Arquivo para Ceticismo

Amor virtual

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Amor virtual

Acredito em amor virtual. Não adianta se valer do ceticismo da carne e dizer que a distância engana, que as pessoas não se conhecem, que pode haver desfeita e desilusão.

Acredito em amor virtual. Pois nada é mais expansivo e verdadeiro do que se conhecer pela linguagem. Nada é mais íntimo e pessoal do que se doar pela linguagem.

Não serei convencido da frieza do relacionamento na web, da articulação de fachadas e pseudônimos, da ironia e dos subterfúgios denunciados nos chats. O que acontece na internet reproduz a vida com seus defeitos e virtudes, não se pode exagerar na desconfiança. O amor virtual é tão real quanto o sangue. Não preciso enxergar o sangue para verificar se ele corre. O amor virtual trabalha com a expectativa e a ansiedade. Como um teatro que se faz de improviso, com a ardência de ser aceito aos poucos, sem o temor e os avisos em falso do rosto.

Na correspondência há a esperança de ser amado e de entreter as dores. A esperança aceita tudo, transforma todo troco em investimento. Um gesto de redobrada atenção, uma resposta alentada, uma frase diferente, um cuidado excessivo, a cordialidade do eco… e o amor se instala!

Não há o julgamento pelas aparências (que se assemelha a uma execução sumária), mas o julgamento em função do que se imagina ser, do que se deseja, do que se acredita. São raros os momentos em que se pode fechar os olhos para adivinhar. Adivinhar é delicioso – é se dedicar com intensidade às impressões mais do que aos fatos.

Alguns dirão que é alienação permanecer horas e horas teclando ou conversando diante de uma câmera e do computador. Mas é envolvimento, amizade, compromisso. É pressentir o cheiro, formigar os ouvidos, seduzir devagar. Não conheço paixão que não ofereça mais do que foi pedido.

Quem reclamava da ausência de preliminares deve comemorar o amor virtual? Nunca se teve tanta preliminar nas relações, rodeios, educação. Fica-se excitado por falar. Devolve-se à fala seu poder encantatório de persuadir. Afora o espaço democrático: um conversa e o outro responde. Findou o temporal de um perguntar para outro fingir que está ouvindo.

No amor virtual, a linguagem é o corpo. Dar a linguagem é entregar o que se tem de mais valioso. É esquecer as roupas na corda para escutar a chuva. É recordar de memórias imprevistas como do tempo em que se ajudava à mãe a contornar com o garfo a massa do capeletti. Conversa-se da infância, dos fundos do pátio, do que ainda não se tinha noção, sem ficar ridículo ou catártico. Abre-se a guarda para olhares demorados nos próprios hábitos. A autocrítica se converte em humor; a compreensão, em cumplicidade. É uma distração para concentrar. Uma distração para dentro. Vive-se com mais clareza para contar e se narrar.

Amor virtual é conhecer primeiro a letra, para depois conhecer a voz. A letra é o quarto da voz.

By Fabrício Carpinejar, jornalista e escritor.

Escolhas de uma vida

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Escolhas de uma vida

A certa altura do filme “Crimes e Pecados”, o personagem interpretado por Woody Allen diz:

“Nós somos a soma das nossas decisões!”

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.

Desde pequenos aprendemos que, ao fazermos uma opção, estamos descartando outra e, de opção em opção, vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar “minha vida”.

Não é tarefa fácil!

No momento em que escolhemos ser médico, estamos abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. Se é a psicologia que se almeja, pouco tempo sobrará para fazer o curso de odontologia.

Não se pode ser tudo!

No amor é a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vai e vem de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar e, através do casamento, fundar uma microempresa, com direito à casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades. As duas opções tem seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços.

Escolha!

Morar em Londres ou numa chácara? Ter filhos ou não? Posar nua ou ralar atrás de um balcão? Correr de kart ou entrar para um convento? Fumar e beber até cair ou virar vegetariano e budista?

Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem disposto e não tê-los quando se está cansado, viver de poesia e dormir em hotel 5 estrelas. No way! Por isso é tão importante o autoconhecimento.

Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é.

Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido.

A estrada é longa e o tempo é curto!

By Pedro Bial.

Entusiasmo

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/04/2014 by Joe

Entusiasmo

No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado.

A pessoa entusiasmada é aquela que acredita em sua capacidade de transformar as coisas, de fazer com que elas deem certo.

Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.

E só há uma maneira de ser entusiasmado: é agir entusiasticamente!

Se esperarmos ter as condições ideais primeiro para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma. Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é justamente o contrário: o entusiasmo que traz o sucesso!

Há pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida!

Como vai seu entusiasmo pelo país, por sua empresa, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, pelo sucesso de seus amigos?

Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite: jamais sairá dessa situação!

É preciso acreditar em você. Acreditar na sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade.

Deixe de lado todo o negativismo. Deixe de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e, principalmente, entusiasmado com você.

Você verá a diferença!

Desconheço a autoria.

Fulminado Por Um Raio

Posted in Livros with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 02/09/2012 by Joe

Livro: Fulminado Por Um Raio
By Erik Larson
Editora Record

Em “Fulminado Por Um Raio”, Erik Larson narra as histórias de dois homens – Hawley Crippen, um assassino improvável, e Guglielmo Marconi, o obsessivo criador de um meio de comunicação aparentemen- te sobrenatural – cujas vidas se encontram durante uma das maiores perseguições de todos os tempos a criminosos.

Passado na Londres eduardiana e nas tempestuosas costas de Cornualha, Cape Cod e Nova Escócia, “Fulminado Por Um Raio” evoca o dinamismo de um período no qual grandes companhias de navegação competiam para construir os maiores e mais velozes transatlânticos, em que os avanços científicos estarreciam o mundo e em que os ricos superavam-se uns aos outros em demonstrações de ostentação.

É neste cenário que Marconi, a despeito dos obstáculos e de um impiedoso ceticismo, corre para aperfeiçoar sua incrível invenção: o telégrafo, instrumento primitivo que está nas origens do mundo tal como hoje o conhecemos. Enquanto isto, Crippen, “o mais gentil dos homens”, quase comete o crime perfeito.

Com uma apurada técnica narrativa, Erik Larson conduz essas duas histórias paralelas até seu ponto de interseção: um encontro repleto de suspense nas águas do Atlântico do Norte. Ao longo do percurso, fala de um caso de amor trágico e triste estampado na primeira página de jornais de todo o mundo, de um inspetor-chefe estranhamente solidário ao assassino e sua amante, e de um inventor cativante e compulsivo que transformou o modo como nos comunicamos.

“Fulminado Por Um Raio” apresenta o vibrante retrato de uma época obscura protagonizada por mágicos, inventores e detetives da Scotland Yard, quando o mundo caminhava inevitavelmente para a primeira grande guerra do século XX. Arrebatador desde a primeira página, e extremamente rico em detalhes, é uma esplêndida narrativa histórica, por um mestre do gênero.

By Joemir Rosa.

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