Arquivo para Humilhações

Há quanto tempo você não come jiló?

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/11/2014 by Joe

Comendo jiló

Uma senhora fazia feira há mais de 20 anos pensando nas coisas fresquinhas que iria levar para o marido, para o filho mais velho, para o filho do meio, para a caçulinha.

Um dia, ela foi surpreendida pela pergunta do feirante:

– “E para a senhora, o que vai levar?”

Ela foi até em casa pensando nos jilós que há muitos anos não comprava, apesar de adorar; ela nunca comprava o danado do jiló pois ninguém em sua casa gostava…

Nesse dia, ela chegou em casa e, em seguida, voltou correndo para a feira. Comprou um monte de jilós fresquinhos e os preparou com gosto, como se fossem para uma rainha, e comeu com mais gosto ainda, sentindo-se a própria rainha.

Quantos jilós deixamos de comer para agradar a essa ou aquela pessoa?

Quantas coisas boas deixamos para trás em nome do amor?

Quantos sapos engolimos e, às vezes, até humilhações sofremos calados?

Tudo em nome do amor…

Sei lá que raio de amor é esse, amor de peixe podre: quando mexe, fede, quando frita, faz mal! Tenho andado pelas ruas e continuo vendo pessoas de olhar baixo, olhos cansados, semblante pesado, parece que estão esperando algo acontecer para serem felizes.

Ouço muitos suspiros, pessoas afirmam que se tivessem mais dinheiro, seriam felizes, se tivessem alguém para amar seriam felizes, se tivessem um emprego seriam felizes.

De outro lado, vejo pessoas com muito dinheiro com medo de perder o que conquistaram, com medo de sair às ruas, com medo de assaltos, sequestros, obtendo “sono em caixinhas”.

Vejo casais brigando por cada besteira! Ciúmes, paranóias, desgaste de relações, filhos abandonados, incompreensão.

Gente empregada reclamando do chefe, do salário, do lugar, da cadeira, dos colegas da mesa ao lado…

E o tempo passando, escorrendo como areia fina pelos dedos; as oportunidades passando pelas nossas vidas e nem damos bola, estamos ocupados demais em atender a esse ou aquele pedido dos outros, estamos nervosos demais na reclamação, na angústia, na incompreensão dos outros.

Continuamos colocando sonhos malucos em nossa cabeça sem avisar as partes interessadas.

Por fim, não acreditamos que a felicidade está na nossa porta, que está dentro de nós, que podemos comer jiló a qualquer hora, ou que podemos não querer jiló nessa hora.

Não acreditamos que somos donos do nosso nariz, que se quebramos a cara em uma tentativa qualquer, somos nós que temos de nos levantar, tirar o aprendizado da experiência e tocar o barco…

Então, se você tiver vontade de comer jiló, vá a feira, escolha os mais bonitos e coma-os até se lambuzar!

Desconheço a autoria.

Somos todos responsáveis

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/04/2014 by Joe

Somos todos responsáveis

Passava do meio-dia, o cheiro de pão quente invadia aquela rua, um sol escaldante convidava a todos para um refresco.

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou:

– “Pai, to com fome!”

O pai, Agenor, sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência…

– “Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu to com muita fome, pai!”

Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria à sua frente. Ao entrar, dirige-se a um homem no balcão:

– “Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome. Não tenho nenhum tostão, pois saí cedo para buscar um emprego e nada encontrei. Eu lhe peço que, em nome de Jesus, me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino… em troca, posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar”.

Amaro, o dono da padaria, estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho. Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro que, imediatamente, pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF – prato feito – com arroz, feijão, bife e ovo. Para Ricardinho era um sonho comer após tantas horas na rua. Para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá.

Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada. A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e a lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de dois anos de desemprego, humilhações e necessidades.

Amaro se aproxima de Agenor e, percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:

– “O, Maria! Sua comida deve estar muito ruim! Olha o meu amigo aqui… está até chorando de tristeza desse bife… será que é sola de sapato?”

Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer.

Amaro pede, então, que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho. Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas…

Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório. Agenor conta, então, que há mais de dois anos havia perdido o emprego e, desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos “bicos aqui e acolá”, mas que há dois meses não recebia nada.

Amaro resolve, então, contratar Agenor para serviços gerais na padaria e, penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos uns quinze dias. Agenor, com lágrimas nos olhos, agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho.

Ao chegar em casa com toda aquela “fartura”, Agenor é um novo homem – sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso. Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta… era toda uma esperança de dias melhores!

No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria, ansioso para iniciar seu novo trabalho. Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia por que estava ajudando. Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes; mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquele homem.

E ele não se enganou – durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.

Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar.

Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta…

Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula.

Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros, advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro. Ao meio dia, ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o “antigo funcionário” tão elegante em seu primeiro terno.

Mais dez anos se passam e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida na hora do almoço. Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista.

Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um. Contam que, aos 82 anos, os dois faleceram no mesmo dia, quase que na mesma hora, morrendo placidamente, com um sorriso de dever cumprido.

Ricardinho, o filho, mandou gravar na frente da “Casa do Caminho”, que seu pai fundou com tanto carinho, uma placa que dizia:

– “Um dia, eu tive fome e você me alimentou. Um dia, eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia, acordei sozinho e você me deu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma! E que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar”.

Não se esqueçam: somos todos responsáveis por um mundo melhor! Todos nós podemos fazer uma parte que irá ajudar o todo!

E você, quando você começa?

Desconheço a autoria.

O corpo fala quando a gente se cala

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/03/2014 by Joe

Quantos gritos

Para a maioria das pessoas, dizer o que sente, o que quer, o que deseja, é tarefa quase impossível. Elas são incapazes de “enfrentar” o medo, o complexo, a angústia e a timidez.

Não reclamam, não exigem. Aceitam as exigências dos outros, aguentam humilhações, tornam-se submissas.

Conformam-se, aparentemente, com a vida que têm: com a falta de amor, de compreensão, de carinho, com exigências exorbitantes, com o papel insignificante que exercem, com o lugar mesquinho que ocupam no coração dos outros.

Já que elas não conseguem falar, o seu corpo fala por elas, através de doenças. Só que a fala do corpo não é como a linguagem, direta e clara. A fala do corpo é indireta e obscura. Ela só consegue dizer que muita coisa está ruim. Ela só consegue dizer: eu existo e estou sofrendo.

Mas, na maior parte das vezes, a família e os amigos só conseguem enxergar a doença. Aconselham a pessoa a procurar o médico, fazer tratamentos necessários, sem perceber que aquela doença é apenas um grito de outro sofrimento. E esse sofrimento os médicos e os remédios nem sempre curam.

Muitas vezes a pessoa entra num processo de doenças que se sucedem. Melhora de uma coisa, aparece outra. Isso porque ela está usando o próprio corpo para falar daquele outro sofrimento mais íntimo, mais nebuloso, mais persistente e doloroso; que é o sofrimento do desprezo, da solidão, de não ser amado.

É preciso aprender a ter coragem de dizer do que se gosta e do que não se gosta; do que se admite e do que não se admite que façam consigo; de como quer ser tratado e respeitado, porque somente essa coragem será o antídoto contra os males físicos, que poderão se arrastar por toda a sua vida.

“Perceber sua postura perante a vida é olhar o que se passa dentro de si mesmo: assumir seus próprios sentimentos – medo, tristeza, insegurança. Isso exige bastante coragem. A coragem é um desafio contra a estagnação, é um estresse positivo que eleva a sua confiança, a sua autoestima.”

Um modo de vida com pensamentos positivos é essencial para uma boa saúde física e mental.

Aprenda a ser feliz!

By Bernadete Moreira Lambertucci.

O corpo fala quando a gente se cala

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/05/2011 by Joe

Para a maioria das pessoas dizer o que sente, o que quer, o que deseja é tarefa quase impossível. Elas são incapazes de “enfrentar” o medo, o complexo, a angústia e a timidez.

Não reclamam, não exigem. Aceitam as exigências dos outros, aguentam humilhações, tornam-se submissas.

Conformam-se, aparentemente, com a vida que têm: com a falta de amor, de compreensão, de carinho, com exigências exorbitantes, com o papel insignificante que exercem, com o lugar mesquinho que ocupam no coração dos outros.

Já que elas não conseguem falar, o seu corpo fala por elas, através das doenças. Só que a fala do corpo não é como a linguagem, direta e clara. A fala do corpo é indireta e obscura. Ela só consegue dizer que muita coisa está ruim. Ela só consegue dizer: eu existo e estou sofrendo.

Mas na maior parte das vezes, a família e os amigos só conseguem enxergar a doença. Aconselham a pessoa a procurar o médico, fazer tratamentos necessários, sem perceber que aquela doença é apenas um grito de outro sofrimento. E esse sofrimento os médicos e os remédios nem sempre curam.

Muitas vezes a pessoa entra num processo de doenças que se sucedem. Melhora uma coisa, aparece outra. Isso porque ela está usando o próprio corpo para falar daquele outro sofrimento mais íntimo, mais nebuloso, mais persistente e doloroso que é o sofrimento do desprezo, da solidão, de não ser amado.

É preciso aprender a ter coragem de dizer do que se gosta e do que não se gosta; do que se admite e do que não se admite que façam consigo; de como quer ser tratada e respeitada, porque somente essa coragem será o antídoto contra os males físicos, que poderão se arrastar por toda a sua vida.

“Perceber sua postura perante a vida é olhar o que se passa dentro de si mesmo, assumir seus próprios sentimentos – medo, tristeza, insegurança. Isso exige bastante coragem. A coragem é um desafio contra a estagnação, é um estresse positivo que eleva a sua confiança, a sua auto-estima.”

Um modo de vida com pensamentos positivos é essencial para uma boa saúde física e mental.

Aprenda a ser feliz!

By Bernadete Moreira Lambertucci.

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