Arquivo para Facas

Espelhos da alma

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/12/2014 by Joe

Espelhos da alma

Como espectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo. Quem diz que nunca julga não é honesto consigo mesmo!

Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando. Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto. E quando somos nós o centro da plateia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações.

Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível. Cada um de nós é único e, mesmo aquelas pessoas que mais amamos, não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos, sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece.

Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas. Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós.

Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros os nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela. Por quê? Porque ante a possibilidade de que seja revelado o nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes.

Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas que ferem mais profundamente que facas e punhais.

As pessoas que esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de águas transparentes, porque puras só as criancinhas. E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã.

Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo, às vezes a mente. Basta um minuto e tudo pode se transformar…

Então, melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não têm razão.

E quando a tentação de olhar o que se passa com outros for grande, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão.

E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o Alto.

Desconheço a autoria.

Homens e macacos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/08/2012 by Joe

Alguns macacos estavam sentados num coqueiro, discutindo sobre coisas das quais tinham ouvido dizer. Disse um deles para os outros:

– “Há um rumor de que pode ser verdade que os seres humanos descendem da nossa nobre raça”.

Respondeu um outro:

– “Bem, essa ideia não tem nenhum fundamento! Nenhum macaco jamais desprotegeu sua fêmea ou deixou seus bebês famintos ou arruinou a vida deles”.

– “Há também uma outra coisa que nunca foi vista entre nós: macacos cercando um coqueiro e deixando os cocos apodrecerem, proibindo outros macacos de se alimentarem. Sabemos que, se a árvore fosse cercada, a fome faria outros macacos nos roubarem”.

– “Outra coisa que macacos jamais fizeram: sair à noite para roubar, usando porretes, facas ou armas, para tirar a vida de outros macacos”.

– “Sim! Se os humanos descendem dos primatas, deve ser de uma espécie muito rude. Vejam o que eles fazem com os lugares onde moram, derrubando sem dó tudo o que encontram, a sujeira que fazem e o fogo que põem nos arredores e nas matas. Sem contar os costumes estranhos que têm, jogando sujeira no ar que respiram, o que deve fazer com que fiquem muito violentos”.

– “Nós não fazemos nada disso, e quando pegam um de nós, colocam-nos atrás das grades. São ferozes mesmo!”

– “É, amigos … com certeza os humanos não descendem de nós”.

Desconheço a autoria, mas concordo plenamente! De quem será que o ser humano descende?

%d blogueiros gostam disto: