Arquivo para Guerras

Mudança

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/07/2015 by Joe

Mudança

Pessoas sonham por liberdade, mas aprisionam pássaros. Pessoas sonham por igualdade, mas alimentam diferenças. Pessoas sonham por pacificidade, mas criam guerras. Só sonhar não adianta nada se não tivermos ação.

Entramos em contradição. Deus nos deu o dom do pensamento. Pratique o bem para evitar o sofrimento. Faça a mudança do nosso mundo, começando a mudar seu interior. Encontre seus defeitos para corrigi-los. Seja maduro corrigindo seus erros; a maturidade se alcança com humildade. Você precisa domar seu egoísmo.

No jardim da mente plante a bondade; deseje o bem para ser abençoado, e do céu cairão frutos da felicidade. A luz que cura está na consciência. Se você pode refletir, será capaz de mudar; pensar em mudar é o primeiro passo. A mudança não acontecerá em um só dia, a mudança não dependerá de uma só pessoa; precisamos de todos os dias e todas as pessoas.

Se imortalizar é ter filhos, faça um mundo melhor para eles. Com amor, ensine as crianças que somos todos iguais e com fins diferentes. Todos os seres têm sua finalidade; sempre respeite a todos para todos viverem em harmonia.

Em algum lugar não distante, alguém precisa da sua mão. Você pode salvar vidas. O milagre está no seu coração; mantenha acesa a vela da esperança.

Com fé, faça essa mudança. Nosso mundo está chorando para enxugar suas lágrimas. Precisamos do dedo da mudança.

Desconheço a autoria.

Dancem, macacos, dancem!

Posted in Comportamento with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/09/2014 by Joe

Dancem macacaos dancem

Existem bilhões de galáxias no Universo observável. Em cada uma delas existem centenas de bilhões de estrelas. Em uma dessas galáxias, orbitando em uma dessas estrelas se encontra um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos.

Mas esse macacos não pensam em si mesmos como macacos. Sequer pensam em si mesmos como animais. De fato eles adoram listar todas coisas que eles pensam separá-los dos animais: polegares opostos, autoconsciência, e usam palavras como Homo-erectus e Australopitecos.

Eles são animais, certo? São macacos! Macacos com tecnologia de fibra ótica digital de alta velocidade. Mas, ainda sim, macacos…

Quero dizer, eles são espertos, você tem que admitir isso. As Pirâmides, os arranha-céus, os jatos, a Grande Muralha da China, tudo isso é muito impressionante para um bando de macacos. Macacos cujo cérebro evoluiu a um tamanho tão ingovernável que agora é bastante impossível para eles ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os outros animais podem simplesmente ser.

Mas não é tão simples assim para os macacos. Pois esses macacos são amaldiçoados com a consciência. E, assim, os macacos têm medo, os macacos se preocupam… Os macacos se preocupam com tudo, mas acima de tudo, com o que todos os outros macacos pensam, porque os macacos querem desesperadamente se encaixar com os outros macacos. O que é bem difícil porque a maioria dos macacos se odeia. Isto é o que realmente os separa dos outros animais: esses macacos odeiam! Odeiam macacos que são diferentes, odeiam macacos de lugares diferentes, macacos de cores diferentes…

Sabe, os macacos se sentem sozinhos, todos os 7 bilhões deles!

Alguns dos macacos pagam outros macacos para ouvir seus problemas. Afinal, os macacos querem respostas…

Os macacos sabem que vão morrer; então, fazem deuses e os adoram. Então, os macacos começam a discutir quem fez o melhor deus. E os macacos ficam irritados! E, então, é quando eles geralmente decidem que é uma boa hora de começar a matar uns aos outros. Então, os macacos fazem guerras, fazem bombas de hidrogênio. Os macacos têm o planeta inteiro preparado para explodir. Os macacos não sabem o que fazer…

Alguns macacos tocam pra uma multidão vendida de outros macacos. Eles fazem troféus e, então, os dão para si mesmos, como se isto significasse alguma coisa!

Alguns dos macacos acham que sabem tudo. Alguns dos macacos lêm Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche… Sem dar qualquer consideração ao fato de que Nietzsche… era apenas outro macaco!

Os macacos fazem planos, os macacos se apaixonam, os macacos fazem sexo. E, então, fazem mais macacos!

Os macacos fazem música. E, então, eles dançam…

– “Dancem, macacos, dancem!”

Os macacos fazem muito barulho. Os macacos têm tanto potencial… se eles pelo menos se dedicassem…

Os macacos raspam o pelo de seus corpos numa ostensiva negação de sua natureza de macaco. Eles constroem gigantes colmeias de macacos que eles chamam de “cidades”. Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias sobre a Terra.

Os macacos estão ficando sem petróleo, o combustível da sua precária civilização. Os macacos estão poluindo e saqueando seu planeta como se não houvesse amanhã…

Os macacos gostam de fingir que está tudo bem. Alguns dos macacos realmente acreditam que o Universo inteiro foi feito para o seu próprio benefício…

Como você pode ver, eles são uns macacos atrapalhados. Eles são, ao mesmo tempo, as criaturas mais belas e mais feias da natureza!

Mas os macacos não querem ser macacos. Eles querem ser outra coisa… mas são!

By Ernest Cline, apenas outro macaco.

O Mestre Samurai

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/08/2014 by Joe

O Velho Samurai

Há muito tempo, no Japão antigo, viveu um velho Samurai que morava em um pequeno vilarejo. Seu nome era Hatori Hanzo. Foi um grande general do imperador e lutou inúmeras batalhas e guerras.

Já velho, decidiu se aposentar, já que não havia mais guerras e seu país estava em paz. No vilarejo onde vivia, ele ensinava a arte de combate aos jovens e era respeitado e admirado por todos.

Certo dia, chegou ao vilarejo um samurai mais jovem, procurando por Hanzo, sabendo que ele era um lendário samurai. Assim que o encontrou, lançou um desafio:

– “Então você é o lendário Hatori Hanzo! Vejo que não passa de um velho, mas mesmo assim, venho aqui desafiá-lo”.

O velho samurai aceitou o desafio e, ao amanhecer do dia seguinte, foi ao centro do vilarejo onde estava seu desafiante que, arrogantemente, xingou, blasfemou, cuspiu e ofendeu Hanzo.

O velho apenas ficou imóvel, sem dizer qualquer coisa e sem se alterar com as ofensas que o seu desafiante atirava em sua direção…

Logo entardeceu e todos estavam espantados pois o lendário Hatori Hanzo não reagia.

– “Estaria ele com medo?!”, todos se perguntavam.

Depois de horas, frustrado, o jovem e arrogante samurai deu as costas ao velho Hanzo, e foi embora se vangloriando de uma vitória que não existia.

Um dos jovens alunos de Hanzo se aproximou e perguntou:

– “Mestre, o senhor poderia tê-lo vencido com apenas um golpe e ter calado aquele verme! Por que ficou calado, imóvel, sem revidar?”

Com um olhar paciente e um sorriso no rosto, Hatori Hanzo respondeu ao seu aluno:

– “Se alguém lhe oferecer um presente e você não aceitar, a quem pertence o presente?”

O aluno respondeu:

– “Ele pertencerá a quem me ofereceu”.

– “Exato” – respondeu Hanzo – “O mesmo acontece com alguém que te insulta, blasfema, xinga… se você não aceitar, tudo isso retorna a quem lhe ofereceu”.

“A honra não está em vencer seu oponente com apenas um golpe, mas sim em ensinar-lhe a disciplina e o respeito através de superioridade moral. A maior batalha é aquela que não acontece”.

Desconheço a autoria.

Entre o ego e a alma

Posted in Reflexão, Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/06/2014 by Joe

Entre o ego e alma

Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o ego, desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela!

Não há nada que vença o ego em termos de separações! E como é que ele age?

– No casamento e nas relações amorosas:

Em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco. Não! Para o ego não tem acordo quando se trata de ceder. Seria “rebaixar-se! Ele só entende assim…

– Nas amizades:

Uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade. Não! O ego não admite erros, nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição! Ele só entende assim…

– Nas famílias:

Tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra. Na maioria dos casos, numa reunião familiar – e com um pouco de humildade – todos saberiam até onde ir e quando parar. Não! O ego quer deter o poder sobre tudo e sobre todos. Limites seriam um caso de obediência! Ele só entende assim…

– Nas carreiras:

Pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”. A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar. Não! O ego quer ganhar sempre, custe o que custar. Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim…

Em toda situação conflitiva que determina separações, o ego se faz presente e sempre quer ganhar.

É nos carros, em brincadeiras desnecessárias; é no trabalho, em críticas contra colegas; é nas escolas, em exibições de notas; é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte; é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante…

Infinitamente…

Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do ego. Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.

Não! Não é a morte o que mais promove essas separações! É o ego, o filho predileto do orgulho! Sua alma e seu ego ocupam o mesmo “castelo”. Deixe que sua alma seja a rainha vitalícia do lugar! Ela é aquela parte sua que deseja paz e reconciliações. O ego é o mal dentro de você. Dê-lhe um “cala-boca” bem dado.

Assim – e só assim – a vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene felicidade!

By Sílvia Schmidt.

Caldinho de feijão especial

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/05/2014 by Joe

Caldinho de feijão

Mais um final de semana de frio e aquela ideia de reunir os amigos para jogar Tranca e curtir um bom papo pode ser a melhor pedida!

A primeira coisa que nos vem à mente é pedir umas pizzas, ou então, preparar alguns salgadinhos que caem bem com qualquer tempo.

Mas, por que não variar um pouco esse cardápio e experimentar um delicioso caldinho de feijão, bem quentinho e nutritivo?

Todos sabemos que os feijão é um alimento bem rico em nutrientes (potássio, fósforo e cálcio), proteínas vegetais e, principalmente, em ferro. Possui uma grande quantidade de fibras (para cada 100 gr de feijão temos, em média, 19 gramas de fibras) e sua produção está presente o ano inteiro.

Sua origem remonta a milhares de anos, cultivado pelo homem, por volta de 7.000 a.C. na região da Mesopotâmia. Achados arqueológicos que remontam a 10.000 a.C. nos dão conta que a origem da planta e domesticação seria na América do Sul, mas especificamente, no Peru. Dali teria sua cultura sido disseminada para o norte do continente. Algumas variedades secundárias também foram encontradas na Ásia, África e Europa.

A importância do feijão na alimentação humana é comprovada em relatos que remontam aos primeiros registros históricos de que se tem notícia. O feijoeiro era cultivado no Antigo Egito e na Grécia, onde recebiam cultos em sua homenagem, por serem considerados símbolo da vida. Já os antigos romanos usavam o feijão em suas festas e até mesmo como forma de pagamento para apostas.

Grande número de estudiosos atribui a disseminação dos feijoeiros pelo mundo às grandes guerras, pois o feijão era de fundamental importância na dieta dos guerreiros. As grandes explorações ajudaram a disseminar estes hábitos alimentares, levando a cultura do feijoeiro para as mais diversas partes do mundo.

A título de informação, o Brasil é o maior produtor de feijão do mundo, sendo o estado de Minas Gerais responsável por 15% da produção total.

Conhecidas a origem e história dessa semente, vamos à receita deste sábado!

Caldinho de feijão especial

Ingredientes

1 kg de feijão carioquinha
4 folhas de louro
1 cebola grande picada
1 cabeça pequena de alho amassado
azeite a gosto
500 gr de bacon
1 queijo minas (mais ou menos 500 gr)
1 lata de molho de tomate
1 maço de cheiro verde
pimenta calabresa a gosto
sal a gosto

Modo de preparo

Lave bem os feijões e deixe de molho em água filtrada por umas duas horas. Depois desse período, cozinhe o feijão com as folhas de louro na panela de pressão por uns 30 minutos.

Numa panela grande, refogue a cebola e o alho no azeite e, em seguida, o feijão. Acrescente o molho de tomate e misture bem. Em seguida, bata tudo no liquidificador e volte ao fogo para engrossar. Coloque a pimenta calabresa e acerte o sal, com cuidado para não salgar. Lembre-se que ainda faltam o bacon e o queijo minas.

Separadamente, pique o cheiro verde, o bacon e o queijo em cubinhos. Frite bem o bacon em uma panela em separado e depois coloque em um prato forrado com papel-toalha para que fique bem sequinho.

Coloque o queijo em cubinhos, juntamente com o bacon frito, em cumbuquinhas individuais. Jogue o caldo quente por cima. Por último, o cheiro verde. Sirva em seguida. O queijo irá derreter um pouco e o caldo ficará muito saboroso!

Sirva com torradas preparadas com azeite e alho (esfregue dentes de alho e pincele azeite de oliva antes de levar ao forno).

By Joemir Rosa.

Os níveis do ser humano

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Evolução do ser humano

Há alguns anos, um aprendiz aproximou-se de um Mestre e perguntou-lhe:

– “Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se tanto e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a paz e o entendimento, por mais que apregoem o amor e por mais que afirmem abominar o ódio”.

– “Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da humanidade do planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7”.

– “Mas, Mestre, que níveis são esses?”

– “Não adiantaria nada explicá-los pois, além de não entender, logo em seguida você os esqueceria e esqueceria também a explicação. Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente quais são esses níveis, cada um deles nos seus mínimos detalhes”.

Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do aprendiz e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do espaço e do tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, o Mestre disse ao aprendiz:

– “Dê-lhe um tapa no rosto”.

– “Mas por quê? Ele não me fez nada…”

– “Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!”

Quando o homem chegou perto do aprendiz, este pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa no rosto, que estalou. Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o aprendiz foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.

Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o aprenzi já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:

– “Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.

Quando o homem se aproximou, o aprendiz pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o aprendiz, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com outro tapa, um pouco mais forte. Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.

– “Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Agora, repita o mesmo com esse aí que vem chegando”.

A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o aprendiz e assim falou:

– “O que é isso, moço? Não acha que eu mereço uma explicação? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!”

– “Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem”.

– “E querem ver como eu reajo?”

– “Sim. Exatamente isso…”

– “Já reparou que não tem sentido isso?”

– “Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…”

– “Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?”

– “Queremos verificar” – interferiu o Mestre – “as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?”

– “De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente, não acham?”

– “Mas, afinal, como você vai reagir? Vai revidar?” – perguntou o aprendiz. “Ou vai nos mostrar uma outra maneira de aprendermos o que desejamos?”

– “Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com vocês. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço, são uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatões!”

Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro lugar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:

– “Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “dono da verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e criticar tudo. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem”.

E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o aprendiz e perguntou:

– “Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?”

– “Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada”.

– “Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas, né. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?”

– “É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?”

– “Hoje vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas, por outro lado, se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão fazendo e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Vocês me aceitariam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?”

– “E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal intencionados?”, perguntou o Mestre – “Como reagiria a isso?”

– “Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês devem ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?”

Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre, então, comentou:

– “O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto, um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem e vamos ver como reage um homem do nível 5.

O tapa estalou.

– “Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estava precisando de ajuda. Em que te posso ser útil?”

– “Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?”

– “Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?”

– “Estamos dando tapas nas pessoas que passam para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal!”

– “É nisso que eu posso ajudar? Então, vou te ajudar com muita satisfação, te pedindo perdão por não haver logo percebido que deseja aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se está querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderá a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou fazendo com vocês, neste momento. Ainda terá um longo caminho pela frente, mas, se desejar, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de te guiar nos primeiros passos e te fazer chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que acha da proposta? Aceita-me como teu guia?”

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre explicou:

– “Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6”.

E o aprendiz iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.

– “Meu filho querido! Por que você queria ferir-se? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?”

– “Mas é estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita”.

– “Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando amor. E o amor é a energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do amor, logo poderá ensinar amor para todas as outras células da humanidade e, tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: tudo é amor! A vida é amor! Nós somos centelhas de amor! E, por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que, se agir de determinada maneira perigosa, irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o amor em toda sua plenitude, pois o amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um ato de amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê amor gratuitamente. Ensine amor com muito amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da energia mais poderosa do Universo, que é o amor. E sua vida será sublime…”

Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então, o Mestre falou:

– “Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o ser humano em sua senda evolutiva, ainda na matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um homem sublime, inefável e quase inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o ‘começo da verdade’, mas ainda não a conhece em toda sua plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando…

E o aprendiz pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança, encheram-lhe todo o seu ser.

– “Bata nele!” – ordenou o Mestre.

– “Não posso, Mestre, não posso…”

– “Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!”

– “Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!”

– “Bata-me”, disse o homem com muita firmeza e suavidade, “pois só assim aprenderá a tua lição e saberá, finalmente, porque ainda existem guerras na humanidade…”

– “Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…”

– “Então”, tornou o homem, “já aprendeu a tua lição. Quem, dentre todos em quem você bateu, a ensinou para ti? Reflita um pouco e me responda”.

– “Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que as abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?”

– “Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terá muito que aprender, mas já aprendeu a primeira e a maior de todas as lições: existe a ignorância!”, complementou o homem, com suavidade e convicção, “mas ainda existem outras coisas mais que deve ter aprendido. O que foi?”

– “Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…”

– “A humanidade ainda é uma criança, mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o espaço cósmico. Nossa vida individual só terá importância mesmo se conseguirmos entender e vivenciar este conhecimento, esta grande verdade: somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa”.

– “Mas sendo assim, para eu aprender tudo que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?”

– “Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única vida e que já a está vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverá por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Você já foi energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E ainda é tudo isso. Compreenda, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

– “Mas, mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3”.

– “E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois já está ensinando o que aprendeu, nesta breve jornada mental. Já aprendeu que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste planeta Terra!”

O autor deste conto conseguiu transmití-lo, há alguns milênios, através da tradição oral, durante muitas e muitas gerações. Agora, ao ler esse conto, também aprendi a mesma lição e agora a estou transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos.

Compreende, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste planeta Terra, para que aprenda tudo e que possa transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concorda?

Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas” que está usando, ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Você e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tem com isso.

Entendeu?

Desconheço a autoria.

Noite feliz…

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Noite Feliz

Chega o Natal e parece que todos nós ficamos mais sensíveis, a emoção toma conta dos nossos corações, enfim, parece que somos tomados pelo espírito natalino e nos voltamos para nossos próprios interiores.

A noite de Natal se torna o momento mais especial de todos os 365 dias do ano. Famílias reunidas, muita alegria, mesa farta (ou, pelo menos, com um algo a mais que, normalmente, não temos durante os meses anteriores), presentes, crianças com olhos brilhantes esperando a chegada de Papai Noel carregado de brinquedos!

Muitas famílias ainda guardam o momento da prece de Natal, aquele instante em que todos silenciam e voltam seus corações para Jesus, momento em que muitos pedem a Deus que atenda suas necessidades, seus desejos, seus sonhos… e outros pedem paz e fraternidade entre os homens de boa vontade na Terra!

O que existe de comum em todos os corações, nessa noite, é a esperança de dias melhores, de uma vida mais fácil e mais plena de amor e alegrias!

Noite feliz…

Mas será que essa noite é feliz para todos os habitantes deste planeta tão judiado, tão explorado e tão conturbado?

Será que a noite é feliz para aqueles povos que vivem o terror de dezenas de guerras civis que assolam a o Oriente Médio e a África?

Destruição pelas chuvasSerá que a noite é feliz para quem vive, neste instante, as implacáveis intempéries do clima aqui mesmo no Brasil, arrasando com suas casas, seus pertences e seus sonhos? E ainda, aqueles que estão vivendo, no hemisfério norte, temperaturas abaixo de zero que castigam tantas nações e que nem sempre têm calefação em seus lares?

Será que a noite é feliz para tantos velhinhos abandonados pelos próprios filhos em asilos nem sempre em condições dignas de vida para um ser humano?

Criança de ruaE o que dizer de tantas crianças que, no momento em que estamos comemorando, comendo e bebendo, estão se escondendo em marquises de prédios, debaixo de pontes e viadutos, sem o calor humano de um abraço, sem o carinho de pais e irmãos, sem nem mesmo um pedaço de pão como alimento – e nem pensar num brinquedo, mesmo que velho e quebrado…

Enfim, se começarmos a enumerar todos aqueles que, neste momento, estão precisando de um abraço, um carinho, um lar, um pouco de amor, este post ficaria muito longo…

Prece de agradecimentoNão quero, com esta reflexão, tirar a alegria e nem estragar o momento desta noite de cada um. Quero apenas pedir que, na prece silenciosa no coração de cada um de nós, lembremos de agradecer por tudo que temos, pela família em que nascemos (mesmo que ela não seja “aquela” família que todos desejariam), pelo nosso lar, nossos filhos, parentes e amigos…

Não esquecermos de agradecer pelo emprego que temos, quando tantos procuram um “bico” para tentar ganhar um pouco pro seu sustento; pelo alimento, farto ou justo, que enfeita nossas mesas nesta noite; por estarmos entre aqueles que amamos e nos amam…

E, nessa prece de mais agradecimentos do que pedidos, não deixarmos de incluir a intenção de alguma ação futura que possa ajudar tanta gente que precisa de uma mão amiga, de uma palavra de consolo, de um abraço sincero e de um pouco de amor incondicional…

Acho que cada um sabe o que fazer e como fazer, né? Afinal, bem pertinho da gente, tem muita gente precisando de tudo isso. Basta querer, basta deixar que toda essa emoção desta noite feliz preencha nossos corações pelos outros 364 dias do ano!

Desejo, então, a todos os meus amigos, leitores e eventuais visitantes deste blog, um Natal pleno de paz, fraternidade, esperança, respeito, saúde e muito amor incondicional!

“Jesus … que eu seja capaz de estender este estado de espírito agradecido, fraterno e amoroso por todos os demais dias da minha vida!”

By Joemir Rosa.

O professor

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Professores 2

A tabuada não basta. Como não bastam funções hiperbólicas, variáveis complexas, orações subordinadas. Não bastam Euclides e sua geometria, não bastam as teorias. O professor deve ensinar ao aluno a arte de viver com dignidade, com amor, com liberdade.

Não basta falar das guerras, das batalhas, das conquistas – tem que ensinar o aluno a conquistar primeiro a si próprio. Ensinar-lhe medir distâncias é pouco – é necessário vencê-las. Não basta saber o nome dos rios, temos que fluir. Equações algébricas não resolvem tudo, antes é preciso resolver-se. Em vez das mentiras históricas, o professor deve ensinar as verdades, e o melhor modo de encontrá-las.

Não basta falar de política, o professor tem que ser democrata. Deve olhar nos olhos do aluno e dizer-lhe como a vida é. Aumentar-lhe a coragem de crescer. Ensinar-lhe a lógica das emoções e o amor pelo raciocínio.

O professor transmite sabedoria, incentiva o bom senso e o bom gosto. Mergulha fundo no oceano de dúvidas que o aluno tem no coração, e traz o tesouro pulsante lá submerso. Educa, orienta, aviva a chama na consciência de cada. Ao polir a pedra bruta, consegue intenso brilhante.

Bom professor é aquele que não exige, não cobra – obtém. Não corrige – mostra o porquê. Não hesita quando avalia, não constrange quando examina. E nunca faz da nota uma espada.

O bom professor não só ensina, compreende. Não levanta a voz, amplifica o verbo, convence. É sério – mas ri da própria seriedade. Fala do êxtase, da alegria e da profunda emoção que explode no seu peito quando ensina, como pétalas no riso de quem ama.

O professor mostra ao aluno a diferença entre o silogismo e a serpente. Ensina-o a extrair raiz quadrada com poesia. Demonstra como ser ousado sem ser burro. Jamais abusa da confiança do aluno, não lhe invade o espaço, não procura condicioná-lo. Não cria relações de dependência, nem exerce dominação sádica sobre ele. Infunde-lhe o respeito absoluto pela vida. Prefere o aluno criativo ao bem-comportado. Nunca o explora, é só o conquistador de um novo mundo, que leva o aluno a ver mais – mais alto e mais longe.

Não levanta paredes em torno do aluno, e sim, derruba aquelas que houver. Abre-lhe as portas da vida, com veemência. Não o repreende, não o censura, não o recrimina. Mostra ao aluno a importância da inteligência na determinação do seu futuro. O velho dilema entre a caneta e a vassoura…

Como Sócrates, o bom professor não vê glórias no que sabe, não esconde o que conhece, nem oculta o que possa não saber. Brinca, tem confiança em si, e não faz da escola uma cela.

Moderno, convence o aluno a saltar os muros da tradição, porque a aventura está sempre do outro lado. Lógico, respeita aquele que aprendeu a questionar. Não o sufoca com preconceitos nem com juízos de valor. Nem lhe causa medo algum. Transmite confiança, pega na mão, aplaude, incentiva, suporta, conduz, ampara na travessia.

Não é hipócrita, faz o que diz e diz o que pensa. É um farol que não vela o que descobre. Mostra um caminho. E não apenas mostra – demonstra, comprova, define.

Aranha em teia de luz, o professor não prende – liberta. Carrega o giz como fosse uma flor, com amor. E quando faz a linha tem firmeza, mas não separa. Ora Dali, ora Picasso, vai colocando a tinta, pondo seu traço, amando seu gesto, compondo a canção. Enaltece o risco do sonho, o círculo do fogo, a pureza da alma, o princípio da vida, o anel da esperança.

Considera o aluno obra de arte quase inacabada. Ama-o como se fosse um anjo. E nunca vai matar-lhe no peito a vontade de ser livre.

O professor é o amigo sincero que ajuda o aluno a superar os limites da vida, desbravando com determinação e ousadia essa fantástica região chamada Experiência.

Enfim – o professor é o Mestre.

By Edson Marques, no livro “Solidão a mil”.

Conta bancária emocional

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 21/08/2013 by Joe

Emoções

Todos nós sabemos o que é uma conta bancária financeira. Fazemos depósitos e acumulamos reservas que nos permitem realizar saques quando necessário.

Já uma conta bancária emocional é uma metáfora que descreve a quantidade de confiança que se acumulou em um relacionamento. Cuida da sensação de segurança que se tem com outro ser humano. Se eu fizer depósitos nessa conta – através de cortesia, gentileza, honestidade e observação dos compromissos que assumo com uma determinada pessoa, estou fazendo uma reserva.

Assim, a confiança dessa pessoa em mim torna-se maior e eu posso contar com esta confiança sempre que for preciso. Posso até cometer erros que o nível de confiança – a reserva emocional – compensará. Quando a conta de confiança é alta, a comunicação é instantânea, fácil e eficaz. Mas, se eu tiver o costume de demonstrar falta de cortesia, desrespeito, desatenção, desconsideração e arbitrariedade; se eu trair a confiança dessa pessoa, minha conta bancária emocional com ela vai ficar no vermelho. Ou seja, o nível de confiança atinge um nível muito baixo e, a partir daí, estou andando em terreno minado. Preciso ser cuidadoso com tudo o que falo, medir cada palavra, viver tenso, fazendo média, evitando ser pego de surpresa.

Muitas organizações, muitas famílias, muitos casamentos estão cheios disso. Tomamos por exemplo um casamento. Se uma reserva de confiança abundante não recebe depósitos contínuos, as relações se deterioram. Em vez de uma comunicação rica, espontânea e de entendimento, a situação cai na acomodação e as pessoas simplesmente tentam viver – cada um em seu estilo – e de modo relativamente respeitoso e tolerante. Mas, esse relacionamento pode se deteriorar ainda mais, chegando à hostilidade e à atitude defensiva.

As respostas de confronto ou afastamento provocam guerras verbais, portas batidas, recusa em conversar, distanciamento emocional e autocomiseração. Isso pode acabar numa guerra fria dentro de casa que não explode apenas por causa das crianças, sexo, pressão social ou proteção da imagem. Pode acabar em guerra total declarada – nos tribunais onde as batalhas legais dos egos feridos podem ser levadas adiante durante anos. Por isso, nossos relacionamentos mais constantes – como o casamento ou uma grande amizade – exigem depósitos mais frequentes. Isso porque, devido às expectativas permanentes, os antigos depósitos se evaporam.

Sua conta com as pessoas que se relacionam com você regularmente exige um investimento mais constante. Até porque, no dia-a-dia, há saques automáticos sem que você sequer perceba.

Pense nisso!

Com base no livro “Os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes”, de Stephen R. Covey.

Maledicência

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Maledicência

Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros.

Qual a razão última dessa mania de maledicência? É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade: diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

A maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros. Esses homens julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente as suas próprias luzes. São como vagalumes que não podem luzir, senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de maledicência. Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária facilmente sucumbe a essa epidemia.

A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém, nem sempre tem sido utilizada devidamente. Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir esperanças, balsamizar dores e traçar rotas seguras. Fala-se muito por falar, para “matar o tempo”.

A palavra, não poucas vezes, converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da revolta. Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem dificuldades. Falando, espíritos missionários reformularam os alicerces do pensamento humano. Falando, não há muito, Hitler hipnotizou multidões, enceguecidas que se atiraram sobre outras nações, transformando-as em ruínas.

Guerras e planos de paz sofrem a poderosa influência da palavra. Há quem pronuncie palavras doces, com lábios encharcados pelo fel. Há aqueles que falam meigamente, cheios de ira e ódio. São enfermos em demorado processo de reajuste. Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas. Pense nisso!

Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias fraquezas. Evitemos a censura. A maledicência começa na palavra do reproche inoportuno. Se desejamos educar, reparar erros, não os abordemos estando o responsável ausente. Toda a palavra torpe, como qualquer censura contumaz, faz-se hábito negativo que culmina por envilecer o caráter de quem com isso se compraz. Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da misericórdia divina. Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, “a boca fala do que está cheio o coração”.

Pensemos nisso!

By Huberto Rohden, do livro “A essência da amizade”.

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