Pensar é o trabalho mais difícil que existe!
Esta é, provavelmente, a razão por que tão poucos se dedicam a ele!
By Henry Ford.
O presidente Mundial da Renault, o brasileiro Carlos Ghosn, o homem que tirou a Nissan da falência e é considerado o Henry Ford do século 21, diz o seguinte:
– ”A única coisa que faz a diferença é a motivação. Se você perder a motivação, aos poucos você perde tudo.”
O próprio pensamento de Henry Ford nos traz à tona a importância do caminho que escolhemos com foco em motivação e atitude quando disse:
– ”Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma você estará certo.”
Uma empresa nunca quebra hoje. Quebra cincos anos antes. Não é falência financeira, é falência motivacional. Os motivados enxergam oportunidades nas dificuldades, os desmotivados enxergam dificuldades nas dificuldades! Os positivos fazem, os negativos reclamam!
A escolha entre ser otimista ou pessimista é de cada ser humano e construirá toda uma estrada em que ele irá trilhar. 82% das maiores empresas do mundo vieram do ”absolutamente nada”, vieram da garra de seus fundadores e do compromisso de suas equipes de trabalho que acreditam no seu talento.
A questão é: o que você está fazendo com suas ideias? O que faz com seus pensamentos? Como anda o planejamento de sua vida e de seu trabalho?
Pense nisso!
Desconheço a autoria.
Para todos os que estavam torcendo pelo hexa, a frustração não vem apenas pelo fato da seleção ter perdido para a Holanda, mas principalmente porque tínhamos plenas condições de vencer.
O desequilíbrio emocional do time do Brasil ficou evidente na reação individual de alguns jogadores, e na incapacidade de reação de toda a equipe.
Uma das perguntas que não quer calar é:
“Por que a seleção brasileira demonstrou tamanho desequilíbrio emocional?”.
Bem, existem várias respostas para esta pergunta, e algumas delas nunca iremos descobrir. Por isso permita-me ater àquela que ficou evidente para todos nós: a grande diferença entre poder e autoridade. De um lado o poder, representado pelo zangado Dunga, e de outro a autoridade, exemplificada por nosso “hermanito” Diego Maradona, um dos grandes personagens desta copa.
Imagine dois meninos participando de um campeonato de futebol na escola. Do lado de fora o pai de um deles dá bronca, xinga, grita, briga e não aceita qualquer erro do filho. No intervalo, descontrolado, aponta tudo o que o filho fez de errado e exige que ele melhore o seu desempenho, porque se não o fizer, a bronca vai ser ainda maior. Já o pai do outro menino, apesar de alguns erros do filho, o incentiva o tempo todo, sinaliza que acredita nele, grita palavras de apoio e, no intervalo, enfatiza o que ele está fazendo bem, ajuda-o a enxergar o que pode melhorar, reitera o quanto acredita em seu potencial e que, independente do resultado, ele sempre terá o seu apoio.
O primeiro pai adota a postura “Dunga” de liderança, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, enquanto o segundo pai prefere o estilo “Maradona”, permitindo que as pessoas façam o que precisa ser feito por que assim o desejam. Esta é a diferença entre poder e autoridade.
Segundo Max Weber, autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem sua vontade de bom grado por causa de sua influência pessoal; e poder é a capacidade de obrigar ou coagir as pessoas a fazerem sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que elas preferissem não fazê-lo.
O poder pode ser comprado, vendido, negociado, subornado, dado e retirado. Preferências pessoais, amizades, laços familiares e interesses escusos podem colocar uma pessoa em posição de poder, mas não podem dar-lhe autoridade. Poder é o que você faz, autoridade é o que você é. Voltando ao exemplo dos meninos, qual dos dois meninos você preferiria ser? Qual dos pais você preferiria ter ao seu lado num jogo de futebol? Certamente, o segundo.
Não importa o tipo de sua organização: indústria, comércio, serviços, família, igreja, clube, ONG, condomínio ou esportes, ela opera no ramo dos relacionamentos; elas só existem e acontecem por causa das pessoas, e aí é que mora o perigo do abuso de poder; com o tempo, ele compromete o principal negócio das organizações: os relacionamentos.
É por isso que modelos “Henry Ford” de liderança não têm mais espaço nos dias de hoje. Pensamentos como: “Pode ser de qualquer cor, desde que seja preto” ou “Por que ouvir as pessoas e suas ideias se eu apenas preciso delas do pescoço para baixo?” já não fazem tanto sucesso em nossos dias. Esta cultura teve sua aplicação ao longo da História, mas o seu tempo já passou. É por isso que o modelo “Dunga” de liderança não funciona, e não funcionou.
Você pode estar pensando: “Mas a Argentina também perdeu, portanto, o modelo de Maradona tampouco funciona”. A verdade é que as derrotas também fazem parte do caminho do aprendizado. A derrota não invalida uma boa liderança. Se você notou, quando terminou o jogo do Brasil com a Holanda, Dunga abaixou a cabeça e foi direto para o vestiário sem conversar com seus jogadores, enquanto Maradona, após ser atropelado pela Alemanha, ao final da partida caminhou em direção a cada jogador, agradecendo, beijando e consolando um a um.
A autoridade é legitimada pela equipe, estabelecendo a conexão entre líder e liderados, já o poder distancia o líder de sua equipe. A autoridade reforça a confiança, enquanto o poder aumenta o controle. A autoridade permite que as pessoas arrisquem mais porque sabem que um possível erro será usado como aprendizado; já o poder inibe a criatividade porque as pessoas sabem que serão punidas por seus erros. A autoridade traz maior confiança, controle e estabilidade emocional à equipe, enquanto o poder desestabiliza e fragiliza as pessoas, e foi justamente isso que aconteceu com nossa seleção.
O verdadeiro líder conhece a si mesmo e está tão seguro de sua identidade que nada, nem ninguém, podem impedí-lo de identificar e atender as legítimas necessidades de seus liderados, conquistando, assim, a autoridade necessária para aumentar a confiança e diminuir o controle sobre as pessoas. Portanto, como líder, priorize a autoridade.
By Marco Fabossi, conferencista, escritor, consultor, coach executivo e coach de equipe, com foco em liderança.
Site: www.marcofabossi.com.br.