Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que certamente o responsabilizará, mais uma vez, pelo insucesso do aluno.
Sou um professor que luta …
Luta com os alunos dentro da sala de aula para que eles não matem uns aos outros. Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.
Sou um professor que compreende …
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.
Sou um professor que critica …
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como psicólogo, médico, assistente social, mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.
Sou um professor que espera …
Espera que, a qualquer momento, chegue um “estranho” que nunca entrou em uma sala de aula, impondo o modo de ensinar e avaliar.
Sou um professor que sonha …
Sonha com um aluno interessado, sonha com pais responsáveis, sonha com um salário melhor, um mundo melhor …
Enfim, sou um professor que representa …
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada, que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão …
Representa um palhaço para os alunos …
Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas metodologias de ensino …
E esse professor, que não sou eu mesmo, mas é uma outra pessoa, representa tão bem, que só não trabalha como ator porque já é professor e não dá para conciliar as duas coisas!
Autoria desconhecida, porém, seja quem for, conseguiu rascunhar a situação não só do professor, mas também da educação no Brasil que deveriam merecer uma atenção maior por parte de quem deveria nos representar. Claro, se houvesse vontade … afinal, povo educado, povo que pensa … é povo perigoso!!!