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Professor: profissão do futuro ou sem futuro?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/10/2012 by Joe

Durante uma época importante da vida, muitos jovens se preparam para a escolha de uma carreira profissional, a qual, muitas vezes, será exercida definitivamente.

Mais do que se identificar com a profissão pretendida, grande parte dos futuros profissionais atribuem maior importância ao prestígio e à valorização que a carreira escolhida tem no mercado, com especial foco no retorno financeiro.

Não é surpresa, portanto, observarmos cada vez mais jovens optarem por cursos considerados elitizados, como medicina, direito e engenharia, em detrimento de escolherem cursos de licenciatura. Tanto é que, em recente levantamento realizado pela Fundação Victor Civita, dos 1500 alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares pesquisados, apenas 2% manifestaram a opção por um curso de licenciatura.

Outro dado importante diz respeito ao perfil daqueles que manifestam o desejo de seguir a carreira de docente: “Mulher, aluna sempre de escola pública, que tirou nota abaixo de 20 (numa escala de zero a 100) no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com renda familiar de até dois salários mínimos e cuja mãe nunca estudou”.

As constatações acima estão diretamente relacionadas às condições reais do atual trabalho docente brasileiro: professores mal-remunerados, sobrecarga de trabalho e falta de segurança para realização das atividades.

Sobre a realidade do trabalho docente, vale ressaltar que não se resume às tarefas desenvolvidas em sala, mas ao tempo que se dedica à preparação das aulas, das atividades pedagógicas intra e extrassala, das provas e dos trabalhos, como também às suas respectivas correções.

Ademais, principalmente no sistema público de ensino, os professores, geralmente, encaram uma jornada laborativa tripla, tudo para garantir a sobrevivência diária.

Para piorar, o contexto de trabalho e a infraestrutura encontrados pelos docentes não são nada animadores: salas de aula superlotadas, falta de recursos humanos e materiais de toda ordem.

A convivência com algum tipo de violência, seja de ordem física ou psicológica, completa o quadro desolador descrito.

Poderíamos nos perguntar, então, se as condições precárias para o exercício da atividade de docência seriam deficiências exclusivas de nosso país.

Embora não as sejam, há exemplos de nações em que o valor e a importância atribuídos à educação e, consequentemente, à formação adequada dos professores, não se restringem a discursos falaciosos.

A propósito, “em países como a Finlândia e a Coréia do Sul, os 20% melhores alunos disputam vagas concorridas para a carreira no magistério. Os salários iniciais são altos, cerca de R$ 4 mil, e podem dobrar em 20 anos”.

Em outra matéria veiculada na Revista Veja, enaltece-se que o alto nível de salário dos professores nos mencionados países é somente uma das estratégias para o recrutamento de bons alunos para a profissão, mas não é a de maior impacto.

Segundo a reportagem, “o que realmente suscita o fascínio dos melhores alunos pela docência diz respeito, acima de tudo, à possibilidade descortinada pela carreira de verem seu talento reconhecido e sua capacidade intelectual estimulada”.

Mesmo que tais considerações relacionadas ao prestígio da profissão docente sejam tecidas sobre países de primeiro mundo, acredito que, no contexto brasileiro, algumas iniciativas podem ter grande peso para reverter o nosso quadro atual.

Como exemplo, podemos considerar um maior investimento do Produto Interno Bruto (PIB) na educação; um aumento no número de bolsas de estudo destinadas a discentes de cursos de licenciatura; a consideração do tempo de estudo, preparo e correções de atividades e provas na carga horária de trabalho docente; entre outras.

Diante do exposto, lanço a seguinte reflexão: se é verdade que o desenvolvimento de um povo é mensurado pelo nível de sua educação, o que acontecerá se continuarmos dentro de um cenário sócio-político-educativo que ainda não oferece, a contento, condições para que tenhamos, de um modo mais amplo, professores qualificados e bem-preparados para o exercício da docência? Que futuro terá nossa nação?

By Luciana Cabrini Simões Calvo, professora da UEM e doutoranda em Estudos da Linguagem da UEL.

Somos aquilo que consumimos

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 03/08/2011 by Joe

A linha entre o “ser” e o “ter” ainda será capaz de gerar muitas discussões neste universo onde, no dia-a-dia, as pessoas procuram relacionar-se .

Aqui eu quero abrir uma nova perspectiva para o “ser” e o “ter” – a idéia de que não devemos “ser para ter” ou “ter para ser”, mas sim que devemos analisar mais profundamente aquilo que consumimos.

Você está achando estranho eu falar sobre “ter” e “ser” e depois entrar com o que consumimos, não é? Deixe eu explicar o porquê!

Muitas pessoas me dizem: “eu quero ser antes de ter”, – mas ter o quê?

Outras pessoas dizem: “eu quero ter, depois vou ser”, – mas ser o quê?

Todo ser humano se auto-constrói diariamente! Sim, o ser humano se constrói com cada pensamento que emite, com cada ação que pratica e com cada emoção que sente. Todas estas coisas nos são impostas pelas circunstâncias da vida ou nós as geramos individualmente, de acordo com o nosso estado de espírito.

Estamos, assim, exercendo um processo de consumo e utilização daquilo que faz parte de nosso universo. Quando damos muita importância para alguma ingratidão, passamos a consumí-la; quando damos muita importância para alguma tristeza, passamos a consumí-la também e o mesmo ocorrerá com todos os fatores que compõem a nossa existência como amor, ódio, certeza, incerteza, gratidão, ingratidão, esperança, desesperança, alegria, tristeza…

E nossas emoções e sentimentos são como nosso metabolismo: teremos saúde com uma alimentação sadia ou teremos deficiências com uma alimentação incompleta. A falta de algum elemento no consumo de certos alimentos normalmente causará danos ao nosso organismo levando-nos, muitas vezes, a ganhar uma nova companheira de viagem: uma doença.

Nosso alimento é o que refletirá nosso corpo e nossas emoções e sentimentos são o que refletirão nossa alma. Esses dois parceiros fazem sombra um ao outro e, quando se separam, podem causar danos, às vezes, até irreparáveis.

Vamos lá! Observe bem sua vida! Analise tudo que anda consumindo neste momento:

– Você tem mágoas espalhadas pelo seu coração?
– Você tem algum tipo de tristeza guardada a sete chaves no seu pensamento?
– Você tem algo que deveria ter perdoado e não perdoou?
– Você tem alguém que gostaria de rever por aí, mas não procurou?

Entendeu o que eu quis dizer com consumo? Pois é: tudo aquilo que você consumir através de seu metabolismo e de suas emoções um dia se refletirá, da mesma forma, na sua existência.

É hora de escolher e vigiar! É hora de conscientizar seu íntimo que você é aquilo que consome, tanto no corpo como na alma. Dê um basta em tudo que possa poluir sua maneira de ser, seu jeito de felicidade e sua vontade de vencer.

Se você pretende ser uma pessoa nutritiva, consuma coisas nutritivas. Alimente-se de atitudes nutritivas e de pessoas nutritivas. Você pode! Você deve! E, principalmente, você merece, tenha absoluta certeza disso!

By Cesar Romão.

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