos pais exigirem de nós aquilo que eles não puderam ser, por falta também de um apoio de seus pais, nossos avós. Entramos em uma faculdade que não queríamos e nos formamos em uma profissão que detestávamos. E hoje aí estamos sem a menor condição de exercermos nosso trabalho.

É duro, eu sei… Mas esse é o ponto, isso faz a diferença em nossas vidas. Jamais poderemos ser felizes fazendo o que não gostamos. Nunca poderemos crescer como pessoas plenamente conscientes do que fazemos se somos frustrados, vivemos entorpecidos pela frustração do dia-a-dia, cheios de tédio pelo marasmo em que tornamos a nossa vida.

Temos medo de sermos o que realmente queremos ser. Vivemos nossa vida como, em geral, os americanos dizem, “by the book”, o certinho, sem coragem para sair dessa linha que divide a infelicidade da felicidade; é uma linha tênue, sim, mas é preciso coragem para atravessá-la.

Vivemos ansiosos com tudo que pensam a nosso respeito e com o que acontece à nossa volta e nos esquecemos de nós mesmos, de nossas necessidades e nos preocupamos com os amigos, os filhos, a família…

Qualquer grupo desses citados acima, se não nos entende, jamais poderá considerar-se como tal. Amigo é aquele que, mesmo não concordando, nos entende e sempre quer o melhor para nós.

Filhos são a nossa continuação, foram gerados por nós, sempre serão nossos filhos e sempre estarão ao nosso lado. Óbvio que existem exceções, os filhos egoístas por exemplo, que não suportam a felicidade dos pais.

Família é a base de tudo; portanto se ela está bem estruturada, nada nos abala e teremos o apoio que tanto necessitamos.

É difícil, eu sei. Em qualquer área da nossa vida, mergulharmos de cabeça no incerto, no desconhecido, sem sabermos o que iremos encontrar no fundo desse oceano. E muito menos sem a certeza de emergirmos. Mas vocês conhecem outro meio? Tenho plena certeza de que se alguém detivesse esse conhecimento, estaria milionário. Afinal, quem é que não quer ter a certeza de sucesso na vida?

A única maneira que temos para seguir esse caminho é acreditarmos no nosso potencial como ser humano, acreditarmos que tudo podemos e que esse é o reino de todas as possibilidades e com Deus nada nos faltará.

De nada irá adiantar vivermos nossos dias com lamúrias, amargurados, carregando um fardo muito pesado em nossas costas a ponto de não nos permitirmos levantar a cabeça e expandirmos o nosso horizonte através do nosso olhar de fé.

A grande diferença de quem faz sucesso na vida e de quem é infeliz é essa linha tênue, é a coragem para atravessá-la e saber que somos nós quem comandamos a nossa vida e ninguém, de maneira alguma, poderá interferir no nosso trajeto.

O nosso sonho de felicidade só pertence a nós, e somos nós que temos que persegui-lo. Sei muito bem. Muitos estão dizendo que estou chovendo no molhado, que essas frases de efeito são o clichê do clichê. O fato é que nossa sociedade criou uma cultura que nos impede de ver essa realidade, e leva-nos a pensar que tudo se resume ao dinheiro, criou a cultura da dor, do medo, da incerteza, da preocupação de futuro.

Afinal, porque levar o conhecimento a todos, se quanto mais o detivermos, mais fácil será manipular, coagir, fraudar, escravizar, pagar baixos salários, oferecer migalhas como cestas básicas, agradar com gorjetas?

É isso que a sociedade faz e é isso que nos ensinam. Dessa maneira, viveremos sempre à margem do que na realidade queríamos e gostaríamos de ser nessa vida.

Mude já, não espere, reveja conceitos, observe de que maneira você está vivendo a sua vida. Você manipula ou é manipulado? E veja, não há diferença nenhuma entre as duas coisas.

A diferença é você quem faz, com a coragem de realmente buscar. E ser aquilo que você quer ser nessa vida, não importa a idade, não importa se você ainda está buscando. Não se acomode, nunca se dê por vencido(a). Sempre há tempo para mudar!

Frustração só existe para quem não acreditou e nunca foi atrás…

Pense nisso.

By Nelson Sganzerla.

Sofrimento

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/04/2012 by Joe

Sofremos pelo que não temos e, muitas vezes, pelo que acreditamos que era nosso, e na verdade nunca foi.

Sofremos pela incerteza do amanhã que não nos pertence, mas que tentamos controlar.

Sofremos pelas amizades e afinidades que tentamos dominar, possuir sem medidas, e que se afastam de nós.

Sofremos pela doença que podemos ter, pela gripe que pode virar bronquite, e nos abatemos.

Sofremos pelo medo do imponderável, pelo que não podemos medir, pelo que não vemos, mas às vezes, podemos ouvir, e nos trancamos.

Sofremos pelas nossas faltas e nos abatemos com as dificuldades que criamos, e estagnamos.

Por isso, as notas que não tiramos, as provas que não passamos, os amores que não vivemos, o abraço que perdemos, os cadernos amarelados, os cheiros da infância, a velha chupeta guardada ou perdida, são doces lembranças, mas até nelas, sofremos.

Sofremos porque não queremos nada simples, nem simplesmente viver, nem simplesmente amar.

Temos medo de nos entregarmos definitivamente ao amor, medo de sofrer uma dor maior e, por isso, sofremos até pelo que não sabemos.

E hoje, sabendo que o sofrer é uma antecipação da dor que nem sempre viveremos, vou procurar conquistar aquilo que realmente me cabe … e se a dor me visitar vai me encontrar mais forte, porque tenho a exata medida de tudo o que já passei, e sou o fruto maduro dessa árvore chamada vida!

By Paulo Roberto Gaefke.

Liberdade

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , on 30/12/2011 by Joe

Eu vivo a deliciosa incerteza a cada instante. E, exceto a defesa radical da liberdade absoluta, não tenho convicções inabaláveis.

Não tenho caminho certo, não ando por sobre um bloco de cimento frio, não gosto de muros, nem gosto de grades.

Eu decido se mudo ou se danço. Mas adoro mudançar.

A instabilidade de uma corda bamba de seda à beira do abismo me excita.

Eu não quero ordens, eu quero música.

Ninguém me prende, ninguém me dirige, ninguém me sufoca, não aceito invasões.

Não ponho meu rabo entre as pernas, não abaixo a cabeça.

Não estou à venda.

Jamais darei procuração para que alguém viva minha vida em meu nome.

Sou eu que faço as minhas escolhas.

Sou livre!

By Edson Marques.

Procura-se um amante

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/02/2011 by Joe

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um. Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.

Geralmente são estas últimas as que vêm ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.

Elas me contam que suas vidas transcorrem monotonamente e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre. Enfim, são várias as maneiras que elas encontram de dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.

Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do anti-depressivo do momento. Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!

É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu veredito! Há as que pensam: “Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?” E há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.

Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas com o meu conselho, eu explico o seguinte: amante é “aquilo que nos apaixona”. É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.

O nosso amante é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida. Às vezes encontramos o nosso amante em nosso parceiro, outras, em alguém que não é nosso parceiro, mas que nos desperta as maiores paixões e sensações indescritíveis.

Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho quando é vocacional, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto. Enfim, é “alguém” ou “algo” que nos faz “namorar” a vida e nos afasta do triste destino de “durar”. E o que é “durar”? Durar é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem; é o se deixar dominar pela pressão; perambular por consultórios médicos; tomar remédios multicoloridos; afastar-se do que é gratificante; observar, decepcionado, cada ruga nova que o espelho mostra; é a preocupação com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva. Durar é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo contentar-se com a incerta e frágil sugestão de que talvez possamos fazer amanhã.

Por favor, não se empenhe em “durar”, procure um amante, seja também um amante e um protagonista … da vida! Pense que o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é não se animar a viver; enquanto isso, e sem mais delongas, procure um amante…

A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:

“Para estar satisfeito, ativo e sentir-se feliz, é preciso namorar a vida.”

By Dr. Jorge Bucay, psicólogo, psiquiatra e psicoterapeuta argentino.

Quase

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/12/2010 by Joe

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência; porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

By Sarah Westphal.

Liberdade

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , on 22/10/2010 by Joe

Eu vivo a deliciosa incerteza a cada instante. E, exceto a defesa radical da Liberdade absoluta, não tenho convicções inabaláveis.

Não tenho caminho certo, não ando por sobre um bloco de cimento frio, não gosto de muros, nem gosto de grades.

Eu decido se mudo ou se danço.

Mas adoro mudançar.

A instabilidade de uma corda bamba de seda à beira do abismo me excita.

Eu não quero ordens, eu quero música.

Ninguém me prende, ninguém me dirige, ninguém me sufoca, não aceito invasões.

Não ponho meu rabo entre as pernas, não abaixo a cabeça.

Não estou à venda.

Jamais darei procuração para que alguém viva minha vida em meu nome.

Sou eu que faço as minhas escolhas.

Sou livre!

By Edson Marques.

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