Quando eu era muito jovem, minha mãe me perguntou qual era a parte mais importante do corpo. Como eu achava que o som era muito importante, mandei:
– “Minhas orelhas, mãe”.
– “Não, meu filho. Muitas pessoas são surdas, mas continue pensando sobre o assunto”.
O tempo passou e ela me perguntou outra vez. Imaginando ter encontrado a resposta correta, respondi:
– “A visão é muito importante para todos; portanto deve ser nossos olhos”.
– “Aprendeu rápido, mas ainda não está correto, pois muitas pessoas são cegas”.
Mancada outra vez. Continuei a busca ao longo do tempo. Ela sempre perguntando e eu obtendo sempre a mesma resposta:
– “Não, mas você está ficando mais esperto, meu filho”.
Um dia, muito tempo depois, vovô morreu. Ficamos tristes. Papai chorou. Nunca o vira chorar. Mamãe olhou pra mim, e quando fui dar o adeus final ao vovô, ela me perguntou:
– “E então, meu filho, qual a parte do corpo mais importante?”
Chocado, achei que era apenas um jogo entre nós.
– “Esta pergunta é muito importante” – disse ela – “vai mostrar como você viveu realmente a sua vida. No passado, quando você estava errado, eu dava um exemplo que justificava, mas hoje é o dia que você necessita aprender esta importante lição”.
E, com lágrimas nos olhos, continuou:
– “A parte mais importante do seu corpo são seus ombros. Não porque sustentam sua cabeça, mas porque podem apoiar a cabeça de alguém quando chora. Todos precisam de um ombro pra chorar em algum momento da vida. Espero que você tenha bastante amor e amigos, e que tenha sempre um ombro para chorarem quando precisarem”.
As pessoas esquecerão do que você disse; as pessoas esquecerão do que você fez; mas as pessoas nunca esquecerão de como você as fez sentir.
Desconheço a autoria.