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Coisas da nossa língua – 2

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Coisas da nossa língua 2

Dando continuidade à expressões que utilizamos em nosso dia-a-dia (veja aqui a primeira parte desta matéria), trazemos mais algumas explicações quanto à origem das mesmas.

1. Jurar de pés juntos:

“Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu”! A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresia tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

2. Motorista barbeiro:

“Nossa, que cara mais barbeiro”! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

3. Tirar o cavalo da chuva:

“Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje”! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

4. Dar com os burros n’água:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

5. Guardar a sete chaves:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” para designar algo muito bem guardado.

6. OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

7. Onde Judas perdeu as botas:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

8. Pensando na morte da bezerra:

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

9. O pior cego é o que não quer ver:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

10. Andando à toa:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

11. Nhen-nhen-nhem:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

12. Vai tomar banho:

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio , além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

13. Eles que são brancos que se entendam:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português… O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos que se entendam “. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de D. Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, D. Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, D. Luís se explicou: “Nós somos brancos, cá nos entendemos”.

14. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C. – 18 d.C), autor de célebres livros como “A arte de amar” e “Metamorfoses”, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.

By Joemir Rosa.

Apple pie

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/08/2014 by Joe

Apple pie 1

Não existe nada mais americano que uma boa torta de maçã! Existe até uma expressão muito comum, em inglês, que exprime essa ideia: “As american as an apple pie!” A famosa torta de maçã é uma tradição nos EUA, principalmente no Dia de Ações de Graça (Thanksgiving Day)!

Porém, esse prato tão típico, nasceu um tanto longe das terras americanas. Sua origem vem da Inglaterra, antes mesmo dos primeiros imigrantes levarem para a América. Posteriormente, os EUA se tornaram um dos mais importantes produtores de maçãs do mundo. Junte-se a isso, um herói do povo cuja história se misturou com o folclore e tudo contribuiu para que a torta se tornasse tão popular!

A lenda de Johnny Appleseed tornou a torta de maçã um prato tradicional americano; ela dizia que, enquanto ele andava descalço sobre a terra, jogava sementes de maçã pelo chão, por onde quer que passasse. Ele usava uma panela como chapéu e era um vegetariano que vivia de leite desnatado talhado e pólen. O certo é que, começando com mais de 25 anos de idade e até a sua morte aos 71 anos, em 1845, o excêntrico herói do povo viajou milhares de milhas do interior da Pennsylvania até Indiana plantando árvores de maçã e iniciando viveiros para macieiras!

Hoje, a torta de maçã ganhou o mundo e é muito apreciada também no sul do Brasil, principalmente na pequena e gelada São Joaquim, considerada a capital nacional da maçã!

Trago hoje essa receita tão saborosa e famosa! Espero que curtam!

Apple pie

Ingredientes

Para a massa

2½ xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
1 tablete (200gr) de manteiga sem sal, gelada e cortada em pedaços
1/4 a 1/2 xícara de água gelada

Para o recheio

1/4 de xícara de farinha de trigo
suco de 1 limão siciliano
1,5 kg de maçãs (sugestão: mescle 3 tipos diferentes: verde, gala e fuji)
1 xícara de açúcar
1 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de manteiga sem sal, cortada em pedaços pequenos

Modo de preparo

A massa

Em um processador de alimentos, junte a farinha, o sal, e o açúcar; pulse para misturar os ingredientes. Adicione a manteiga e pulse até que a mistura pareça uma farofa grossa, com pedaços de manteiga do tamanho de uma ervilha. Borrife 1/4 de xícara de água gelada e pulse até que a massa esteja ainda como uma farofa, mas que ela grude quando pressionada com os dedos. Se necessário coloque mais água gelada, aos poucos, 1 colher por vez. Evite trabalhar a massa em excesso.

Divida a massa ao meio, fazendo 2 discos. Cubra com filme plástico e deixe na geladeira por pelo menos 1 hora.

O recheio

Coloque o suco do limão em uma tigela grande. Descasque e corte as maças em fatias e, na medida que for cortando, coloque junto do suco de limão. Adicione o açúcar, a farinha, a canela, o sal e a manteiga em pedaços; mexa bem para misturar todos os ingredientes.

Montagem

Apple pie 5Pré aqueça o forno em 220º C. Abra o primeiro disco de massa em uma superfície polvilhada com farinha de trigo e transfira a massa para uma forma de torta de aproximadamente 23 cm. Deixe sobrar um pouco para fora. Adicione o recheio.

Abra o segundo disco de massa e coloque por cima. Para selar os dois discos de massa, pressione a borda com os dedos. Faça alguns furos pequenos na massa.

Coloque no forno por 20 minutos. Depois baixe para 180º C e asse por mais uns 30 minutos, aproximadamente. Fique de olho: se a massa começar a escurecer demais, coloque um papel alumínio por cima.

Quando a massa estiver assada, tire do forno e deixe a torta esfriar completamente. O ideal é aguardar, no mínimo, umas 6 horas para servir.

Sirva quentinha com sorvete de creme ou creme de leite fresco batido com açúcar.

By Joemir Rosa.

Frozen yogurt

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/01/2014 by Joe

Frozen Yogurt

O verão está aí e os dias estão infernais! As temperaturas estão acima do normal e os dias e noites estão muito abafados.

E, como sempre, a pedida para enfrentar o calor é o velho e bom sorvete. Desde sua chegado ao mercado brasileiro, o frozen yogurt tem sido uma ótima sobremesa para combater as altas temperaturas. Uma delícia gelada que pode ser preparada em casa, com frutas de todos os tipos, com ou sem calda.

Dizem que o frozen yogurt surgiu no Canadá, mas, industrialmente, teria se expandido nos Estados Unidos, mais precisamente em Boston, a partir do ano de 1972. Em pouco tempo já estava nas principais cidades de todo o país. Hoje em dia, acredita-se que 20% de todos os sorvetes consumidos nos Estados Unidos são frozen yogurt.

E uma curiosidade: por lá é possível encontrar até frozen yogurt para cães. É um frozen yogurt orgânico com banana, amendoins e água.

A receita de hoje é muito saborosa e refrescante e pode ser apreciada com uma variedade enorme de frutas, e até com caldas! Eu, particularmente, prefiro com pêssegos em calda ou morangos.

Frozen yogurt

Ingredientes

300 g de iogurte natural
3 colheres (sopa) de creme de leite em lata
3 colheres (sopa) de leite em pó
170 g de açúcar
250 ml de suco de limão

Modo de preparo

Em um recipiente, coloque o iogurte, o creme de leite sem o soro, o leite em pó e o açúcar e mexa bem até obter uma mistura homogênea.

Em seguida, adicione o suco de limão. Leve para a batedeira e bata a mistura durante 10 minutos. Cubra com um filme-plástico e leve ao freezer por umas 6 horas.

Tire do freezer, deixe amolecer um pouco, e bata novamente até obter a consistência de um creme. Cubra novamente e leve ao freezer até ficar firme.

Sirva acompanhado de frutas frescas ou pêssegos em calda.

By Joemir Rosa.

Intuição

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/01/2014 by Joe

Intuição

Nunca aconteceu de você pensar em um amigo e naquele momento o telefone tocar, com ele do outro lado da linha, chamando porque tinha acabado de pensar em você?

Será que você nunca acordou no meio da noite com a sensação de que alguma coisa tinha acontecido a um parente ou amigo, sendo informado mais tarde que nesse exato momento ele havia sodrido um acidente de automóvel, por exemplo?

Todos nós já passamos por esse tipo de experiência intuitiva. A questão é aprender como ter acesso a ela quando quisermos e, com isso, conseguir maiores níveis de sucesso.

É preciso confiar em sua voz interior, em primeiro lugar!

Grande parte das pessoas foi treinada para procurar respostas externas aos seus questionamentos. Poucas foram orientadas a procurar as respostas dentro de si. E, no entanto, algumas conseguiram desenvolver a sua intuição e aprenderam a confiar nas suas sensações, seguindo a orientação interior.

Quando o magnata Conrad Hilton, fundador da cadeia de hotéis Hilton, fez um lance de US$ 165 mil para comprar a empresa Stevens Corporation num leilão e, ao acordar no dia seguinte, decidiu aumentar sua oferta para US$ 180 mil, ninguém entendeu a razão – afinal, até então não havia outras propostas. Porém, no ultimo momento apareceu uma proposta e, se Hilton não tivesse confiado em seus instintos, teria perdido o negócio. A segunda oferta mais alta tinha sido US$ 179.800!

Use você também sua intuição para ganhar mais dinheiro, tomar decisões melhores, resolver problemas com mais rapidez, liberar o seu gênio criativo, discernir os motivos escusos das pessoas, visualizar novos negócios e criar planos e estratégias vencedoras.

Todos os recursos de que precisamos estão na nossa mente! (Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos).

Confie na sua voz interior!

By Joemir Rosa.

Nunca troque seus princípios por um objetivo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/09/2013 by Joe

Princípios e ética

As pessoas que abrem mão daquilo em que acreditam para alcançar um determinado objetivo terminam frustradas com suas realizações. Se você não mantiver seus princípios éticos, não conseguirá alcançar a satisfação.

Um bom exemplo vem de um estudante da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que há alguns anos foi expulso da instituição. Influenciado por colegas, ele falsificou todos os documentos de sua proposta da admissão: histórico escolar, cartas de recomendação, suas atividades.

Sua proposta era tão boa que ele foi aceito na universidade. Durante o curso, ele teve um ótimo desempenho mas, quando estava próximo da formatura, simplesmente confessou a fraude.

Esse aluno era uma pessoa bem intencionada, proveniente de uma família que procurava viver de acordo com seus princípios; por isso, a ideia de ter falsificado documentos o atormentava a tal ponto que ele preferiu abrir mão do diploma a obtê-lo com base em uma fraude.

O fato é que suas realizações estariam sempre calcadas em uma mentira, e isso, para ele, transformavam-nas em fracasso.

Estar feliz e ter um comportamento ético são atitudes que se reforçam mutuamente. Pessoas que se sentem antiéticas têm menos chances de se sentirem felizes.

By David Niven, no livro “Os 100 segredos das pessoas felizes”.

A necessidade de privacidade

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O ser tem dois lados: o interior e o exterior. O exterior pode ser público, mas o interior não pode. Se você tornar o interior público, perderá a sua alma, perderá a sua face original. Então você viverá como se não tivesse um ser interior. A vida se torna monótona, fútil.

Isso acontece às pessoas que levam uma vida pública – políticos, astros de cinema. Eles se tornam públicos, perdem completamente o ser interior; eles não sabem quem são, a menos que o público fale sobre eles. Eles dependem da opinião dos outros, não têm o sentimento do próprio ser.

Uma das mais famosas atrizes, Marilyn Monroe, cometeu suicídio, e os psicanalistas têm meditado sobre os motivos para isso. Ela era uma das mulheres mais lindas que já existiram, uma das mais bem-sucedidas. Até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Kennedy, estava apaixonado por ela, e milhões de pessoas a amavam. Não se pode pensar no que mais se possa ter. Ela tinha tudo.

Mas ela era pública e sabia disso. Até mesmo na alcova, quando o presidente Kennedy a visitava, ela costumava chamá-lo de “Sr. Presidente” – como se estivesse tendo relações não com um homem, mas com uma instituição.

Ela era uma instituição. Pouco a pouco, ela tomou consciência de que não tinha nada de privado. Uma vez alguém lhe perguntou – ela tinha acabado de posar nua para um calendário e alguém lhe perguntou:

– Mas você não tinha nada enquanto posava para o calendário?

– Bem …” – respondeu ela – “Eu tinha … o rádio ligado”.

Exposta, nua, nada seu em particular. Eu acho que ela cometeu suicídio porque essa era a única coisa que poderia ter feito em particular. Tudo era público; essa foi a única coisa que sobrou para fazer por conta própria, sozinha, algo absolutamente íntimo e secreto. As personagens públicas são sempre atraídas para o suicídio porque apenas por meio do suicídio elas podem ter um vislumbre de quem são.

Tudo o que é bonito é interior, e o interior significa privacidade. Você observou as mulheres fazendo amor? Elas sempre fecham os olhos. Elas sabem o que fazem. O homem continua fazendo amor com os olhos abertos; ele continua sendo um observador. Ele não está completamente entregue ao ato; não está totalmente nele.

Ele continua sendo um voyeur, como se outra pessoa estivesse fazendo amor e ele estivesse observando; como se o ato do amor estivesse numa tela de TV ou de cinema. Mas a mulher sabe mais porque ela está mais sutilmente sintonizada com o interior. Ela sempre fecha os olhos. Então, o amor tem um perfume totalmente diferente.

Faça uma coisa: um dia, ao tomar banho, apague a luz. No escuro, você ouve melhor a água cair, o som é mais nítido. Quando a luz está acesa, o som não fica tão nítido. O que acontece no escuro? No escuro, tudo o mais desaparece, porque você não pode ver. Só você e o som estão lá.

É por isso que em todos os bons restaurantes evita-se a luz; a luz forte é evitada. Eles usam velas. Sempre que um restaurante está à luz de velas, o gosto é melhor – você come bem e o paladar é mais apurado. O encanto envolve você. Se houver muita iluminação, o paladar desaparece. Os olhos tornam tudo público.

Na primeira frase da sua Metafísica, Aristóteles diz que a visão é o sentido mais elevado do homem. Não é – na verdade, a visão tornou-se muito dominadora. Ela monopolizou todo o seu ser e destruiu todos os outros sentidos.

O mestre dele, o mestre de Aristóteles, Platão, diz que existe uma hierarquia entre os sentidos – a visão está no alto, o toque na base. Ele está completamente errado. Não existe hierarquia. Todos os sentidos estão no mesmo nível e não deve haver nenhuma hierarquia entre eles.

Mas você vive através dos olhos: oitenta por cento da sua vida depende dos olhos. Não deveria ser assim; o equilíbrio precisa ser restabelecido. Você também deve tocar, porque o toque tem algo que os olhos não podem dar.

Mas experimente, experimente tocar a mulher que você ama ou o homem que você ama em plena luz e, depois, tocar no escuro. No escuro o corpo se revela, no claro ele se esconde.

Você já viu as pinturas de corpos femininos de Renoir? Elas têm algo de milagroso. Muitos pintores pintaram o corpo feminino, mas não existe comparação com Renoir. Qual é a diferença? Todos os outros pintores pintaram o corpo feminino como ele aparece aos olhos. Renoir pintou como ele é sentido pelas mãos; assim, a pintura tem calor, proximidade, vivacidade.

Quando você toca, algo de muito íntimo acontece. Quando você vê, tudo fica distante. No escuro, em segredo, na privacidade, algo se revela que não pode ser revelado às claras, na rua. Outros estão vendo e observando: algo profundo dentro de você se encolhe, não pode desabrochar.

É como se você pusesse sementes no chão para todo mundo olhar. Elas nunca irão brotar. Elas precisam ser atiradas no fundo do útero da terra, na escuridão profunda onde ninguém possa vê-las, onde elas começam a brotar e então nasce uma grande árvore.

Assim como as sementes precisam do escuro e da privacidade, todos os relacionamentos que são profundos e íntimos permanecem no seu interior. Eles precisam de privacidade, precisam de um lugar onde apenas dois existam. Então, chega um momento em que até mesmo os dois se dissolvem e apenas um existe.

Dois amantes profundamente afinados um com o outro se dissolvem. Apenas um existe. Eles respiram juntos, estão juntos, existe um companheirismo. Isso não seria possível se houvesse a presença de observadores. Eles nunca seriam capazes de relaxar se outros estivessem observando. Os próprios olhos se tornariam uma barreira. Assim, tudo o que é belo, tudo o que é profundo, acontece no escuro.

Nos relacionamentos humanos, a privacidade é necessária. O segredo tem suas próprias razões para existir. Lembre-se disso, e lembre-se sempre de que você vai se comportar muito tolamente na vida caso se torne totalmente público.

Seria como se alguém virasse os bolsos do avesso. Essa seria a sua forma, como bolsos virados do avesso. Não há nada de errado em ser voltado para fora; mas lembre-se de que isso é apenas parte da vida. Não deve se tornar a totalidade.

Eu não estou querendo dizer para entrar no escuro para sempre. A luz tem sua própria beleza e o seu próprio sentido. Se a semente permanecer no escuro para todo o sempre e nunca sair para receber o sol da manhã, ela morrerá.

Ela precisa entrar no escuro para brotar, para reunir forças, para tornar-se vital, para renascer, e depois tem de sair e encarar o mundo, a luz, a tempestade e as chuvas. Ela tem de aceitar o desafio do exterior. Mas esse desafio só pode ser aceito se você estiver profundamente enraizado interiormente.

Eu não estou dizendo para você se tornar escapista. Não estou dizendo para você fechar os olhos, se retrair e nunca mais sair. Estou dizendo simplesmente para você entrar de modo que possa sair com energia, com amor, com compaixão.

Entrar de modo que, quando sair, você não seja mais mendigo, mas rei. Entrar de modo que, quando sair, tenha algo a compartilhar – as flores, as folhas. Entrar de modo que a sua saída seja mais rica e não empobrecida. E sempre se lembre que, toda vez que se sentir exaurido, a fonte de energia está no seu interior. Feche os olhos e entre.

Tenha relacionamentos externos, tenha relacionamentos internos também. É claro que é inevitável ter relacionamentos externos – você anda no mundo, os relacionamentos profissionais estão aí -, mas eles não devem ser tudo. Eles têm um papel a desempenhar, mas deve haver algo absolutamente secreto e privado, algo que você possa chamar de seu.

Foi isso que faltou a Marilyn Monroe. Ela era uma mulher pública, bem-sucedida, ainda que um completo fracasso. Quando estava no auge do sucesso e da fama, ela cometeu suicídio. Por que ela cometeu suicídio continua sendo um enigma. Ela tinha tudo por que viver; não se pode conceber mais fama, mais sucesso, mais carisma, mais beleza, mais saúde do que ela tinha. Estava tudo lá, não era preciso melhorar nada, e ainda assim faltava alguma coisa. O lado de dentro, o interior, estava vazio. Então, o suicídio foi o único caminho.

Pode ser que você não chegue ao ponto de cometer suicídio como Marilyn Monroe. Pode ser que você seja muito covarde e cometa suicídio muito lentamente – pode ser que você leve setenta anos para cometê-lo – mas ainda assim é suicídio.

A menos que tenha algo dentro de você, que não dependa de nada de fora, que seja apenas seu – um mundo, um espaço seu, onde possa fechar os olhos e andar, onde possa esquecer que tudo mais existe – você está cometendo suicídio.

A vida nasce dessa fonte interior e se espalha pelo céu afora. Tem de haver um equilíbrio; e estou sempre procurando o equilíbrio. Portanto, não vou dizer que a sua vida deva ser um livro aberto, não. Alguns capítulos abertos, tudo bem. E alguns capítulos completamente fechados, um completo mistério. Se você for apenas um livro aberto, você será uma prostituta, você simplesmente vai ficar esperando nu na rua, com o rádio ligado. Não, essa não.

Se todo o seu livro estiver aberto, você será apenas o dia sem noite, apenas o verão sem inverno. Onde você vai descansar, onde vai se centrar e onde vai buscar refúgio? Para onde você irá quando estiver cansado deste mundo? Para onde irá para orar e meditar? Não; meio a meio está perfeito. Deixe metade do seu livro aberto – aberto a todos, disponível a todos – e deixe que a outra metade do seu livro seja tão secreta que apenas raros convidados possam ter acesso a ela.

Apenas raramente alguém recebe a permissão para entrar no seu templo. É assim que deve ser. Se a multidão entrar e sair, então o templo não será mais um templo. Poderá ser o salão de espera de um aeroporto, mas não pode ser um templo.

Apenas raramente, muito raramente, você permite que alguém entre no seu eu. É isso que é o amor.

By Osho, em “Intimidade: Como Confiar em Si Mesmo e nos Outros”

Panqueca verde de frango

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 26/11/2011 by Joe

Segundo o dicionário, panqueca é um tipo de massa frita em pouco óleo sobre uma chapa ou frigideira quente, feita basicamente com ovos, farinha e leite.

Simples assim!

Uns dizem que a panqueca surgiu na França há milhares de anos quando uma mulher derramou, acidentalmente, um pouco de mingau num fogão quente e percebeu que ele cozinhava muito rápido, era fácil de manusear e tinha um sabor muito agradável.

Outros dizem que, apesar de ser massa, não teve origem na Itália, mas sim nos EUA que adotaram o prato no estilo deles, com um toque doce (conhecidas como american pancakes). Outro povo que também adotou o prato é o francês (conhecida como crepe).

O que realmente sabemos é que existem muitas variações desse prato, dependendo do país, ou até mesmo de uma região para outra. Na maioria dos países da América do Sul e Central, as panquecas são um prato totalmente diferentes das panquecas norte-americanas. Elas são salgadas e, embora também levem ovos como ingrediente principal, são enroladas e servidas com recheios de carne ou frango. Outra diferença é que vão à mesa no almoço ou jantar, e não no café da manhã.

Quando chegou em terras brasileiras, a panqueca se reinventou, ganhando inúmeras opções de recheios, molhos e, no caso das doces, até sorvetes e caldas! O brasileiro deu um toque especial ao prato e, hoje em dia, você não encontra nenhuma panqueca parecida com as nossas em parte alguma do mundo.

E o que ela tem de simples, tem de saborosa, permitindo que cada um dê asas à imaginação e as prepare de acordo com seu gosto. Pode ser preparada de várias formas:

– com a massa tradicional, gratinada  no forno com molhos variados (vermelho, feito ao sugo de tomate; branco, preparado com leite e creme de leite; rosé, misturando molho vermelho e branco; e verde, preparado com molho branco salpicado com salsinha);

– assada na chapa ou frigideira, dobrado ao meio, envolvendo o recheio (sem molhos);

– do jeito tradicional, enroladas com o recheio e molhos por cima, ótimas para serem servidas com arroz e batata palha;

– as panquecas doces, com recheios variados e servidas com sorvete e caldas ao gosto de cada um.

A receita de hoje traz uma pequena variação na massa. É uma massa verde, o que dá um toque especial e saboroso ao prato! Experimentem e deixem seus comentários!

Panqueca verde de frango

Ingredientes

Massa

2 ovos
2 xícaras (chá) de leite
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1/2 xícara (chá) de óleo de soja
1 colher (café) de sal
2 folhas grandes de couve manteiga
1 tablete de caldo de galinha dissolvido em água quente

Recheio

2 peitos de frango desossados, cozidos e desfiados
1 pimentão verde picado
1 cebola picada
2 tomates picados
10 azeitonas verdes picadas
2 colheres (sopa) de extrato de tomates
1 lata de ervilhas
2 ovos cozidos picadinhos
sal a gosto
pimenta-do-reino branca a gosto

Modo de preparo

Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador. Frite as panquecas do modo tradicional. Reserve.

Cozinhe os peitos de frango na água com sal. Reserve uma xícara (chá) da água do cozimento. Desfie o frango e refogue-o com o pimentão, a cebola, os tomates, as azeitonas e o extrato de tomate. Refogue bem e junte a xícara (chá) do caldo de cozimento do frango com o caldo de galinha dissolvido. Adicione as ervilhas e os ovos. Salpique a pimenta. Mantenha no fogo brando por 3 minutos.

Recheie os discos de panquecas, e dobre-os no formato de crepes. Opcionalmente pode-se colocar requeijão no recheio. Sirva com seu molho preferido.

Sugestão: troque a folha de couve por uma xícara de chá de espinafre cozido.

Para os que preferem a massa tradicional, deixo aqui a receita:

1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de leite
2 ovos
4 colheres (sopa) de óleo
sal a gosto

Bata todos os ingredientes da massa no liquidificador. Frite as panquecas do modo tradicional

By Joemir Rosa.

Alcachofras recheadas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , on 17/09/2011 by Joe

A alcachofra se originou no sul da Europa, próximo ao Mediterrâneo por volta do século XII. Alguns séculos após, ela começou a ser cultivada também em Nápoles, na Itália e foi introduzida na França alguns anos depois por Catherine de Medici, rainha da França, esposa do rei Henry II. Os alemães introduziram a planta na Inglaterra e ela era encontrada no jardim do rei Henry VIII, na época era rei da Inglaterra, tendo também recebido o título de Lorde da Irlanda e mais tarde rei da Irlanda.

Séculos depois foi parar nos Estados Unidos pelas mãos de imigrantes franceses e espanhóis. Os europeus também foram os responsáveis pela vinda da alcachofra ao Brasil quase na mesma época.

A alcachofra (Cynara scolymus) ajuda na digestão e a ciarina presente na planta ajuda a melhorar as funções do fígado. É uma ótima escolha para pessoas que possuem problemas hepáticos, diabéticos, problema de reumatismo, ácido úrico e a arteriosclerose pois, além de diminuir o teor de gordura e glicose no sangue, ela ainda possui vários nutrientes de extrema importância para nosso organismo. Sem contar que ingerir alcachofra ajuda a eliminar gordura pois é diurética, desintoxicante, depurativa e promove a digestão não permitindo que elas se acumulem no organismo, ajudando a emagrecer.

Existem várias formas de se preparar a alcachofra, de acordo com a região, gostos e tradições. Escolhi uma receita muito fácil, mas não menos saborosa!

Alcachofras recheadas

Ingredientes

6 alcachofras

Recheio

2 xícaras de migalhas de pão
1/4 de xícara de azeitonas pretas picadas
1/2 colher (sopa) de alcaparras
3 colheres (sopa) de salsinha picada
1/3 de xícara de queijo parmesão ralado
1/3 de xícara de azeite
presunto crú (de preferência presunto parma) ou aliche.

Modo de preparo

Em uma tigela junte todos os ingredientes do recheio e misture bem até formar uma farofa úmida.

À parte, limpe as alcachofras e corte o fundo para que elas possam ser apoiadas ao serem recehadas (veja a foto). Em uma panela grande, com três ou quatro centímetros de água, coloque as alcachofras inteiras e cozinhe com a panela tampada, até as pétalas ficarem macias (al dente).

Retire-as da panela, tire o miolo e os espinhos. Recheie as alcachofras com a farofa e coloque de volta na panela. Cozinhe com a panela tampada por mais 10 minutos, até o recheio ficar cozido. Sirva morno.

Você pode optar por outros recheios: aliche, no lugar do presunto; carne moída e linguiça toscana também combinam muito bem.

By Joemir Rosa.

Frozen Yogurt

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , on 23/10/2010 by Joe

A primavera chegou e daqui para frente teremos dias abafados, com temperaturas muito altas! E, como sempre, a pedida para enfrentar o calor é o velho e bom sorvete. Este ano está na moda o frozen yogurt, uma delícia gelada que está fazendo muito sucesso, com diversos pontos de vendas em shoppings, principalmente.

Segundo os entendidos no assunto, o frozen yogurt teve origem no Canadá, mas industrialmente, surgiu nos Estados Unidos, mais precisamente em Boston, no ano de 1972. Em  poucos anos já estava nas principais cidades dos Estados Unidos. Hoje em dia acredita-se que 20% de todos os sorvetes consumidos nos Estados Unidos são Frozen Yogurt.

E uma curiosidade: por lá é possível encontrar até frozen yogurt para cães. É um frozen yogurt orgânico com banana, amendoins e água.

A receita de hoje é muito gostosa e pode ser apreciada com uma variedade enorme de coberturas, ou até sem elas! Eu, particularmente, prefiro com pêssegos em calda ou morangos.

Frozen Yogurt

Ingredientes

2 copos de iogurte natural
8 colheres (sopa) de açúcar
1 lata de creme de leite
1 colher (sopa) de raspas de limão

Calda

1 xícara (chá) de frutas vermelhas variadas (ou morangos)
1/2 xícara (chá) de açúcar

Modo de preparo

Bata o iogurte, o açúcar e o creme de leite no liquidificador. Misture as raspas de limão com uma colher, coloque em um recipiente, cubra com filme plástico e leve ao freezer por 6 horas, no mínimo.

Retire do freezer, deixe amolecer um pouco e bata na batedeira até dar consistência de creme. Cubra e leve novamente ao freezer até firmar.

Para a calda, misture as frutas e o açúcar numa panela. Leve ao fogo e deixe ferver. Na hora de servir, faça bolas com o frozen yogurt e sirva com a calda gelada.

Você pode variar a calda, substituindo as frutas vermelhas por maracujá, morangos, abacaxi ou kiwi.

By Joe.

Chop-suey de frango

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 04/09/2010 by Joe

Chop-suey (“pedaços misturados”, em chinês) é um prato da culinária chinesa que consiste de carnes cozidas rapidamente com legumes, adicionadas de um molho enriquecido com amido de milho. Normalmente é servido com arroz, porém também pode se transformar na versão americana do chow mein, com a adição de noodles fritos.

Apesar da crença de que o chop-suey teria sido inventado nos Estados Unidos por imigrantes chineses, a realidade parece indicar que ele se origina na realidade de Taishan, um distrito na província chinesa de Guangdong, lar de muitos dos primeiros imigrantes para a América; Li Shu-fan, célebre cirurgião de Hong Kong, relata ter conhecido o prato na Taishan da década de 1890.

Ainda assim, existem diversas histórias folclóricas sobre sua origem, classificadas por alguns autores como “mitologia culinária”: alguns dizem que ele teria sido inventado por um imigrante chinês que trabalhava como cozinheiro na Ferrovia Transcontinental dos Estados Unidos, durante o século XIX. Outros dizem que teria sido inventado durante a visita do general chinês Li Hongzhang, da dinastia Qing, ao país, em 1896, cujo chef teria tentado criar um prato apropriado tanto aos paladares chinêses quanto americanos; quando repórteres perguntaram que comida o general estava comendo, o chef, com alguma dificuldade de explicar os pratos, respondeu “pedaços misturados”.

O chop-suey aparece pela primeira vez em publicações americanas em 1898. Outra versão atribui a versão “americanizada” do termo a uma corruptela da frase cantonesa tsap sui, que significa “miudezas”, “miscelânea”.

Em 1903, durante seu exílio nos Estados Unidos, o jornalista Liang Qichao, natural de Guangdong, escreveu que existia nos Estados Unidos uma comida chamada chop-suey, servida popularmente pelos restaurantes locais, e que não era comida pelos chineses locais. O termo za sui é encontrado em dicionários inglês-chinês mais recentes com a listagem de ambos os significados – entranhas cozidas, e chop-suey, no sentido “ocidental”.

Bom … histórias à parte, o que vale mesmo é que o chop-suey é um prato muito saboroso! Receitas também existem inúmeras, variando seus ingredientes. A de hoje não é daquelas extremamente complexas, com ingredientes que só são encontrados em comércios específicos (produtos chineses ou japoneses) e nem tão simples que acabe caindo num franguinho com legumes.

Espero que gostem!

Chop-suey de frango

Ingredientes

1/2 kg de filé frango
2 colheres (sopa) de óleo de gergelim
1 alho-poró pequeno fatiado
1 cebola média picadas em pedaços grandes
1 cenoura média picada
1 pimentão verde médio picado
1 pimentão vermelho médio picado
1 dente de alho em tiras finas
1 colher (chá) de gengibre em pó
2 colheres (chá) de amido de milho
1 xícara (chá) de caldo de galinha
1 colher (sopa) de shoyu
200 g de broto de bambu em conserva picado
1 xícara (chá) de cogumelos em conserva picados
sal a gosto

Modo de preparo

Limpe bem o frango, tirando pele e gorduras, lave-o, seque com papel toalha e corte-o em tiras. Reserve.

Aqueça o óleo em uma panela wok ou em uma frigideira funda, e refogue o frango por uns 15 minutos, mexendo sempre, até a carne dourar. Retire da panela e reserve. Junte o alho-poró, a cebola, a cenoura, os pimentões e o alho e refogue por uns 3 ou 4 minutos, mexendo sempre.

À parte, dissolva o gengibre e a maisena no caldo de galinha e no shoyu. Despeje no refogado de legumes, junte o frango e misture bem. Cozinhe por mais 5 minutos, sem parar de mexer, até o caldo encorpar. Acrescente o broto de bambu e os cogumelos e deixe por mais 3 minutos. Retire do fogo e sirva com arroz branco.

By Joe.

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