Arquivo para Hábitos

Atitude decidida

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/09/2015 by Joe

Uma atitude decidida é aquela que nos impulsiona a agir com determinação.

É a que nos faz dar um basta no relacionamento que não está funcionando, deixar aquele emprego chato para buscar outro mais de acordo com o nosso desejo, afastar da nossa vida as pessoas invejosas.

Ela aumenta o nosso poder sobre nós mesmos e ajuda a escolher as experiências que desejamos ter.

Uma atitude decidida nos faz olhar para dentro de nós mesmos a fim de que possamos verificar se estamos nos movendo em direção às nossas metas ou se, descuidados, estamos nos afastando delas sem perceber.

Se fosse uma cor, seria uma cor vibrante, que não deixasse dúvidas.

Se fosse uma palavra, seria uma palavra forte, sonora, cujo significado brilha.

Se fosse um animal, seria um animal forte, corajoso, que corre em direção à caça e se deixa guiar pelo instinto, sem medo.

Se fosse uma pessoa, seria alguém que não tem tempo a perder e que coloca o foco naquilo que busca na vida.

Uma atitude decidida pode ser exercitada através das pequenas escolhas do dia-a-dia.

É fortalecida com a transformação de crenças limitantes em crenças que apoiam a concretização dos objetivos desejados.

Uma atitude decidida exige liberdade, confiança, a habilidade de mudar sempre que necessário.

Ela implica na sabedoria de que, mais importante do que acertar, é assumir o poder da escolha e decidir o que nos nos parece melhor.

Uma atitude decidida deixa para trás cargas emocionais e não permite que frustrações passadas atrapalhem o presente.

Ela tem a consciência de que a vida acontece aqui e agora e de que é preciso ser o agente da própria história.

Quando optamos por ser quem somos e assumimos a responsabilidade por nossas escolhas sem medo da crítica ou de julgamentos, descobrimos a magia da atitude decidida.

Uma atitude decidida é aquela que nos leva à vitória!

Através dela exercitamos o poder sobre as nossas vidas e descobrimos que cabe a cada um de nós o privilégio de lutar e alcançar os próprios objetivos.

Você toma uma atitude decidida quando…

Termina aquele namoro que já vem se arrastando há tempos.

Pede demissão do emprego e vai à luta, porque descobriu que é preciso trabalhar com amor e dar o seu melhor naquilo que faz.

Joga fora o maço de cigarros e resolve que não vai mais fumar.

Esclarece mal entendidos com quem quer que seja, abre mão dos julgamentos e da crítica e exercita a aceitação. E assim descobre a paz de viver sem seguir pela vida carregando lixo emocional.

Decide sair da casa dos pais e viver a sua própria vida, assumindo a responsabilidade pelas suas escolhas.

Assume um compromisso com quem você ama.

Começa aquela dieta há tanto tempo adiada e decide que está na hora de gostar mais de si mesmo(a) e adotar hábitos saudáveis no seu dia a dia.

Procura uma terapia para se conhecer melhor. Mas não se deixa levar pela ilusão de que alguém poderá fazer o trabalho de transformação interior por você.

Compra uma passagem e tira férias para fazer aquela viagem sonhada.

Pede desculpas para quem você ama.

Abandona a falsa segurança de um casamento confortável para buscar a felicidade no amor.

Descobre que, às vezes, o melhor que se tem para tirar de uma situação é sair dela.

E você? Tem atitude?

By Tatiana Mutaf.

Hábitos e atitudes

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/05/2015 by Joe

Hábitos e atitudes

Crescer não significa só aprender. É preciso que os conhecimentos transformem-se em atitudes. E muitas vezes isso não acontece porque não queremos abandonar velhos comportamentos. Faz tanto tempo que convivemos com eles que parece que fazem parte de nossa identidade, de nossa natureza.

No entanto, pensamentos, sentimentos e atitudes são como roupas: estão em você mas não são você. Se já não servem mais, abandone-os e procure ideias novas que lhe tragam os resultados desejados. Você tem de ser dono de seus pensamentos, e não escravo deles.

Os maiores escravizadores dos seres humanos são:

1. Os hábitos – aquela frase “Eu sempre fui assim” condena você a continuar sempre assim. Você sempre foi assim porque o ensinaram a ser assim. Então, escolha ser de outra maneira e vai descobrir que, aos poucos, estará agindo de modo diferente. Não seja escravo do passado. Se tiver de ser escravo, seja escravo dos seus sonhos.

2. A autoimagem – a maneira como você se vê impede você de ser você mesmo. Quando alguém diz “Eu sou assim”, não consegue descobrir que é muito maior do que sua imagem. Quando alguém diz “Eu sou tímido”, não consegue deixar de ser tímido. Não crie rótulos para você. Rótulos são bons para refrigerantes. Você é muito mais do que uma marca de refrigerante. Preste atenção em você e descubra-se maior do que os seus rótulos.

3. A opinião dos outros – há muita gente que sempre muda de caminho porque quer agradar a todo o mundo. Escolha seus orientadores e mantenha a sua rota. Você tem de confiar em você, mesmo que ninguém confie. Esteja sempre pronto a reavaliar a sua estratégia, mas não deixe os outros pilotarem o barco da sua vida.

Para mudar nossa mentalidade e nossas atitudes, é preciso que estejamos dispostos a enfrentar o desconhecido. E é frequentemente aí que começam os problemas, porque, mesmo enfrentando dificuldades, as pessoas preferem dizer: “Eu sempre fiz assim e sempre funcionou!”.

Só que o “sempre foi assim” é uma ilusão e, na maioria das vezes, a desculpa para não evoluir. Os campeões adoram o desafio de fazer diferente, têm prazer em ser diferentes, são fascinados pelo pensar diferente, porque sabem que os desafios os obrigam a crescer.

Enquanto isso, os perdedores dizem que “Já está bom”. E ficam parados no mesmo lugar. Para os perdedores, a acomodação é fácil. Para os campeões, é uma sentença de morte.

Comprometa-se com o que você se propõe, pois assim terá forças para as mudanças que forem necessárias. Mais importante do que o desejo de mudar é o comprometimento com a mudança.

By Roberto Shinyashiki, em seu livro “A revolução dos Campeões”.

Gratidão

Posted in Astral with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/02/2015 by Joe

Gratidão

Dói constatar que há muito pouco espaço para a gratidão manifesta, não importa sobre que tipo de justificativa: somos pródigos em arrumar desculpas, mesmo a respeito de pequenas omissões.

Geralmente não nos detemos o suficiente para analisar a importância que tiveram e têm em nossas vidas os conselhos e as atitudes de pessoas que cruzaram o nosso caminho nas mais variadas circunstâncias (muitas vezes nem as conhecíamos, o que não as impediram de ter desempenhado um papel importantíssimo no rumo de nossas vidas).

Estão perdidas em algum canto obscuro da nossa memória aquelas pessoas que:

– despertaram em nós uma vocação, ou até mesmo nos ensinaram a arte de um hobby, de um esporte, de uma profissão: foram para nós, num determinado momento, um ícone, uma referência; lógico que, depois, fizemos por merecer o que somos e construímos hoje, mas, seguramente, sem aquele “empurrão”, tudo teria sido muito mais difícil (ou, quem sabe, até impossível);

– num momento difícil de nossas vidas, em que o dinheiro era muito escasso, alimentaram nossos estômagos vazios, com lanches simples e maravilhosos, e/ou nos abrigaram por uns tempos, cedendo um espaço para ficarmos, tudo isso sem nada nos cobrar;

– nos disseram que haveria um concurso interessante e, muitas vezes, até nos emprestaram o dinheiro para a inscrição (através delas prestamos o concurso, fomos aprovados e estamos trabalhando lá até hoje);

– nos apresentaram ao mundo das artes e da cultura em geral, emprestando-nos discos e livros, nos permitindo o acesso à leitura de jornais, revistas (pode ser que nem nos emprestaram nada, mas, como vizinhos, nos brindaram com o som de cantores e músicas inesquecíveis, muitos deles determinantes nos rumos da nossa vida.

Merecem igualmente um espaço nobre na galeria da gratidão todas as pessoas que trabalharam para nós, ou nos prestaram serviços (em escolas, creches), cuidando de nossos filhos, principalmente quando eles eram mais indefesos: você pode até argumentar que sempre lhes pagou muito bem por esse serviço (o que não se discute), mas não se esqueça que, mesmo assim, seus filhos poderiam ter sido maltratados, agredidos, ter adquirido péssimos hábitos.

As pessoas, quando são atendidas em suas pequenas ou grandes solicitações, raramente se dignam a agradecer a gentileza a quem as valorizou e se mobilizou, sabe lá a que preço (em termos de dificuldade, de ordenação de agenda, disponibilidade de tempo), para atendê-las.

Agem como se fosse obrigação sua, como se fossem naturais os pedidos delas, como se fosse uma honra atendê-las, mesmo que você nunca as tenha visto ou ouvido falar delas antes. É bom se ressaltar que, quanto maior a amizade, maior a necessidade da valorização do gesto.

É restrito, também, o espaço das pequenas gentilezas, principalmente no trânsito. Quando você quer sair de uma vaga diagonal, e o trânsito está intenso, é normal você ter que esperar muito tempo: geralmente alguém só pára o carro e lhe dá passagem se ele estiver interessado em ocupar a sua vaga.

Se você quase sobe na calçada com o carro, ou espera pacientemente, para lhe dar passagem, o motorista passa por você na maior imponência e desprezo, sem olhar de lado e sem dar o menor aceno de reconhecimento pela gentileza com que foi distinguido, como se fosse um imenso prazer para você ter cedido espaço para tão importante personalidade.

Vestidas as carapuças, o mais importante de qualquer reflexão não é provocar lágrimas, arrependimentos, autocensuras: o que mais interessa é, com base no estímulo ao nosso campo de memória, o que podemos fazer de diferente agora, a partir do resgate da consciência de significativos momentos de nossa existência.

É possível reparar alguma coisa com aquelas pessoas que tanto representaram para nós? Se a resposta for negativa (“já morreram”, “não tenho a menor ideia como reencontrá-las”, etc.), cabe outra reflexão, como forma grata de “pagamento” pelo que, de maravilhoso, recebemos um dia: “O que está ao meu alcance fazer, para participar da vida de outras pessoas que, no momento presente, tal como eu, precisam de algum tipo de estímulo?”

E por que tudo isso? E por que dar atenção a esses convites? Se não movido por impulsos afetivos, éticos e de reconhecimento, pelo menos em atenção a um princípio interessante na vida, que nos convida a continuamente renovarmos o ciclo “receber, agradecer, desfrutar, compartilhar, devolver”.

By Lourival Antonio Cristofoletti.

Coisas da nossa língua – 2

Posted in Nossa língua with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/10/2014 by Joe

Coisas da nossa língua 2

Dando continuidade à expressões que utilizamos em nosso dia-a-dia (veja aqui a primeira parte desta matéria), trazemos mais algumas explicações quanto à origem das mesmas.

1. Jurar de pés juntos:

“Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu”! A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresia tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

2. Motorista barbeiro:

“Nossa, que cara mais barbeiro”! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

3. Tirar o cavalo da chuva:

“Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje”! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

4. Dar com os burros n’água:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

5. Guardar a sete chaves:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.

6. OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

7. Onde Judas perdeu as botas:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

8. Pensando na morte da bezerra:

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

9. O pior cego é o que não quer ver:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

10. Andando à toa:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

11. Nhen-nhen-nhem:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

12. Vai tomar banho:

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio , além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

13. Eles que são brancos que se entendam:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português… O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos que se entendam “. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de D. Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, D. Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, D. Luís se explicou: “Nós somos brancos, cá nos entendemos”.

14. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C. – 18 d.C), autor de célebres livros como “A arte de amar” e “Metamorfoses”, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

By Joemir Rosa.

Ricos e pobres

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 18/08/2014 by Joe

Ricos e pobres

Anos atrás escrevi sobre um apresentador de televisão que ganhava R$ 1 milhão por mês e que, em uma entrevista, vangloriava-se de nunca ter lido um livro na vida. Classifiquei-o imediatamente como um exemplo de pessoa pobre.

Agora leio uma declaração do publicitário Washington Olivetto em que ele fala sobre isso de forma exemplar. Ele diz que há no mundo os ricos-ricos (que têm dinheiro e têm cultura), os pobres-ricos (que não têm dinheiro, mas são agitadores intelectuais, possuem antenas que captam boas e novas ideias) e os ricos-pobres, que são a pior espécie: têm dinheiro, mas não gastam um único tostão da sua fortuna em livrarias, shows ou galerias de arte; apenas torram em futilidades e propagam a ignorância e a grosseria.

Os ricos-ricos movimentam a economia gastando em cultura, educação e viagens, e com isso propagam o que conhecem e divulgam bons hábitos. Os pobres-ricos não têm saldo invejável no banco, mas são criativos, abertos e efervescentes. A riqueza destes dois grupos está na qualidade da informação que possuem, na sua curiosidade, na inteligência que cultivam e passam adiante. São estes dois grupos que fazem com que uma nação se desenvolva. Infelizmente, são os dois grupos menos representativos da sociedade brasileira.

O que temos aqui, em maior número, é um grupo que Olivetto nem mencionou, os pobres-pobres, que devido ao baixíssimo poder aquisitivo e quase inexistente acesso à cultura, infelizmente não ganham, não gastam, não aprendem e não ensinam: ficam à margem, feito zumbis.

E temos os ricos-pobres, que têm o bolso cheio e poderiam ajudar a fazer deste país um lugar que mereça ser chamado de civilizado, mas, que nada: eles só propagam atraso, só propagam arrogância, só propagam sua pobreza de espírito. Exemplos? Vou começar por uma cena que testemunhei semana passada.

Estava dirigindo quando o sinal fechou. Parei atrás de um Audi preto, do ano. Carrão. Dentro, um sujeito de terno e gravata que, cheio de si, não teve dúvida: abriu o vidro automático, amassou uma embalagem de cigarro vazia e a jogou pela janela no meio da rua, como se o asfalto fosse uma lixeira pública. O Audi é só um disfarce que ele pode comprar, pois, no fundo, é um pobretão que só tem a oferecer sua miséria existencial.

Os ricos-pobres não têm verniz, não têm sensibilidade, não têm alcance para ir além do óbvio. Só têm dinheiro. Os ricos-pobres pedem, no restaurante, o vinho mais caro e tratam o garçom com desdém; vestem-se de Prada e sentam com as pernas abertas; viajam para Paris e não sabem quem foi Degas ou Monet; possuem TVs de LCD em todos os aposentos da casa e só assistem programas de auditório; mandam o filho para Disney e nunca foram a uma reunião da escola. E, claro, dirigem um Audi e jogam lixo pela janela.

Uma esmolinha para eles, pelo amor de Deus!!!

O Brasil tem saída se deixar de ser preconceituoso com os ricos-ricos (que ganham dinheiro honestamente e sabem que ele serve não só para proporcionar conforto, mas também para promover o conhecimento) e valorizar os pobres-ricos, que são aqueles inúmeros indivíduos que fazem malabarismo para sobreviver, mas, por outro lado, são interessados em teatro, música, cinema, literatura, moda, esportes, gastronomia, tecnologia e, principalmente, interessados nos outros seres humanos, fazendo da sua cidade um lugar desafiante e empolgante.

É este o luxo que precisamos, porque luxo é ter recursos para melhorar o mundo que nos coube. E recurso não é só dinheiro: é atitude e informação.

By Martha Medeiros.

Atitudes que drenam energias

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/06/2014 by Joe

Atitudes que drenam energia

Às vezes você se sente cansado, esgotado e não sabe o porquê?

Então, está na hora de avaliar se suas atitudes e pensamentos não estão influenciando a sua saúde física, emocional e mental.

Leia e reflita sober os tópicos abaixo e depois avalie como têm sido suas atitudes e pensamentos… e mude-os!!

1. Pensamentos obsessivos

– Pensar gasta energia e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental – torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos

– Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a autoestima, a alegria e o bom-humor recarregam as energias e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos e falta de cuidados com o corpo

– Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente

– As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão

– Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal

– Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro

– Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos; mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também a nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados

– A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas nos dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livra-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do autoconhecimento, da disciplina e determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza

– A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. Pise no chão, na terra, na grama. Banhos de cachoeiras são ótimos para reabastecermo-nos!

10. Preguiça e negligência

– E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono…

11. Fanatismo

– Passa um ventinho e a pessoa diz “Ai meu Deus! Tem energia ruim aqui!” Alguém olha para você e logo você fala “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil, manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!

12. Falta de aceitação

– Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’. O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!

Desconheço a autoria.

Amor virtual

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/06/2014 by Joe

Amor virtual

Acredito em amor virtual. Não adianta se valer do ceticismo da carne e dizer que a distância engana, que as pessoas não se conhecem, que pode haver desfeita e desilusão.

Acredito em amor virtual. Pois nada é mais expansivo e verdadeiro do que se conhecer pela linguagem. Nada é mais íntimo e pessoal do que se doar pela linguagem.

Não serei convencido da frieza do relacionamento na web, da articulação de fachadas e pseudônimos, da ironia e dos subterfúgios denunciados nos chats. O que acontece na internet reproduz a vida com seus defeitos e virtudes, não se pode exagerar na desconfiança. O amor virtual é tão real quanto o sangue. Não preciso enxergar o sangue para verificar se ele corre. O amor virtual trabalha com a expectativa e a ansiedade. Como um teatro que se faz de improviso, com a ardência de ser aceito aos poucos, sem o temor e os avisos em falso do rosto.

Na correspondência há a esperança de ser amado e de entreter as dores. A esperança aceita tudo, transforma todo troco em investimento. Um gesto de redobrada atenção, uma resposta alentada, uma frase diferente, um cuidado excessivo, a cordialidade do eco… e o amor se instala!

Não há o julgamento pelas aparências (que se assemelha a uma execução sumária), mas o julgamento em função do que se imagina ser, do que se deseja, do que se acredita. São raros os momentos em que se pode fechar os olhos para adivinhar. Adivinhar é delicioso – é se dedicar com intensidade às impressões mais do que aos fatos.

Alguns dirão que é alienação permanecer horas e horas teclando ou conversando diante de uma câmera e do computador. Mas é envolvimento, amizade, compromisso. É pressentir o cheiro, formigar os ouvidos, seduzir devagar. Não conheço paixão que não ofereça mais do que foi pedido.

Quem reclamava da ausência de preliminares deve comemorar o amor virtual? Nunca se teve tanta preliminar nas relações, rodeios, educação. Fica-se excitado por falar. Devolve-se à fala seu poder encantatório de persuadir. Afora o espaço democrático: um conversa e o outro responde. Findou o temporal de um perguntar para outro fingir que está ouvindo.

No amor virtual, a linguagem é o corpo. Dar a linguagem é entregar o que se tem de mais valioso. É esquecer as roupas na corda para escutar a chuva. É recordar de memórias imprevistas como do tempo em que se ajudava à mãe a contornar com o garfo a massa do capeletti. Conversa-se da infância, dos fundos do pátio, do que ainda não se tinha noção, sem ficar ridículo ou catártico. Abre-se a guarda para olhares demorados nos próprios hábitos. A autocrítica se converte em humor; a compreensão, em cumplicidade. É uma distração para concentrar. Uma distração para dentro. Vive-se com mais clareza para contar e se narrar.

Amor virtual é conhecer primeiro a letra, para depois conhecer a voz. A letra é o quarto da voz.

By Fabrício Carpinejar, jornalista e escritor.

Mães

Posted in Homenagem with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/05/2014 by Joe

Feliz Dia das Mães

Mães, geralmente é a vocês que cabe a educação dos filhos, sobretudo no capítulo modos à mesa, arrumação do quarto, etc.

Não sejam preguiçosas! É mais fácil fazer que ensinar. Mas tenham coragem, ensinem. E comecem cedo para que os bons hábitos se tornem uma segunda natureza e não um procedimento para se ter só na frente das visitas.

Sejam rigorosas! Eles vão te odiar, às vezes. Você vai querer esganá-los frequentemente. Faz parte entre as pessoas que se amam. Mas um belo dia alguém vai dizer o quanto seu filho é educado, prestativo, gentil, querido. Você vai desmaiar de surpresa e felicidade.

Eu nunca me esqueço daquela história da mãe que se dirigiu a uma especialista em boas maneiras para saber com que idade ela deveria colocar seu filho no curso. Ao saber que o filho estava com três meses de idade, ela respondeu: “Mas talvez já seja muito tarde!”.

Não morra de vergonha se seu filho der um vexame na frente dos seus amigos. Não valorize os erros nem dê bronca em público. Nunca trate a criança com se ela fosse uma débil mental, elas entendem tudo!

Use sempre um bom vocabulário. Isso aumenta a capacidade linguística das crianças e não fique para morrer de culpa se algum dia precisar frustrar seu filho, tipo promessa que não pode ser cumprida, etc. Apesar do que dizem os especialistas, uma frustraçãozinha de vez em quando prepara a criança para aprender a suportá-las quando, no decorrer da vida, elas infelizmente acontecerem.

O palavrão. É dito por todos. Até em televisão, escrito nos jornais, etc. Pretender que uma criança não repita é puro delírio. Vamos moderar. Mas a regra de ouro seria: palavrão na linguagem corriqueira é uma coisa, mas não pode ser usado jamais na hora da raiva, da briga. Isso vale também para os adultos.

Ensinem, obriguem seus filhos a cuidarem da bagunça que fazem. O copo de Coca-Cola? De volta pra cozinha. A revistinha que acabou de ler? Para o quarto. Os milhares de papeizinhos de Bis? Amassar e jogar no cinzeiro. A lista não tem fim porque a imaginação de uma criança para instalar o caos onde quer que esteja é também infinita.

Alguns mandamentos:

Não sair pra se servir correndo na frente dos outros. O ideal, aliás, seria que as crianças até certa idade fizessem as refeições antes dos adultos, com as mães ali ao lado, patrulhando as boas maneiras. Não deixar cair um grão sequer na mesa. Não encher demais o prato. Há fome no mundo, etc, etc. Se encher, que coma tudo. A partir dos cinco anos, não cortar a carne toda de uma vez. Cinco? Talvez eu tenha exagerado. Sete. Não misturar carne com peixe. Macarrão com farofa, etc. Isso é cultura.

Pedir licença pra se levantar quando a refeição terminar, pode alegar que precisa estudar, para evitar aquela tortura de ficar na mesa até a hora do café. Um suplício.

Não bater a porta do quarto com estrondo nem quando brigar com o irmão. Só gritar se for por mordida de cobra. Ou ficar mudo ou estático dentro do elevador.

Não chamar a amiga da mãe de tia. Aliás, não chamar ninguém de tia a não ser as tias de verdade. E só pra deixar bem claro: tia Rosina, tia Helena, nunca tia só!

Eu adoro bebês! Quando começa a idade da correria, eu confesso que já adoro um pouco menos. Eu tenho que dizer isso bem baixinho pra não ofender as mães.

Vamos, então, falar dessa fase sublime: elas gostam de passar no espaço de quinze centímetros que existe entre o sofá e a mesa, brincam de pique numa sala de dois por três. Colocam a cadeira na frente da televisão, se penduram nos lustres, pintam as paredes da sala, o teto e etc, etc e tudo aos gritos.

Eu penso que esta talvez seja a fase de maior energia do ser humano. Ah, é a idade das guerras de travesseiros, das almofadas que voam pela janela. Jovens pais adoram essas traquinagens. Tudo bem. Mas não ache tão estranho se alguns de seus amigos não curtirem tanto quanto você essa fase tão adorável dos seus filhotes. Crianças são difíceis mesmo, é preciso muita paciência pra aguentar o que elas frequentemente aprontam.

Mas as crianças crescem, e um dia querem trazer a namorada pra dormir em casa. Dinheiro para o Motel só se você der. Então, o que fazer? Claro, a gente compreende a situação, mas francamente, ter que cruzar no corredor com a gatona despenteada de camiseta e escova de dente na mão talvez perguntando:

– “Tia, dá pra me emprestar uma escova de cabelo?”

Ok, dá. Mas e se você tem três filhos? Vão ser três gatonas? Acho que eu liberaria a casa nos fins de semana e iria dormir no sofá da casa da minha mãe, de um amigo, no banco da praia, deixando a garotada à vontade. Eles e eu numa boa. Mas só ate domingo às dezenove horas, nem um minuto a mais!

Mesmo os filhos mais modernos costumam ser caretésemos em relação as suas próprias mães. Portanto, vá anotando, na frente dos filhos: mãe não namora, não toma mais de um drink, não fala que acha o Jeff Bridge um tesão. Perdão! Mãe não pronuncia essa palavra! Nem sabe o que quer dizer. Não usa mini-saia, não pode adorar Madona, só pode gostar de Roberto Carlos, Julio Iglesias. Eles te amam, mas essas preferências sempre incomodam.

Nem amigos comuns se deve ter por precaução. Portanto, quando o destino colocar vocês na mesma festa, pareça o que eles querem que você seja, anule-se. Tenha pouca, pouquíssima personalidade. Faça o tipo distinto e alegre, se possível, use uma peruca grisalha. Seja discreta e assexuada, tenha poucas opiniões, se enturme com os mais velhos e trate os mais jovens como se fosse assim uma tia simpaticona, nada mais. Ria das historias deles e não conte nenhuma sua.

Mãe não tem passado. Só fale de receitas, crianças, se ofereça pra levar um vestido na costureira pra consertar, tenha bons endereços pra fornecer. Dicas de cozinha, conte como era o mundo do seu tempo, seus filhos vão adorar e depois dessa festa, vá correndo tomar um whisky duplo no bar do Bonju pra não ter um enfarte.

Em compensação, na frente dos netos, faça tudo que não deve e muito mais! Netos costumam adorar avós, digamos, fora dos padrões. É que eles sabem que vão poder contar com elas como fortes aliadas nas crises de caretice dos pais.

Cruel? Não… apenas verdade.

E mais: isso é que faz o equilíbrio da vida!

By Pedro Bial.

Caldinho de feijão especial

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/05/2014 by Joe

Caldinho de feijão

Mais um final de semana de frio e aquela ideia de reunir os amigos para jogar Tranca e curtir um bom papo pode ser a melhor pedida!

A primeira coisa que nos vem à mente é pedir umas pizzas, ou então, preparar alguns salgadinhos que caem bem com qualquer tempo.

Mas, por que não variar um pouco esse cardápio e experimentar um delicioso caldinho de feijão, bem quentinho e nutritivo?

Todos sabemos que os feijão é um alimento bem rico em nutrientes (potássio, fósforo e cálcio), proteínas vegetais e, principalmente, em ferro. Possui uma grande quantidade de fibras (para cada 100 gr de feijão temos, em média, 19 gramas de fibras) e sua produção está presente o ano inteiro.

Sua origem remonta a milhares de anos, cultivado pelo homem, por volta de 7.000 a.C. na região da Mesopotâmia. Achados arqueológicos que remontam a 10.000 a.C. nos dão conta que a origem da planta e domesticação seria na América do Sul, mas especificamente, no Peru. Dali teria sua cultura sido disseminada para o norte do continente. Algumas variedades secundárias também foram encontradas na Ásia, África e Europa.

A importância do feijão na alimentação humana é comprovada em relatos que remontam aos primeiros registros históricos de que se tem notícia. O feijoeiro era cultivado no Antigo Egito e na Grécia, onde recebiam cultos em sua homenagem, por serem considerados símbolo da vida. Já os antigos romanos usavam o feijão em suas festas e até mesmo como forma de pagamento para apostas.

Grande número de estudiosos atribui a disseminação dos feijoeiros pelo mundo às grandes guerras, pois o feijão era de fundamental importância na dieta dos guerreiros. As grandes explorações ajudaram a disseminar estes hábitos alimentares, levando a cultura do feijoeiro para as mais diversas partes do mundo.

A título de informação, o Brasil é o maior produtor de feijão do mundo, sendo o estado de Minas Gerais responsável por 15% da produção total.

Conhecidas a origem e história dessa semente, vamos à receita deste sábado!

Caldinho de feijão especial

Ingredientes

1 kg de feijão carioquinha
4 folhas de louro
1 cebola grande picada
1 cabeça pequena de alho amassado
azeite a gosto
500 gr de bacon
1 queijo minas (mais ou menos 500 gr)
1 lata de molho de tomate
1 maço de cheiro verde
pimenta calabresa a gosto
sal a gosto

Modo de preparo

Lave bem os feijões e deixe de molho em água filtrada por umas duas horas. Depois desse período, cozinhe o feijão com as folhas de louro na panela de pressão por uns 30 minutos.

Numa panela grande, refogue a cebola e o alho no azeite e, em seguida, o feijão. Acrescente o molho de tomate e misture bem. Em seguida, bata tudo no liquidificador e volte ao fogo para engrossar. Coloque a pimenta calabresa e acerte o sal, com cuidado para não salgar. Lembre-se que ainda faltam o bacon e o queijo minas.

Separadamente, pique o cheiro verde, o bacon e o queijo em cubinhos. Frite bem o bacon em uma panela em separado e depois coloque em um prato forrado com papel-toalha para que fique bem sequinho.

Coloque o queijo em cubinhos, juntamente com o bacon frito, em cumbuquinhas individuais. Jogue o caldo quente por cima. Por último, o cheiro verde. Sirva em seguida. O queijo irá derreter um pouco e o caldo ficará muito saboroso!

Sirva com torradas preparadas com azeite e alho (esfregue dentes de alho e pincele azeite de oliva antes de levar ao forno).

By Joemir Rosa.

A influência das emoções na saúde

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/03/2014 by Joe

Emoções e estados de saúde

Complementando o post de ontem – e ainda a respeito de uma matéria que escrevi há algum tempo sobre o efeito das emoções em nosso corpo físico, o que deu origem à psiconeuroimunoendocrinologia – vejo que a ciência está cada vez se aproximando mais desta verdade que já sabemos há muito tempo: “somos o que pensamos”!

O texto abaixo faz parte de uma palestra realizada pela psicóloga Paula Freitas num Encontro Municipal do Idoso. Tomara que as pessoas acordem para o assunto e comecem a educar seus filhos mostrando a eles o quanto as emoções são importantes para a saúde mental e física!

By Joemir Rosa.

“Quando a boca cala, o corpo fala; quando a boca fala, o corpo sara!”

Muitas são as músicas que nos falam sobre as emoções. Pixinguinha compôs uma música romântica chamada Carinhoso, onde diz: “Meu coração, não sei porque, bate feliz quando te vê…

E o que sentimos quando estamos apaixonados? Geralmente o coração acelera, suamos frio, sentimos arrepios e as pernas bambas…

E quando sentimos medo? As principais reações físicas são: frio na barriga, coração acelerado, tremores, etc.

Então, quer dizer que quando sentimos algo, o nosso corpo reage?

É verdade. O nosso corpo reage a cada sentimento, emoção ou pensamento. Por exemplo, quando nos deparamos com uma situação de perigo, sentimos medo. Este medo é importante para que possamos nos proteger/reagir frente a esse perigo. Após a visão do estímulo, a informação é enviada ao cérebro, que prepara o nosso corpo para lutar ou fugir. O corpo acelera, fica mais atento e alerta.

Estudos da nova ciência de neurocardiologia mostram que o coração não é somente uma bomba mecânica, mas um sofisticado sistema para receber e processar informações. O coração envia muitas mensagens ao cérebro. Desta forma, estados emocionais negativos como raiva ou frustração geram ondas eletromagnéticas totalmente caóticas no coração (como se estivéssemos pisando no freio e no acelerador ao mesmo tempo). Esse estado de batimentos desordenados (chamado de incoerência cardíaca) está ligado às doenças cardíacas, ao envelhecimento precoce, ao câncer e à morte prematura.

Já sentimentos de amor e gratidão estimulam um batimento cardíaco “coerente”, pois a secreção do cortisol (hormônio do estresse) diminui e a depressão, a hipertensão e a insônia são reduzidas. Neste estado, o sistema imunológico se fortalece e a clareza mental aumenta (ref: Susan Andrews, em “O Círculo do amor”, Instituto Visão Futuro, 2006, p.11).

Portanto, concluímos que emoções positivas harmonizam a mente e influenciam no batimento cardíaco. Da mesma forma, emoções e pensamentos negativos aceleram o batimento cardíaco, provocando o surgimento de doenças cardíacas.

As doenças podem ter uma origem genética, podem ser causadas ou agravadas de acordo com os hábitos alimentares, com o estilo de vida da pessoa, entre outros fatores. Entretanto, também existe uma estreita relação das doenças com as emoções e sentimentos. Por isso, precisamos compreender a doença numa perspectiva biológica, mas também numa perspectiva simbólica. A fisiologia do órgão está ligada ao psicológico. Muitas são as pesquisas e os estudos sobre o assunto.

Sentimentos de vulnerabilidade, ansiedade, baixa autoestima, solidão ou um domínio insatisfatório da vida profissional ou familiar podem repercutir consideravelmente sobre a saúde. Por isso, é importante cuidarmos de nós mesmos através da medicina (consultas, exames, medicamentos, etc.), mas também devemos nos cuidar emocionalmente, através de outras formas (lazer, grupos de reflexão, escuta profissional, etc.).

Convido, então, você a fazer algumas reflexões:

– O que você tem feito com suas emoções? Tem colocado pra fora o que sente ou tem guardado só para si?

– Você tem “ouvido” seu corpo? Tem prestado atenção nele?

Como diz o ditado popular:

“Quando a boca cala, o corpo fala; quando a boca fala, o corpo sara!”.

Então, é preciso falar com a boca, pra não falarmos através de insônia, depressão, hipertensão, etc.

Num mundo onde somos tão cobrados e que acabamos funcionado como máquinas, as emoções nos lembram que temos sentimentos, sensações, que somos gente! São os nossos afetos que dão colorido especial às nossas vidas.

Cuidando do corpo e da mente podemos viver a felicidade, apesar das dores… e as conquistas, apesar dos obstáculos!

By Paula Freitas, psicóloga, professora universitária e terapeuta comunitária em formação. Este texto faz parte de uma palestra realizada por ela e pela psicóloga Amanda, no IV Encontro Municipal do Idoso, em Barra do Piraí (Setembro de 2007).

%d blogueiros gostam disto: