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Coisas da nossa língua

Posted in Nossa língua with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/03/2013 by Joe

Corro de burro quando foge

Em nosso dia-a-dia utilizamos diversas expressões com significados um tanto diferentes daqueles que representam literalmente … e nem sempre buscamos saber a origem ou a forma correta! Ou então, usamos expressões das quais não sabemos sua origem!

Listo, abaixo, algumas dessas expressões:

1. Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão. Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele? O correto é: Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.

2. Enfiou o pé na jaca. O correto é: Enfiou o pé no jacá. Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma bebida. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam, pisavam no jacá (o cesto em que as mercadorias eram carregadas) e levavam um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada com isso.

3. Cor de burro quando foge. Alguém já viu um burro mudar de cor quando foge? Qual a cor que ele fica? O correto é: Corro de burro quando foge!

4. Quem tem boca vai a Roma. Dizem que esta expressão não tem nada a ver com a capacidade de, pela comunicação, ir a qualquer parte do mundo, mas sim, uma forma de exortação à crítica política; o correto seria: Quem tem boca vaia Roma. Porém, esta expressão existe em outras línguas com mesma ideia de que Quem tem boca vai a Roma!

5. É a cara do pai escarrado e cuspido! Essa é forma escatológica de dizer que o filho é muito parecido com o pai. O correto é: É a cara do pai em Carrara esculpido! Carrara é uma cidade italiana de onde se extrai o mais nobre e caro tipo de mármore, que leva o mesmo nome da cidade.

6. Quem não tem cão, caça com gato. O correto é quem não tem cão, caça como gato. Ou seja, sozinho!

7. Dar o voto de Minerva. Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os jurados. Coube à Minerva, personagem da mitologia grega, o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

8. Casa da mãe Joana. Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade de Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar numa casa, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

9. Ficar a ver navios. Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, e seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

10. Não entender patavinas. Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova; sendo assim, não entender patavina significava não entender nada.

11. Dourar a pílula. Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

12. Sem eira nem beira. Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

13. O canto do cisne. Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão “canto do cisne” representa as últimas realizações de alguém.

14. Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro! Mas, afinal, que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro? O correto é: Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro.

By Joemir Rosa.

Capuccino cremoso

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , on 16/07/2011 by Joe

O capuccino é uma tradicional bebida italiana que possui, como ingredientes principais, o café e o leite. No Brasil, é comum utilizar ainda o chocolate em pó misturado aos demais componentes, dando um toque mais saboroso à bebida.

A diferença do capuccino para as outras variações de café expresso está na textura e temperatura do leite utilizado na preparação. A bebida típica utiliza o leite vaporizado, que cria uma pequena camada de espuma, dando ao café uma textura aveludada, cremosa e brilhante.

Variações populares do cappuccino como o café latte e o macchiato consistem basicamente na alteração das proporções dos ingredientes. O uso de chocolate em pó no cappuccino é uma prática comum no Brasil, mas não faz parte da receita tradicional italiana.

O termo “cappuccino” vem do século XVI e tem sua origem nos frades pertencentes a um ramo da ordem franciscana, já que “cappuccio” deriva de capuz (do latim cappa), pois assim os frades franciscanos são chamados devido ao capuz que trazem preso ao hábito. O nome da bebida deve-se à sua cor, que lembra a do hábito dos frades capuchinhos.

Na Itália, o cappuccino é consumido geralmente pela manhã, como parte do café-da-manhã, apesar de não ser incomum ver os italianos bebendo-o durante o dia – não acompanhando uma refeição. Nos outros países é consumido durante o dia ou após o jantar.

Como foi dito acima, existem inúmeras variações de receitas e a que publico hoje é uma das mais saborosas e cremosas que já experimentei. Simples e fácil de preparar, além de ser uma excelente e econômica opção para oferecer às visitas!

Capuccino cremoso

Ingredientes

400 g de leite em pó
50 g de café solúvel em pó
8 colheres (sopa) de chocolate (ou achocolatado) em pó
10 colheres de açúcar refinado
1 caixinha de pó para chantilly
1 colher (sopa) bicarbonato de sódio
1 colher (sobremesa) de canela em pó

Modo de preparo

Separe todos os ingredientes em pequenos recipientes em suas respectivas quantidades. Em seguida, vá despejando todos os ingredientes em uma peneira, começando pelo café solúvel. Depois adicione os demais ingredientes e vá peneirando com a ajuda de uma colher. Misture tudo muito bem. Se quiser uma mistura bem fina e leve, passe essa mistura pela peneira mais uma vez.

Guarde a mistura em potes fechados e na hora de servir basta acrescentar 2 colheres de sobremesa em 1 xícara de leite quente ou água.

Caso deseje um capuccino mais cremoso ainda, coloque creme chantilly por cima e polvilhe canela em pó. Ou, bata no liquidificador até ficar bem cremoso.

By Joemir Rosa.

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