
Enquanto caminhamos, portas se abrem e se fecham diante de nós. É assim com todo mundo.
Quem nunca teve a sensação de que após uma porta ter sido fechada, tudo pareceu perdido? Mas aí o tempo passa, outras se abrem e você percebe que o fechamento daquela te ajudou a caminhar e chegar até a próxima.
Fatalidade ou oportunidade ? É uma questão de escolha.
O sol nasce igualmente para todos e, por mais que partamos de pontos diferentes, todos têm suas oportunidades na vida.
Saber identificá-las pode parecer mais difícil do que de fato é.
Quando nos apequenamos diante das situações acreditando que, mesmo inconscientemente, merecemos estar alí, fica difícil perceber que em tudo existe uma explicação.
Nossas vidas são reflexos de escolhas e posturas que tomamos em determinados momentos.
Se escolhas erradas têm o poder de causar destruição, por que não seria o mesmo, só que na condição inversa, com as escolhas certas ?
O problema é que escolhas erradas tendem a nos viciar, à medida que despertam em nós sentimentos como autopiedade, medo, preguiça ou covardia, até chegar ao ponto onde achamos que é normal sofrer e, já que é assim, nos transformamos em credores da humanidade.
O próximo passo é a mágoa que se instala como forma de vitimização.
É nessa hora, quando o tratamento deve ser mais radical, que as portas começam a se fechar para que você perceba que, com o coração quebrantado e o espírito humilde, fica mais fácil identificar as outras que abrirão.
Você pode demorar muito para perceber, mas quando uma porta se fecha, outra sempre abre.
A percepção disso lhe desperta para uma outra realidade onde preguiça, pessimismo, arrogância ou mágoa não têm espaço.
Se uma porta se fechou, você agirá como quem age diante de uma fatalidade ou oportunidade?
Talvez seja hora de repensar seus caminhos e, com toda a sinceridade, repensar se teus passos ao longo da vida te conduziram para onde você sonhava.
Sempre é tempo de mudar.
Felizes os que buscam a sabedoria e entendem que, entre portas fechadas e abertas, existem lições e auxílio para todo aquele que realmente quer; afinal de contas, seu caminho é você quem faz.
Entenda que sofrimento não deve ser aceito como merecimento, uma espécie de carma que lhe pune, castiga e humilha sem explicação aparente. É como o marido daquela “mulher de malandro ” que, no ditado popular, diz: ” não sei porque estou batendo, mas você sabe porque está apanhando”.
O pior disso é quando, por mais que nos incomode, aceitamos o mal à medida que não reagimos diante dele.
Aceito a chicotada porque devo merecer, se a porta fechou só me resta chorar porque a vida é ingrata, se uma oportunidade já não é, vou ficar quieto porque eu nunca conseguiria mesmo.
E assim, de tropeço em tropeço, seguem alimentados somente com o consolo de que “pelo menos todos têm pena de mim”.
Não importa sua idade ou quanto tempo a dor se instalou. Você está vivo, e enquanto vive pode alterar sua história.
Que oportunidade perdida para aqueles que não percebem isso!
Reaja, esmurre, chore, xingue, se revolte, mude absolutamente tudo, mas deixe de aceitar que portas se fechem sem entrar nas que abrem o tempo todo.
Sempre há uma chance! O que você está fazendo com as suas?
É uma simples questão de percepção.
Pense nisso.
By Flavio Siqueira.
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