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Apple pie

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 09/08/2014 by Joe

Apple pie 1

Não existe nada mais americano que uma boa torta de maçã! Existe até uma expressão muito comum, em inglês, que exprime essa ideia: “As american as an apple pie!” A famosa torta de maçã é uma tradição nos EUA, principalmente no Dia de Ações de Graça (Thanksgiving Day)!

Porém, esse prato tão típico, nasceu um tanto longe das terras americanas. Sua origem vem da Inglaterra, antes mesmo dos primeiros imigrantes levarem para a América. Posteriormente, os EUA se tornaram um dos mais importantes produtores de maçãs do mundo. Junte-se a isso, um herói do povo cuja história se misturou com o folclore e tudo contribuiu para que a torta se tornasse tão popular!

A lenda de Johnny Appleseed tornou a torta de maçã um prato tradicional americano; ela dizia que, enquanto ele andava descalço sobre a terra, jogava sementes de maçã pelo chão, por onde quer que passasse. Ele usava uma panela como chapéu e era um vegetariano que vivia de leite desnatado talhado e pólen. O certo é que, começando com mais de 25 anos de idade e até a sua morte aos 71 anos, em 1845, o excêntrico herói do povo viajou milhares de milhas do interior da Pennsylvania até Indiana plantando árvores de maçã e iniciando viveiros para macieiras!

Hoje, a torta de maçã ganhou o mundo e é muito apreciada também no sul do Brasil, principalmente na pequena e gelada São Joaquim, considerada a capital nacional da maçã!

Trago hoje essa receita tão saborosa e famosa! Espero que curtam!

Apple pie

Ingredientes

Para a massa

2½ xícaras de farinha de trigo
1 colher de chá de sal
1 colher de chá de açúcar
1 tablete (200gr) de manteiga sem sal, gelada e cortada em pedaços
1/4 a 1/2 xícara de água gelada

Para o recheio

1/4 de xícara de farinha de trigo
suco de 1 limão siciliano
1,5 kg de maçãs (sugestão: mescle 3 tipos diferentes: verde, gala e fuji)
1 xícara de açúcar
1 colher de chá de canela em pó
1/2 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de manteiga sem sal, cortada em pedaços pequenos

Modo de preparo

A massa

Em um processador de alimentos, junte a farinha, o sal, e o açúcar; pulse para misturar os ingredientes. Adicione a manteiga e pulse até que a mistura pareça uma farofa grossa, com pedaços de manteiga do tamanho de uma ervilha. Borrife 1/4 de xícara de água gelada e pulse até que a massa esteja ainda como uma farofa, mas que ela grude quando pressionada com os dedos. Se necessário coloque mais água gelada, aos poucos, 1 colher por vez. Evite trabalhar a massa em excesso.

Divida a massa ao meio, fazendo 2 discos. Cubra com filme plástico e deixe na geladeira por pelo menos 1 hora.

O recheio

Coloque o suco do limão em uma tigela grande. Descasque e corte as maças em fatias e, na medida que for cortando, coloque junto do suco de limão. Adicione o açúcar, a farinha, a canela, o sal e a manteiga em pedaços; mexa bem para misturar todos os ingredientes.

Montagem

Apple pie 5Pré aqueça o forno em 220º C. Abra o primeiro disco de massa em uma superfície polvilhada com farinha de trigo e transfira a massa para uma forma de torta de aproximadamente 23 cm. Deixe sobrar um pouco para fora. Adicione o recheio.

Abra o segundo disco de massa e coloque por cima. Para selar os dois discos de massa, pressione a borda com os dedos. Faça alguns furos pequenos na massa.

Coloque no forno por 20 minutos. Depois baixe para 180º C e asse por mais uns 30 minutos, aproximadamente. Fique de olho: se a massa começar a escurecer demais, coloque um papel alumínio por cima.

Quando a massa estiver assada, tire do forno e deixe a torta esfriar completamente. O ideal é aguardar, no mínimo, umas 6 horas para servir.

Sirva quentinha com sorvete de creme ou creme de leite fresco batido com açúcar.

By Joemir Rosa.

Coragem de não se acostumar

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/05/2013 by Joe

Coragem para não se acostumar

A alegria pode deprimir. Não é exagero. A alegria deprime mais do que o sofrimento. A pessoa adquiriu a casa, formou a família, os filhos crescem com saúde, tem um carro na garagem, um trabalho proveitoso, está casada com quem gostaria e, no final da noite, um vazio volta a atormentar.

A noite vem tão rápido que ela pensa que é um chapéu. Nada está errado e isso incomoda terrivelmente. O que reclamar? Quem culpar?

Chegou até o topo e falta expectativa e vontade para descer. A dor torna-se somente uma preguiça de se levantar. É semelhante à depressão pós-parto. Uma ânsia de destruir as conquistas para reiniciar. O receio de não suportar o pique do entusiasmo, de não valorizar o que foi feito, de não ser merecedora do espaço. Uma desvalia que aparece no mais profundo orgulho.

Depois de uma alegria intensa, de cumprir os desejos, uma coceira nos olhos enterra os olhos: e agora, o que vou fazer? Não há nenhum motivo óbvio para se lutar com garra. Não há dívidas e problemas para se preocupar. Não há um obstáculo, uma doença, uma teimosia, uma conspiração, um ódio. Não há motivo para falar mal de si e dos outros. Nada que seja levado a sério e que imponha uma força extra. A alegria passa a ser previsível, equilíbrio, rotina. Os horários estão ajustados: a musculação de manhã, o inglês de noite, o cinema semanalmente, os jantares e alguma coisa diz que ainda não está bom porque está bom demais.

O tédio prospera com quem conseguiu tudo e com quem nada conseguiu. A precariedade e o fastio são parentes. O tédio é democrático. Enfrenta-se o terror de que, depois de uma alegria forte, teremos alegrias menores, risos de meia boca.

O dia seguinte de um grande amor é uma tristeza só. Um abandono. Depois das alturas, rastejar entre a cama e a cozinha. Raros confessam, porém a cabeça fica nas nuvens, desligada, não sobrando chance de repetir um enlace igual. É insuportável cogitar que acabamos de viver o máximo da existência e ainda assim continuar vivendo para cumprir tabela. Não, ninguém gosta de jogar amistoso, sem o risco de perder feio ou ganhar apertado…

Felicidade é não se acostumar com ela. Entende-se o motivo de muitos que jogam fora a felicidade em uma briga ridícula e depois se arrependem. Jogam fora porque são vítimas da alegria, não da tristeza. Querem cobrar o que veio de graça.

By Fabrício Carpinejar.

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