Arquivo para Cumprimento

A catadora de vidros

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 28/08/2013 by Joe

Catadora de vidros

Uma família de cinco pessoas estava passeando um dia na praia. As crianças estavam tomando banho de mar e fazendo castelos na areia, quando, ao longe, apareceu uma velhinha.

Seu cabelo grisalho esvoaçava ao vento e suas roupas eram sujas e esfarrapadas. Resmungava qualquer coisa, enquanto apanhava coisas da praia e as colocava em um saco.

Os pais chamaram as crianças e lhes disseram para ficar longe da velha.

Quando esta passou, curvando-se de vez em quando para apanhar coisas, sorriu para a família, mas seu cumprimento não foi correspondido.

Muitas semanas mais tarde, souberam que a velhinha dedicara a vida toda à missão de apanhar caquinhos de vidro da praia para que as crianças não cortassem os pés.

Em nossas vidas é assim também: algumas pessoas passam a vida inteira nos protegendo sem que saibamos… Em troca nem mesmo de um “bom dia“… Quanto mais de um “obrigado“!

Pense nisso da próxima vez que entrar no seu prédio e cruzar com porteiros, seguranças, pessoal da limpeza, etc.

Não julgue ninguém pela aparência e nem pelo trabalho simples que possam exercer! Elas podem estar te protegendo!

Desconheço a autoria.

Quando foi que perdemos nossa espontaneidade?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/03/2013 by Joe

Night sky

Recentemente me encantei com a forma que uma criança, de mais ou menos seis meses, expressou-se ao ver uma pessoa que gostava! Mostrou alegria e contentamento com tanta espontaneidade, que era visível o entusiasmo que estava sentido por ver aquela pessoa e fazia tudo para demonstrar isso na forma que podia: mexendo os bracinhos, sorrindo e, dentro da sua linguagem, fazendo os sons que mostravam claramente sua alegria.

Pensei em quantos de nós, depois de adultos, ainda nos manifestamos espontaneamente sempre que a presença de alguém ou de alguma coisa lhe toca sinceramente o coração!

Somos sujeitos a tantas regras de comportamento, tantas memórias de dor por termos exposto nossos sentimentos com verdade, que quase sempre essa manifestação espontânea de apreço, de admiração, passa primeiro pelos muitos filtros e, no final, o que sobra pode ser só um cumprimento polido.

Todos querem nos colocar regras para que possamos nos inserir dentro da sociedade, dos grupos, das religiões e, com isso, não cabemos mais em nós mesmos. Vamos nos encolhendo daqui, acrescentando ali, para nos adaptarmos às muitas exigências que fazem para nos incluir nisso ou naquilo.

Parece que temos que aprender como nos comportar para sermos aceitos como membros dos muitos grupos que andam por aí; só que esse padrão leva em conta regras estabelecidas por outros e podem podar a espontaneidade e a nossa expressão mais genuína.

Sempre julgamos o outro a partir do nosso limitadíssimo ponto de vista, cujo exemplo somos nós mesmos. Se alguém faz coisas que fogem ao nosso “altíssimo padrão de exigência de como as pessoas devem ser”, já excluímos ou taxamos de inadequado.

Porque não observar o outro assim como observamos uma criança, e mesmo que sua ação fuja aos nossos padrões de “normalidade”, tentar ver a beleza que existe nas diferenças?

Quanto mais aceitamos o outro, mais aceitamos a nós mesmos porque o outro sempre está também dentro de nós.

Que limites estamos julgando como sendo ultrapassados? Quem colocou esses limites leva em conta o controle ou a fidelidade à alma?

Vamos seguindo cegamente tantas coisas, regras e moldes sem nem questionar o que estamos seguindo e quem criou essas regras..

Elas são mesmo o que nos toca o coração ou estamos sendo seguidores cegos de pessoas e ideias que não levam em conta a espontaneidade de cada um, o expressar-se com a alma?

Voltando à criança, como seria bom se, ao invés de ensinar a elas o que é feio e o que é bonito de acordo com as muitas regras duvidosas que aprendemos, tivéssemos o cuidado de não podar o que elas têm de mais puro, tivéssemos o cuidado de não colocar artificialidade e imitação no lugar da espontaneidade e da alegria natural de quem se expressa com a inocência, de quem ainda se lembra das estrelas…

Pensem nisso!

By Rubia A. Dantés.

%d blogueiros gostam disto: