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Cheesecake

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/11/2014 by Joe

Cheesecake de limão

O cheesecake é, sem dúvida alguma, uma das mais adoradas sobremesas que existe!

Quem pensa que esse “bolo de queijo”, preparado a partir de bolachas com recheios à base de queijo e ovos, com cobertura de frutas, é uma sobremesa da era moderna inventada pelos norte-americanos, engana-se redondamente. Ela é bem mais antiga do que imaginamos.

Pesquisas e relatos históricos nos mostram indícios de que o cheesecake já era servido na Grécia antiga, durante os Jogos Olímpicos na Ilha de Delos, em 776 a.C. Naquela época, a receita era preparada com farinha de trigo, mel e queijo que eram misturados e formavam um bolo que era cozido, ou seja, muito diferente das receitas que preparamos hoje.

Posteriormente, quando os romanos conquistaram a Grécia, a receita foi levada e os romanos passaram a oferecer a iguaria aos deuses quando estes estavam irritados. Naquela época era chamada de “libum”. Com a expansão do império romano, a receita foi levada para quase todo o continente europeu. Em cada país, elas foram sendo adaptadas ao gosto, aos ingredientes locais e costumes alimentares.

Assim, o tempo foi passando e as receitas foram se mesclando e chegaram até os nossos dias, passando pelos velhos cadernos de receitas de nossas avós!

O principal ingrediente do cheesecake, óbvio, é o queijo. Numa busca rápida pela internet, descobrimos que vários tipos de queijos são usados no seu preparo: queijos cremosos, cottage, ricota e outros tipos menos conhecidos em terras tupiniquins. Por aqui, o queijo mais utilizado é o cremoso (cream-cheese).

Conta a história que, lá pelo final do século XIX, um leiteiro americano estava tentando recriar o famoso queijo francês NeufChateau e, não conseguindo, acabou criando o queijo cremoso, que acabou se tornando o ingrediente base do cheesecake. A partir da década de 70, a sobremesa se popularizou nos Estados Unidos, principalmente em Nova Iorque, onde até hoje é uma das sobremesas favoritas por lá.

Como sempre comento por aqui, centenas ou milhares de receitas e variações na sua preparação. A receita de hoje tem a massa básica de queijo – sua base crocante – e uma cobertura que não descaracteriza o delicioso sabor de queijo!

Antes, porém, existem algumas dicas importantes a serem observadas e seguidas que devem ser levados à risca para a perfeita elaboração do cheesecake:

– O queijo deve ser retirado da geladeira com pelo menos 1 hora de antecedência, para que sua textura fique bem macia, de fácil manuseio. Tente utilizar o melhor queijo que puder encontrar, pois ele é a alma da receita. Quando levar à batedeira, faça-o por, pelo menos, 10 minutos, a fim de homogeneizar o creme. Quanto mais macio e liso, melhor o resultado.

– O forno é um outro detalhe importante. Como a estrutura do bolo é dada pelos ovos que são acrescentados à massa, uma temperatura muito alta de forno fará com que as proteínas das gemas e claras se coagulem muito rapidamente, fazendo com que a textura fique dura e granulada. O ideal é assá-lo em forno muito baixo e a seco (100°C), ou a 160°C em banho-maria. Se você tiver tempo, tente assar a 100°C. Vai demorar umas 4 horas, mas o resultado é surpreendente.

– Não abra a porta do forno enquanto o bolo assa. O vapor criado pelos líquidos da massa e/ou do banho-maria vão escapar e a superfície do bolo vai rachar.

– O cheesecake estará pronto quando parecer firme, porém ainda balançar ligeiramente no centro. Não deixe que fique totalmente firme no forno. Se isso acontecer, quando o cheesecake esfriar e contrair vai rachar bem no meio.

Cheesecake de limão

Ingredientes

Base

1 pacote de bolacha maizena
75 g de manteiga

Recheio

150 g de açúcar
600 g de cream-cheese
1 colher (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de suco de limão
3 ovos
100g de creme de leite
gotas de essência de baunilha a gosto
raspas de limão a gosto

Creme de limão

100g de chocolate branco
100g de creme de leite
suco de 1 limão
raspas de limão para decorar

Modo de preparo

Triture a bolacha maizena e reserve. Derreta a manteiga no microondas e junte à farinha da bolacha, mexendo bem até formar uma massa consistente. Em uma forma de fundo falso, unte a base com manteiga e papel manteiga e coloque a massa de bolacha, apertando com as mãos no fundo e nas laterais. Coloque no refrigerador por 10 minutos.

Enquanto isso, na batedeira, coloque o cream-cheese e o açúcar e bata em velocidade média até a mistura ficar homogênea e cremosa. Acrescente o creme de leite e a farinha de trigo e bata até misturar bem. Acrescente os ovos, um de cada vez, e bata até que cada um seja completamente incorporado. Por último, acrescente as gotinhas de baunilha, o suco e as raspas de limão.

Acenda o forno e deixe pré-aquecer a 180º C. Distribua o recheio na forma que ficou na geladeira e bata levemente a forma sobre uma superfície para eliminar as bolinhas de ar. Leve ao forno por, aproximadamente, 45 minutos, em banho maria, ou até que o recheio esteja firme no centro. Tire do forno e deixe esfriar. Leve ao refrigerador por, pelo menos, 8 horas para adquirir consistência.

Para fazer a calda, basta derreter o chocolate branco em banho maria e misturar com o creme de leite ate formar um creme encorpado. Misture com o suco de limão e coloque sobre o cheesecake gelado. Decore com as raspas de limão ou com fatias de limão.

By Joemir Rosa.

Coxinha de frango picante

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/11/2013 by Joe

Coxinha de frango picante

Este salgadinho, muito apreciado por todos nas festas de aniversários, casamentos e nos butecos espalhados por todos os recantos do nosso país, tem sua origem perdida no tempo e na memória do povo brasileiro.

A primeira história nos conta que seria uma derivação dos croquetes europeus. O seu recheio de frango ou galinha é muito popular na culinária francesa; porém, a introdução do catupiry é tipicamente brasileira.

A segunda, publicada no livro “Histórias e Receitas”, de Nadir Cavazin, nos conta que o filho da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, uma criança que foi afastada da corte por ter supostos problemas mentais, tinha o frango como prato favorito, mas só comia as coxas. E aconteceu que, um dia, por não ter coxas e frangos suficientes, a cozinheira decidiu transformar um frango inteiro em coxas, desfiando-o e preparando-o como recheio de uma massa de farinha de trigo. O menino aprovou o resultado, e a Imperatriz Tereza Cristina, quando foi visitá-lo, não resistiu, saboreou a guloseima, e gostou tanto que solicitou que o mestre da cozinha imperial aprendesse a receita. Assim, a coxinha ganhou a nobreza.

A terceira história conta que a coxinha teria sido criada em 1810 em uma cidade do sul do Amazonas chamada Tefé. Conta que um grupo de seringueiros foi atacado por índios, e que eles teriam fugido e deixado para trás as galinhas que criavam. Os índios, em comemoração pela vitória, resolveram cozinhar as galinhas e envolvê-las em massa à base de farinha de mandioca.

E a última história nos conta que a coxinha teria sido inventada pelos escravos, que, na falta de alimentos, juntavam os restos de comida, retiravam os ossos das galinhas, envolviam em uma massa e fritavam.

Seja qual for a verdadeira origem deste salgadinho, algumas coisas são certas: ele é delicioso, faz parte da gastronomia brasileira e é impossível comer um só!

E, como todos os pratos, existem inúmeras variações no preparo, dos ingredientes e dos acompanhamentos.

A receita de hoje é focada justamente numa dessas variações, preparada com um recheio deliciosamente picante que vai agradar a todos que já apreciam este aperitivo!

Coxinha de frango picante

Ingredientes

Massa

1 kg de mandioca cozida e amassada
1 colher (sopa) de manteiga
2 ovos
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
farinha de trigo suficiente para dar o ponto

Recheio

1 kg de peito de frango picado na ponta da faca
1 cebola média ralada
1/3 xícara (chá) de óleo de milho
2 colheres (sopa) de óleo de gergelim torrado
1 colher (sopa) de curry em pó
1 colher (sopa) de folhas de manjericão picadas
1 colher (sopa) de gengibre bem picado ou ralado
1 xícara (chá) de caldo de frango
3 colheres (sopa) de açúcar mascavo
sal e pimenta a gosto
farinha de rosca suficiente para empanar

Modo de preparo

Massa

Leve ao fogo uma panela, coloque a manteiga, a mandioca amassada, os ovos, o queijo e vá adicionando a farinha de trigo, mexendo sempre para que fique uma massa homogênea e vá cozinhando até dar o ponto certo. Este ponto é quando ela desgrudar do fundo da panela. Reserve.

Recheio

Tempere o frango picado com sal e pimenta. Reserve.

Em outra panela, refogue a cebola no óleo de milho, adicione o curry e o óleo de gergelim e misture bem. Junte o frango e refogue.

Adicione as folhas de manjericão, o caldo, o gengibre e o açúcar. Cozinhe em fogo médio até secar o excesso de líquido, deixando o recheio apenas úmido. Acerte o sal e a pimenta.

Montagem

Molde as coxinhas com a massa, coloque o recheio e passe na farinha de rosca. Frite por imersão, em óleo bem quente.

Sirva como aperitivo, acompanhado de uma cerveja bem gelada!

By Joemir Rosa.

Polenta aos dois molhos e frango

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/09/2013 by Joe

Polenta aos dois molhos e frango

Polenta é um alimento típico da culinária italiana, com grande aceitação em diversos países, como Argentina e Brasil. Sua base é a farinha de milho.

Antes da chegada de imigrantes italianos, já se consumia no Brasil uma forma de polenta de milho denominada angu, que pode ter a consistência de uma polenta firme ou cremosa.

A polenta tem origem na região norte da Itália. Constituía a base alimentar da população e dos legionários romanos. Era feita de principalmente de aveia, mas podiam ser utilizados outros cereais, como a farinha de trigo.

Pouco depois da chegada dos espanhóis ao Caribe, em 1492, o milho foi introduzido na Europa. Na Itália, o milho passou a ser cultivado, onde as chuvas são abundantes. A partir de então é que a polenta passou a ser feita de milho.

A polenta de milho tornou-se o principal prato nas regiões de Veneza e Friuli, onde passou a ser uma opção ao pão (feito com trigo) e ao macarrão. Inicialmente restrita a essas regiões, em pouco tempo a polenta passou a dominar todos os aspectos da culinária italiana. A polenta sempre foi feita da mesma forma: com bastante esforço e paciência, misturando a pasta de milho com água em caldeirões de cobre, aquecidas sobre o fogo.

Pode ser servida mole, dura, grelhada ou frita. Pode ser recheada com uma imensa quantidade de molhos ou outros ingredientes, acrescentados enquanto ela ainda está quente e mole.

Antigamente considerada “comida de pobres”, a polenta hoje é usada em diversas casas e restaurantes, sem essa conotação.

Recentemente, a indústria alimentícia lançou polentas pré-cozidas, para serem feitas em refeições instantâneas.

A receita de hoje é uma das diversas formas de se preparar esse delicioso prato, desta vez com dois molhos e lascas de frango!

Polenta aos dois molhos e frango

Ingredientes

Polenta

1,5 litros de caldo de legumes
2 dentes de alho amassados
1 cebola pequena picada
2 colheres (sopa) de margarina
2,5 xícaras (chá) de fubá pré-cozido

Molho branco

2 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
500 ml de leite quente
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
½ colher (café) de noz moscada ralada

Molho vermelho

500 g de peito de frango temperado, cozido e desfiado
2 colheres (sopa) de óleo
1 cebola pequena picada
2 dentes de alho
2 latas de molho de tomate
½ xícara (chá) de água
½ xícara (chá) de azeitonas verdes picadas
sal e pimenta do reino a gosto
salsa picada a gosto

Modo de preparo

Em uma panela, aqueça o caldo de legumes, junte o alho, a cebola e a margarina. Misture o fubá, dissolvido em um pouco do caldo. Leve ao fogo brando, e vá mexendo até começar a engrossar. Tampe a panela e mexa de vez em quando até a polenta estar cozida. Coloque-a em um refratário. Reserve.

Molho branco

Em uma panela, derreta a margarina, misture a farinha até dissolver totalmente e dourar um pouco. Junte aos poucos, e sem parar de mexer, o leite quente. Junte o sal, o parmesão e a noz-moscada. Mexa até engrossar. Em seguida, espalhe sobre a polenta.

Molho vermelho

Em uma panela, aqueça o óleo, doure a cebola e alho. Junte o molho de tomate, a água, o sal, a pimenta, o frango e deixe apurar por 5 minutos. Desligue o fogo, acrescente as azeitonas e a salsa.

Espalhe sobre o molho branco e sirva em seguida. Se necessário, leve ao forno pré-aquecido a 200°C para dar mais uma aquecida.

Um bom vinho tinto encorpado é um ótimo acompanhamento!

By Joemir Rosa.

Nhoque de espinafre ao molho de ricota

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 29/10/2011 by Joe

Não sei se por superstição ou tradição, os paulistanos costumam procurar restaurantes italianos todo dia 29 para saborear um bom prato de nhoque! Diz a superstição que ao saborear esse prato terá sorte pelos próximos 30 dias!

Esse costume já está se espalhando por outros estados e cidades brasileiras. Alguns restaurantes ainda reforçam a sorte dos clientes, colocando uma nota de um real sob o prato na hora de serví-lo!

A origem dessa tradição (com inúmeras variações) parece ter sido que um frade andarilho chegou a uma pequena vila italiana, bateu à porta de uma casa e foi atendido por um casal de velhinhos. Pediu um prato de comida e foi-lhe servido nhoque, único alimento que havia. Algum tempo depois, ele retornou à vila, procurou a mesma casa e contou aos velhinhos que, após aquele dia, sua vida tinha mudado pra muito melhor!

Tradições e supertições à parte, a história do nhoque (gnocchi, em italiano) se perde no tempo. Alguns dizem que foi o primeiro tipo de massa caseira surgida; já outros contam que o nhoque já existia desde os tempos de gregos e romanos.

A verdade é que o nhoque é um prato saborosíssimo e conta com inúmeras variações em seu preparo, bem como na composição de seus ingredientes! A preparação mais tradicional é aquela feita com batatas cozidas, farinha de trigo, ovos e servido com molho de tomates. Mas existem outras receitas onde o prato é preparado com mandioca, mandioquinha, milho verde e até batata-doce!

Como é costume aqui no Demodelando (e até para manter a proposta de quebrar moldes, demodelar), vou apresentar uma receita um pouco diferente, entre as inúmeras que conhecemos, mas não menos saborosa! Espero que curtam e deixem seus comentários!!

Nhoque de espinafre ao molho de ricota

Ingredientes

Para o nhoque

1,5 kg de batatas
2 maços de espinafre
3 ovos
200 g de queijo parmesão ralado
50 g de semolina
30 g de amido de milho
300 g de farinha de trigo
30 g de manteiga
sal e pimenta a gosto

Para o molho

400 g de ricota fresca
1 cebola
3 dentes de alho
100 g de queijo parmesão ralado
salsa picada a gosto
1 litro de creme de leite fresco
1 pitada de noz-moscada
sal e pimenta a gosto

Modo de preparo

Cozinhe as batatas em água e sal. Esprema-as e adicione a manteiga, misturando muito bem. Reserve. Cozinhe o espinafre, escorra bem a água e bata rapidamente com os ovos no liquidificador. Adicione na batata e junte os ingredientes secos, incluindo o sal e a pimenta. Misture tudo muito bem e depois faça bolas de, mais ou menos, 2 cm e cozinhe em água salgada. Quando boiarem, retire e sirva com o molho.

Para o molho, comece passando a ricota na peneira. Depois refogue o alho e a cebola, e adicione metade do creme de leite fresco. Bata a ricota com a outra metade do creme de leite fresco no liquidificador. Adicione à panela com a 1ª metade do creme de leite. Tempere com sal, pimenta, noz-moscada, salsinha e parmesão. Sirva em seguida sobre o nhoque.

By Joemir Rosa.

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