Arquivo para Coalhada

A vaquinha

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/07/2014 by Joe

A vaquinha

Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita.

Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar. Sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. O mestre, então, aproximou-se do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:

– “Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e sua família sobrevivem aqui?”

E o senhor respondeu:

– “Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos; a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo”.

O sábio agradeceu pela informação, contemplou o lugar por uns momentos, despediu-se e foi embora. No meio do caminho ordenou ao seu discípulo:

– “Pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá para baixo!”

O jovem arregalou os olhos, espantado, e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência da família. Mas, como percebeu o silêncio absoluto do mestre, foi cumprir a ordem. Empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, até que, um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo para aquela família, pedir perdão e ajudá-los. E assim o fez.

Quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, um carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver.

Apertou o passo e logo foi recebido por um caseiro muito simpático, e então perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu:

– “Continuam morando aqui”.

Espantado, ele entrou na casa e viu que era a mesma família que visitara antes com o mestre. Reconheceu o senhor, dono da vaquinha, elogiou o local e perguntou:

– “Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida?”

E o senhor, entusiasmado, respondeu:

– “Nós tínhamos uma vaquinha que nos dava todo o sustento da família, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!”

A história termina aqui, mas deixa um ponto de reflexão:

Todos nós temos uma “vaquinha” que nos dá alguma coisa básica para a nossa sobrevivência e uma convivência com a rotina!

Qual é a sua?

Aproveite este restinho de ano pra empurrar a sua vaquinha morro abaixo e construir algo de novo! Sem desafios não há conquistas!!

Pense nisso!

Desconheço a autoria.

Iogurte grego caseiro

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 30/11/2013 by Joe

Iogurte grego

Conhecido como o primeiro alimento transformado que se tem notícia na história da humanidade, e consumido há séculos em todo o Mediterrâneo Oriental, o leite fermentado (coalhadas e iogurtes) é considerado o “Alimento dos Deuses” por suas características e propriedades.

Por exemplo, o iogurte é um dos mais populares e conhecidos tipos de leite fermentado existentes no mundo. A preparação de leites fermentados é uma das formas mais naturais que existem de conservação do leite, já que a acidificação funciona como um preservativo natural contra o desenvolvimento de muitas bactérias nocivas.

É por esta razão que os leites fermentados são oriundos de países quentes e neles muito consumidos. Não fosse pela técnica da acidificação, muitas populações ficariam impedidas de consumí-lo, pelo menos em condições mínimas de segurança.

O elevado valor biológico das proteínas no leite fermentado é superior ao leite fresco, proporcionando o aumento da biodisponibilidade de vitaminas do complexo B, no intestino humano e a melhor absorção do cálcio pelo organismo.

A coalhada e o iogurte elaborados a partir de leite desnatado chegam a ser 6 vezes mais digeríveis que o leite comum.

A coalhada e o iogurte contribuem para o equilíbrio do ecossistema intestinal promovendo o seu balanceamento e, como resultado, modulando diarreias causadas pelo uso de antibióticos, por situações de stress e por tratamentos infecciosos, quimioterápicos e radioterápicos. Também atua na regularidade intestinal, principalmente para idosos.

Ilya Metchinikoff, cientista russo, em suas investigações, concluiu que, as bactérias fermentativas exercem ação inibitória sobre outras bactérias do intestino, contribuindo para a sua desintoxicação, o que prolonga a vida. A longevidade dos povos dos Balcãs, península à sudeste da Europa, era resultado de uma dieta rica em leites fermentados.

Os benefícios que a coalhada e o iogurte trazem para o organismo humano podem ser inúmeros, entre eles:

– Reduz o colesterol no sangue (efeito anticolesterolêmico)
– Modula as diarreias causadas pelos tratamentos com antibióticos, quimioterapias, radioterapias e por situações de stress.
– Tem alto valor nutritivo.
– Melhora a digestão da lactose.
– Recupera e equilibra a flora intestinal.
– Melhora as funções intestinais.
– Melhora a absorção do cálcio e proteínas do leite.
– Desintoxica o intestino.
– Aumenta a expectativa de vida.
– Inibe a ação de bactérias patogênicas.
– Tem efeitos anticarcinogênico.

A preparação de uma boa colhada e iogurte, sem adição de conservantes e outros aditivos, é muito simples.

Hoje trazemos uma receita caseira muito fácil do atualíssimo iogurte grego, que só traz benefícios para a nossa saúde. Sem excesso de proteínas, sem conservantes  e outros “antes”.

Iogurte grego caseiro

Ingredientes

2 litros de leite integral
3 colheres (sopa) de iogurte natural
2 gotas de extrato de baunilha
10 gotas de adoçante

Modo de preparo

Em uma panela, esquente o leite até quase ferver. Deixe esfriar e, quando estiver na temperatura de 45 graus (use um termômetro culinário), adicione o iogurte natural. Misture bem e transfira para uma vasilha com tampa.

Coloque a vasilha em cima de um prato, para não deixar vazar. Tampe e envolva em um cobertor. Deixe de 7 a 8 horas descansando no calor do cobertor dentro do forno (desligado).

Depois desse tempo, você vai precisar de um escorredor de macarrão e um pano branco fino. Coloque o pano dentro do escorredor e este sobre uma vasilha alta, tipo pirex. Despeje o iogurte sobre o pano e deixe na geladeira por 8 horas para retirar o soro. Quanto mais tempo ficar na geladeira, mais desidratado e mais consistente ficará.

Reserve um pouco da massa do iogurte para preparar a próxima vez (umas 3 colheres de sopa cheias). Coloque em um pote fechado e guarde na geladeira para fazer o próximo iogurte. Ela dura até 7 dias.

Após o tempo de desidratação, retire a massa do pano e coloque em uma vasilha. Pode temperar com duas gotas de baunilha e 10 gotas de adoçante. Misture bem com uma colher de pau. Não use a batedeira.

Este iogurte fica perfeito para acompanhar frutas, granola, mel, quinoa em flocos, aveia, frutas secas, além de ser um ótimo ingrediente na preparação de bolos, mousses e outros pratos.

By Joemir Rosa.

Mjadra

Posted in Receitas with tags , , , , , , , on 03/09/2011 by Joe

A mjadra (aportuguesando a pronúncia, le-se mijadra) é um prato de origem persa muito consumido por sírios, libaneses, e judeus de origem árabe. Atualmente, conforme a região ou o país, também é conhecido com outras denominações. No Egito é chamado de kushari e na Síria, de mujaddara. Esse prato é também preparado, com ligeiras variações, em vários países não-árabes do Mediterrâneo.

A mjadra era o prato dos pobres, por excelência. Popularizou-se no mundo árabe nos anos 40 e 50 do século passado por conta das sucessivas guerras e migrações. A facilidade de sua conservação e do transporte de seus ingredientes – arroz e lentilhas – ajudou a difundí-lo, sobretudo em períodos de conflitos sociais e guerras.

Um convidado à mesa de um árabe jamais era brindado com mjadra, fato que, sem dúvida, seria considerado uma ofensa. Porém, se o convidado solicitasse ao anfitrião, antecipadamente, um prato de mjadra, isso significava uma mútua confiança, exigência de austeridade e confissão tácita de humildade por parte do convidado.

Porém, entre quatro paredes, a mjadra não é um prato secundário, mas sim, o prato principal e alimento habitual para a maioria da população árabe.

História e etiquetas à parte, vamos, então, à receita, porque estamos aqui para saborear um delicioso prato e não para conversar! Ah, sim, como sempre, existem várias formas de preparo e com algumas variações de ingredientes e no preparo. Aqui, uma receita fácil de preparar, com ingredientes simples.

Mjadra

Ingredientes

6 cebolas grandes fatiadas bem fininho
1/2 colher (sopa) óleo
1/2 colher (sopa) azeite
1 xícara de arroz
1 xícara de lentilhas
1 colher (sopa) de fermento biológico em pó
sal a gosto
3 xícaras de água fervente

Modo de preparo

Lave bem o arroz e escorra. As lentilhas devem ser lavadas e ficar de molho por uma ou duas horas com em água misturada com 1 colher de sopa de fermento biológico em pó. Isto deixará as lentilhas bem macias. Depois, escorrra e lave bem.

Refogue a cebola no azeite e óleo em fogo médio até ficarem douradas. Mexa de vez em quando para evitar que queimem. Quando estiverem douradas, tempere com sal e reserve metade para decorar. Na outra metade, refogue o arroz na frigideira por 2 minutos e junte a lentilha. Passe tudo para uma panela e cubra com a água fervendo. Coloque sal, tomando cuidado para não exceder na quantidade.

Deixe cozinhar em fogo médio com a panela tampada. Se a água secar e o arroz e lentilha ainda não estiverem cozidos, acrescente mais 1/2 xícara de água fervendo. Quando estiver pronto, decore com a outra metade das cebolas e sirva acompanhado de salada árabe.

Salada árabe

Ingredientes

2 pepinos
1 maço de hortelã
1 copo de coalhada fresca
sal a gosto
azeite a gosto

Modo de preparo

Descasque os pepinos deixando 3 tiras finas da casca e fatie em rodelas. Arrume em uma travessa e tempere com sal e azeite. Triture o maço de hortelã com a faca e salpique metade dela por cima das fatias de pepino. Depois despeje a coalhada por cima das fatias de pepino, salpique o restante da hortelã e sirva.

By Joemir Rosa.

Kafta de forno

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/06/2010 by Joe

No ano passado, nesta data, eu comentava sobre os relacionamentos que as pessoas buscam, projetam, e como isso, na maioria das vezes, acaba virando uma arma contra os valentes “guerreiros”!

A busca por parceiros que se enquadram em moldes, muitas vezes ultrapassados, impostos por uma sociedade hipócrita, que “exige” relações estáveis e duradouras a qualquer custo, algumas delas que terminam de forma trágica!

Acredito que, ano após ano, vamos vendo os mesmos “filmes” sendo reprisados, numa eterna roda-viva sem finais felizes, a não ser o terror da solidão, da decepção, da falta de esperança e da tristeza.

Bom … quem quiser saber mais, faça uma visita ao post do ano passado para ler o texto completo.

Hoje não quero falar de relacionamentos, nem reflexões sobre a vida, nem filosofar sobre o futuro das pessoas. Afinal … hoje é sábado!!! E sábado é dia de boa gastronomia, de comer bem, de curtir uma boa companhia, um vinho gostoso pra aquecer o corpo e o coração!

Antes, um pouquinho de história …

Sabemos que os árabes e seus descendentes tiveram a acolhida no Brasil facilitada pela existência de uma identidade cultural entre os dois povos provocada pela colonização portuguesa, pois Portugal trazia forte influência desses povos incorporada a seus hábitos. A herança trazida no terreno da comida foi sem dúvida das mais estimulantes.

Eles estão entre as poucas culturas que estabeleceram uma grande afinidade entre a sua milenar comida e a estrutura familiar. Cabe às mulheres a função de providenciar o alimento, preparando iguarias saborosas e inesquecíveis. Para os proprietários de restaurantes árabes, o melhor elogio que podem receber é, sem dúvida, a afirmação de que o prato que lhe foi servido é “quase tão bom quanto o de minha mãe”!

O povo árabe tem a tradição de comer com vontade e satisfação e, segundo o costume, não é de bom-tom recusar pedidos para que se repita os pratos, mesmo comendo mais do que se pretenda.

Alguns dos hábitos alimentares se solidificaram, como a importância dada aos grãos, a utilização de temperos e especiarias, a importância da coalhada, entre outros. A partir disso, infinitas combinações foram criadas e consumidas com prazer. Os kibes e esfihas, por exemplo, são consumidos por um número incalculável de brasileiros de todas as origens.

A receita de hoje é uma variação de um prato delicioso, bem temperado e de baixa caloria: a Kafta. Normalmente, este prato é preparado sob a forma de espetos, a carne bem temperada, e grelhados.

Hoje vou colocar uma receita mais prática, rápida (afinal, Dia dos Namorados, ninguém quer gastar horas numa cozinha, certo?), deliciosa e ótima para aqueles casais (ou toda a família) que resolverem ficar em casa neste sábado gelado.

Kafta de forno

Ingredientes

1 kg de alcatra moída duas vezes
1 cebola ralada
meia xícara (chá) de salsa
caldo de um limão
2 dentes de alho socados
2 tomates em rodelas
2 cebolas em rodelas
sal e canela em pó a gosto
azeite
manteiga

Modo de preparo

Misture muito bem a carne, a cebola ralada, a salsa, o alho, o sal e o limão. Tempere com um pouco de canela e regue com azeite. Espalhe tudo em uma assadeira muito bem untada com manteiga.

Cubra com rodelas de tomate e cebola. Regue novamente com azeite, distribua pedaços de manteiga e leve para assar em forno pré-aquecido. Sirva a receita com pão sírio, acompanhado de molho de salsa.

Molho de salsa

Ingredientes

2 colheres (sopa) de salsinha picada
2 colheres (sopa) de cebolinha picada
1 pitada de sal
1 colher (chá) de azeite de oliva
1 colher (café) de suco de limão

Modo de preparo

Muito simples: misture bem todos os ingredientes e sirva.

Feliz Dia dos Namorados e Namoradas!!!

By Joe.

Coalhada

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , on 06/03/2010 by Joe

Conhecido como o primeiro alimento transformado que se tem notícia na história da humanidade e consumido há séculos em todo o Mediterrâneo Oriental, o leite fermentado (coalhadas e iogurtes) é considerado o “Alimento dos Deuses” por suas características e propriedades.

Por exemplo, o iogurte é um dos mais populares e conhecidos tipos de leite fermentado existentes no mundo. A preparação de leites fermentados é uma das formas mais naturais que existem de conservação do leite, já que a acidificação funciona como um preservativo natural contra o desenvolvimento de muitas bactérias nocivas.

É, por esta razão, que os leites fermentados são oriundos de países quentes, e neles muito consumidos. Não fosse pela técnica da acidificação, muitas populações ficariam impedidas de consumí-lo, pelo menos em condições mínimas de segurança.

O elevado valor biológico das proteínas no leite fermentado é superior ao leite fresco, proporcionando o aumento da biodisponibilidade de vitaminas do complexo B, no intestino humano e a melhor absorção do cálcio pelo organismo.

A coalhada elaborada a partir de leite desnatado chega a ser 6 vezes mais digerível que o leite comum.

A coalhada contribui pelo equilíbrio do ecossistema intestinal promovendo o seu balanceamento e, como resultado, modulando diarréias causadas pelo uso de antibióticos, por situações de stress e por tratamentos infecciosos, quimioterápicos e radioterápicos. Também atua na regularidade intestinal, principalmente para idosos.

Ilya Metchinikoff, cientista russo, em suas investigações, concluiu que, as bactérias fermentativas exercem ação inibitória sobre outras bactérias do intestino, contribuindo para a sua desintoxicação, o que prolonga a vida. A longevidade dos povos dos Balcãs, península à sudeste da Europa, era resultado de uma dieta rica em leites fermentados.

Os benefícios que a coalhada traz para o organismo humano podem ser inúmeros, entre eles:

– Reduz o colesterol no sangue (efeito anticolesterolênico)

– Modula as diarréias causadas pelos tratamentos com antibióticos, quimio-terapias, radioterapias e por situações de stress.

– Tem alto valor nutritivo.

– Melhora a digestão da lactose.

– Recupera e equilibra a flora intestinal.

– Melhora as funções intestinais.

– Melhora a absorção do cálcio e proteínas do leite.

– Desintoxica o intestino.

– Aumenta a expectativa de vida.

– Inibe a ação de bactérias patogênicas.

– Tem efeitos anticarcinogênico.

A preparação de uma boa colhada, sem adição de conservantes e outros aditivos, é muito simples. Veja uma receita caseira deste alimento que só traz benefícios para nossa saúde.

Coalhada

Ingredientes

2 litros de leite desnatado
1 copo (200 ml) de iogurte desnatado

Modo de preparo

Ferva o leite. Desligue o fogo, coloque-o em uma tigela ou pirex e deixe descansar até atingir a temperatura em torno dos 50ºC (existem termômetros culinários para essa função, mas caso não tenha um à mão, a temperatura ideal é quando você consegue colocar o dedo no leite sem se queimar). Separe uma xícara desse leite e deixe também amornar.

Quando estiver na temperatura ideal, dilua o iogurte na xícara de leite separada e misture bem. Essa mistura servirá como primeiro coalho. Depois, coe o coalho e misture a todo o leite fervido e na temperatura ideal. Com uma concha vá jogando a mistura de cima para baixo, para aerar bem.

Cubra a vasilha com um pano grosso ou toalha para abafar bem e deixe descansando em local seco e sem vento, por cerca de 4 a 6 horas (ou de um dia para o outro).

Retire a toalha e, sem mexer, leve à geladeira. Assim forma-se a coalhada fresca e o coalho. Após gelar, separe um copo (200 ml) e guarde num vidro limpo (use água fervente) na geladeira. Servirá de coalho para a próxima vez e assim sucessivamente. Sirva com mel e frutas ou utilize na preparação de pudins e molhos para saladas.

By Joe.

Mijadra

Posted in Receitas with tags , , , , , on 17/10/2009 by Joe

MijadraNão, caro leitor! Você não leu errado e eu também não errei no nome do prato desta semana!

A mijadra é um prato de origem persa que, na época medieval, foi muito conhecido por outros nomes. Atualmente, conforme a região ou o país, também é conhecido com outras denominações. No Egito é chamado de kushari; na Síria, de mudardara. Esse prato é preparado, com ligeiras variações, em vários países não-árabes do Mediterrâneo.

A mijadra é o prato dos pobres, por excelência. Popularizou-se no mundo árabe nos anos 40 e 50 do século passado por conta das sucessivas guerras e migrações. A facilidade de sua conservação e do transporte de seus ingredientes – arroz e lentilhas – ajudou a difundi-lo, sobretudo em períodos de conflitos sociais e guerras.

Um convidado à mesa de um árabe jamais será blindado com mijadra, fato que, sem dúvida, seria considerado uma ofensa. Porém, se o convidado solicita ao anfitrião, precisa e antecipadamente, um prato de mijadra, isso significa uma mútua confiança, exigência de austeridade e confissão tácita de humildade por parte do convidado.

Porém, entre quatro paredes, a mijadra não é um prato secundário, mas sim, o prato principal e alimento habitual para a maioria da população árabe.

História e etiquetas à parte, vamos, então, à receita, porque estamos aqui para saborear um delicioso prato e não para conversar! Ah, sim, como sempre, existem várias formas de preparo e com algumas variações de ingredientes e no preparo. Aqui, uma receita fácil de preparar, com ingredientes simples.

Mijadra

Ingredientes

6 cebolas grandes fatiadas bem fininho
1/2 colher (sopa) óleo
1/2 colher (sopa) azeite
1 xícara de arroz
1 xícara de lentilhas
sal a gosto
3 xícaras de água fervente

Modo de preparo

Lave bem o arroz e escorra. As lentilhas devem ser lavadas e ficar de molho por uma ou duas horas com em água misturada com 1 colher de sopa de fermento biológico em pó. Isto deixará as lentilhas bem macias. Depois, escorrra e lave bem.

Refogue a cebola no azeite e óleo em fogo médio até ficarem douradas. Mexa de vez em quando para evitar que queimem. Quando estiverem douradas, tempere com sal e reserve metade para decorar. Na outra metade, refogue o arroz na frigideira por 2 minutos e junte a lentilha. Passe tudo para uma panela e cubra com a água fervendo. Coloque sal, tomando cuidado para não exceder na quantidade.

Deixe cozinhar em fogo médio com a panela tampada. Se a água secar e o arroz e lentilha ainda não estiverem cozidos, acrescente mais 1/2 xícara de água fervendo. Quando estiver pronto, decore com a outra metade das cebolas e sirva em seguida com salada árabe.

Salada árabeSalada árabe

Ingredientes

2 pepinos
1 maço de hortelã
1 copo de coalhada fresca
sal a gosto
azeite a gosto

Modo de preparo

Descasque os pepinos deixando 3 tiras finas da casca e fatie em rodelas. Arrume em uma travessa e tempere com sal e azeite. Triture o maço de hortelã com a faca e salpique por cima das fatias de pepino metade da hortelã, despeje a coalhada por cima das fatias de pepino, salpique o restante da hortelã e sirva.

By Joe.

%d blogueiros gostam disto: