Arquivo para Gordo

O que você quer da vida?

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É lógico que eu sei o que eu quero: Paz! Harmonia! Dinheiro! Um amor! Saúde! Equilíbrio!

Estas são as respostas mais comuns que ouço no meu trabalho do dia-a-dia com desenvolvimento pessoal. Daí eu busco extrair um pouco mais de conteúdo, e pergunto:

– “Seja mais específico; o que significa equilíbrio, saúde, amor, harmonia, paz, dinheiro… Vamos por partes: explique-me o que quer dizer saúde pra você.”

E então ouço a resposta:

– “Bem, sabe o que é; estou um pouco gordo, tenho taquicardia só de subir escadas. Quero emagrecer”.

Insisto:

– “E amor, o que é isso?”

– “Ah, alguém que me compreenda, seja carinhosa, compartilhe os bons e maus momentos…”

Infelizmente, estes tipos de metas não funcionam. Por melhor intenção que se tenha, querer paz e amor, por exemplo, são desejos absolutamente sem força de motivar praticamente qualquer ser humano e portanto, são desejos irrealizáveis. Vou explicar melhor.

Embora cada mente humana tenha conteúdos, crenças, informações e emoções diferentes uma das outras, todas possuem a mesma forma de funcionar, de processar dados. É isto o objeto de estudo da programação neurolinguística, conhecida pela sigla PNL.

Qual a estratégia mental adotada pelas pessoas bem-sucedidas? O que eles fazem de diferente daqueles que não alcançam seus objetivos?

A PNL é uma ciência comportamental e psicológica que dá ferramentas para melhorar o rendimento humano em qualquer área de atuação: seja nos esportes, na arte, no show-business, nas empresas, em vendas, no dia-a-dia, esta série de técnicas oferece uma gama enorme de possibilidades para qualquer ser humano se superar. E uma dessas ferramentas, talvez uma das principais, é a arte de formular metas corretamente.

Partimos do seguinte princípio: quem não sabe onde quer ir, qualquer lugar serve. Em contrapartida, o inverso também é verdade: o lugar onde estamos hoje é exatamente aquele que desejamos, que planejamos e executamos.

– “Mas como é isso? Eu não estou bem! Não quero estas dívidas, meu relacionamento não está legal, não tenho autoestima… Como você pode dizer que eu planejei tudo isso?”

Eu respondo:

– “Quando não planejamos deliberada e conscientemente, somos levados por forças inconscientes, emocionais, que nos empurram daqui para lá e de lá para cá, como folhas jogadas ao vento. Entramos em relacionamentos desastrados, contraímos dívidas perfeitamente evitáveis, adotamos hábitos alimentares prejudiciais, simplesmente porque não estamos conscientes das nossas metas.

Como eu disse acima, querer paz, amor, saúde, dinheiro, não são metas realizáveis, porque elas não despertam a motivação. Para formular metas fortes e com possibilidade de se concretizar, há a necessidade de três fatores:

1 – sua meta deve ser positiva e definida em termos claramente positivos;
2 – sua meta deve ser específica e possível de ser escrita;
3 – sua meta deve ser verificável.

Vamos ver: querer paz, apesar de ser positivo, não é específico. Paz onde? Para quem? Quando? E também paz não é verificável: como posso saber que alcancei a paz que queria? Qual o parâmetro para medir?

O mesmo se aplica a dinheiro: geralmente as pessoas me dizem que querem dinheiro para pagar as dívidas e viver confortavelmente. Isto pode parecer positivo, mas não é. A mente humana, quando se foca na frase “pagar dívidas”, buscará em si mesma todas as situações onde houve dívidas, para então dizer: “vou pagá-las”. Este tipo de frase desperta medo, tensão, ansiedade, e portanto, não há motivação em ganhar dinheiro para “pagar dívidas”. Mesmo que se trabalhe para pagar dívidas, a experiência é amarga, não dá prazer. Ganhar dinheiro também não e específico: quanto eu quero ganhar? Em quanto tempo? Como? O que vou fazer para isso? E, por fim, não é verificável: como vou saber que atingi a minha meta de “ganhar dinheiro”?

Você se sairá melhor, no trabalho e na vida pessoal, quando souber exatamente o que quer e para que quer a sua meta. Uma meta bem formulada trabalha por si mesma pela própria realização. Ela é fonte de inspiração, transpira motivação e energia e lhe empurra para frente, sem esforço, naturalmente.

Utilizando o exemplo anterior, “ganhar dinheiro”, é necessário transformar esta meta em claramente positiva. Ganhar dinheiro para quê? Para pagar dívidas. E o que acontecerá quando você pagar as dívidas? Vou me sentir respeitado e honesto. O que lhe faz não sentir respeitado e honesto agora? O fato de ter dívidas. O que lhe impede de perceber que você é honesto e respeitado, agora? As pessoas me criticando. Quem lhe critica, especificamente? Hummmm…. Neste ponto, a pessoa geralmente percebe que quem critica é ela mesma, quem não está se achando honesta e respeitada é ela mesma.

Então, auxilio um pouco mais a especificar a sua meta, em termos objetivos. Bem, você percebeu que não há ninguém criticando você, ok? Sim! Então vamos lá, novamente: você quer dinheiro. Quanto? Muito! O quanto é muito? Ah, uns 10 mil por mês. Ok, então você acha que 10 mil por mês é muito, certo? Acho que é o suficiente. Você tem condições de ganhar 10 mil por mês? Sim, creio que sim. O que aconteceria se você trabalhasse, fizesse seus negócios, e ganhasse esta quantia? Ah, eu estaria bem, pagaria logo minhas dívidas e ainda poderia programar minhas viagens, comprar coisas que as crianças precisam, enfim, melhorar muito o meu padrão de vida! Então, você saberá que concretizou a sua meta quando estiver com um padrão de vida bom, podendo viajar e comprando o que seus filhos necessitam, certo? Certo!

Aí chegamos à meta real, que tem força: ganhar dinheiro através do trabalho, em princípio 10 mil por mês, que servirão para aumentar o padrão de vida, dando mais conforto à pessoa e à família. As dívidas são pagas naturalmente. O prazer que esta pessoa encontrará em trabalhar e ganhar dinheiro, por si só, fará com que a meta vá se concretizando, porque ela está formulada em termos positivos, é específica e pode ser verificável.

Lembre-se, este é apenas um exemplo. Não é todo mundo que se motiva em proporcionar conforto para a família. Existem pais de família que se motivam por conquistas profissionais. Outros, por status social. Cada um deve saber exatamente para que se motiva, e aceitar a si mesmo do jeito que é!

By Alex Possato, palestrante, consultor de comunicação e terapeuta em PNL.

Ser ou não ser? Eis a questão!

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/10/2012 by Joe

Sempre que uma pessoa afirma, confiantemente, “eu sou assim…”, note que ela está simplesmente procurando uma desculpa para um comportamento que ela própria sabe não ser o melhor.

Quando faltam argumentos e uma razão real, objetiva e emocionalmente integrada, alguns somente repetem o velho e “seguro” chavão: “eu sou assim…” e continuam a fazer as coisas da mesma forma. Isso é chamado de “crença no determinismo genético”. Quem diz isso abdica de qualquer responsabilidade sobre si mesma, jogando a “culpa” na genética ou nos deuses, como se a própria pessoa não tivesse meios de alterar sua vida.

Existe um meio melhor.

Quem diz “eu sou assim…”, faz de conta que não está pensando, faz de conta que não possui liberdade de escolha, faz de conta que há algo programado dentro dela e que não existem meios de alterar essa programação. A quase totalidade das pessoas que insistem em dizer “eu sou assim…”, têm receio de mudar e são complacentes com elas próprias, agindo como uma avestruz, colocando a cabeça em um buraco no chão…

Mas nós nunca “somos” coisa alguma. Sempre estamos. Estamos jovens, estamos sadios, estamos acordados, estamos educados, estamos esforçados, estamos atentos, estamos felizes e assim por diante. O que “está” pode ser mudado, mas o que “é” não pode.

Há uma enorme diferença entre “ser e estar”. Quando dizemos que estamos sem dinheiro, estamos solitários, estamos tristes, estamos sem imaginação, estamos com problemas… deixamos claro para os outros (e para nós mesmos) que esta é uma condição transitória e que estamos trabalhando para mudar o quadro. Dizer: “eu estou acima do peso” é muito diferente de dizer “eu sou gordo”.

Quando usamos o verbo “ser”, definimos uma condição de vida que independe de nossa vontade. Sou do planeta Terra: é uma condição imutável. Estou na França: é uma condição transitória.

Escute o que você diz para os outros e para sua própria mente. Se você disser algo começando com a frase “eu sou assim mesmo…” verifique imediatamente se não está somente tentando explicar o inexplicável para seu próprio coração. Não tente se enganar, porque, no fundo, você vai saber que é uma afirmação falsa.

Somente quem muda, sobrevive.

Desconheço a autoria, mas com certeza não é de Shakespeare como encontrado na Internet!

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