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A gardênia branca

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 23/10/2014 by Joe

A gardênia branca

Todos os anos, no dia do meu aniversário, desde que completei 12 anos, uma gardênia branca me era entregue anonimamente em casa.

Não havia nunca um cartão ou um bilhete e os telefonemas para o florista eram em vão, pois a compra era sempre feita em dinheiro vivo.

Depois de algum tempo, parei de tentar descobrir a identidade do remetente. Apenas me deleitava com a beleza e o perfume estonteante daquela única flor, mágica e perfeita, aninhada em camadas de papel de seda cor-de-rosa.

Mas nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente…

Alguns de meus momentos mais felizes eram passados sonhando acordada com alguém maravilhoso e excitante, mas tímido ou excêntrico demais para revelar sua identidade.

Durante a adolescência foi divertido especular que o remetente seria um garoto por quem eu estivesse apaixonada, ou mesmo alguém que eu não conhecia e que havia me notado.

Minha mãe frequentemente alimentava as minhas especulações. Ela me perguntava se havia alguém a quem eu tivesse feito uma gentileza especial e que poderia estar demonstrando anonimamente seu apreço. Fez com que eu lembrasse das vezes em que estava andando de bicicleta e nossa vizinha chegara com o carro cheio de compras e crianças.

Eu sempre a ajudava a descarregar o carro e cuidava que as crianças não corressem para a rua.

Ou talvez o misterioso remetente fosse o senhor que morava do outro lado da rua. No inverno, muitas vezes eu lhe levava sua correspondência para que ele não tivesse que se aventurar nos degraus escorregadios.

Minha mãe fez o que pode para estimular minha imaginação a respeito da gardênia. Ela queria que seus filhos fossem criativos. Também queria que nos sentíssemos amados e queridos, não apenas por ela, mas pelo mundo como um todo.

Quando eu estava com 17 anos, um rapaz partiu meu coração. Na noite em que me ligou pela última vez, chorei até pegar no sono. Quando acordei de manhã, havia uma mensagem escrita com batom vermelho no meu espelho:

“Alegre-se, quando semideuses se vão, os deuses vêm.”

Pensei a respeito daquela citação de Emerson durante muito tempo e a deixei onde minha mãe a havia escrito até meu coração sarar. Quando finalmente fui buscar o limpa-vidros, minha mãe soube que estava tudo bem novamente.

Mas houve certas feridas que minha mãe não pode curar.

Um mês antes de minha formatura no segundo grau, meu pai morreu subitamente, de enfarte. Meus sentimentos variavam de dor a abandono, medo, desconfiança e raiva avassaladora por meu pai estar perdendo alguns dos acontecimentos mais importantes da minha vida.

Perdi totalmente o interesse em minha formatura que se aproximava, na peça de teatro da turma dos formandos e no baile de formatura – eventos para os quais eu havia trabalhado e que esperava com ansiedade. Pensei até mesmo em entrar em uma faculdade local, ao invés de ir para outro Estado como havia planejado, pois me sentiria mais segura.

Minha mãe, em meio à sua própria dor, não queria de forma alguma que eu faltasse a nenhuma dessas coisas.

Um dia antes de meu pai morrer, eu e ela tínhamos ido comprar um vestido para o baile e havíamos encontrado um, espetacular – metros e metros de musselina estampada em vermelho, branco e azul. Ao experimentá-lo, me senti como Scarlett O’Hara em “E o Vento Levou…”. Mas não era do tamanho certo e, quando meu pai morreu no dia seguinte, esqueci totalmente o vestido.

Minha mãe, não.

Na véspera do baile, encontrei o vestido esperando por mim – no tamanho certo. Estava estendido majestosamente sobre o sofá da sala, apresentado para mim de maneira artística e amorosa.

Eu podia não me importar em ter um vestido novo, mas minha mãe se importava. Ela estava atenta à imagem que seus filhos tinham de si mesmos. Imbuiu-nos com uma sensação de mágica do mundo e nos deu a habilidade de ver a beleza mesmo em meio à adversidade.

Na verdade, minha mãe queria que seus filhos se vissem como a gardênia – graciosos, fortes, perfeitos, com uma aura de mágica e talvez um pouco de mistério.

Minha mãe morreu quando eu estava com 22 anos, apenas dez dias depois de meu casamento.

Esse foi o ano em que parei de receber gardênias!

Desconheço a autoria.

Pavê de frutas

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 16/11/2013 by Joe

Pavê de frutas

Já contei, em outras oportunidades, a origem deste delicioso doce, mas vou repetir de forma sucinta.

De origem francesa, este doce gelado montado em camadas agrada aos mais diversos paladares. Dizem que o seu nome vem de “piso” ou “pavimento”, porque o doce é montado em camadas, assim como na construção civil.

Tal qual as pizzas, não há quem não goste deste doce; pode até não gostar de algum ingrediente, mas aí é só trocar por outro e fica ótimo também.

E assim como as pizzas, todo mundo tem sua receita de família de um bom pavê. Confesso que conheço algumas receitas que levam até o nome de uma tia, da mãe ou da avó. E as formas de serem servidas também variam, podendo ser montadas em refratários, taças, ou mesmo fora de qualquer forma.

A receita de hoje é bem fácil e rápida de preparar, e não menos deliciosa também!

Pavê de frutas

Ingredientes

1 lata de leite condensado
1 litro de leite
4 colheres (sopa) de amido de milho
2 gemas
1/2 xícara (chá) castanha-do-pará picada
3 xícaras (chá) de frutas picadas (da época)
200 g de pão-de-ló pronto

Modo de preparo

Dissolva o amido de milho em meio copo de leite. Depois, em uma panela, misture o leite condensado, o leite, o amido de milho dissolvido e as gemas. Leve ao fogo e mexe sem parar até engrossar. Misture a castanha-do-pará e deixe esfriar.

Em um refratário, coloque alternadamente uma camada de creme, uma camada de pão-de-ló e mais uma de creme. Leva à geladeira e, na hora de servir, finalize com uma camada de frutas.

Dicas:

1. Em vez do pão-de-ló, pode-se usar aqueles bolos prontos com sabores variados.

2. E, para quem prefere uma receita mais tradicional, pode-se usar apenas morangos ou outra fruta preferida.

By Joemir Rosa.

Pavê de Nutella® com morangos

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , on 16/03/2013 by Joe

Pavê de Nutella e morangos

Como já comentei em receitas anteriores (Pavê de leite em pó, Pavês deliciosos, Pavê de morangos), o pavê é um delicioso doce de origem francesa, montado em camadas, cujo nome vem de “piso” ou “pavimento”.

Desta forma, é uma sobremesa que pode ser montada com os mais diversos ingredientes, de diversas formas, e servido em refratários, taças ou fora de qualquer forma.

E a receita de hoje é uma dessas variações, preparada com aquele delicioso creme de avelãs e cacau, e morangos picados! Muito fácil e rápido de preparar!!

Pavê de Nutella com morangos

Ingredientes

1 pote (200 gr) de Nutella®
1 lata de creme de leite sem soro
2 caixas de morangos
1 pacote de biscoito Champanhe
1/2 xícara (chá) de leite

Modo de preparo

Em uma tigela, bata muito bem a Nutella® e o creme de leite até formar um creme. Reserve.

Lave bem, seque e pique os morangos. Reserve.

Umedeça os biscoitos no leite.

Em taças individuais, ou em um refratário, alterne camadas do creme batido, biscoitos umedecidos e morangos. Leve para gelar.

Como os morangos são frutas mais sensíveis, a sobremesa deve ser consumida no mesmo dia.

By Joemir Rosa.

Pavê de leite em pó

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , on 18/08/2012 by Joe

De origem francesa, este doce gelado e montado em camadas agrada aos mais diversos paladares. Dizem que o seu nome vem de “piso” ou “pavimento” porque o doce é montado em camadas, assim como na construção civil.

Tal qual as pizzas, não há quem não goste deste doce; pode até não gostar de algum ingrediente, mas aí é só trocar por outro e tudo fica bem.

E assim como as pizzas também, todo mundo tem sua receita de família de um bom pavê. Confesso que conheço algumas receitas que levam até o nome de uma tia, da mãe ou da avó. E as formas de serem servidas também variam, podendo ser montadas em refratários, taças, ou mesmo fora de qualquer forma.

A única coisa que não combina com o pavê é aquela velha frase infame que sempre alguém diz na hora de servir: “é pavê ou pacomê?”

Bom … vamos a uma receita deliciosa que, aposto, muita gente vai gostar.

Pavê de leite em pó

Ingredientes

1/2 xícara (chá) de leite
2 xícaras (chá) de leite em pó
1/2 xícara (chá) de açúcar
3/4 de xícara (chá) de sumo de limão
1 lata de creme de leite sem soro, gelado (reserve o soro)
1 colher (sopa) de raspas de casca de limão
1 pacote de biscoitos de coco
200 g de bolinhas de chocolate branco e preto, misturadas

Modo de preparo

No liquidificador, bata o leite, o leite em pó, o açúcar e o sumo de limão. Misture o creme de leite e as raspas de casca de limão. Leve à geladeira por 30 minutos.

Utilize o soro do creme de leite para umedecer os biscoitos.

Na hora de montar, alterne, em um refratário ou em taças, camadas de biscoitos umedecidos, camada de bolinhas de chocolate e camadas do creme gelado. Por último, decore com mais bolinhas de chocolate.

Sugestão: você pode também usar outros biscoitos de sua preferência ou sobras de bolo.

By Joemir Rosa.

Pavê de leite em pó

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , on 04/12/2010 by Joe

contei aqui a origem do pavê, em uma outra receita, há algum tempo! Vou repetir rapidamente a história e postar uma receita diferente, que considero deliciosa!

De origem francesa, o pavê é um doce gelado, montado em camadas, que agrada aos mais diversos paladares.

Dizem que o seu nome vem de ‘piso’ ou ‘pavimento’ porque o doce é montado em camadas, assim como na construção civil. Tal qual as pizzas, não há quem não goste desse doce; pode até não gostar de algum ingrediente, mas aí é só trocar por outro e tudo fica bem.

Assim como as pizzas também, todo mundo tem sua receita de família de um bom pavê. Confesso que conheço algumas receitas que levam até o nome de uma tia, da mãe ou da avó. E as formas de serem servidas também variam, podendo ser montadas em refratários, taças, ou mesmo fora de qualquer forma.

A única coisa que não combina com o pavê é aquela velha frase infame que sempre alguém diz na hora de servir: “é pavê ou pacomê?” ….

Bom … vamos a uma receita deliciosa que, aposto, muita gente vai gostar.

Pavê de leite em pó

Ingredientes

1/2 xícara (chá) de leite
2 xícaras (chá) de leite em pó
1/2 xícara (chá) de açúcar
3/4 de xícara (chá) de sumo de limão
1 lata de creme de leite sem soro, gelado (reserve o soro)
1 colher (sopa) de raspas de casca de limão
1 pacote de biscoitos de coco
200 g de bolinhas de chocolate branco e preto

Modo de preparo

No liquidificador, bata o leite, o leite em pó, o açúcar e o sumo de limão. Misture o creme de leite e as raspas de casca de limão. Leve à geladeira por 30 minutos. Utilize o soro do creme de leite para umedecer os biscoitos.

Na hora de montar alterne, em um refratário ou em taças, camadas de biscoitos umedecidos, camada de bolinhas de chocolate e camadas do creme de leite em pó. Por último, decore com mais bolinhas de chocolate.

Dica: você pode também usar outros biscoitos de sua preferência ou sobras de bolo.

By Joe.

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