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Resistência à frustração

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 20/09/2013 by Joe

Frustração

Quando eu era pequena, fazia uma brincadeira na piscina que até hoje as crianças fazem: tapar o nariz e a boca e ficar embaixo d’água, contando os segundos para ver quem consegue ficar mais tempo sem respirar.

É bem verdade que a gente não precisa de uma piscina pra fazer este teste. Podemos fazer neste mesmo instante, onde quer que esteja. Mas éramos crianças, éramos imaginativos, éramos mergulhadores em alto-mar.

Testar nossa resistência é uma maneira de avaliar o quanto estamos preparados para as adversidades. Serão poucas as vezes na vida que teremos que passar um tempo sem respirar – oxalá, nenhuma. Mas serão muitas as vezes em que teremos que testar nossa resistência à frustração. Um… dois… três… quatro… serão mais do que segundos, mais do que minutos ou horas trancando a respiração, lutando para não explodir.

Algumas frustrações levam dias ou meses para serem elaboradas dentro da gente. As coisas quase nunca saem como a gente planejou, há sempre o elemento surpresa, que desencaminha nossos sonhos. É preciso ter muito pulmão para respirar fundo e muita cabeça fria para não botar tudo a perder.

A gente manda um e-mail amoroso e extenso e recebe uma resposta fria e lacônica. A gente organiza uma festa na nossa casa e só aparecem três gatos pingados. A gente combina de ir para a praia no feriadão e pinta, de última hora, um plantão no trabalho. A gente economiza anos para comprar um carro e quando está com o dinheiro na mão, tem que emprestá-lo para alguém que ficou repentinamente doente na família. E as frustrações de amor? Uma atrás da outra.

Parece que ninguém reage como a gente espera. Todos uns desmancha-prazeres. Os que não têm muita resistência saem atropelando, cortando relações, dramatizando o que nem é tão dramático assim. Depois, mergulham em longas depressões e custam a voltar à tona. Já os mais resistentes sabem que nada é tão sério nesta vida, a não ser ela própria – a vida – e tratam de aproveitá-la com mais serenidade e paciência. Contam até três, até dez, até vinte, e basta de autoflagelação: voltam a respirar.

By Martha Medeiros.

Autoconhecimento

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/01/2013 by Joe

Autoconhecimento

Quais são suas maiores preocupações nos dias de hoje? Talvez a essa pergunta você responda que é a educação dos filhos. Outros poderão afirmar ser a violência na sociedade. Haverá, ainda, quem responda ser a manutenção do emprego.

É verdade que os desafios da vida e seus naturais compromissos nos empurram para um mar de preocupações com as coisas do mundo. Nenhumas dessas preocupações se mostram fúteis ou não deveriam demandar nosso tempo e energia.

As responsabilidades da vida são impositivas que nos propelem ao progresso, ao aprendizado, a novas conquistas intelectuais e morais. Porém, hoje você diria que uma de suas maiores preocupações é a de se autoconhecer? Saber o que habita no país das suas emoções é algo que a você preocupa?

Com tantos afazeres e demandas do mundo externo, muitas vezes, delegamos pouco tempo para as coisas do mundo interno. Como se não fosse importante ou não refletisse intensamente em nosso cotidiano, relegamos os interesses do nosso mundo íntimo para o campo do esquecimento. E a alma se ressente, pois as emoções não são avaliadas, analisadas. Elas repercutem de maneira indiscriminada em nossa intimidade.

E, não é por acaso que as doenças da alma surgem tão frequentemente entre nós. Não que elas sejam geradas espontânea e rapidamente. Quando a alma adoece é resultado de um processo adiantado de esquecimento e abandono das próprias emoções. Como consequência, surgem as síndromes, fobias, depressões, trazendo à tona as doenças que iniciaram, que existiam na intimidade da alma e nunca receberam a devida atenção.

Desta forma, para evitar tais situações, tenhamos sempre um tempo para nós mesmos. Um tempo para analisar nossas atitudes, nosso comportamento, nossas ações e, mais detidamente, nossas reações. Experimentemos, ao final de um dia, antes do merecido repouso, fazer uma breve análise do que ocorreu conosco, no dia que se conclui.

Perguntemo-nos se alguém teria alguma queixa contra nós, se agimos injustamente com alguém, se praticamos alguma ação inadequada. As nossas respostas, frente a essa análise, serão o fio condutor para o mergulho oportuno e necessário no país de nossas emoções, no campo dos nossos sentimentos.

Então, poderemos nos avaliar, entendermo-nos um tanto mais e, aos poucos, nos autoconhecermos. O passo seguinte será o esforço do corrigir, do não repetir o erro, de não tombar nas mesmas dificuldades emocionais.

Esta será a melhor maneira de cuidarmos do nosso mundo íntimo, evitando episódios mais graves e intensos! A nossa melhoria se dará sempre a partir do momento que iniciarmos a viagem inevitável para nossa intimidade, que nos conhecermos, conquistando-nos aos poucos.

Assim, caminharemos de maneira mais tranquila para a busca da paz e tranquilidade íntimas, evitando dificuldades maiores com as questões da alma.

Desconheço a autoria.

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