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Novo paradigma para um novo tempo

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Novo paradigma para um novo tempo

Estamos em um novo milênio. Alguns de nós têm sido conscientes de que uma determinada forma de pensar e atuar desembarcou na mudança climática, no consumismo que empobrece aos pobres e na ausência dos valores que geram plenitude!

Dizem por aí que aqueles que não contemplam sua história estão condenados a repeti-la e, embora o começo do novo milênio marcou um ponto de reflexão para começar a fazer as coisas de forma diferente, só a vontade e a decisão pessoal e intransferível de ir além dos mapas da realidade que tínhamos concebido até agora poderão superar os limites que nos pusemos para encontrar novas soluções aos conflitos que assolam o mundo.

Se pretendermos trocar “a realidade”, é lícito perguntar-se:

– “O que é a realidade? O que abrange, onde termina e onde começa?”

A física quântica vem nos complicar um pouco mais as coisas afirmando que a realidade observada depende da condição do observador. Esta ideia proposta já faz muitos séculos pelos místicos foi magistralmente resumida pelo linguista Korzybsky ao dizer: “o mapa não é o território”. Se o mapa mental fosse tão exato como o território ocuparia exatamente o mesmo lugar, com o qual não seria funcional, não nos caberia na mochila.

Cada pessoa confecciona em sua mente um mapa funcional “da realidade” atendendo às experiências e sucessos que considera mais relevantes, ou os que nós costumamos registrar. Deste modo, sintetizamos “a realidade” em um mapa controlável que vai condicionar o que percebemos, o que recordamos, como o relacionamos e, portanto, como valorizamos o vivido.

Segundo a linguística, há três formas básicas de síntese mental para que a realidade se converta em um mapa de bolso: o princípio da generalização, da omissão e da distorção. Dito de outra forma, todos nós sem exceção, para gerar explicações sobre o que está se passando em nosso mundo, recorremos a: generalizar ideias com base na nossa experiência; omitir certa parte da informação e relacionar e encadear sucessos; e distorcer, segundo nosso próprio critério.

O mapa da compreensão do Universo e do comportamento das partículas elementares que conformam a matéria proposto pela ciência atual diz-nos que não existe separação entre as partículas, que tudo é energia em distintos graus vibratórios e que toda separação é ilusória. Como diz David Bohm:

– “A comunicação entre partículas muito distantes é possível porque, na realidade, não estão separadas”.

E Paul Davies afirma:

– “O Universo (e todo o contido nele) não está formado por um conjunto de partes separadas, mas sim, existe uma espécie de unidade universal”.

Acredito que todos havemos escutado estas teorias que constituem o novo paradigma, mais amplo, para explicar o Universo e as relações dos objetos entre si. Se aplicarmos este mesmo mapa para pensarmos no Ser humano, suas relações com outros e com a natureza, o conceberíamos como uma Unidade constituída por infinidade de “partículas” aparentemente separadas, embora unidas entre si, em constante comunicação!

O antigo modelo da civilização grega concebe o ser humano constituído por três planos de manifestação: soma ou corpo físico, psique que é o conjunto de intelecto e emoções (chamada alma e/ou mente) e pneuma, o plano mais sutil (ao que chamamos espírito). Neste antigo modelo, se descreve à psique constituída por uma matéria flexível e de grande plasticidade que cumpre a função de conexão entre soma e pneuma, o corpo e o espírito.

Este mapa do ser humano esteve presente em todas as colocações físicas e humanistas das civilizações antigas e, embora tenha sido abandonado por nossa civilização ocidental faz poucos séculos, começou a ser recuperado parcialmente no início dos anos 50 com o conceito de que o homem é uma unidade psicossomática.

Ao longo da história, e dependendo das teorias emergentes em cada época, se sintetizou “a realidade” generalizando algumas ideias e omitindo e distorcendo – relacionando – outras. Havemos generalizado a importância do pneuma omitindo o soma e a psique (Idade Média) ou havemos relacionado soma e psique omitindo o nous (positivismo).

Para elaborar uma teoria controlável, generalizamos um modelo de relações que sempre limitará de alguma forma nossa compreensão, mas será controlável. Isto é vital para nos darmos conta de que o que pensamos sobre a realidade é uma síntese e não é tão infalível, é um mapa útil com todas as limitações de um mapa de bolso que merece a pena ser revisado e analisado para saber que parâmetros temos generalizado, omitido e distorcido.

Einstein insistia em que não se pode resolver nenhum problema do mesmo nível de consciência no que se criou. É hora de ampliar nosso mapa da realidade para procurar novos pensamentos e ações ante o grande desafio do século XXI. Cada um terá que fazer sua própria análise para re-elaborar seu mapa, ocupar seu lugar e efetuar as ações oportunas em consequência.

Minha re-elaboração pessoal adquiriu o paradigma da ciência atual para acreditar que todos e tudo está interconectado e unido por uma energia comum, que meus pensamentos, sentimentos e ações têm consequências em todo o planeta. Este mapa mental me tem feito pôr muita atenção e carinho aos pensamentos, sentimentos e ações do dia a dia, sabendo que posso projetar consolo para Nova Orleans e que posso limpar o planeta desencardindo minhas próprias ações.

Também ressoa em mim essa realidade interconectada do pneuma-psico-somático apontada nos gregos e acredito que todos os campos têm incidência uns sobre os outros, que somos capazes de adoecer e sanar com nossos pensamentos, emoções e experiências espirituais e que o trabalho corporal me aproxima do centro psicológico e à experiência espiritual.

Se quiser trocar “a realidade”, talvez seja interessante compreender primeiro como elaborou teu próprio mapa mental, o que procura generalizar, omitir, relacionar/distorcer. Talvez este seja o primeiro passo para gerar novas ações, novos modelos para um tempo novo.

Desconheço a autoria.

Espelhos da alma

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/12/2014 by Joe

Espelhos da alma

Como espectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo. Quem diz que nunca julga não é honesto consigo mesmo!

Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando. Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto. E quando somos nós o centro da plateia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações.

Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível. Cada um de nós é único e, mesmo aquelas pessoas que mais amamos, não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos, sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece.

Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas. Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós.

Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros os nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela. Por quê? Porque ante a possibilidade de que seja revelado o nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes.

Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas que ferem mais profundamente que facas e punhais.

As pessoas que esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de águas transparentes, porque puras só as criancinhas. E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã.

Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo, às vezes a mente. Basta um minuto e tudo pode se transformar…

Então, melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não têm razão.

E quando a tentação de olhar o que se passa com outros for grande, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão.

E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o Alto.

Desconheço a autoria.

O corpo é um espelho de nossas crenças

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O corpo é um espelho das nossas crenças

Você já se viu indo para o trabalho remoendo ressentimentos em relação a um colega ou alimentando sua insegurança por causa de uma tarefa que lhe foi solicitada? É um exemplo simples, mas que ajuda a entender o que afirmo. Se, em vez de pensar negativamente, você procurasse pensar nas razões que poderiam ter levado o companheiro de escritório à atitude agressiva, e imaginasse formas afetuosas de resolver o conflito, seu encontro com ele poderia gerar uma aproximação feliz para ambos.

Se, em vez de inventariar suas próprias falhas, você tomasse consciência de sua capacidade e repetisse para si que poderia realizar a tarefa solicitada com sucesso – pedindo ajuda se precisasse, provavelmente você a desempenharia com outro ânimo e competência.

Nossos pensamentos podem, da mesma forma, estar contribuindo para o bem-estar ou para o mal-estar de nossos corpos.

Não queremos ficar doentes e, no entanto, precisamos de cada doença que contraímos. É a maneira que nossos corpos encontram para nos dizerem que estamos com uma ideia errada, com uma percepção falsa, e que precisamos mudar nossa forma de pensar.

Tenho uma amiga que precisou passar por uma pneumonia grave para concluir que era indispensável mudar seu ritmo de vida e fazer uma terapia que a ajudasse a rever seus relacionamentos.

Há pessoas que usam a doença como forma de não assumir compromissos, mantendo-se permanentemente numa situação fragilizada.

Cada doença é uma lição que precisamos aprender.

Por favor, não fique só reclamando: “quero me livrar desta doença.” Isso não vai trazer a cura que você deseja e você não vai aprender a lição de que necessita. Não se coloque também numa atitude defensiva, como se a doença fosse uma espécie de acusação. Não se trata de condenar nem de sentir nenhuma culpa.

Tanto na doença quanto em qualquer situação de vida, o importante é observar o que está acontecendo conosco para entender o que precisa ser libertado e transformado. Então, eu lhe digo: é hora de se curar, de tornar sua vida e seu corpo íntegros, que significa que você deseja investir na sua saúde. Eu sei que você tem, dentro de si, tudo de que precisa para conseguir isso.

Quando você começar a compreender o processo que leva à saúde ou à doença, será capaz de assumir o controle consciente das mudanças que deseja fazer. É um processo muito emocionante que vai se tornar uma das aventuras mais felizes da sua vida.

Acredito que existe um centro de sabedoria dentro de cada um de nós e que, quando estamos prontos para fazer mudanças positivas, atraímos o que é necessário para nos ajudar. Pode ter certeza de que alguma coisa dentro de você se transformou e o processo de cura já começou. Pare um instante esta leitura e diga em voz alta:

– “Eu já comecei o meu processo de cura. O corpo é um espelho das nossas crenças e dos nossos pensamentos mais íntimos”.

O corpo está sempre conversando conosco. É preciso aprender a escutar o que ele tem a dizer. Cada célula reage a cada pensamento seu, a cada palavra que você pronuncia. Por isso, se prolongamos durante muito tempo determinadas formas de pensar e de falar, elas irão produzir comportamentos e posturas corporais, assim como um maior ou menor bem-estar.

Suas palavras e pensamentos contribuem para sua saúde ou sua doença. Uma pessoa que está sempre com o rosto fechado provavelmente não tem muitos pensamentos alegres e amorosos. Os rostos e corpos dos mais velhos mostram claramente como foi sua vida e seus comportamentos.

Pare um pouco e pense: “Que aparência eu vou ter quando entrar na terceira idade?”

Como acredito que todos nós nascemos com o direito de ser completamente saudáveis e satisfeitos em todas as áreas de nossas vidas, quero ajudar você a conquistar esse direito agora. Algumas das coisas que vou sugerir talvez pareçam simples demais, mas fique sabendo que estas ideias foram testadas muitas vezes com enorme sucesso. Elas funcionam de verdade.

Antes de continuar a ler este texto, repare no seu corpo. Coloque-se numa posição confortável, respire fundo e procure relaxar. Abra-se para acolher todas as ideias, aceitando apenas as que se aplicam ou fazem sentido para você.

Acredito que toda doença é uma criação própria. É claro que não dizemos “quero ter tal doença”, mas criamos um ambiente mental que faz com que a doença apareça e se desenvolva. Volto a repetir: nossos diálogos interiores provocam reações em cada célula do corpo!

Ouvi um médico dizer recentemente:

– “Se um cirurgião operar um paciente sem fazer coisa alguma para ajudar a descobrir e curar a causa da doença, ele estará apenas adiando o problema, pois o paciente criará um outro mal-estar.”

Não basta tratar o sintoma. Precisamos eliminar a causa da doença. E para isso precisamos penetrar no lugar dentro de nós mesmos onde o processo teve início.

Somos profundamente responsáveis por quase todas as experiências por que passamos em nossas vidas. Tanto as melhores quanto as piores. Porque, como já disse, somos nós que criamos nossas experiências através dos pensamentos que temos e das palavras que pronunciamos.

PensamentosO universo apóia completamente nosso diálogo interior. Nosso subconsciente aceita como verdade aquilo em que escolhemos acreditar. Isto significa que o que acredito ser verdade a meu próprio respeito e a respeito da vida se tornará verdade para mim. Essa é uma escolha que você faz!

É claro que os pensamentos vêm à cabeça sem nosso controle, mas, ao reconhecê-los, você pode alimentá-los ou procurar desapegar-se deles, tentando olhar a realidade de outra perspectiva.

Temos também o impulso de pronunciar certas palavras, mas somos capazes de silenciá-las ou substituí-las por outras mais amorosas, impregnadas de compreensão e tolerância.

O que pensamos e sentimos a respeito de nós mesmos e de nossa vida formou-se desde criança, pelas reações e comportamentos dos adultos que nos rodeavam. Assim, se você viveu com pessoas assustadas ou com pessoas extremamente infelizes, aprendeu uma porção de coisas negativas a seu próprio respeito e a respeito da vida. E é possível que ainda acredite nelas.

Não estou dizendo isso para que culpemos nossos pais. Eles, provavelmente, foram vítimas de seus próprios pais e não podiam nos ensinar o que não sabiam. Se sua mãe não gostava dela mesma e se seu pai não sabia ser carinhoso e atento, eles não teriam condições de ensinar você a se amar e a se tratar com carinho e atenção. Por mais bem intencionados que fossem.

Passamos a vida criando experiências que combinem com as crenças adquiridas na infância. Olhe para trás e observe quantas vezes você passou pelo mesmo tipo de relacionamento e pela mesma qualidade de problema. É bem possível que você tenha criado essas experiências repetidamente porque elas refletem o que você pensa a seu respeito.

Mas não adianta ficar remoendo os problemas do passado, porque é o momento presente que importa. O que aconteceu no passado, até este momento, foi criado por você, com seus próprios pensamentos e antigas crenças, sem que você se desse conta. Mas o que você escolhe pensar, acreditar e dizer hoje, neste exato lugar, neste exato momento, está criando o seu futuro. Seu diálogo interior de agora está criando o seu amanhã, a semana que vem, o próximo mês e o ano que vem.

Então, preste atenção no que você está pensando neste instante. Você quer que este pensamento crie o seu futuro? Ele é negativo ou é positivo? Observe, preste atenção. Não existe certo ou errado no que pensamos e volto a dizer que não quero nunca explorar o sentimento de culpa. Pelo contrário, quero eliminá-lo, porque ele paralisa e não faz crescer.

Estou querendo apenas que você entre em contato com o que está pensando, porque, em geral, nós tomamos muito pouca consciência do que se passa em nossas mentes e em nossos corpos. Só prestamos atenção quando ficamos doentes ou quando sentimos dor.

E, se não sabemos o que está se passando dentro de nós, como poderemos mudar?

By Louise Hay.

A maior solidão do ser humano

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/06/2014 by Joe

A maior solidão de todas

Uma pessoa pode sentir-se sozinha quando está longe de suas pessoas queridas, quando não tem – ou pensa que não tem – amigos, pessoas que a entendam, lhe deem carinho, atenção, quando termina um relacionamento afetivo, ou perde um ente querido… São muitas as possibilidades que trazem o sentimento de solidão.

Mas a pior solidão que alguém pode sentir é a de não ter a si, estar distante de seu interior, de sua verdade, não saber quem é. Quando não sabemos de verdade o que somos, o que queremos, nos sentimos perdidos e sozinhos. Ora, nem nós mesmos nos conhecemos, por conseguinte, não conseguimos saber ao certo o que somos e queremos, não somos companheiros de verdade da gente. Não agimos seguindo decisões e desejos autênticos, somos levados pela opinião dos outros, pela vida ou por valores que estão dentro de nós, mas que aí se instalaram vindo de fora – com nossa permissão, claro – mesmo que inconsciente, mas não representam nosso eu verdadeiro.

Alguém nesse estado pode estar rodeado de gente que a ame, dê apoio, compreensão, mas mesmo assim estará se sentindo só, muito, desesperadamente até. Uma solidão que nada que vem de fora pode aplacar de verdade se algo não for feito pela própria pessoa que se sente solitária.

É muito ruim olharmos para dentro de nós e encontrarmos ideias confusas, valores duvidosos, falta de autoconfiança criada por mensagens incorporadas vida afora e pelo não conhecimento de nossa real identidade. Se eu não sei quem sou verdadeiramente, não me conheço, não sei me ajudar, me acompanhar, me amar.

Essa profunda solidão, da ausência do eu verdadeiro, provoca imensa instabilidade e dor. Muitos distúrbios afetivos podem daí advir, como a depressão, por exemplo. Quem passa ou passou por isso sabe como é duro viver nessa condição. E às vezes nem todo o apoio externo a suaviza.

O caminho para resolver essa solidão interior é voltar-se para dentro, cada um em seu tempo, de seu jeito, às vezes procurando a orientação de alguém habilitado, e tentar resgatar seu eu autêntico, suas vontades, preceitos, qualidades e aptidões que podem estar esquecidos lá no fundo, encobertos por toneladas de elementos errôneos, pensamentos exteriores de qualidade duvidosa e mensagens negativas que se permitiu que estacionassem no íntimo do ser.

Esse trabalho de autoconhecimento e redescoberta, de resgate do eu verdadeiro, nos aproxima mais de nós mesmos, de nossa verdade. Vamos nos achando de novo, percebendo o que temos feito que está ou não de acordo com o que realmente queremos e precisamos. Esse resgate, invariavelmente, faz com que reconheçamos nossas verdadeiras qualidades, limites também (e esses nós concluímos se podem e devem ser superados, quando e como). Vamos limpando o interior do que não é nosso e percebendo o que de bom temos, vamos reaprendendo a nos gostar.

Assim, começamos a nos nortear novamente na existência, mais seguros, mais senhores e companheiros de nós, mais centrados, com mais autorrespeito, autovalorização. Nos amando e conhecendo mais, sabendo pelo que queremos lutar sinceramente, temos para onde olhar quando procuramos respostas e referências: dentro da gente. Somos uma grande companhia e amizade para nós mesmos, não estamos mais sós. Quando tenho a mim, sinceramente, não me sinto só nem desorientado. Posso ficar confuso, às vezes, mas sei como parar, refletir e encontrar o rumo novamente.

Não me sentindo mais só, com falta de mim, posso perceber melhor a vida (e aprender melhor com a leitura que faço dela), seus acontecimentos, as pessoas a meu lado e o que têm de bom a me oferecer. Fico cada vez mais aberto e firme, melhor para viver minha relação comigo e as relações interpessoais de todos os tipos (profissionais, familiares, afetivas, etc.).

Assim, fico cada vez mais distante da solidão.

By Marcus Facciollo.

Amor virtual

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Amor virtual

Acredito em amor virtual. Não adianta se valer do ceticismo da carne e dizer que a distância engana, que as pessoas não se conhecem, que pode haver desfeita e desilusão.

Acredito em amor virtual. Pois nada é mais expansivo e verdadeiro do que se conhecer pela linguagem. Nada é mais íntimo e pessoal do que se doar pela linguagem.

Não serei convencido da frieza do relacionamento na web, da articulação de fachadas e pseudônimos, da ironia e dos subterfúgios denunciados nos chats. O que acontece na internet reproduz a vida com seus defeitos e virtudes, não se pode exagerar na desconfiança. O amor virtual é tão real quanto o sangue. Não preciso enxergar o sangue para verificar se ele corre. O amor virtual trabalha com a expectativa e a ansiedade. Como um teatro que se faz de improviso, com a ardência de ser aceito aos poucos, sem o temor e os avisos em falso do rosto.

Na correspondência há a esperança de ser amado e de entreter as dores. A esperança aceita tudo, transforma todo troco em investimento. Um gesto de redobrada atenção, uma resposta alentada, uma frase diferente, um cuidado excessivo, a cordialidade do eco… e o amor se instala!

Não há o julgamento pelas aparências (que se assemelha a uma execução sumária), mas o julgamento em função do que se imagina ser, do que se deseja, do que se acredita. São raros os momentos em que se pode fechar os olhos para adivinhar. Adivinhar é delicioso – é se dedicar com intensidade às impressões mais do que aos fatos.

Alguns dirão que é alienação permanecer horas e horas teclando ou conversando diante de uma câmera e do computador. Mas é envolvimento, amizade, compromisso. É pressentir o cheiro, formigar os ouvidos, seduzir devagar. Não conheço paixão que não ofereça mais do que foi pedido.

Quem reclamava da ausência de preliminares deve comemorar o amor virtual? Nunca se teve tanta preliminar nas relações, rodeios, educação. Fica-se excitado por falar. Devolve-se à fala seu poder encantatório de persuadir. Afora o espaço democrático: um conversa e o outro responde. Findou o temporal de um perguntar para outro fingir que está ouvindo.

No amor virtual, a linguagem é o corpo. Dar a linguagem é entregar o que se tem de mais valioso. É esquecer as roupas na corda para escutar a chuva. É recordar de memórias imprevistas como do tempo em que se ajudava à mãe a contornar com o garfo a massa do capeletti. Conversa-se da infância, dos fundos do pátio, do que ainda não se tinha noção, sem ficar ridículo ou catártico. Abre-se a guarda para olhares demorados nos próprios hábitos. A autocrítica se converte em humor; a compreensão, em cumplicidade. É uma distração para concentrar. Uma distração para dentro. Vive-se com mais clareza para contar e se narrar.

Amor virtual é conhecer primeiro a letra, para depois conhecer a voz. A letra é o quarto da voz.

By Fabrício Carpinejar, jornalista e escritor.

Faça a sua escolha

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/05/2014 by Joe

Bolshoi

Era uma vez uma menina chamada Karina. Desde pequena, ela só tinha uma paixão: dançar e ser uma bailarina do famoso Ballet Bolshoi. Tudo o mais era secundário. Seus pais até desistiram de exigir empenho em qualquer outra atividade: o coração de Karina tinha lugar somente para o ballet.

Um dia, Karina teve sua grande chance: conseguiu um encontro com o diretor do Bolshoi, que estava selecionando aspirantes para a companhia. Nesse dia, Karina dançou como se fosse seu último dia na Terra. Colocou tudo o que sentia e que aprendera em cada movimento, como se uma vida inteira pudesse ser contada em um único passo. Ao final, aproximou-se do renomado diretor e perguntou-lhe:

– “Então, o senhor acha que posso me tornar uma grande bailarina?”

E ela ouviu um sonoro não!

Na longa viagem de volta à sua cidade, Karina, em meio às lágrimas, imaginou que nunca mais aquele “não” deixaria de soar em sua mente…

Meses se passaram até que pudesse novamente calçar uma sapatilha… Dez anos mais tarde, Karina, já uma estimada professora de ballet, criou coragem de ir à performance anual do Bolshoi em sua região. Sentou-se bem à frente e verificou que o diretor do balé ainda era o mesmo!

Após o concerto, ela tomou coragem e foi conversar com ele. Contou o quanto ela queria ter sido bailarina do Bolshoi e quanto tinha sido difícil ter ouvido dele aquele “não”!

– “Mas, minha filha…”, disse o diretor, “eu digo não a todas as aspirantes”.

Com o coração ainda aos saltos, Karina não pode conter a revolta e a surpresa, e disse:

– “Como o senhor pode cometer uma injustiça dessas? Eu poderia ter sido uma grande bailarina se não fosse o descaso com que o senhor me avaliou!”

Ao responder, havia solidariedade e compreensão na voz do diretor:

– “Perdoe-me, minha filha, mas você nunca poderia ter sido grande o suficiente se foi capaz de abandonar o seu sonho pela opinião de outra pessoa!”

Moral da história: quando estabelecemos metas específicas é muito maior a nossa chance de conquistarmos nossos sonhos. Dedicação e empenho também são requisitos indispensáveis nessa dura jornada. No entanto, mais importante do que tudo é acreditarmos efetivamente na nossa própria capacidade porque o que não faltam na vida são os obstáculos! E assim, muitos desistem da luta, por medo, por preguiça ou porque acreditaram nas previsões negativas dos outros.

Faça a sua escolha! E não desista jamais!

Desconheço a autoria.

Mistérios

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/05/2014 by Joe

Mistérios

Ficamos muitas vezes intrigados com fatos e acontecimentos na nossa vida. Estamos o tempo todo achando porquês e justificativas. Quebramos a cabeça, procuramos ajuda em outros planos e, com frequência, nosso consciente vem com aquela famosa pergunta:

– “Por que eu? Isto só acontece comigo mesmo…”

Em primeiro lugar, saiba que o universo é rico em mistérios e, para muitos deles, não estamos devidamente preparados para compreendê-los. Nestes casos será preciso alcançar um processo de evolução maior, ou seja, uma nova procura interior.

O famoso “isto só acontece comigo” é um julgamento antecipado dos seus pensamentos, como forma de justificar sua culpa por um erro incompreendido.

Quando encontramos dificuldades na compreensão das coisas que nos cercam, a primeira medida a ser tomada é saber que para tudo há uma resposta, mesmo que naquele momento ela não seja tão evidente. Quando isto acontecer, viva a vida plenamente sem olhar para trás, pois mais cedo ou mais tarde tudo se resolverá.

Basta saber esperar!

By B. Spencer.

O corpo fala quando a gente se cala

Posted in Saúde with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/03/2014 by Joe

Quantos gritos

Para a maioria das pessoas, dizer o que sente, o que quer, o que deseja, é tarefa quase impossível. Elas são incapazes de “enfrentar” o medo, o complexo, a angústia e a timidez.

Não reclamam, não exigem. Aceitam as exigências dos outros, aguentam humilhações, tornam-se submissas.

Conformam-se, aparentemente, com a vida que têm: com a falta de amor, de compreensão, de carinho, com exigências exorbitantes, com o papel insignificante que exercem, com o lugar mesquinho que ocupam no coração dos outros.

Já que elas não conseguem falar, o seu corpo fala por elas, através de doenças. Só que a fala do corpo não é como a linguagem, direta e clara. A fala do corpo é indireta e obscura. Ela só consegue dizer que muita coisa está ruim. Ela só consegue dizer: eu existo e estou sofrendo.

Mas, na maior parte das vezes, a família e os amigos só conseguem enxergar a doença. Aconselham a pessoa a procurar o médico, fazer tratamentos necessários, sem perceber que aquela doença é apenas um grito de outro sofrimento. E esse sofrimento os médicos e os remédios nem sempre curam.

Muitas vezes a pessoa entra num processo de doenças que se sucedem. Melhora de uma coisa, aparece outra. Isso porque ela está usando o próprio corpo para falar daquele outro sofrimento mais íntimo, mais nebuloso, mais persistente e doloroso; que é o sofrimento do desprezo, da solidão, de não ser amado.

É preciso aprender a ter coragem de dizer do que se gosta e do que não se gosta; do que se admite e do que não se admite que façam consigo; de como quer ser tratado e respeitado, porque somente essa coragem será o antídoto contra os males físicos, que poderão se arrastar por toda a sua vida.

“Perceber sua postura perante a vida é olhar o que se passa dentro de si mesmo: assumir seus próprios sentimentos – medo, tristeza, insegurança. Isso exige bastante coragem. A coragem é um desafio contra a estagnação, é um estresse positivo que eleva a sua confiança, a sua autoestima.”

Um modo de vida com pensamentos positivos é essencial para uma boa saúde física e mental.

Aprenda a ser feliz!

By Bernadete Moreira Lambertucci.

Perdas necessárias

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/12/2013 by Joe

Perdas necessárias

As perdas são partes da vida. E elas são necessárias porque, para crescer temos de perder, não só pela morte, mas também por abandono ou pela desistência. Em qualquer idade, perder é difícil e doloroso, mas só através de nossas perdas nos tornamos seres humanos plenamente desenvolvidos.

As pessoas que somos e a vida que vivemos são determinadas, de uma forma ou de outra, pelas nossas experiências de perda. Esta compreensão ajuda a ampliar o campo de nossas escolhas e possibilidades.

Todos nós, em princípio, lutamos contra as perdas, mas as perdas são universais, inexoráveis e muito abrangentes em nossas vidas. E nossas perdas incluem não apenas separações e abandonos, mas também a perda consciente ou inconsciente, de sonhos românticos, ilusões de segurança, expectativas irreais e outras.

As perdas que enfrentamos ao longo da vida, e das quais não podemos fugir são:

– que o amor de nossos pais não é só nosso.

– que nossos pais vão nos deixar, e que nós vamos deixá-los.

– que por mais sábio, belo e encantador que alguém seja, ninguém tem assegurado casar e ” ser feliz para sempre”.

– que temos de aceitar – em nós mesmos e nos outros – um misto de amor e ódio, de bem e de mal.

– que tudo nesta vida é implacavelmente efêmero.

– que estamos neste mundo essencialmente por nossa conta.

– que somos completamente incapazes de oferecer a nós mesmos ou aos que amamos, qualquer forma de proteção contra a dor e contra as perdas necessárias.

– que nossas opções são limitadas pela nossa anatomia e pelo nosso potencial.

– que nossas ações são influenciadas pelo sentimento de culpa incutido em nós pela educação que recebemos.

Examinar estas perdas permitem aceitar e modelar melhor os fatos da nossa vida. Começar a perceber como nossas perdas moldaram e moldam nossas vidas pode ser o começo de uma vida mais promissora e feliz!

Desconheço a autoria.

Compartilhando a vida

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Compartilhando e atingindo metas

Uma empresa enviou seus 12 gerentes para um treinamento outdoor, onde uma das tarefas era cruzar um rio. O instrutor pediu, então, para que eles se dividissem em três grupos de quatro pessoas. Foram, então, criados os grupos A, B e C.

O grupo “A” recebeu quatro tambores grandes e vazios, duas grandes toras de madeira, uma pilha de tábuas, um grande rolo de corda grossa e dois remos.

O grupo “B” recebeu dois tambores grandes, uma tora e um rolo de barbante.

Já o grupo “C” não recebeu recurso nenhum para cruzar o rio; eles foram orientados a usar recursos da natureza, caso conseguissem encontrar algum perto do rio ou na floresta.

Em seguida, o instrutor deu uma única instrução: Todos deveriam atravessar o rio em menos de quatro horas!

O grupo “A” não levou mais do que uma hora pra construir uma maravilhosa jangada. Em meia hora, atravessou o rio e chegou em segurança e com os pés enxutos no outro lado do rio, observando os outros grupos em sua luta desesperada para buscarem uma solução.

O grupo “B” teve um pouco mais de dificuldades, demorou um pouco mais, porém, também atravessou o rio.

Enquanto o Grupo “C” tentava atravessar o rio com os poucos recursos que tinha, sendo observados pelos oito gerentes que já haviam chegado ao outro lado, quase desfalecendo de tanto rir.

O Grupo “C’ se agarrou a um emaranhado de galhos e tentava mover-se em direção ao outro lado; porém, a correnteza o levava rio abaixo. Somente reunindo todas as forças que lhe restava foi que o último membro do grupo “C”, o gerente de Logística, todo arranhado e com os óculos quebrados, conseguiu atingir a margem, 200 metros rio abaixo.

Após observar tudo o que acontecera, o instrutor do treinamento perguntou:

– “Então, como vocês se saíram?”

O grupo “A” respondeu em coro:

– “Nós vencemos! Nós vencemos!”

O instrutor, então, respondeu:

– “Penso que vocês não entenderam bem. Vocês não foram solicitados a competir e vencer os outros. A tarefa seria concluída quando os três grupos atravessassem o rio em menos de quatro horas! Essa era a meta!”

Esta é uma situação muito comum nas empresas. Seus colaboradores estão mais preocupados em mostrar que são melhores que os outros, ao invés de empenhados no bem comum e focadas nos objetivos da companhia. É cada um por si.

Na vida social e pessoal, a coisa não é muito diferente. Vemos muitos casais competindo o tempo todo para mostrar quem é o melhor, quem é que manda.

Precisamos parar de encarar a vida como um jogo, e as pessoas como adversários. Precisamos observar e ter uma melhor compreensão dos problemas alheios e encontrarmos muito mais conforto e amizade no abraço de cada um.

Experimente acolher ao invés de julgar, perdoar ao invés de acusar e compreender ao invés de revidar! É difícil, mas é possível e extremamente gratificante.

Afinal, o maior prêmio de nossa existência está na capacidade de compartilharmos a vida!

Desconheço a autoria.

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