Arquivo para Churrasco

O mal da rotina

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O mal da rotina

Seu Jorge já cantarolava, abençoado por uma melodia de Chico Buarque: “Todo dia ela faz tudo sempre igual/ me sacode às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ e me beija com a boca de hortelã”. Ambos os amantes não pareciam incomodados com a rotina que o casal compartilhava, e a composição não deixa transparecer qualquer desconforto com o cotidiano previsível. Mas e se ela o acordasse um pouco antes para cobrir-lhe de beijos com gosto de… maçã? Se não sorrisse ao acordá-lo, mas o pegasse desprevenido com cócegas que o fizesse perder o ar de tanto rir? E se ele faltasse ao trabalho, um dia que seja, para brindar a vida na companhia da amada?

Gostar de rotina não é algo ruim. Precisamos dela para nortear nossas vidas, dar linearidade ao nosso cotidiano, nos tirando do caos e auxiliando-nos a dar foco às metas. A rotina é a nossa cura da ressaca, nosso mais do mesmo que precisa existir, nossa obediência às regras, nossa submissão ao tempo, nossa dose de normalidade diária.

Sair da rotina, do óbvio, é um tanto doloroso para algumas pessoas. Arriscar-se numa atividade nova, atrasar-se mais que cinco minutos, um feriado no meio da semana (acredite: há quem não goste nem um pouco de feriado que tire da mesmice de uma semana de trabalho) nem sempre é fácil de encarar. Ainda mais pra quem trabalha com o método da agenda: acordar às seis, ler as notícias acompanhado de uma xícara de café – nem muito quente, nem frio, nem morno: acertar o ponto todas as vezes é crucial e rotineiro, por assim dizer – tomar um banho rápido, vestir-se e chegar no trabalho às oito. Nem sete e cinquenta e dois, nem sete e cinquenta e nove, muito menos oito e um. Oito. Trabalhar incessantemente, voltar pra casa (pelo mesmo caminho de sempre), assistir qualquer porcaria na televisão, dormir. Fim de semana é almoçar na mãe, ir ao cinema, voltar antes que escureça, dormir.

Pessoas assim não se permitem experimentar algo novo e ousado, por mais simples que seja. Por mais que a mídia tenha explorado e criticado positivamente aquela peça que está em cartaz todas as quartas, não é digno se dar ao luxo de fazer um programa cultural em plena quarta-feira. Amanhã é quinta, dia de labutar. Às oito em ponto.

Por mais que delivery de pizza seja prático, rápido e barato, não custa nada explorar os demais restaurantes da cidade, levar a garota ou o garoto para degustar sushi, comida chinesa, tailandesa, ou churrasco gaúcho, que seja. Algo que não venha engordurado dentro de uma caixa de papelão.

Há quem não goste de acampar na praia, mas que nunca sequer dormiu dentro de uma barraca e protege-se dos pés à cabeça do sol, da areia e da água salgada que resseca e quebra o cabelo. Tem gente que detesta balada, porque sempre frequentou a mesma casa noturna, que conta sempre com a presença dos mesmos DJ’s, sempre com as mesmas pessoas.

Há quem não goste de beber, mas que nunca bebeu, que não goste de redes sociais e que sempre conservou a velha conta de e-mail no BOL, que não goste de chuva, mas que nunca sentiu a deliciosa sensação da água refrescando o corpo num dia de calor infernal, que não gosta de música brasileira, mas que nunca se arriscou a ouvir os mestres da MPB – e que, inclusive, critica ferozmente o nosso funk, mas que dança de forma frenética ao som do pop e do hip hop americano que faz apologia às drogas e ao sexo, com letras tão “proibidonas” quanto as do ritmo carioca.

De que vale a vida, penso eu, se não arriscarmos, nos entregarmos ao novo? Ter o coração partido e se fechar para um novo amor; permanecer num emprego que te causa infelicidade, mas que garante estabilidade; dormir cedo sempre; nunca se atrasar; ir ao mesmo cinema; frequentar as mesmas praias; estranhar novas amizades… que perda de tempo!

Durante muito tempo fui um pouco assim, e confesso que ainda sou paranóica com horários e rotina, mas estou tentando mudar. Reconhecer que a minha bolha é limitada e que a zona de conforto não nos oferece nada mais que conforto é o primeiro passo.

Toda revolução sofre um pouco de resistência no ínicio – mesmo que a revolução seja mudar de cafeteria ou de marca de sabão em pó – mas pequenas ações podem resultar em mudanças positivas na nossa vida.

Se o café está bem quente, eu acho bom. Se está morno, me incomodo um pouco, mas engulo feliz. Se tem suco, agradeço: mais um dia sem cafeína. Viver metodicamente é não viver, ou viver pela metade.

Você por acaso sabe se existe vida após esta aqui? Melhor não desperdiçar. Hortelã pode ser bom, mas há uma infinidade de sabores por aí.

By Jennifer Severo.

Aprenda a gostar de você

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Aprenda a gostar de você

Aprenda a gostar de você, a cuidar e você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você…

A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando. A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar. Mas uma coisa parece estar sempre presente: a busca pela felicidade com o amor da sua vida.

Desde pequenas ficamos nos perguntando “quando será que vai chegar”? E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida “será que é ele”? Como diz o meu pai, “nessa idade tudo é definitivo”… ou pelo menos a gente achava que era!

Cada namorado era o novo homem da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e de repente… PLAFT! Como num passe de mágica, ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito “do próximo”.

Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses. Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva. Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue “Imagem & Ação” e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não têm o mesmo valor que tinha antes. A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta… e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira. Sem falar na diversidade que vai do Forró ao Beatles.

Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som. Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas: é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Texto atribuído a Mário Quintana.

Picanha parrilla

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 13/12/2014 by Joe

Picanha parrilla

Em primeiro lugar, um aviso: se você é vegetariano clique aqui!

Agora, sim, vamos falar de churrasco!

Não se sabe exatamente a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia. Com o tempo, as técnicas foram aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis.

Na América do Sul, a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico.

A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante que é utilizado como complemento alimentar do gado.

A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo, a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar.

O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvida alguma, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos gaúchos, expressão que virou nome do cidadão nascido no estado do Rio Grande do Sul.

Dizem que a palavra churrasco não nasceu nessas paragens, sendo muito mais antiga, anterior à presença dos romanos na Península Ibérica, e que nos chegou vinda de “sukarra” (chamas de fogo, incêndio), formada por “su” (fogo) e “karra” (chama).

Este vocábulo apareceu primeiramente em castelhano sob a forma “socarrar” e ao longo dos séculos derivaram-se diversas variantes dialetais na Espanha. Na Argentina e no Uruguai o churrasco típico é chamado “asado“, e é o prato nacional de ambos os países. Tradicionalmente é feito na grelha com uso de lenha, mas também se usa carvão pela praticidade.

Os gaúchos alimentavam-se sobretudo de churrasco no pão, que está na origem do asado rio-platense. Na Argentina, o asado tradicional dos Pampas estendeu-se a toda a população, e hoje, devido à qualidade e ao preço baixo, é consumido por todas as classes sociais. É até comum ver operários preparando o prato na rua na hora do almoço.

No Brasil, churrasco se refere a toda carne assada na churrasqueira ou no estilo fogo de chão, quase sempre em grandes espetos na região sul, e grelha nas outras regiões. O tempero varia conforme o gosto e o costume local, podendo ser simplesmente sal grosso ou refinado, até as mais elaboradas fórmulas. De longe, a carne preferida é a bovina, mas também são muito apreciadas as carnes de origem suína, ovina, de aves, além de embutidos, como a linguiça.

Não vou dar aqui nenhuma fórmula para um churrasco perfeito, pois sei que todo mundo tem a sua. Por outro lado, vou sugerir um prato delicioso e muito fácil de preparar no fogão mesmo, de forma muito rápida. A picanha parrilla é um prato cuja origem pode ser atribuída aos uruguaios. Deve ser preparada com a carne cortada em pedaços altos e preparada com muito carinho!

Antes de começar, porém, algumas dicas importantes:

Picanha1. Uma boa peça de picanha deve ter em torno de 1,2 kg até 1,5 kg, no máximo.

2. Ao preparar a carne, jamais esprema com o garfo.

3. Também não fure a carne achando que, com isso, o tempero vai entrar na carne.

Isso posto, vamos à receita!!

Picanha parrilla

Ingredientes

1 peça de 1,2 kg de picanha
300 ml de vinho tinto de mesa
1 colher sopa de cominho
1 maço de tomilho fresco
3 dentes de alho
1/2 colher sopa de pimenta do reino em grãos
2 colheres sopa de sal grosso
3 colheres sopa de azeite extra-virgem

Modo de preparo

Soque o alho, as folhinhas de tomilho, o cominho e o sal em um socador até obter uma pasta. Corte a picanha em bifes de, mais ou menos, dois dedos de altura e esfregue o tempero em pasta nos dois lados da carne. Coloque-os dentro de um saco plástico limpo. Adicione a pimenta em grãos e o vinho, retire todo o ar do saco plástico, dando um nó, e deixe marinar por, pelo menos, de 4 a 6 horas.

Aqueça o azeite numa frigideira grossa e larga até ficar bem quente. Disponha os bifes nela, com alguma folga entre eles. Assim que fritarem por fora (deixe “selar” a carne), vire-os, doure mais um pouco e abaixe o fogo. Isso deve conservar a carne macia e suculenta por dentro.

Mais alguns minutos até a carne chegar ao ponto que você gosta e pronto. Retire da frigideira, deixe os bifes descansarem no prato por alguns poucos minutinhos e sirva com salada verde e batatas assadas com ervas. E depois não esqueçam de comentar o que acharam da receita, ok?

Bom apetite!

By Joemir Rosa.

Pão de alho

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/01/2014 by Joe

Pão de alho

Um dos melhores acompanhamentos para um bom churrasco é o famoso pão de alho. Não me perguntem a origem ou a história dessa delícia porque não encontrei e também não faz diferença.

Uma rápida consulta aos churrasqueiros de plantão nos mostra que existem diversas receitas para o preparo do pão de alho e até aqueles encontrados em supermercados e açougues modernos.

Mas tem coisas que são gostosas de se preparar em casa, com ingredientes conhecidos, de qualidade e a um custo bem menor. Este é o caso da receita de hoje: o delicioso pão de alho, que pode ser assado no forno ou sobre a grelha da churrasqueira!

Espero que gostem! Se alguém tiver receitas diferentes, com outros ingredientes e formas de preparo, por favor, deixe nos comentários!

Pão de alho

Ingredientes

1 copo de requeijão cremoso de boa qualidade
1 xícara (chá) de mussarela ralada fina
4 colheres (sopa) de pasta de alho sem sal
sal a gosto
salsinha a gosto
pimenta do reino a gosto
4 pãezinhos para hot-dog

Modo de preparo

Em uma vasilha, junte o requeijão, a pasta de alho (encontrada nos supermercados), a mussarela ralada, a pimenta do reino, o sal e a salsinha. Misture tudo muito bem para que que fique um creme homogêneo.

Corte os pãezinhos para hot-dog em fatias, tomando o cuidado para não cortar até o final. Espalhe o creme preparado entre as fatias e também na parte de cima do pãozinho.

Leve os pãezinhos recheados para uma assadeira e ao forno médio por, mais ou menos, 5 minutos. Fique atento para não deixar torrar!

Sirva como acompanhamento de churrascos!

By Joemir Rosa.

Picanha ao molho de mostarda

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/05/2013 by Joe

Picanha ao molho de mostarda

A picanha é um tipo de corte de carne bovina tipicamente brasileira. A origem do nome “picanha” vem de uma vara comprida utilizada pelos boiadeiros do Rio Grande do Sul e Mato Grosso para tocar o gado. Esta vara, chamada picaña (em espanhol), possuía um ferrão na ponta e servia para picar o gado na parte posterior da sua região lombar.

Com o passar do tempo esta região do animal passou a ser chamada picaña e posteriormente picanha. Recentemente, o aumento da variedade de cortes de carnes suínas originado de ações promovidas pelos suinocultores, fez surgir um novo corte para os apreciadores deste tipo de carne, que recebeu o nome de picanha suína.

Quando assada no espeto, a picanha é temperada com sal grosso, levada ao braseiro até que esteja dourada e servida em lascas cortadas de forma a “descascar” a peça ainda no espeto. Em seguida, retorna ao braseiro para chegar ao ponto de novamente ser cortada e servida.

Algumas pessoas, porém, acreditam que a peça não deve ser perfurada, pois o suco da carne tende a escapar pelo furo feito pelo espeto.

Na grelha, a picanha deve ser cortada em bifes grossos, temperados com sal grosso e dourados em ambos os lados, por, mais ou menos, 5 ou 10 minutos, até que fique com aquela aparência crocante. Em seguida, faz-se novos cortes em cada posta, desta vez na transversal.

Outro modo de preparo é em bifes de aproximadamente 2 cm. Coloca-se sal grosso 10 minutos antes de ir a grelha. Tira-se o excesso de sal e doura-se dos dois lados até o ponto desejado.

A receita de hoje, porém, foge do tradicional modo churrasco de preparar e leva esse delicioso corte ao fogão, temperado com um delicioso molho de mostarda! Ótimo para estes dias frios e chuvosos!

Picanha ao molho de mostarda

Ingredientes

1 kg de picanha
1 cebola grande picada
3/4 de xícara de mostarda marrom de boa qualidade
1/2 xíc. de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de alho picado
2 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de sementes de mostarda
2 colheres (sopa) de salsinha desidratada
1 folha grande de louro esmigalhada
1/2 colher (chá) de cominho
sal a gosto
pimenta-do-reino preta em pó a gosto
1/2 xícara de creme de leite (ou iogurte natural)

Modo de preparo

Corte a picanha em bifes de mais ou menos 2 cm de largura. Misture muito bem todos os ingredientes, exceto o creme de leite. Envolva toda a carne nesse tempero e deixe marinar por pelo menos 1 hora. O ideal é preparar de um dia para o outro e deixar a carne temperada na geladeira. Assim a carne fica mais macia e com mais sabor.

Em uma frigideira antiaderente grande, coloque os bifes junto com a marinada e deixe cozinhar em fogo bem baixo e sem tampa. A carne vai soltar água. Vire os bifes e deixe cozinhar do outro lado.

Quando a carne estiver cozida, aumente o fogo bem para alto doure um pouco os bifes dos dois lados. Neste processo, a cebola vai dar uma fritada também.

Desligue o fogo, junte o creme de leite e misture tudo muito bem.

Sirva com salada verde e/ou arroz.

By Joemir Rosa.

Maminha assada com creme de cebola

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 27/04/2013 by Joe

Maminha assada com creme de cebola

Já contamos aqui, em posts passados, que a origem do churrasco ocorreu a partir do domínio do fogo pelo homem, na pré-história, quando percebeu que a carne da caça ficava mais macia e mais saborosa a partir do seu cozimento.

O tempo foi passando e as técnicas foram sendo apuradas, o homem começou a criar seu próprio gado para consumo e troca por outros produtos e bens de consumo.

Foi nos pampas gaúchos que surgiram as primeiras grandes criações de gado, pela extensa pastagem natural que compreende parte do estado do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai.

E, com isso, o churrasco foi se consolidando como uma forma de alimentação prática, saborosa e muito rápida de preparar: bastava uma estaca de madeira, uma boa faca bem afiada, sal grosso (ingrediente abundante por se tratar de complemento alimentar do gado) e fogo!

A partir dali o costume se espalhou por todas as regiões e se tornou um prato nacional, variando as formas de preparo, os temperos, os acompanhamentos e muita discussão sobre a utilização de lenha ou carvão, sal grosso ou refinado, espeto ou grelha, carne de gado, suino ou aves, etc.

Como não existe fórmula certa, o correto é afirmar que cada um deve preparar segundo seu gosto, as tradições de sua região!

O prato que trago hoje é uma variação na forma de preparo da carne, desta vez não diretamente no fogo, mas assada no forno e regada com um delicioso creme de cebolas! Para variar, muito fácil de preparar e saborosíssima!!!

Maminha assada com creme de cebola

Ingredientes

1,5 kg de maminha em um pedaço
6 dentes de alho picados
sal e pimenta do reino a gosto
1 xícara (chá) de caldo de carne

Molho

2 cebolas grandes picadas
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sobremesa) de farinha de trigo
1 colher (café) de sal
1 colher (café) de pimenta-do-reino moída na hora
lata de creme de leite

Modo de preparo

Tempere a carne com o alho, o sal, a pimenta e o caldo de carne. Cubra com papel-alumínio e deixe na geladeira por 1 hora.

Depois desse tempo, retire da geladeira e, ainda coberta, asse no forno pré-aquecido a 200 °C durante 1 hora e 30 minutos, regando de vez em quando com a marinada. Retire o papel-alumínio e deixe dourar.

Prepare o molho, passando a cebola no processador ou, se preferir, no liquidificador. Em uma panela, derreta a manteiga, junte a cebola e polvilhe a farinha de trigo. Refogue até dourar. Tempere com o sal e a pimenta, misture bem e adicione o creme de leite, cozinhando em fogo brando até engrossar.

Na hora de servir, fatie a carne e sirva com o molho por cima.

By Joemir Rosa.

Tomates Verdes Fritos

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 10/11/2012 by Joe

Tomates Verdes Fritos é um filme sensível, retratado sem exageros, mas com determinação, abordando questões como a discriminação racial, a violência doméstica, a liberdade, a terceira idade, e a recuperação da autoestima.

Evelyn Couch é uma dona de casa reprimida, que afoga suas mágoas comendo doces. Ed, o marido dela, quase não nota a existência de Evelyn. Toda semana, eles vão visitar uma tia em um hospital. Em uma dessas visitas, Evelyn conhece Ninny Threadgoode, uma senhora que ama contar histórias de duas jovens, Idgie e Ruth, que provocam a ira dos menos tolerantes, mas que fazem um tomate verde frito que é reconhecido como uma iguaria por todos. Inspirada pelas histórias, Evelyn resolve mudar algumas coisas em sua vida.

Tomates verdes fritos, uma receita extremamente simples, mas de dar água na boca, eram servidos a quem frequentava o Café dirigido por Idgie e Ruth, cujo churrasco se classificava como o melhor das redondezas.

Apesar do titulo, a gastronomia apenas atua como coadjuvante, mas aos apaixonados por esta arte não passarão desapercebidas as cenas onde a câmera se fixa nos pratos das refeições que Evelyn prepara para o seu marido, ou nos ingredientes da cozinha do Café, inclusive quando estes são usados fora do contexto da sua finalidade, e viram instrumento de uma brincadeira entre Ruth e Idgie, a sua aparência se exalta e desperta o paladar.

Na época em que o filme estreou no Brasil, o prato despertou a curiosidade por aqui e várias receitas surgiram. A que publico no post de hoje é uma que mais se adapta ao nosso paladar, muito fácil e rápida de se preparar!

Espero que gostem!

Ah, sim …. assistam o filme! Vale muito a pena!!!

Tomates verdes fritos

Ingredientes

30 g de bacon em fatias
1/3 xícara de óleo
1/2 xícara de fubá
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1/2 colher (chá) de pimenta-do-reino
1/2 colher (chá) de sal
4 tomates verdes médios, cortados em rodelas de 0,5 cm de espessura

Modo de preparo

Frite o bacon, em uma frigideira, em fogo médio, até que fique bem crocante. Retire, escorra em papel-toalha, deixe esfriar e esmigalhe. Acrescente o óleo à gordura que ficou na frigideira e reserve.

Em um prato grande, misture bem o fubá, o queijo parmesão ralado, o sal e a pimenta. Corte os tomates verdes em rodelas de, mais ou menos, 0,5 cm de espessura. Aqueça a frigideira com o óleo, em fogo médio. Passe as rodelas de tomate na mistura de fubá, pressionando bem.

Frite metade das rodelas por um minuto de cada lado ou até ficarem douradas e crocantes. Retire com uma escumadeira e coloque em um prato coberto com papel-toalha. Frite o restante do tomate e também deixe escorrer no papel. Transfira para uma travessa e polvilhe com o bacon esmigalhado. Sirva imediatamente.

By Joemir Rosa.

Coma os morangos

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 12/04/2012 by Joe

Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às raízes de uma árvore. Em cima do barranco havia um urso imenso querendo devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engolí-lo quando caísse, estavam nada mais, nada menos do que seis onças tremendamente famintas.

Ele erguia a cabeça, olhava para cima e via o urso rosnando. Abaixava depressa a cabeça, para não perdê-la na sua boca. Quando o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas aos seus pés. As onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo.

Em determinado momento, ele olhou para o lado esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas pela mão direita e, com a esquerda, pegou o morango. Quando pode olhá-lo melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango a boca e se deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele morango tão gostoso.

Talvez você me pergunte:

– “Mas, e o urso?”

– “Dane-se o urso e coma os morangos!”

– “E as onças?”

– “Azar das onças, coma os morangos!”

Às vezes, você está em sua casa no final de semana com sua família, seus filhos e amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa lhe diz:

– “Meu bem, relaxe e aproveite o domingo!”

E você, chateado, responde:

– “Como posso curtir o domingo se amanhã vai ter um monte de ursos querendo me pegar na empresa?”

Relaxe e viva um dia por vez. Coma o morango.

Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro. Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças arrancar nossos pés. Isso faz parte da vida, é importante saber comer os morangos, sempre. A gente não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças.

Você pode argumentar:

– “Mas eu tenho muitos problemas para resolver”.

Problemas não impedem ninguém de ser feliz. O fato de seu chefe ser um chato não é motivo para você deixar de gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual não os impede de tomar sorvete juntos. O fato do seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um passeio pelo campo.

Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra oportunidade para experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos. Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida. Mas o importante é saber aproveitar o morango, porque o urso e a onça não dá para aproveitar. Coma o morango quando ele aparecer. Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora.

O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos. As pessoas vêem o sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na frente do burro que nunca a alcança.

As pessoas visualizam metas e, quando as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade. Então, continuam avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes.

Elas esquecem que a felicidade é construída todos os dias. A felicidade não é algo que você vai conquistar fora de você. A felicidade é algo que vive dentro de você, do seu coração. A felicidade é a oportunidade que você cria para ser o artista de sua autocriação.

Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a maioria das pessoas.

É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias, fico estressado, as pessoas às vezes me traem, mas eu procuro comer os morangos da vida.

By Roberto Shinyashiki.

Medalhões de filet mignon ao molho de Catupiry

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 24/03/2012 by Joe

Carne é um tipo de alimento que pode ser servido de diversas maneiras. Desde o popular churrasco até sob a forma de pratos sofisticados e saborosos. Qualquer que seja a forma de preparo sempre fica muito gostosa e nutritiva.

Hoje eu vou sugerir uma receita de medalhões de filé mignon ao molho de Catupiry, esse requeijão delicioso que tem sabor de infância! A receita é bem simples e fácil de preparar. Caso prefira outro corte de carne, experimente preparar com filés de maminha, uma carne saborosa e que também combina muito bem com este molho.

Para quem é de fora e não conhece, a história da empresa e do Requeijão Catupiry começou nas mãos do imigrante italiano Mário Silvestrini, em 1911, no estado de Minas Gerais, onde também começou o processo industrial do produto. Em 1949, ele passou a ser produzido em São Paulo, onde está atualmente a sua matriz.

Era consumido puro, com pães, torradas e sobremesa. Por ser um produto versátil, logo despertou a criatividade das donas de casa e chefs brasileiros, gerando uma infinidade de receitas culinárias. Invadiu a tradição italiana no Brasil e deu origem à famosa Pizza de Catupiry.

Por ter baixo teor de acidez, o Requeijão Catupiry se tornou um ingrediente indispensável para inúmeros pratos como: massas, peixes, aves. Dessa maneira, surgiu a expressão “ao Catupiry” nos grandes restaurantes. Da cozinha doméstica à cozinha profissional e industrial foi um pulo. A empresa concedeu, para alguns fabricantes de congelados e pizzas o direito de imprimir a logomarca da Catupiry nos rótulos das embalagens, como garantia de qualidade.

E essa história está longe do seu fim. O Requeijão Catupiry, sempre pioneiro no seu segmento, atravessou fronteiras e chegou a outros países com a sua tradição de qualidade e excelência. Afinal, o nome Catupiry tem sua origem na língua Tupi, significando “excelente”!

Medalhões de filet mignon ao molho de Catupiry

Ingredientes

6 medalhões de filet mignon
sal e pimenta do reino a gosto
manteiga ou margarina
Catupiry (410 gr)
¼ de xícara (chá) de leite
1 colher (sobremesa) rasa de curry
pimenta rosa para decorar

Modo de preparo

Tempere os medalhões com sal e pimenta do reino. Numa frigideira untada com a manteiga ou margarina, frite-os até que fiquem dourarados de todos os lados. Reserve-os em um refratário.

Em uma panela, despeje o leite e acrescente o Catupiry. Derreta-o em fogo baixo mexendo sempre e lentamente. Acrescente o curry e misture até homogenizar.

Regue os medalhões com o molho e decore com a pimenta rosa. Sirva imediatamente com arroz e salada verde.

Este molho é bastante versátil e poderá ser usado sobre peixes e frangos grelhados.

By Joemir Rosa.

Sim ou Não?

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/08/2011 by Joe

O Aquiles trabalhava dentro de uma de nossas fábricas no Rio Grande do Sul. Um dia recebi a indicação de que ele poderia ser útil em nossa área de marketing, pois tinha um perfil de “fazer acontecer” que nós precisávamos.

Convidei-o. Eu não sabia, mas ele era um grande baterista. E vivia treinando para se aperfeiçoar.

Um dia, já transferido para São Paulo, durante um churrasco, veio falar comigo. Estava agoniado pois havia recebido um convite para ser o baterista da banda da turnê de Paul D´Iano, ex-vocalista do Iron Maiden, pela Europa. Mais de 30 dias.

O Aquiles era bom! Mas sua agonia tinha razão de ser. Ele estaria arriscando seu emprego estável pela loucura de uma turnê com gente estranha, por lugares estranhos.

Minha resposta foi direta:

– Se você resolver não ir, vai passar o resto da vida perguntando o que teria acontecido se tivesse ido. E eu acho que não vale a pena viver com essa dúvida. Portanto, vá!

O Aquiles ficou um tanto atônito, mas acertamos tudo para que ele fosse.

No fim, a tal turnê não deu certo, mas o Aquiles decidiu entrar de cabeça na aventura e ser baterista de alguma banda.

Tempos depois pediu demissão e partiu para seguir sua vida.

Essa história é interessante na medida em que coloca em evidência a questão de nossas decisões. Quantas vezes dizemos SIM, quantas dizemos NÃO? Experimente fazer esse exercício diário e talvez você se assuste.

Vai perceber que a grande maioria de suas decisões é baseada no NÃO. Até inconscientemente você decide pelo caminho mais seguro, de menor risco, mais confortável. E assim vai levando.

Pode não estar no melhor dos mundos, completamente satisfeito, mas está familiarizado com a situação, que lhe é confortável. O NÃO ajuda a manter as coisas do jeito que estão.

Já o SIM …

Pode significar o mergulho numa aventura arriscada. Pode significar a quebra de uma situação de conforto.

Pode significar um novo amor. Um novo chefe. Um novo desafio. E, normalmente, diante de um SIM está um futuro incerto.

Eu fiz esse exercício, tentando encontrar os NÃOs dos quais me orgulho. Penei para achar algum, se é que achei. Mas dos SIMs, lembrei rapidamente.

SIM, resolvi sair de casa aos 19 anos, para enfrentar a cidade grande. Sozinho.

SIM, decidi estudar comunicação em São Paulo, mesmo com o conforto, a garantia do pai e o curso de Engenharia Elétrica lá em Bauru.

SIM, decidi, ao me formar, abrir meu negócio próprio.

SIM, decidi arranjar um emprego formal quando resolvi me casar, mesmo que fora da minha área de atuação.

SIM, decidi vender tudo que eu tinha e morar de favor na casa de um amigo, para conseguir comprar uma casa.

SIM, decidi falar, escrever e publicar, correndo os riscos da exposição.

SIM, decidi ir pro Everest.

Tenho milhares de SIMs dos quais me orgulho. Todos implicaram em ações de risco. Todos me colocaram em situações desconfortáveis. Todos fizeram uma grande diferença em minha vida.

E descobri que sou movido à inspiração, a desafios. Sou movido pelo ímpeto de dizer “SIM, vamos arriscar!”

Mas conheço centenas de pessoas movidas pelo NÃO. Pobres coitados…

Chamam de segurança o que é insegurança. Chamam de prudência o que é medo. Chamam de conforto o que é submissão…

Ah, sim … e o Aquiles?

Ah, o Aquiles tornou-se baterista do Angra, uma das mais importantes bandas de Metal Melódico do Brasil. Realizado, fez turnês pelo mundo afora, teve legiões de fãs e acabou sendo eleito o melhor baterista do Brasil. Entre os melhores do mundo.

Seu segredo?

Ele escolheu o SIM.

E você? Por que NÃO?

By Luciano Pires, formado em Comunicação Social, diretor de Comunicação Corporativa da Dana, cartunista premiado duas vezes no Salão de Humor de Piracicaba, colaborador de várias revistas, jornais e sites, conferencista e escritor.

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