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Han-Na Chang

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 05/01/2014 by Joe

Han-Na Chang

Han-Na Chang está despontando como uma das mais brilhantes maestrinas da sua geração, já tendo estabelecido uma carreira internacional de sucesso também como celista desde que obteve o primeiro lugar e o prêmio de música contemporânea na Quinta Competição Rostropovich Internacional de Cello em Paris em 1994, com apenas 11 anos de idade.

Nascida na Coreia do Sul em 23 de Dezembro de 1982, Han-Na começou a estudar piano aos três anos de idade e celo a partir dos seis anos. Em 1993 sua família mudou-se para os Estados Unidos, onde ela se matriculou na Juilliard School. Logo em seguida, ela começou a ter aulas com o grande professor Mischa Maisky, em Siena, Itália.

Em 1995, ela fez sua estreia tocando Variations on a Rococo Theme de Tchaikovsky e Concerto nº 1 de Camille Saint-Saëns para Celo com o próprio Rostropovich regendo a Orquestra Sinfônica de Londres!

Com sua habilidade e profundo senso de interpretação, Han-Na nos mostra um talento maravilhoso tanto como celista como regente, colocando-a em destaque e uma das mais respeitadas artistas multi-facetadas.

Desde 2007, dedica a maior parte do seu tempo à regência, onde se tornou diretora musical da Orquesta Filarmônica do Catar e principal regente convidada da Orquestra Sinfônica Trondheim, ambas funções logo após o início de suas performances frente as orquestras!

Entre as mais recentes e futuras performances, estão incluídas a Staatskapelle Dresden; Orquestra Sinfônica WDR de Colônia, Alemanha; Orquestra Sinfônica de Bamberger; Sinfônica de Gothenburg; Sinfônica de Seattle, EUA; a Orquestra Real Filarmônica de Liverpool; a Grosses Orchester Graz; a Orquestra do Teatro de San Carlo di Napoli, e as Orquestras Sinfônicas de Singapura, Tokyo e de Tivoli.

Em seu próprio país, a Coreia do Sul, Han-Na ministra música clássica tanto para adultos como para crianças.

O video abaixo nos mostra um pouco do seu talento ímpar!

By Joemir Rosa.

Professor: profissão do futuro ou sem futuro?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/10/2012 by Joe

Durante uma época importante da vida, muitos jovens se preparam para a escolha de uma carreira profissional, a qual, muitas vezes, será exercida definitivamente.

Mais do que se identificar com a profissão pretendida, grande parte dos futuros profissionais atribuem maior importância ao prestígio e à valorização que a carreira escolhida tem no mercado, com especial foco no retorno financeiro.

Não é surpresa, portanto, observarmos cada vez mais jovens optarem por cursos considerados elitizados, como medicina, direito e engenharia, em detrimento de escolherem cursos de licenciatura. Tanto é que, em recente levantamento realizado pela Fundação Victor Civita, dos 1500 alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares pesquisados, apenas 2% manifestaram a opção por um curso de licenciatura.

Outro dado importante diz respeito ao perfil daqueles que manifestam o desejo de seguir a carreira de docente: “Mulher, aluna sempre de escola pública, que tirou nota abaixo de 20 (numa escala de zero a 100) no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com renda familiar de até dois salários mínimos e cuja mãe nunca estudou”.

As constatações acima estão diretamente relacionadas às condições reais do atual trabalho docente brasileiro: professores mal-remunerados, sobrecarga de trabalho e falta de segurança para realização das atividades.

Sobre a realidade do trabalho docente, vale ressaltar que não se resume às tarefas desenvolvidas em sala, mas ao tempo que se dedica à preparação das aulas, das atividades pedagógicas intra e extrassala, das provas e dos trabalhos, como também às suas respectivas correções.

Ademais, principalmente no sistema público de ensino, os professores, geralmente, encaram uma jornada laborativa tripla, tudo para garantir a sobrevivência diária.

Para piorar, o contexto de trabalho e a infraestrutura encontrados pelos docentes não são nada animadores: salas de aula superlotadas, falta de recursos humanos e materiais de toda ordem.

A convivência com algum tipo de violência, seja de ordem física ou psicológica, completa o quadro desolador descrito.

Poderíamos nos perguntar, então, se as condições precárias para o exercício da atividade de docência seriam deficiências exclusivas de nosso país.

Embora não as sejam, há exemplos de nações em que o valor e a importância atribuídos à educação e, consequentemente, à formação adequada dos professores, não se restringem a discursos falaciosos.

A propósito, “em países como a Finlândia e a Coréia do Sul, os 20% melhores alunos disputam vagas concorridas para a carreira no magistério. Os salários iniciais são altos, cerca de R$ 4 mil, e podem dobrar em 20 anos”.

Em outra matéria veiculada na Revista Veja, enaltece-se que o alto nível de salário dos professores nos mencionados países é somente uma das estratégias para o recrutamento de bons alunos para a profissão, mas não é a de maior impacto.

Segundo a reportagem, “o que realmente suscita o fascínio dos melhores alunos pela docência diz respeito, acima de tudo, à possibilidade descortinada pela carreira de verem seu talento reconhecido e sua capacidade intelectual estimulada”.

Mesmo que tais considerações relacionadas ao prestígio da profissão docente sejam tecidas sobre países de primeiro mundo, acredito que, no contexto brasileiro, algumas iniciativas podem ter grande peso para reverter o nosso quadro atual.

Como exemplo, podemos considerar um maior investimento do Produto Interno Bruto (PIB) na educação; um aumento no número de bolsas de estudo destinadas a discentes de cursos de licenciatura; a consideração do tempo de estudo, preparo e correções de atividades e provas na carga horária de trabalho docente; entre outras.

Diante do exposto, lanço a seguinte reflexão: se é verdade que o desenvolvimento de um povo é mensurado pelo nível de sua educação, o que acontecerá se continuarmos dentro de um cenário sócio-político-educativo que ainda não oferece, a contento, condições para que tenhamos, de um modo mais amplo, professores qualificados e bem-preparados para o exercício da docência? Que futuro terá nossa nação?

By Luciana Cabrini Simões Calvo, professora da UEM e doutoranda em Estudos da Linguagem da UEL.

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