Arquivo para Idosos

Verdadeiro aprendizado

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 14/08/2014 by Joe

Verdadeiro aprendizado

É hipocrisia dizer que aniversário significa maturidade; que o aprendizado é ligado somente aos erros cometidos; que errar é crescer.

Se todos crescêssemos e aprendêssemos com o que fizemos de errado haveria muitos sábios por aí.

O verdadeiro aprendizado é ligado à reflexão daquilo que foi ou não vivido. Aprendi que quem tem amor tem tudo; seja familiar, namorado, amigos. O amor é o que move a vida e nos faz querer sermos melhor.

Aprendi que ser tachado de bonzinho nem sempre é ruim.

Aprendi que ser CDF é ótimo. Eles são os que se dão melhor na vida.

Aprendi que ler é enriquecimento à nossa vida, de tal maneira que ninguém consegue tirar. E que receber dinheiro por ser inteligente é a forma mais admirável de ficar rico.

Aprendi que traição e falta de lealdade são uma das maiores crueldades que se podem cometer ao coração de alguém.

Aprendi que a gente se sente muito mal quando nos julgam por certas atitudes; e quem dirá quando o fizermos a alguém…

E que olhar torto para alguém não nos faz melhor.

Aprendi que existem algumas coisas que não deveriam se guardar no coração, mas são grandes responsáveis pela nossa mutante ideologia.

Aprendi que correr atrás do que se quer é preciso sempre; ninguém o faz se não nós mesmos.

Aprendi que quem desrespeita idosos são pessoas frias. E que os nossos pais são as pessoas com as quais a gente sonha ser igual.

Aprendi que sorrir e ser educado são a alegria do dia de alguém, sobretudo da própria realização pessoal.

Aprendi que somos eternos errantes. Estamos em incessante crescimento; e só não cresce quem tem a cabeça tão pequena a ponto de achar que o amadurecimento vem junto com os anos.

By Ana Paula Zandoná.

Saúde mental

Posted in Reflexão, Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/03/2014 by Joe

Saúde mental

Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico.

Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei.

Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakovski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos. Mas será que tinham saúde mental?

Saúde mental, essa condição em que as ideias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou. Pensar é uma coisa perigosa…

Não, saúde mental elas não tinham. Eram lúcidas demais para isso. Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata. Sendo donos do poder, os loucos passam a ser protótipos da saúde mental. Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvi falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.

Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos. Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente “equipamento duro”, e a outra denomina-se software, “equipamento macio”.

Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades “espirituais” – símbolos que formam os programas e são gravados mas mídias (CDs, DVDs, Pen-drives, HDs). Nós também temos um hardware e um software. O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo “espirituais”, sendo que o programa mais importante é a linguagem.

Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software. Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam. Não se conserta um programa com chave de fenda. Porque o software é feito de símbolos; somente símbolos podem entrar dentro dele. Assim, para se lidar com o software há que se fazer uso dos símbolos; eles podem vir de poetas, humoristas, palhaços, escritores, gurus, pastores, amigos e até mesmo psicanalistas …

Acontece, entretanto, que esse computador, que é o corpo humano, tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros: o seu hardware, o corpo, é sensível às coisas que o seu software produz. Pois não é isso que acontece conosco?

Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!

Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio: a música que saía de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou. Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, “saúde mental” até o fim dos seus dias.

Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes. A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música: Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se, há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do autor Lair Ribeiro, por que se arriscar lendo Saramago? Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Sílvio Santos e do Faustão.

Seguindo essa receita você terá uma vida tranquila, embora banal. Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar o tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram…

By Rubem Alves, do livro “Sobre o tempo e a eternidade” Editora Papirus, 1996.

Causa e efeito

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/09/2013 by Joe

Causa e efeito

Quantas vezes bloqueamos a espontaneidade das crianças, esquecendo-nos do quanto isso nos doeu na nossa infância…

Quantas vezes exigimos mais maturidade dos adolescentes sem lembrarmos o que passamos quando nos exigiram isso…

Quantas vezes nos queixamos dos colegas de trabalho e não nos perguntamos se eles também têm queixas sobre nós…

Quantas vezes nos irritamos nas ruas sem perceber que nossa irritação também causa mal aos outros…

Quantas vezes queremos implantar paz na família expressando-nos aos berros…

Quantas vezes esperamos dos nossos parceiros o que não estamos dispostos a dar-lhes…

Quantas vezes esperamos dos nossos filhos o que não demos aos nossos pais…

Quantas vezes esperamos dos nossos pais o que não damos aos nossos filhos…

Quantas vezes perdemos a paciência com idosos, esquecendo que a velhice chega para todos…

Quantas vezes repelimos animais e nos comportamos como seres irracionais…

Quantas vezes pedimos aos amigos coisas que não gostaríamos que eles nos pedissem…

Quantas vezes, na maior parte da vida, deixamos a vida passar sem senti-la no coração…

Afinal, quantas vezes você já pensou em reverter tudo isso?

Uma sugestão: que tal hoje?

Desconheço a autoria.

Salmão ao molho holandês

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/09/2012 by Joe

Peixe é, sem dúvida alguma, um elemento fundamental na nossa alimentação. Seja qual for a nossa faixa etária, ele deve estar presente na nossa dieta, pelo menos duas vezes por semana, pois o seu consumo ajuda a prevenir várias doenças como as que são provocadas pelo stress, as cardíacas e as de hipertensão.

Além de ajudar no desenvolvimento escolar, o peixe ajuda a diminuir o cansaço mental e, consequentemente, reduz também o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer em adultos e idosos.

Surpreendidos com a baixa taxa de acidentes cardiovasculares entre a população de esquimós da Groenlândia, cuja dieta alimentar se caracteriza por um elevado teor de gordura, os cientistas concluíram que a sua longevidade e boa saúde se devia exatamente ao elevado consumo de peixes ricos em ômega 3 (um tipo de gordura, conhecido como ácido graxo essencial, e não produzido pelo corpo humano, muito importante para uma boa saúde).

Segundo os especialistas, o seu consumo frequente ajuda ainda a controlar o colesterol e a hipertensão. O omega 3 é um ácido graxo polinsaturado que se encontra em várias espécies de peixes como o salmão, o atum, a sardinha, a garoupa, a truta ou o peixe-espada.

Este ácido gordo, ao contrário do que possa parecer, ajuda na redução das doenças cardiovasculares, formação de coágulos e acidentes vasculares cerebrais, protegendo ainda o organismo contra determinados tipos de câncer (mama, cólon e próstata), facilita o desenvolvimento correto da retina e do cérebro em crianças, e é terapêutico em doenças inflamatórias da pele. Além disso, como atua diretamente nas células nervosas, é também aconselhado no tratamento de problemas de sono, ansiedade e depressão.

Deve-se, no entanto, ter alguma atenção na sua preparação para que, durante o preparo, o peixe não perca as suas propriedades originais tão benéficas. Prefira-o grelhado ou assado, evitando as frituras.

A receita de hoje é especialmente preparada dessa forma, para manter todos os nutrientes essenciais do salmão. Para acompanhar, batatas cozidas, puxadas na manteiga e salsinha!

Bom apetite!

Salmão ao molho holandês

Ingredientes

4 postas generosas de salmão
1 cenoura picada
1 cebola grande picada
1 xícara (chá) de salsão picado
1 folha de louro
1 xícara (chá) de ervas finas a gosto
10 grãos inteiros de pimenta do reino
1 copo (200 ml) de vinho branco seco
2 copos (400 ml) de caldo de legumes
sal a gosto

Molho holandês

6 gemas
6 colheres (chá) de suco de limão siciliano
3 colheres (sopa) de água
1 xícara (chá) de manteiga sem sal derretida
sal a gosto
pimenta do reino branca a gosto

Acompanhamento

12 batatas bolinhas
1 xícara (chá) de salsinha picadinha
2 colheres (sopa) de manteiga com sal

Modo de preparo

Tempere as postas de salmão com parte das ervas, sal, cebola, e deixe descansar na geladeira por meia hora. Enquanto isso, em uma frigideira larga e funda, prepare o caldo de legumes com o vinho, a cenoura, as ervas, cebola, salsão, louro, pimenta do reino e sal. Deixe ferver por uns dez minutos (se necessário, coloque um pouco de água).

Retire o salmão da geladeira e acomode-os na frigideira sobre o caldo, tampe e deixe cozinhar por uns 15 ou 20 minutos. Prove o sal e acerte, se necessário.

Nesse meio tempo, prepare o molho holandês. Coloque, no liquidificador, as gemas, o sal, a pimenta, o suco de limão e bata tudo por dois minutos. Em seguida, vá despejando lentamente – e sem parar de bater – a manteiga derretida até o ponto de um molho espesso. Cuidado para não deixar o molho desandar!

Retire com cuidado as postas de salmão da frigideira, arrume-as em pratos individuais ou em uma travessa. Cubra com o molho e decore com uma rodela de limão retorcida. Coloque as batatas bolinhas cozidas e passadas na manteiga e cobertas com salsinha.

Um bom vinho branco é o acompanhamento ideal!

By Joemir Rosa.

Sonhos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/07/2012 by Joe

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:

– “Que tamanho tem o universo?”.

Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu:

– “O universo tem o tamanho do seu mundo”.

Perturbada, ela novamente indagou:

– “Que tamanho tem meu mundo?”

O pensador respondeu:

– “Tem o tamanho dos seus sonhos”.

Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.

Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances.

A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, faz dos idosos, jovens, e a ausência deles transforma milionários em mendigos, faz dos jovens, idosos.

Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.

Sonhe!

By Augusto Cury.

Gentileza

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 31/05/2012 by Joe

Você já ficou surpreso por que algum desconhecido foi gentil com você?

Muitas pessoas nem sentem, mas já se acostumaram com a falta de gentileza. E quando ela acontece, vira um evento.

As relações ficaram tão frias que o normal é a secura, a indiferença e até a hostilidade.

As pessoas parecem estar mais preparadas para se defender de ofensas do que receber palavras doces e gestos de carinho.

A gentileza virou artigo de luxo, peça de antiquário, virou memória.

Tem gente que desconfia de homem muito gentil, dizem logo que é gay.

Mulheres muito gentis são vistas como frescas ou falsas.

O mundo perdeu a referência de gentileza, de delicadeza.

Ser xingado no trânsito virou rotina. Ser destratado por quem ganha para servir é comum nos estabelecimentos.

A gente se depara com caras feias, impaciência e maus humores o tempo todo, até mesmo em casa.

Mas eu não me acostumo com isso, não! Eu quero gentileza pra minha vida, e quero ser gentil também.

Quero ser tratada com respeito, com carinho. Tratada como gente, que é exatamente o que a palavra gentileza sugere: gentileza é coisa de gente!

A juventude já não acha necessário dar o lugar para os idosos no ônibus, no metrô, nas filas.

Os homens já não praticam a delicadeza com o sexo oposto.

As mulheres, por sua vez, se emanciparam e dispensaram o cavalheirismo, porque acham que está fora de moda.

Eu quero gentileza, sim. De homens, de mulheres, de crianças, de estranhos.

Quero o gesto sutil, o telefonema de agradecimento, o bilhete de boas-vindas, as flores, os bombons…

Eu quero um simples olhar de sinceridade, porque ser verdadeiro é ser gentil também!

Eu quero a gentileza pela gentileza. Por menor que seja o gesto, ele faz bem, é necessário…

E essencial!

By Lena Gino.

Noite Feliz …

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , on 24/12/2011 by Joe

Chega o Natal e parece que todos nós ficamos mais sensíveis, a emoção toma conta dos nossos corações, enfim, parece que somos tomados pelo espírito natalino e nos voltamos para nossos próprios interiores.

A noite de Natal se torna o momento mais especial de todos os 365 dias do ano. Famílias reunidas, muita alegria, mesa farta (ou, pelo menos, com um algo a mais que, normalmente, não temos durante os meses anteriores), presentes, crianças com olhos brilhantes esperando a chegada de Papai Noel carregado de brinquedos!

Muitas famílias ainda guardam o momento da prece de Natal, aquele instante em que todos silenciam e voltam seus corações para Jesus, momento em que muitos pedem a Deus que atenda suas necessidades, seus desejos, seus sonhos … e outros pedem paz e fraternidade entre os homens de boa vontade na Terra …

O que existe de comum em todos os corações, nessa noite, é a esperança de dias melhores, de uma vida mais fácil e mais plena de amor e alegrias!

Noite feliz …

Mas será que essa noite é feliz para todos os habitantes deste planeta tão judiado, tão explorado e tão conturbado?

Será que a noite é feliz para aqueles povos que vivem o terror de dezenas de guerras civis que assolam a África?

Será que a noite é feliz para quem vive, neste instante, as implacáveis temperaturas abaixo de zero que castigam tantas nações no hemisfério norte e que nem sempre tem calefação em seus lares?

Será que a noite é feliz para tantos velhinhos abandonados pelos próprios filhos em asilos, nem sempre em condições dignas de vida para um ser humano?

E o que dizer de tantas crianças que, no momento em que estamos comemorando, comendo e bebendo, estão se escondendo em marquises de prédios, debaixo de pontes e viadutos, sem o calor humano de um abraço, sem o carinho de pais e irmãos, sem nem mesmo um pedaço de pão como alimento …

Enfim, se começarmos a enumerar todos aqueles que, neste momento, estão precisando de um abraço, um carinho, um lar, um pouco de amor, este post ficaria muito longo e muito depressivo…

Não quero, com este texto, tirar a alegria e nem estragar o momento desta noite de cada um … quero apenas pedir que, na prece silenciosa no coração de cada um de nós, lembremos de agradecer por tudo que temos, pela família em que nascemos (mesmo que ela não seja “aquela” família que todos desejariam), pelo nosso lar, nossos filhos, parentes e amigos …

Não esquecer de agradecer pelo emprego que temos, quando tantos procuram um “bico” para tentar ganhar um pouco pro seu sustento … pelo alimento, farto ou justo, que enfeita nossas mesas nesta noite … por estarmos entre aqueles que amamos e nos amam …

E, nessa prece de mais agradecimentos do que pedidos, não deixar de incluir a intenção de alguma ação futura que possa ajudar a tanta gente que precisa de uma mão amiga, de uma palavra de consolo, de um pouco de amor incondicional …

Acho que cada um sabe o que fazer e como fazer, né? Afinal, bem pertinho da gente, tem muita gente precisando de tudo isso … basta querer, basta deixar que toda essa emoção desta noite feliz preencha nossos corações pelos outros 364 dias do ano …

Desejo, então, a todos os meus amigos, leitores e eventuais visitantes deste blog, um Natal pleno de paz, fraternidade, esperança, respeito, saúde e muito amor incondicional!

“Jesus … que eu seja capaz de estender este estado de espírito agradecido, fraterno e amoroso por todos os demais dias da minha vida.”

By Joemir Rosa.

Abra-se para novas ideias

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/05/2011 by Joe

Nunca pare de aprender e de se adaptar. O mundo está sempre mudando. Se você se limitar àquilo que sabia e com que você se sentia à vontade em outra época da vida, irá se isolando à medida que envelhecer e sentindo cada vez maior frustração com as circunstâncias à sua volta.

Era um casal na faixa dos oitenta anos. Eu tinha uma relação de amizade com a família e por isso convivi muito com eles. Na grande mesa de refeição que reunia filhos e netos aos domingos, o contraste entre os dois era flagrante. Ela, atenta ao que se dizia, curiosa em ouvir histórias e opiniões, em entender o que se passava no mundo, às vezes escandalizada com a linguagem dos jovens, mas colocando seus limites sem censurar. Ele, desinteressado, emburrado mesmo, porque ninguém prestava atenção às suas histórias, contadas e recontadas centenas de vezes.

Eu soube que ela mantinha um diário e que, tendo dificuldade para escrever à mão, fizera um curso de computador e digitava diariamente suas experiências e o que se passava na família. Estava descobrindo a internet e se maravilhava viajando na tela. Os netos vinham visitá-la durante a semana e, com gosto, contavam suas histórias. Ele era ouvido com tédio e condescendência, pois estava fechado para escutar, para aprender, para descobrir, apegado a um passado que lhe dera segurança. Começava a morrer em vida.

Mas não é preciso estar na faixa dos oitenta para que isso aconteça. Há pessoas razoavelmente jovens aferradas a seus hábitos, ideias, valores, “donas da verdade”, surdas às ideias e argumentações que possam contestar seus dogmas, centradas em si mesmas e despidas de qualquer curiosidade em relação à novidade com que o mundo constatemente nos presenteia. Estão preparando um envelhecimento precoce e condenando-se a uma melancólica solidão.

Em pesquisas realizadas com americanos idosos, a satisfação estava mais relacionada à capacidade de adaptar-se do que às suas finanças ou à qualidade de seus relacionamentos. Se estivessem dispostos e abertos para mudar alguns de seus hábitos e expectativas, sua felicidade se manteria mesmo que as circunstâncias mudassem. Aqueles que eram resistentes às mudanças e que se fechavam para o novo tinham chances inferiores a um terço de se sentirem felizes.

Abra-se, pois, para novas ideias!

Desconheço o autor.

Tiramisú

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , on 12/03/2011 by Joe

Há muito debate em torno da origem do Tiramisú e nenhuma menção a ele, em documentos, antes de 1983. Em 1998, Fernando e Tina Raris (autores do livro “La Marca Gastronomica”, dedicado à cuisine da cidade de Treviso) disseram que o Tiramisú era uma invenção recente e originário do norte da Itália.

Enquanto revelavam sua origem ao mundo, várias receitas e adaptações começaram a surgir. Na receita original não havia licor, já que destinava-se também às crianças e idosos. E a forma original do Tiramisú era redonda.

Há quem diga que o Tiramisú surgiu no final da Segunda Guerra Mundial, quando as mulheres faziam o doce para seus maridos levarem para o front – já que notadamente ela é uma fonte de energia. Também conta-se que, antigamente, cortesãs de Veneza acreditavam que deveriam consumir o tiramisú antes que os cavalheiros chegassem, para obter energia para entretê-los durante a noite inteira.

E há também uma teoria menos glamourosa explicando que a sobremesa era um modo de reaproveitar um bolo velho e café passado, utilizando um pouco de licor para umedecer o bolo seco.

No fundo, no fundo o Tiramisú é um refrescante clássico pavê italiano, cujo nome significa algo como “me escolha” (Tirami Su). Figurativamente, o nome pode ser traduzido ainda como “faça-me mais feliz” (ou menos triste).

Como já foi dito (e como sempre acontece com quase todos os pratos) variações desta sobremesa existem aos montes, dependendo da região em que é preparado. Até porque tem ingredientes que não são facilmente encontrados em todo lugar. É o caso do queijo cremoso Mascarpone e dos biscoitos ingleses, que podem ser encontrados em alguns supermercados e empórios que trabalham com produtos importados.

Então, vamos à receita original, sempre indicando as possíveis substituições!

Tiramisú

Ingredientes

100 g de café em pó
150 ml de água
50 ml de conhaque
6 gemas peneiradas
250 g de açúcar de confeiteiro
1 kg de mascarpone (na falta dele pode usar cream cheese)
450 g de biscoito inglês (biscoito champagne)
cacau em pó para polvilhar

Modo de preparo

Prepare um café bem forte, acrescente o conhaque e reserve.

Em uma batedeira, batas as gemas peneiradas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Acrescente o mascarpone gelado e bata até obter a consistência de chantilly.

Antes de começar a montar a sobremesa, molhe os biscoitos, um por um, na mistura de café com conhaque.

Em um refratário retangular, faça uma camada com o creme mascarpone,  batido os biscoitos embebidos no café e cubra com outra camada do creme mascarpone. Faça outra camada de biscoitos e finalize com uma nova camada do creme. Leve à geladeira por umas 4 ou 5 horas e polvilhe com o cacau em pó na hora de servir!

By Joe.

O garoto das meias vermelhas

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/09/2010 by Joe

Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas.

Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com simplicidade:

– “No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e, quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que era o filho dela.”

– “Ora”, disseram os garotos. “mas você não está num circo. Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?”

O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou:

– “É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com ela.”

Existem muitas almas, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração. São crianças cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais.

Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue. Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.

São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas. Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial.

Aguardam…

São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de que alguém que partiu, retorne. Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar.

São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno.

Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.

Pense nisso!

O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro. E nem pode aquilatar a qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.

Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.

Se alguém estiver usando meias vermelhas por nossa causa, pensemos se esse não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração.

A maior de todas as artes é a arte de viver juntos!

Texto atribuído a Carlos Heitor Cony.

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