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Palavras

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/03/2015 by Joe

Palavras

Palavras não são apenas palavras. Elas têm disposição de ânimo, climas próprios.

Quando uma palavra se aloja dentro de você, ela traz um clima diferente à sua mente, uma abordagem diferente, uma visão diferente. Chame a mesma coisa de um nome diferente e perceberá: algo fica imediatamente diferente.

Existem as palavras dos sentimentos e as palavras intelectuais. Abandone cada vez mais as palavras intelectuais, use cada vez mais palavras dos sentimentos.

Existem palavras políticas e palavras religiosas. Abandone as palavras políticas.

Existem palavras que imediatamente criam conflito. No momento em que você as pronuncia, surgem discussões. Assim, nunca use uma linguagem lógica e argumentativa. Use a linguagem do afeto, do carinho, do amor, para que não surja discussão alguma.

Se você começar a ficar consciente disso, perceberá uma imensa mudança surgindo. Se você estiver um pouco alerta na vida, muitas infelicidades poderão ser evitadas.

Uma única palavra pronunciada na inconsciência pode criar uma longa corrente de aflição. Uma leve diferença, apenas uma virada muito pequena, e isso cria muita mudança.

Você deveria ser muito cuidadoso e usar as palavras quando absolutamente necessário. Evite palavras contaminadas. Use palavras arejadas, não controversas, que não são argumentos, mas apenas expressões de suas impressões. Se você puder se tornar um especialista em palavras, toda a sua vida será totalmente diferente.

Se uma palavra trouxer infelicidade, raiva, conflito, dor ou discussão, abandone-a. Qual é o sentido de carregá-la? Substitua-a por algo melhor.

O melhor, às vezes, é o silêncio, depois é o canto, a poesia, o amor.

By Osho.

Bauru cremoso de forno

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/01/2014 by Joe

Bauru cremoso de forno

Há três semanas eu postei a história, origem e a receita do Bauru, sanduíche que teve sua origem numa lanchonete em São Paulo e que faz sucesso até internacional!

De lá para cá, muitas outras receitas de lanches apareceram, algumas até que levam o nome do primo famoso! Dizem que se levar fatias de tomate é um bauru; se levar apenas queijo e presunto é um misto quente.

Nomenclaturas e outras discussões à parte, resolvemos ir direto ao ponto, ao que importa: uma receita deliciosa e muito fácil de preparar na hora que pintar a fome!

Como sempre, variações existem aos montes e podem ser adaptadas de acordo com o gosto e dieta de cada um. Prepare seu bauru cremoso de forno e troque ingredientes por opções mais light como peito de peru, leite desnatado, pão integral, queijo light, etc.

Bauru cremoso de forno

Ingredientes

1 xícara (chá) de leite
50 g de queijo ralado
2 ovos inteiros
2 colheres (sopa) de margarina
1 pão de forma sem casca
100 g de presunto em fatias
100 g de queijo prato em fatias
2 tomates em rodelas temperados com azeite
sal e orégano a gosto

Modo de preparo

Aqueça o forno a 180ºC. No liquidificador, bata o leite, o queijo ralado, os ovos e a margarina até obter uma mistura homogênea.

Unte um refratário (26 x 16 cm) com margarina, coloque uma camada de pão, a metade do creme, o presunto, o queijo prato, as rodelas de tomate temperadas e termine com fatias de pão.

Cubra com o restante do creme, salpique com orégano e leve ao forno por, aproximadamente, 20 minutos ou até que o queijo se derreta e o pão esteja crocante.

By Joemir Rosa.

A unanimidade inteligente

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/11/2013 by Joe

Toda unimidade é burra

Muitas pessoas, sem pensar, usam a terrível afirmação de Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra”. E imagino que Nelson chamaria de “cretinos fundamentais” ou de “grã-finas com narinas de cadáver” (dependendo do caso) aqueles a quem ouvisse repetir esta sua famosa frase.

Trata-se de uma frase de efeito. Como aquela outra: “Nem toda mulher gosta de apanhar, só as normais”. Ou esta: “Um suicida já nasce suicida”. Expressões que Nelson colecionava para nos fazer refletir, provocar polêmica, e não para encerrar discussões ou aumentar o número de lugares-comuns.

Frase de efeito que é também armadilha de Nelson. Quando todo mundo concordar que toda a unanimidade é burra ficará comprovado que toda a unanimidade é burra mesmo!

A palavra “unanimidade” vem do latim unanimis. Significa, simplesmente, que duas ou mais pessoas vivem com um (unus) só ânimo (animus).

Em dados contextos, sim, a unanimidade pode ser burra. É burrice todos obedecerem cegamente a uma ordem que vem não se sabe de onde, com finalidades obscuras ou inconfessáveis. É burrice, por exemplo, comprarmos um livro pelo único fato de ele constar da lista dos mais vendidos.

Já um time de futebol bem treinado, uma equipe de trabalho bem articulada, dois amigos leais, um casal que pensa e age em harmonia são exemplos de unanimidade inteligente.

Unanimidade inteligente começa na alma de cada um. Começa na individualidade. Na luta pessoal contra as nossas intolerâncias, contra essa tendência a só sentir as próprias dores, a observar o mundo pelo buraco de um canudinho.

Unanimidade inteligente requer a liberdade de distinguir entre o direito nosso de questionar e o dever nosso de comprometer-nos. Requer, mais ainda, a capacidade de reconhecer que podemos estar errados e a maioria estar certa…

Existem unanimidades excepcionais. Os especialistas da educação são unânimes, por exemplo, ao afirmar que todo aluno pode descobrir o prazer de aprender. Esta verdade ajudará os professores a trabalharem com ânimo e esperança.

Espero que sejamos unânimes, também, quanto a certas ideias e valores que nos obrigam a repensar nossa conduta, pedir perdão, desdizer o que dissemos, enfim, melhorarmos como pessoas.

O ser humano é perfectível. Seremos mais humanos se formos unânimes naquilo que valha a pena. A melhor forma de vencer a unanimidade burra é participar da unanimidade inteligente.

By Gabriel Perissé, coordenador pedagógico do Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa e autor do livro “A arte de ensinar”, pela Editora Montiei.

Curiosidade: segundo o historiador Romero Garcia, esta frase teria sido dita por Rudolph Hess à sua prima, quando Adolph Hitler se intitulou “Fuher” e todos foram unanimes, concordando. Nelson Rodrigues apenas teria se apropriado da frase, tirada de um artigo sobre a ascensão e queda do nazismo.

Pontos de vista

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/03/2012 by Joe

Certa vez, cinco alunos foram submetidos a uma experiência curiosa. Todos, de olhos vendados, foram conduzidos para perto de um elefante em um circo a fim de identificarem suas características.

O primeiro passou vagarosamente as mãos nas orelhas do bicho e falou, convicto:

– “É algo espalhado, como um tapete.”

O segundo aproximou-se, esticou o braço, pegou na tromba e exclamou:

– “É uma coisa comprida e redonda, deve ser uma jibóia.”

Tocando demoradamente uma das pernas do animal, o terceiro falou, um tanto exaltado:

– “Isto não é um animal, é um tronco de árvore.”

O quarto aluno apalpou por várias vezes uma das presas e disse:

– “Ah! Isto não é um tronco, mas sim uma lança muito pontiaguda.”

O quinto e último, por sua vez, exclamou com segurança tocando o rabo do animal:

– “Definitivamente isto é apenas uma corda muito fina!”

E por não entrarem num acordo, os alunos começaram uma discussão acalorada. Afinal, todos eles haviam tocado o animal com as próprias mãos e, por esse motivo, cada um tinha seu próprio ponto de vista.

Para acalmar os ânimos, o professor falou com firmeza:

– “Cada um de vocês está certo, mas cada um está errado também. Todos querem defender o seu ponto de vista, mas não querem admitir que o outro possa estar com uma parcela da verdade.”

Ato contínuo, tirou as vendas dos jovens e todos puderam contemplar o enorme elefante e perceber que todas as opiniões tinham seus fundamentos.

Grande parte dos desentendimentos entre as pessoas, na vivência diária, é resultado de cada um defender o seu ponto de vista sem se permitir ver as coisas sob o ponto de vista do outro. Todos querem ter razão, sem abrir mão da sua “verdade”.

No entanto, tudo seria mais fácil se admitíssemos a possibilidade de o outro estar certo. As pessoas são individualidades que trazem consigo possibilidades muito próprias no entendimento de coisas e situações.

Por essa razão não podemos exigir que os outros vejam com os nossos olhos, nem que pensem com a nossa mente.

Se todos compreendêssemos esses detalhes importantes nos relacionamentos, certamente evitaríamos grande parcela de dissabores e discussões inúteis!

Todas as flores são flores, mas o gerânio não tem as características do cravo e nem a rosa as da violeta.

Todos os frutos são frutos, mas a laranja não guarda semelhança com a pera.

Além disso, cada flor tem o seu perfume original, tanto quanto cada fruto não amadurece fora da época prevista.

Assim também é com as criaturas. Cada pessoa respira em faixa diversa de evolução. É justo que nos detenhamos na companhia daqueles que sentem e pensam como nós, entretanto, é caridade não violentar a cabeça daqueles que não comungam das nossas ideias.

Pensemos nisso!

Desconheço a autoria, mas seria ótimo se cada um de nós entendesse, praticasse e respeitasse (principalmente!) a diversidade humana, em todos os aspectos! Haveria muito menos preconceitos, discussões e violência! O mundo precisa de respeito! Só isso já resolveria metade de todos os problemas do ser humano!

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