Arquivo para Galhos

O Homem e a Natureza

Posted in Meio ambiente, Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/08/2014 by Joe

O Homem e a Natureza

Ao romper do dia, sentei-me na campina, travando conversa com a Natureza, enquanto o Homem ainda descansava sossegadamente nas dobras da sonolência. Deitei-me na relva verde e comecei a meditar sobre estas perguntas:

– “Será a beleza verdade?”

– “Será verdade a beleza?”

E, em meus pensamentos, vi-me levado para longe da humanidade. Minha imaginação descerrou o véu de matéria que escondia meu íntimo. Minha alma expandiu-se e senti-me ligado à Natureza e a seus segredos. Meus ouvidos puseram-se atentos à linguagem de suas maravilhas.

Assim que me sentei e me entreguei profundamente à meditação, senti uma brisa perpassando através dos galhos das árvores e percebi um suspiro como o de um órfão perdido.

– “Por que te lamentas, brisa amorosa?” perguntei.

E a brisa respondeu:

– “Porque vim da cidade que se escalda sob o calor do sol, e os germes das pragas e contaminações agregaram-se às minhas vestes puras. Podes culpar-me por lamentar-me?”

Mirei depois as faces de lágrimas coloridas das flores e ouvi seu terno lamento… E indaguei:

– “Por que chorais, minhas flores maravilhosas?”

Uma delas ergueu a cabeça graciosa e murmurou:

– “Choramos porque o Homem virá e nos arrancará, e nos porá à venda nos mercados da cidade.”

E outra flor acrescentou:

– “À noite, quando estivermos murchas, ele nos atirará no monte de lixo. Choramos porque a mão cruel do Homem nos arranca de nossas moradas nativas.”

Ouvi também um riacho lamentando-se como uma viúva que chorasse o filho morto, e o interroguei:

– “Por que choras meu límpido riacho?”

E o riacho retrucou:

– “Porque sou compelido a ir à cidade, onde o Homem me despreza e me rejeita pelas bebidas fortes, e faz de mim carregador de seu lixo, polui minha pureza e transforma minha serventia em imundície.”

Escutei, ainda, os pássaros soluçando e os interpelei:

– “Por que chorais meus belos pássaros?”

E um deles voou para perto, pousou na ponta de um ramo e justificou:

– “Daqui a pouco, os filhos de Adão virão a este campo com suas armas destruidoras e desencadearão uma guerra contra nós, como se fôssemos seus inimigos mortais. Agora estamos nos despedindo uns dos outros, pois não sabemos quais de nós escaparão à fúria do Homem. A morte nos segue, aonde quer que vamos.”

Então, o sol já se levantava por trás dos picos da montanha e coloria os topos das árvores com auréolas douradas. Contemplei tão grande beleza e me perguntei:

– “Por que o homem deve destruir o que a Natureza construiu?”

By Khalil Gibran.

Compartilhando a vida

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Compartilhando e atingindo metas

Uma empresa enviou seus 12 gerentes para um treinamento outdoor, onde uma das tarefas era cruzar um rio. O instrutor pediu, então, para que eles se dividissem em três grupos de quatro pessoas. Foram, então, criados os grupos A, B e C.

O grupo “A” recebeu quatro tambores grandes e vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.

O grupo “B” recebeu dois tambores grandes, uma tora e um rolo de barbante.

Já o grupo “C” não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; eles foram orientados a usar recursos da natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na floresta.

Em seguida, o instrutor deu uma única instrução: Todos deveriam atravessar o rio em menos de quatro horas!

O grupo “A” não levou mais do que uma hora pra construir uma maravilhosa jangada. Em meia hora, atravessou o rio e chegou em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os outros grupos em sua luta desesperada para buscarem uma solução.

O grupo “B” teve um pouco mais de dificuldades, demorou um pouco mais, porém, também atravessou o rio.

Enquanto o Grupo “C” tentava atravessar o rio com os poucos recursos que tinha, sendo observados pelos oito gerentes que já haviam chegado ao outro lado, quase desfalecendo de tanto rir.

O Grupo “C’ se agarrou a um emaranhado de galhos e tentava mover-se em direção ao outro lado; porém, a correnteza o levava rio abaixo. Somente reunindo todas as forças que lhe restava foi que o último membro do grupo “C”, o gerente de Logística, todo arranhado e com os óculos quebrados, conseguiu atingir a margem, 200 metros rio abaixo.

Após observar tudo o que acontecera, o instrutor do treinamento perguntou:

– “Então, como vocês se saíram?”

O grupo “A” respondeu em coro:

– “Nós vencemos! Nós vencemos!”

O instrutor, então, respondeu:

– “Penso que vocês não entenderam bem. Vocês não foram solicitados a competir e vencer os outros. A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio em menos de quatro horas! Essa era a meta!”

Esta é uma situação muito comum nas empresas. Seus colaboradores estão mais preocupados em mostrar que são melhores que os outros, ao invés de empenhados no bem comum e focadas nos objetivos da companhia. É cada um por si.

Na vida social e pessoal, a coisa não é muito diferente. Vemos muitos casais competindo o tempo todo para mostrar quem é o melhor, quem é que manda.

Precisamos parar de encarar a vida como um jogo, e as pessoas como adversários. Precisamos observar e ter uma melhor compreensão dos problemas alheios e encontrarmos muito mais conforto e amizade no abraço de cada um.

Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar! É difícil, mas é possível e extremamente gratificante.

Afinal, o maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida!

Desconheço a autoria.

Pássaro ou árvore

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/11/2012 by Joe

Há momentos na vida em que somos pássaros. Queremos voar, mas nossas asas são curtas e não nos permitem chegar além do horizonte. O que podemos está sempre aquém do que desejamos.

Há momentos na vida em que temos longas asas. Podemos alçar extensos voos, mas nossos limites são determinados pelo peso das bagagens que a vida nos dá. São malas que atendem por diversos nomes: bom senso, juízo, medo…

Há os que se livram de seu peso e conseguem voar muito alto. Alguns atingem destinos fantásticos; muitos conhecem o sabor do desastre.

Mas há momentos na vida em que deixamos de voar. É quando nos tornamos árvores, quando nos percebemos enraizados à terra, presos no espaço e no tempo.

Não nos damos conta desta mudança, que nos tira as asas, mas nos empresta galhos e ramos. Apenas descobrimos que somos assim.

Mas quando deixamos de procurar a luz, ou desistimos de cavar em busca de energia, paramos de crescer. Mas não há árvores assim! As árvores perseguem seu destino, que é crescer e se alimentar.

Assim como há pássaros que só buscam voar.

Saber o momento do vôo ou o instante de se enraizar é a grande sabedoria humana.

Saber viver intensamente o momento de polinizar as flores, ou o momento de deixar ao vento e à chuva que espalhem nossas sementes, eis o destino da vida.

Se você é pássaro, voe em busca de seu sonho.

Se você se descobriu árvore, cresça o mais alto que puder e deixe a terra cuidar de suas sementes.

Desconheço a autoria.

Desapego e coragem

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/10/2012 by Joe

São duas as coisas (indispensáveis) que precisamos para conseguir a própria Liberdade: chamam-se Desapego e Coragem. E não dá para se ter uma sem a outra.

Acontece que o verdadeiro desapego vai além das coisas materiais. Só ficamos realmente livres quando nos desapegamos até das coisas espirituais. Principalmente das coisas espirituais!

Não basta desapegar-se do vinho e do Camaro vermelho: é preciso desapegar-se de Zeus. De Zeus, de Apolo, e de Vênus. É preciso desapegar-se do pão e das flores. Das estrelas – e também dos amores…

Sem desapego, impossível ser livre. E sem liberdade, impossível ser feliz.

A felicidade é uma flor delicada que a gente pendura nos galhos do Agora. Desde que bem pendurada, jamais cairá. Vai durar para sempre. Nunca secará. A felicidade é um estado de espírito – e é um estado tão profundo que, uma vez atingido, viverá conosco para sempre. A felicidade, depois que a conhecemos de verdade, nunca mais a perdemos. É como uma iluminação budista ou zen. Talvez sejam até a mesma coisa.

Mas não imaginem que eu esteja negando a gostosura que é ter um Camaro vermelho ou um cavalo negro com sela de prata. A gostosura que é comer um pão sovado ou ganhar um buquê de rosas champagne. A gostosura que é ter orgasmos. Desapego não significa privação nem desprezo. É amor puro pela coisa em si.

By Edson Marques.

A árvore dos problemas

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , on 15/02/2010 by Joe

Certa vez um homem contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda. O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu da sua caminhonete furou. A serra elétrica quebrou. Ele cortou o dedo. E, ao final do dia, o motor do seu carro não funcionou.

O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe, então, uma carona para casa. Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada. Quando chegaram à sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família.

Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e, gentilmente, tocou as pontas dos galhos com as duas mãos.

Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se. Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.

Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:

– “Porque você tocou na planta antes de entrar em casa?”

– “Ah! Esta é a minha Árvore dos Problemas. Eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte. E você quer saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior”.

Toque a sua Árvore dos Problemas também!

Autoria desconhecida.

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