Arquivo para Direitos humanos

Quero a vida de volta!

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/05/2014 by Joe

Valores

Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos, todos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades…

Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade. Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos e dos filmes de terror.

Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.

Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto…

Anistia para políticos corruptos e sonegadores…

O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças…

O que vão querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma? Mais vale uma maquiagem que um sorvete? Mais vale parecer do que ser? Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo?

Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho-no-olho. Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança!

Abaixo o “ter”, viva o “ser”e viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã!

E definitivamente bela, como cada amanhecer.

Quero ter de volta o meu mundo, simples e comum, onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. Vamos voltar a ser “gente”, a nos indignarmos diante da falta de ética, de moral, de respeito… Vamos construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas…

Utopia? Quem sabe? Mas precisamos tentar… nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!

Desconheço a autoria.

Exclusão social

Posted in Atualidade with tags , , , , , , , , , , , , , , , on 19/10/2009 by Joe

Chora BrasilApesar de ser uma cidadã brasileira, tenho consciência de que a Constituição  deste país não me abrange, posto que só tenho obrigações, tais como: pagar impostos, tributos, e ser qualificada como “classe média”. Quanto aos direitos, esses são privilégio dos excluídos.

Este país não me deu educação, saúde, segurança – princípios fundamentais consagrados na “Carta Magna”.

Educação? Se estudei foi às custas do trabalho de meus pais que, embora de origem humilde, tiveram o bom senso de limitar o número de filhos ao poder aquisitivo correspondente ao orçamento familiar.

Saúde pública é coisa que conheço apenas de televisão e jornal pois, sempre que necessitei, socorri-me dos planos particulares, também custeados pelo trabalho de meus pais e, posteriormente, pelo meu próprio.

Segurança? Isso é utopia. Direitos humanos só para aqueles que, anteriormente à era “politicamente correta” eram qualificados como marginais. Nós, os pobres mortais, não temos direitos humanos e sim, o dever de permanecer trancafiados em nossas casas e apartamentos, pagando “módicas” taxas de condomínio que incluem portões, câmeras internas e demais sistemas de proteção que nos são impingidos a título da ilusória sensação de segurança.

Tudo o que as autoridades legitimamente constituídas, às quais é constitucionalmente outorgado o chamado “poder de polícia”, fazem por nós é divulgar o procedimento adequado a ser adotado em situações adversas: não reagir quando os “excluídos”nos agridem para apropriar-se de nossas vidas e bens materiais.

Já não tenho mais parâmetro para posicionar-me. Problema social? Como explicar o óbvio diariamente constatado: mulheres universitárias, presumivelmente “informadas”, gerando vários filhos de pais desconhecidos; mulheres “carentes” que moram em cubículos e a cada nove meses dão à luz mais um filho para passar fome e ser custeado pelos impostos dos que, de alguma forma, produzem e geram algum tipo de renda.

Ah, sim … renda, como se salário fosse renda. Paga-se imposto e até hoje não se sabe exatamente o que é esse “ser alienígena” intitulado “gasto público”.

Índio é inimputável, por disposição legal – “silvícula” – mas tem helicóptero, telefone (via satélite), acesso à internet, caminhonete importada, etc., tudo isso às custas de “arrendamento” (para exploração de pedras preciosas) em reserva indígena. E mais, arrendamento devidamente formalizado, objeto de instrumento contratual firmado por pajé! Pajé é o representante legal da tribo? Mas índio não é relativamente incapaz???

“Sem-terra” é profissão de profissionais agenciados por sindicatos organizados e ongs e tem o direito de descumprir a legislação em vigor, sob a argumentação de estarem amparados por “motivo socialmente justificável”. Com isso, inclusive, são autorizados a alienar o imóvel objeto do assentamento e, por incrível que pareça, promover queimadas, destruição de plantações, vegetação, maquinário, etc. Para eles, não há “crime ambiental”.

Quanto a mim, se deixar de pagar IPTU, Taxa de Lixo, Imposto de Transmissão e Afins, o apartamento onde moro com meu filho vai a leilão. Se cortar uma árvore serei condenada como criminosa! Pode???

Fico, então, me indagando: afinal, quais são os meus direitos? Porque, enquanto cidadã brasileira, só tenho obrigações – trabalho mais de 14 horas por dia, vou do trabalho para casa e vice-versa, contando com Deus para chegar com vida de onde saí (pior que isso estão os ateus que nem com Deus podem contar).

Meu direito é pagar, custear quem põe filho no mundo sem qualquer responsabilidade por sua criação e educação; é tentar sobreviver em uma sociedade onde o mais básico de meus direitos – o direito à vida – é totalmente ignorado … isso é justo???

Meu direito é custear estupradores, assassinos, estelionatários, seqüestradores, terroristas e traficantes que destroem famílias, aterrorizam a nossa sociedade e aniquilam quaisquer valores até então preservados (quando as palavras como honestidade e ética estavam embuídas de significado e valor a ser respeitado e preservado).

Meu direito é pagar altos salários a bandidos engravatados que, por legislarem em causa própria, estão acima da lei com suas imunidades parlamentares, suas cuecas recheadas de dinheiro, e a barriga cheia de tanta “pizza” para pelo “contribuinte” (queria saber quem foi o fdp que inventou essa palavra para mascarar os impostos!).

Os que custeio lotam os presídios e ainda rebelam-se por condições de vida melhor …  Só pode mesmo ser uma piada. Seria hilário se não fosse a realidade!!!

Por essas e outras, tenho que informar: excluída sou eu!!!!!

By uma cidadã brasileira, “contribuinte”, vítima da exclusão social que assola este país!

%d blogueiros gostam disto: