Arquivo para Copa do Mundo

Onde fica o gol?

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/02/2012 by Joe

Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado.

No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que por causa dessas incertezas perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou:

– “Sabe por que eu sempre gostava do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar”.

– “Isso que você nem é muito fã do esporte” – comentei.

– “Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando”.

Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda:

– “Onde é que é o gol?”

Muitas pessoas vivem suas vidas como se estivessem dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E, até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.

“Goal”, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede, ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.

Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até o meio-dia: significa “dormir no ponto”, “comer mosca”. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.

Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia-a-dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe” … tem que ser um gol feito.

Essa é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.

By Martha Medeiros.

Dunga X Maradona

Posted in Relacionamentos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 08/07/2010 by Joe

Para todos os que estavam torcendo pelo hexa, a frustração não vem apenas pelo fato da seleção ter perdido para a Holanda, mas principalmente porque tínhamos plenas condições de vencer.

O desequilíbrio emocional do time do Brasil ficou evidente na reação individual de alguns jogadores, e na incapacidade de reação de toda a equipe.

Uma das perguntas que não quer calar é:

“Por que a seleção brasileira demonstrou tamanho desequilíbrio emocional?”.

Bem, existem várias respostas para esta pergunta, e algumas delas nunca iremos descobrir. Por isso permita-me ater àquela que ficou evidente para todos nós: a grande diferença entre poder e autoridade. De um lado o poder, representado pelo zangado Dunga, e de outro a autoridade, exemplificada por nosso “hermanito” Diego Maradona, um dos grandes personagens desta copa.

Imagine dois meninos participando de um campeonato de futebol na escola. Do lado de fora o pai de um deles dá bronca, xinga, grita, briga e não aceita qualquer erro do filho. No intervalo, descontrolado, aponta tudo o que o filho fez de errado e exige que ele melhore o seu desempenho, porque se não o fizer, a bronca vai ser ainda maior. Já o pai do outro menino, apesar de alguns erros do filho, o incentiva o tempo todo, sinaliza que acredita nele, grita palavras de apoio e, no intervalo, enfatiza o que ele está fazendo bem, ajuda-o a enxergar o que pode melhorar, reitera o quanto acredita em seu potencial e que, independente do resultado, ele sempre terá o seu apoio.

O primeiro pai adota a postura “Dunga” de liderança, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, enquanto o segundo pai prefere o estilo “Maradona”, permitindo que as pessoas façam o que precisa ser feito por que assim o desejam. Esta é a diferença entre poder e autoridade.

Segundo Max Weber, autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem sua vontade de bom grado por causa de sua influência pessoal; e poder é a capacidade de obrigar ou coagir as pessoas a fazerem sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que elas preferissem não fazê-lo.

O poder pode ser comprado, vendido, negociado, subornado, dado e retirado. Preferências pessoais, amizades, laços familiares e interesses escusos podem colocar uma pessoa em posição de poder, mas não podem dar-lhe autoridade. Poder é o que você faz, autoridade é o que você é. Voltando ao exemplo dos meninos, qual dos dois meninos você preferiria ser? Qual dos pais você preferiria ter ao seu lado num jogo de futebol? Certamente, o segundo.

Não importa o tipo de sua organização: indústria, comércio, serviços, família, igreja, clube, ONG, condomínio ou esportes, ela opera no ramo dos relacionamentos; elas só existem e acontecem por causa das pessoas, e aí é que mora o perigo do abuso de poder; com o tempo, ele compromete o principal negócio das organizações: os relacionamentos.

É por isso que modelos “Henry Ford” de liderança não têm mais espaço nos dias de hoje. Pensamentos como: “Pode ser de qualquer cor, desde que seja preto” ou “Por que ouvir as pessoas e suas ideias se eu apenas preciso delas do pescoço para baixo?” já não fazem tanto sucesso em nossos dias. Esta cultura teve sua aplicação ao longo da História, mas o seu tempo já passou. É por isso que o modelo “Dunga” de liderança não funciona, e não funcionou.

Você pode estar pensando: “Mas a Argentina também perdeu, portanto, o modelo de Maradona tampouco funciona”. A verdade é que as derrotas também fazem parte do caminho do aprendizado. A derrota não invalida uma boa liderança. Se você notou, quando terminou o jogo do Brasil com a Holanda, Dunga abaixou a cabeça e foi direto para o vestiário sem conversar com seus jogadores, enquanto Maradona, após ser atropelado pela Alemanha, ao final da partida caminhou em direção a cada jogador, agradecendo, beijando e consolando um a um.

A autoridade é legitimada pela equipe, estabelecendo a conexão entre líder e liderados, já o poder distancia o líder de sua equipe. A autoridade reforça a confiança, enquanto o poder aumenta o controle. A autoridade permite que as pessoas arrisquem mais porque sabem que um possível erro será usado como aprendizado; já o poder inibe a criatividade porque as pessoas sabem que serão punidas por seus erros. A autoridade traz maior  confiança, controle e estabilidade emocional à equipe, enquanto o poder desestabiliza e fragiliza as pessoas, e foi justamente isso que aconteceu com nossa seleção.

O verdadeiro líder conhece a si mesmo e está tão seguro de sua identidade que nada, nem ninguém, podem impedí-lo de identificar e atender as legítimas necessidades de seus liderados, conquistando, assim, a autoridade necessária para aumentar a confiança e diminuir o controle sobre as pessoas. Portanto, como líder, priorize a autoridade.

By Marco Fabossi, conferencista, escritor, consultor, coach executivo e coach de equipe, com foco em liderança.
Site: www.marcofabossi.com.br.

Waka Waka

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 04/07/2010 by Joe

A Copa do Mundo terminou para nós, brasileiros! Infelizmente, e mais uma vez, vamos ouvir aquela velha frase: “O Brasil vai ser hexa em … (agora é 2014)”! Então, só nos resta assistir às semi-finais e torcer para que alguma seleção sul-americana faça um papel mais bonito do que a nossa.

O video que estou postando hoje é a canção oficial da FIFA para a Copa do Mundo da África do Sul, 2010. Tem a performance muito linda da Shakira e do grupo Freshlyground, cantando e dançando o grande hit do momento, “Waka Waka”, uma canção inspirada na música “Zamina mina (Zangalewa)”, criada em 1986, por uma banda de Camarões chamada Golden Sounds. O interessante é o fato da música original ser uma homenagem aos Tiralleurs – soldados africanos que tombaram na Segunda Guerra Mundial.

Na versão atual, a música compara o futebol a um campo de batalha. Mas o sentido não passa de metáfora. A letra transformou um fato triste e trágico – a morte dos soldados africanos – em um significado alegre, no caso, a África sediando a Copa do Mundo. A ironia é que as seleções africanas, em especial a de Camarões (de onde foi inspirada a letra), foram sendo eliminadas nas duas primeiras fases. E a seleção de Gana, tendo vencido os Estados Unidos nas Oitavas de Final, também foi eliminada pelo Uruguai nas quartas de final.

O vídeo-clipe é lindo, trazendo imagens de atletas de todos os tempos, além da participação especial de Messi, Rafa Mendez, Dani Alves e outros. O rítmo é contagiante e a música muito alegre.

E, para finalizar, um pouquinho de Teoria da Conspiração: na língua Fang, “Waka” significa “faça isto/obedeça”, algo equivalente ao velho lema “Just Do It”, da Nike, patrocinadora da Copa.

Curtam música, dança e imagens de grandes atletas de todos os tempos, em jogos memoráveis!

By Joe.

Onde fica o gol?

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/06/2010 by Joe

Em função da mobilização com a Copa do Mundo, andei me lembrando de uma conversa que tive com um amigo, anos atrás. Ele liderava uma equipe numa agência de publicidade e trabalhava em ritmo alucinado. No decorrer do papo, ele desabafou dizendo que era difícil conviver com colegas que não sabiam para que lado ir, o que fazer, como agir, e que por causa dessas incertezas perdiam tempo e faziam os outros perderem também. E exemplificou:

– “Sabe por que eu sempre gostei do Pelé? Porque o Pelé pegava a bola em qualquer lugar do gramado e ia com ela reto para o gol. Ele sabia exatamente para onde tinha que chutar”.

– “Isso que você nem é muito fã do esporte” – comentei.

– “Pois é, não jogo futebol, mas tenho alma de artilheiro: entro em campo e já saio perguntando onde é que é o gol. É pra lá? Então é pra lá que eu vou, sem desperdiçar meu tempo, sem ficar enfeitando”.

Taí o que a gente precisa se perguntar todo dia quando acorda: onde é que é o gol?

Muitas pessoas vivem suas vidas como se dopadas, chutando para todos os lados, sem nenhuma estratégia, contando apenas com a sorte. Elas acreditam que, uma hora dessas, de repente, quem sabe, a bola entrará. E, até que isso aconteça, esbanjam energia à toa.

“Goal”, em inglês, significa objetivo. Você deve ter um. Conquistar um cliente, ser o padeiro mais conceituado do bairro, melhorar a aparência, sair de uma depressão, ganhar mais dinheiro, se aproximar dos seus pais. Pode até ser algo mais simples: comprar as entradas para um show, visitar um amigo doente, trocar o óleo do carro, levar flores para sua mulher. Ou você faz sua parte para colocar a bola dentro da rede, ou seguirá chutando para as laterais, catimbando, sem atingir nenhum resultado.

Quase invejo quem tem tempo a perder: sinal de que é alguém irritantemente jovem, que ainda não se deu conta da ligeireza da vida. Já os veteranos não podem se dar ao luxo de acordar tarde, e, no caso, “acordar tarde” não significa dormir até o meio-dia: significa “dormir no ponto”, “comer mosca”. Não dá. Depois de uma certa idade, é preciso ser mais atento e proativo.

Parece um jogo estafante, nervoso, mas não precisa ser. O gol que você quer marcar talvez seja justamente aprender a ter um dia a dia mais calmo, mais focado em seus reais prazeres e afetos, sem estresse. É uma meta tão valiosa quanto qualquer outra. Só que não pode ser um “quem sabe”, tem que ser um gol feito.

Essa é a diferença entre aqueles que realizam as coisas e os que ficam só empatando.

By Martha Medeiros.

Crispies de frango

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , on 05/06/2010 by Joe

Falta uma semana para início de mais uma Copa do Mundo. Manipulações à parte, a Copa do Mundo é sempre um bom pretexto para reunir os amigos para assistir e torcer pela nossa seleção.

E nada melhor que um bom aperitivo, um tira-gosto, enquanto o time corre em campo. Em todos os bons (e não tão bons assim) botecos das cidades, encontramos a mais ampla variedade de aperitivos, uns mais saborosos, outros mais calóricos. Mas, no geral, todos deliciosos.

A receita deste tira-gosto tem muito a ver com aquela rede de fast-food que andou por aqui há alguns anos, que vendia aqueles pedaços de frangos crocantes (crispies), deliciosos e sequinhos!

A receita está aqui. A bebida já deve estar bem gelada. A comemoração fica por conta do desempenho da nossa seleção! Vamos lá, Brasil!!!

Crispies de frango

Ingredientes

1 peito de frango em tirinhas temperadas a gosto
2 ovos
água e farinha de trigo
1 xícara de flocos de milho (corn flakes)
3 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
sal a gostos
pimenta-do-reino a gosto
alecrim seco a gosto

Modo de preparo

Misture sem formar espuma os ovos com a farinha de trigo e um pouquinho de água, até que a massa fique fluida, mas não rala. Pré aqueça o forno a 180ºC (temperatura média). Tempere os filés de frango com sal e pimenta-do-reino a gosto.

Coloque os flocos de milho dentro de um saquinho plástico junto com mais um pouco de pimenta-do-reino e o alecrim, retire o ar e feche bem. Dê soquinhos no saquinho até esfarelar os flocos.

Numa tigela, misture a manteiga, os flocos de milho triturados e uma pitada de sal. Passe as tirinhas de frango na mistura de ovo e farinha e empane com a mistura de manteiga e milho, apertando levemente com as mãos para que a casquinha fique uniforme.

Transfira os filés empanados para uma assadeira e leve ao forno pré aquecido para assar por 20 minutos. Se preferir, use também o frango em pedaços. Sirva com seu molho predileto, seja de mostarda, ketchup, maionese, etc.
Neste caso, cerveja gelada é o melhor acompanhamento. Para as crianças, refrigerante, claro!

By Joe.

Pão e circo

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 26/05/2010 by Joe

A iminência de uma nova Copa cria a condição para que, uma vez mais, aflore uma conjunção de fatores muito favorável à repetição da história recente de nosso país. E, ao contrário do que muitos imaginam ou a propaganda oficial divulga, é uma história triste. Muito triste. Vamos a ela.

O Brasil tem sido cantado como um dos países de maior fortuna no conjunto das nações e, segundo contam alguns, nunca esteve tão bem econômica e socialmente. Os indicadores estariam aí para confirmar a prosa: crescimento projetado já acima dos 6%, abundante crédito ao consumidor, inflação controlada, investimentos públicos, capital internacional sendo despejado na Bovespa, pré-sal, 11 milhões de famílias atendidas pela bolsa oficial, 12 milhões de empregos gerados desde 2003.

De fato, são dados impressionantes. Mas qual é a verdade escondida por trás destes números? E quais são as estatísticas que importam realmente ao futuro da nação e que raramente são trazidas à luz? Vou ficar apenas em duas. A primeira: 50% da população não tem acesso a tratamento de esgoto. Esgoto. Esgoto! Santo Deus! Metade das famílias brasileiras despeja in natura – e não raro a céu aberto – suas fezes no mar, nos rios e lagos do país. A segunda: 75% dos brasileiros são analfabetos funcionais, isto é, têm dificuldade de leitura e, quando conseguem ler, não compreendem o que leram. É uma calamidade. É estarrecedor. Isto sem mencionar que, em pleno século 21, o país ainda enfrenta surtos de tuberculose, dengue, lepra, doenças típicas de países paupérrimos e, por óbvio, subdesenvolvidos. Então, como pode alguém intelectualmente honesto acreditar que o Brasil tem alguma chance de vencer como nação sem equacionar estes problemas? Respondo: não pode. Mas há os que, ignorando a realidade completa, professam o milagre brasileiro. São os cínicos.

E são esses mesmos que se encarregam de perpetuar-se na gerência do país, aproveitando-se da ignorância e da leniência do povo para mantê-lo num torpor convenientemente incentivado, dando origem a um paradoxo social pelo qual a sociedade é vítima e algoz dela mesma. E, convenhamos, a tarefa não é das mais difíceis. Basta dar-lhe, ao povo, pão e circo. E fica tudo como está. E a conjunção de fatores a que me referi no início? Pão e circo.

Pão. Onze milhões de famílias retiradas da miséria pela graça de um benefício cuja maior – e única – virtude, a de alimentar os pobres, se esgota em si mesma. Não produz nem ensina nada. Após quase oito anos de existência, o programa não criou condições para emancipar seus beneficiários. Não lhes deu dignidade. O que aconteceria se o programa fosse extinto? Provavelmente todos voltassem, no dia seguinte, à miséria da qual o governo finge tê-los tirado. Mas não importa, ninguém quer saber disso.

Circo. Copa do Mundo de Futebol na África em 2010. Copa do Mundo no Brasil em 2014. Olimpíadas no Brasil em 2016. Nos próximos seis anos, há diversão garantida. E dinheiro também (o mesmo que falta para escolas, hospitais, presídios e estradas), para construir estádios e maquiar as cidades-sedes dos jogos. Dinheiro que irá parar no bolso, ou nas meias, ou nas cuecas, ou até em lugar mais prosaico, dos corruptos que, perdoados pela população, estão em êxtase pelo anúncio de tantas e profusas oportunidades a permitir o livre exercício de suas maiores habilidades. Mas o que isso importa? Vamos construir coliseus e alimentar a turba!

Pão e circo!

E, assim, uma vez mais, menosprezamos nossas mazelas, rimos de nossas carências e nos preparamos para deixar tudo como sempre esteve. Às custas do povo. Às custas de Roma. Dane-se a pátria de chuteiras.

By André Vanoni de Godoy.

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