Arquivo para Austrália

Os iguais se atraem

Posted in Inspiração with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 22/05/2013 by Joe

Iguais se atraem

Uma das grandes estratégias para o sucesso é agir como se você já estivesse onde quer estar. Isso significa pensar, falar, vestir-se e comportar-se como alguém que já alcançou a sua meta.

Agindo assim você envia comandos poderosos para o subconsciente e ele trata de encontrar caminhos criativos para ser bem-sucedido em sua missão.

A primeira vez que percebi esse fenômeno foi no banco onde eu trabalhava. Entre todos os funcionários, notei que um deles usava terno e gravata, enquanto o restante usava apenas camisa e gravata. Um ano mais tarde ele foi promovido. Dois anos depois passou a ser responsável pela seção de empréstimos e logo se tornou gerente de filial.

Nesse dia conversei com ele a respeito de sua carreira e ele me disse que sempre soube que seria gerente. Tinha estudado a maneira como os gerentes se vestiam e como tratavam as pessoas, passou a se vestir e se comportar da mesma forma. Ou seja, passou a agir como se fosse gerente de filial muito antes de se tornar um deles.

Quando decidi investir em uma carreira de conferencista internacional, no final dos anos 1970, tratei de deixar meu passaporte atualizado, comprei um relógio que mostrava o horário de todas as zonas em que o mundo está dividido, mandei fazer cartões de visita como consultor internacional e, finalmente, decidi que a Austrália seria o primeiro lugar no mundo que gostaria de visitar.

Colei na porta da geladeira um pôster da Ópera de Sidney e de um sinal de transito mostrando a passagem de cangurus; todas as manhãs, eu tomava o café olhando para o pôster e me imaginava na Austrália. Em menos de um ano fui convidado para coordenar seminários em Sidney e em Brisbane. Ou seja, o universo conspirou a meu favor – a poderosa lei da atração em ação.

A lei da atração diz que os iguais se atraem. Quanto mais você vibrar – mental e emocionalmente – por algo, ou por alguém, mais rápido você atrai o que deseja.

Desconheço a autoria.

Bond

Posted in Música with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 11/11/2012 by Joe

Bond é um quarteto australiano/inglês formado por quatro garotas que tocam “classical crossover music” (mistura de gêneros).

Elas têm sido consideradas como o melhor quarteto de cordas de todos os tempos, com vendas recordes de álbuns por todo o mundo.

O quarteto é composto por Haylie Ecker (primeiro violino, nascida em Perth, Austrália), Eos Chater (segundo violino, nascida em Cardiff, no País de Gales), Tania Davis (Viola, de Sydney) e Gay-Yee Westerhoff (violoncelo, de Hull, Inglaterra).

O seu álbum de estréia, “Born”, foi considerado no Reino Unido um clássico gráfico, aparentemente devido à sua “música pop”. Em pouco tempo passou para a 1ª posição em 21 diferentes países de todo o mundo.

“Shine”, o seu segundo álbum, ganhou Disco de Ouro em seis países.

“Remixed”, que veio em seguida, é caracterizado por remixes de seus dois primeiros trabalhos, trazendo três novas músicas.

Seu terceiro álbum-estúdio, “Classified” foi um lançamento bem popular e bem sucedido. Ganhou o disco duplo de platina na Austrália.

“Explosive: The Best Of Bond”, o seu mais recente lançamento, é um “The Best of” da coleção que inclui, ainda, três canções inéditas.

Em tempos de “classical crossover” (mistura de gêneros de música clássica), Bond causou muita controvérsia no mundo da música quando, seu primeiro trabalho, as meninas trouxeram uma nova roupagem aos clássicos. Sexies, glamurosas, provocativas, elas quebraram todos os paradigmas daquela visão tradicional que a música clássica envolvia.

Em uma semana de lançamento do seu primeiro trabalho, elas foram classificadas como “não clássicas o suficiente”! Os críticos mais contumazes chegaram a dizer que elas não tocam quase nada em suas apresentações e que a maioria dos arranjos são pré-gravados. As meninas admitiram que alguns arranjos são, sim, pré-gravados para que o clima de espetáculo seja possível em apresentações ao vivo!

Melhor que tentar descrevê-las é assistir aos videos desse quarteto fantástico! Hoje eu trago apenas dois de seus mais bem produzidos videos, a peça “Inverno”, de Vivaldi e “Victory” com Andre Rieu. No YouTube vocês poderão encontrar muitos outros!

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By Joemir Rosa.

Australian meat pie

Posted in Receitas with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 25/08/2012 by Joe

A “meat pie”, ou “torta de carne”, é considerada um ícone na Austrália e na Nova Zelândia.

A origem da torta de carne é um pouco obscura, com muitos países reivindicando sua criação. Acredita-se que as primeiras versões tenham sido feitas na Grécia Antiga. Eram as chamadas “artocreas“, uma simples massa, na qual se colocava carne cozida.

Os antigos romanos deram um passo adiante, com uma massa inferior e outra superior.

Os franceses acreditam que a torta é o seu bolinho recheado, um prato quase exclusivo da nobreza.

As tortas de carne faziam parte da cozinha inglesa desde os tempos medievais, quando a massa moldada era recheada de carne cozida.

Quase todos os países do mundo têm a sua própria versão da torta de carne. No Brasil temos os empadões, em Chipre tem bourekias e na Polônia tem pierogis.

As primeiras tortas eram preparadas com uma mistura de farinha e água. No entanto, a massa nem sempre era destinada a comer, mas simplesmente um recipiente para molhos e demais alimentos. Mais tarde, o óleo foi adicionado à mistura, para torná-la mais macia, flexível e melhorar seu sabor.

Os primeiros colonizadores levaram a torta para a Austrália que, imediatamente, ganhou popularidade devido à sua base e ingredientes.

A massa recheada com carne e molho estava disponível em Sydney em meados da década de 1800, muitas vezes vendida como um pequeno lanche em restaurantes em hotéis.

Nos anos seguintes as tortas começaram a ser vendidas em carrinhos parados perto de locais de entretenimento ou onde havia grandes grupos reunidos. Uma visão comum nas ruas de Sydney e Melbourne era a de um homem vendendo tortas quentes em uma grande caixa de lata, mantida aquecida em um fogão de carvão de pequeno porte.

Atualmente os australianos consomem mais de meio bilhão de tortas a cada ano, uma media de 12 por habitante. Na Nova Zelândia o consumo anual é de 15 tortas por habitante.

Uma torta de carne da Austrália ou da Nova Zelândia tem o tamanho de uma mão e é normalmente consumida como um lanche ou como comida para levar. A carne bovina é ainda o sabor mais popular, embora haja crescente demanda por mais sabores, como as de legumes e de queijo. As tortas vegetarianas podem ainda conter proteína de soja e cogumelos.

Uma torta de carne típica australiana tem massa grossa no fundo e fina na tampa, recheio de carne bovina macia picada, cozida e preparada com molho. Depois de assada acrescenta-se molho de tomate ou ketchup por cima e se come segurando com a mão.

Vamos à receita, que é muito fácil de se preparar e muito saborosa!

Australian meat pie

Ingredientes

Massa

2 xícaras de farinha de trigo
175 g de manteiga amolecida
1 pitada de sal marinho
1 ovo caipira batido
água à temperatura ambiente, conforme o necessário.

Recheio

500 g de carne bovina, macia e magra, picadinha
2 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 xícara de polpa de tomate
3 colheres de sopa de molho inglês
1/2 xícara de água
Sal marinho a gosto
pimenta vermelha a gosto

Modo de preparo

Massa

Peneire a farinha e junte com o sal em uma tigela, misture bem e adicione a manteiga (o ideal é deixá-la em temperatura ambiente para que fique amolecida). Esfregue a mistura suavemente entre os dedos, até a massa se assemelhar à uma farinha de rosca. Adicione uma pequena quantidade de água e misture bem. Não adicione água demais, pois a massa deve ter consistência macia, não grudenta. Caso adicione muita água, acerte o ponto colocando um pouco mais de farinha.

Despeje a mistura sobre uma superfície enfarinhada e amasse delicadamente até ficar homogênea. Embrulhe-a em filme plástico e deixe descansar na geladeira por 30 minutos. Enquanto isso, prepare o recheio.

Recheio

Aqueça o óleo em uma frigideira média. Adicione a carne picada e o sal, mexendo com uma colher de pau até dourar.

Polvilhe a farinha sobre a carne e cozinhe por mais um minuto. Adicione a polpa de tomate, o molho inglês, a pimenta picadinha e a água. Deixe ferver, reduza o fogo para médio, mexendo ocasionalmente para evitar que a carne grude no fundo da panela. Cozinhe por cerca de 10 minutos, ou até que o molho fique espesso. Retire do fogo e deixe esfriar completamente.

Montagem

Pré-aqueça o forno a 200 °C. Corte a massa em duas partes, sendo uma menor que a outra. Em uma superfície enfarinhada, usando um rolo, abra a massa maior com uma espessura não muito fina, que não se rompa ao adicionar o molho. Corte em discos usando um prato como guia. Forre os fundos e laterais de formas de empadas grandes.

Adicione o recheio, evitando o derramamento nas bordas. Umedeça as bordas das tortas com água.

Pegue a parte menor da massa e abra um pouco mais fina. Corte em discos e cubra as formas. Pressione as bordas e corte o excesso de massa com uma faca afiada. Frise as bordas usando as pontas de um garfo. Faça cortes em forma de uma pequena cruz no centro de cada tampa e pincele com ovo batido.

Asse as tortas por 10 minutos, reduza a temperatura do forno para 180 °C e asse por mais 20 minutos, ou até que a massa esteja dourada. Desenforme e sirva passando um pouco de molho tomate (preparado separadamente), no topo de cada torta. Caso prefira, sirva com ketchup.

By Joemir Rosa.

Conselhos de avó

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 15/03/2012 by Joe

Quando eu for bem velhinha espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer à minha neta:

– “Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar”.

E, assim, dizer, apontando o indicador para o alto:

– “O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a carne mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.

Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.

Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e à Austrália.

Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de envelhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito…”

Tenha uma vida rica de vida. Vai que o carteiro ganha na loteria – tudo é possível, e o futuro é imprevisível.

Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.

E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque,  sim, as pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.

Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza que, com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia, pinte, desenhe, escreva. E, por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, faça-o por mim.

Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza a nosso favor e uma das formas mais raras de amor.

Não cultive as mágoas – porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?”

Desconheço o autor.

Por que os países são diferentes?

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 06/07/2011 by Joe

Investigações demonstram que a diferença entre os países pobres e os ricos não é a idade. Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que tem mais de 2.000 anos e ainda são muito pobres.

Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que apenas 150 anos atrás eram desconhecidos, hoje são países desenvolvidos e ricos. A diferença entre países pobres e ricos tampouco está nos recursos naturais disponíveis.

O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. Este país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria-prima de todo o mundo e exportando produtos manufaturados.

Outro exemplo é a Suíça, que não produz cacau, mas  tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, produz laticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que oferece uma imagem de segurança, ordem e trabalho, transformando-o no caixa-forte do mundo.

Executivos de países ricos que se relacionam com países pobres evidenciam que não existe diferença intelectual realmente significativa. A raça, a cor da pele tampouco são importantes: imigrantes qualificados como preguiçosos em seus países de origem são a força produtiva de países europeus ricos.

Onde está, então, a diferença?

A diferença é a atitude das pessoas, moldada no decorrer dos anos pela educação e pela cultura.

Ao analisar a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:

1. A ética, como princípio básico.
2. A integridade.
3. A responsabilidade.
4. O respeito às leis.
5. O respeito pelos direitos dos demais cidadãos.
6. O amor pelo trabalho.
7. O esforço para economizar e investir.
8. O desejo de superar.
9. A pontualidade.

Nos países pobres apenas uma minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária.

Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Somos pobres porque nos falta atitude. Nos falta vontade para cumprir e assumir esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

Somos assim por querer tomar vantajem sobre tudo e todos.

Somos assim por ver algo que está mal e dizer: “deixa como está”!

Devemos ter atitudes e memória viva. Só assim mudaremos o Brasil de hoje!

Provavelmente você é uma dessas pessoas que faz a diferença e luta para mudar nossa sociedade corrupta e sem princípios. Mas não esqueça que ainda existem muitos necessitando entender que a falta de princípios é a raiz da miséria.

Os pensamentos geram atitudes.
Atitudes geram hábitos.
Hábitos geram um estilo de vida.
Estilo de vida é o reflexo do caráter.
O caráter de um povo é o reflexo daquilo que ele pensa.
E seus representantes no governo, por isto, não pensam diferente.

Nós somos o que pensamos e não o que pensamos que somos.

By Jorcelangelo L. Conti.

Free hugs (Abraços grátis)

Posted in Videos with tags , , , , , , , , , , , , , , , , on 17/04/2011 by Joe

A “Free Hugs Campaign” (Campanha dos Abraços Grátis) é um movimento social que envolve pessoas oferecendo abraços para estranhos em locais públicos. A campanha começou em 2004 com um homem australiano conhecido pelo pseudônimo “Juan Mann” em Sydney, Austrália.

O movimento se tornou internacionalmente famoso em 2006 por causa do videoclip no YouTube da banda australiana Sick Puppies. Até hoje o vídeo é um dos mais vistos no site, tendo sido assisistido mais de 65 milhões de vezes. Os abraços são um exemplo de um ato de bondade e humanitário executado por alguém cujo objetivo é apenas fazer as pessoas se sentirem melhores.

Juann Mann criou a campanha cujo objetivo era abraçar pessoas em Pitt Street Mall, uma rua de Sydney, apenas para alegrá-las e incentivá-las a fazer o mesmo com outros. Depois de um tempo, guardas, a polícia e o conselho da cidade o impediram de continuar. Mann e seus amigos conseguiram uma petição que juntou 10 mil assinaturas e acabou conseguindo permissão para continuar distribuindo abraços de graça.

A campanha ficou famosa no mundo inteiro graças a um vídeo no YouTube, que é um dos mais vistos do site. Hoje a campanha é repetida em inúmeras cidades do mundo, mostrando como o ser humano pode ser estranho: alguns rejeitam (talvez por medo, insegurança, vergonha) e outro se entregam de corpo e alma aos abraços, coração com coração!

Veja, abaixo, um desses momentos, realizados em Sondrio, Itália! (Como sempre acontece com vídeos oficiais, clique para ver no YouTube).

Fonte: Wikipedia.

By Joe.

Conselhos de avó

Posted in Reflexão with tags , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , on 07/06/2010 by Joe

Quando eu for bem velhinha espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer à minha neta:

– “Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado. Tenho umas coisas pra te contar”.

E assim, dizer, apontando o indicador para o alto:

– “O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte. Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

– É preciso coragem para ser feliz. Seja valente. Siga sempre seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.

Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.

Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim. Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.

Cuide bem dos seus dentes. Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro. Não corra o risco de envelhecer dizendo “ah, se eu tivesse feito…”

Tenha uma vida rica de vida. Vai que o carteiro ganha na loteria – tudo é possível, e o futuro é imprevisível.

Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela. Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.

E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque  sim, as pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.

Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status. A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza que, com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.

Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação. Leia. Pinte, desenhe, escreva. E por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.

Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.

Cultive os amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.

Não cultive as mágoas – porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.

Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: como vai você?”

Autoria desconhecida.

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