Aprenda as regras como um profissional para que, assim, você possa quebrá-las como um artista.
By Pablo Picasso.
Aprenda as regras como um profissional para que, assim, você possa quebrá-las como um artista.
By Pablo Picasso.
Gaston é um homem bonito que atrai quase todas as garotas de sua aldeia. Apenas uma não se sente fascinada por ele: Bela, que vê muito além das aparências. Bela vive a procura de algo maior e acredita que “deve existir algo além do que uma vida sem emoção”. Nesta aventura ela descobre os livros.
Desde que assisti ao musical “A Bela e a Fera” comecei a fazer uma sondagem nas plateias das palestras e convenções de aprendizado que participo. A primeira pergunta que lanço é muito subjetiva: quem tem o hábito de ler com frequência? Sem o compromisso da precisão matemática, posso afirmar que menos de um quarto da plateia levanta a mão. Começo, então, a dialogar com aqueles que levantaram a mão. A maioria, que diz ter o hábito da leitura, lê com frequência jornais e revistas. São poucos os que leem livros.
Indo mais a fundo no questionamento, dirijo a pergunta para aqueles que disseram que leem livros. A pergunta desta vez é: vocês leem muitos livros? Em plateias com mais de 200 pessoas, pode-se contar nos dedos quantos são aqueles que dizem sim. Mas o questionamento derradeiro ainda está por vir: o que são muitos livros? Quantos livros são lidos em um ano? A resposta é surpreendente: quem lê muito, lê entre quatro a oito livros por ano!
Pare para pensar e faça você também a estatística com as pessoas que você convive. São leitores contumazes ou engrossam as estatísticas da inanição intelectual?
Para alguns, os livros não passam de objetos de decoração e se prestam para “dar peso ao ambiente”. Neste processo de coisificação do livro, pouco importa o conteúdo: os livros são adquiridos por metro e a seleção se dá pela capa e pela lombada; quanto maior e mais colorido, melhor. A aparência de velhos e manuseados reforçam a ideia de cultura sólida e conhecimento de berço.
Pessoas inanimadas leem muito pouco e, portanto, evoluem pouco na carreira e na vida. Uma coisa está diretamente ligada à outra. Sem conhecimento as pessoas não brilham. Apagadas, passam a vida nas trevas sem serem percebidas. Um profissional que não lê é um profissional que limita seu conhecimento sistêmico e, consequentemente, tem poucas perspectivas.
Outras pessoas, porém, consideram os livros “alimentos para o cérebro”. Da mesma forma que um veículo, para se movimentar, precisa de combustível; nosso corpo, para se manter ativo, precisa de alimento; a nossa mente, por sua vez, para se manter atualizada, precisa de conhecimento. Os livros cumprem este papel como boa alternativa de informação e pesquisa.
Uma pessoa que lê é uma fonte inesgotável de criatividade, pois quando a informação se transforma em conhecimento, a visão do todo se amplia. Ler um livro é como escalar uma montanha, subir no topo e dali ver o mundo de um novo ângulo, um ângulo superior e sistêmico.
A leitura de livros tem um custo-benefício extremamente vantajoso. Não é preciso empatar muito tempo, e tampouco muito capital, em algo que pode se transformar em um importante diferencial, capaz de impulsionar o sucesso em qualquer carreira. A leitura areja a mente, nutre as ideias e faz brotar o talento de cada um. Se realmente somos os nossos conhecimentos, a informação que ingerimos molda nossa personalidade e contribui na formulação de nossas ideias.
Aquilo que escolhemos para ler e o que resolvemos deixar de lado são, portanto, decisões críticas que tomamos. Qual a utilidade dos detalhes dolorosos de um crime? E a roupa usada por um artista famoso? E a briga entre torcidas após um clássico de futebol? O excesso de informações inúteis funciona como um hipnotismo que aciona o piloto automático e faz com que a pessoa viva na repetição, adormecida e com baixo senso crítico.
O lixo cultural invadiu nossa vida e a informação útil compete em desvantagem com a poluição mental; assim, tudo que absorvemos torna-se parte de nós. Assim, quem está em evolução constante está a cada dia ampliando seu próprio dicionário de mundo.
O mal da humanidade tem nome: inanição intelectual, ou, se preferir, simplesmente ignorância. O tempo é você que faz. Invente um futuro cheio de possibilidades. Vá além de apenas ler bons livros. Comece degustando, depois saboreie e, por fim, devore-os. E bom apetite!
By Silvio Bugelli, consultor, conferencista e educador empresarial. Formado em Administração de Empresas com pós-graduação pela FGV.
Há uma lenda referente à pintura da Santa Ceia, ou “Última Ceia de Jesus com seus Apóstolos”.
Ao conceber este quadro, Leonardo da Vinci deparou-se com uma grande dificuldade: precisava pintar o bem – na imagem de Jesus, e o mal – na figura de Judas, o amigo que resolvera traí-lo durante o jantar.
Interrompeu o trabalho no meio, até que conseguisse encontrar os modelos ideais.
Certo dia, enquanto assistia a um coral, viu em um dos rapazes a imagem perfeita de Cristo. Convidou-o para o seu ateliê e reproduziu seus traços em estudos e esboços.
Passaram-se três anos.
A “Última Ceia” estava quase pronta, mas Da Vinci ainda não havia encontrado o modelo ideal de Judas. O cardeal, responsável pela igreja, começou a pressioná-lo, exigindo que terminasse logo o mural.
Depois de muitos dias procurando, o pintor finalmente encontrou um jovem prematuramente envelhecido, bêbado, esfarrapado, atirado na sarjeta. Imediatamente, pediu aos seus assistentes que o levassem até a igreja.
Da Vinci copiava as linhas da impiedade, do pecado, do egoísmo, tão bem delineadas na face do mendigo que mal conseguia parar em pé.
Quando terminou, o jovem – já um pouco refeito da bebedeira – abriu os olhos e notou a pintura à sua frente. E disse, numa mistura de espanto e tristeza:
– “Eu já vi esse quadro antes!”
– “Quando?” – perguntou, surpreso, Da Vinci.
– “Há três anos atrás, antes de eu perder tudo o que tinha, numa época em que eu cantava num coro, tinha uma vida cheia de sonhos e o artista me convidou para posar como modelo para a face de Jesus”!
O bem e o mal têm a mesma face; tudo depende apenas da época em que cruzam o caminho de cada ser humano.
Desconheço a autoria.
Os cinco sentidos são, a um tempo, seres da “caixa de ferramentas” e seres da “caixa de brinquedos”. Como ferramentas, os sentidos nos fazem conhecer o mundo. A cor vermelha no semáforo diz que é preciso parar o carro. O som da buzina chama a minha atenção para um carro que se aproxima. O cheiro estranho na cozinha me adverte de que o gás está aberto. Como brinquedos, os cinco sentidos me informam que o mundo está cheio de beleza. Eles são órgãos sexuais: com eles fazemos amor com o mundo. Dão-nos prazer e alegria!
Os cinco sentidos, para realizarem suas funções de poder e prazer, exigem a presença do objeto a ser conhecido ou a ser amado. Para sentir a beleza de um ipê florido é preciso que haja ipês floridos – como agora. Em julho os ipês rosa, em agosto os ipês amarelos, em setembro os ipês brancos. Já até sugeri que um músico compusesse uma sinfonia em três movimentos dedicada aos ipês.
Para se sentir a beleza triste do canto de um sabiá é preciso que haja um sabiá cantando. Para se sentir o perfume de um jasmim é preciso que haja um jasmim florido. Para se sentir o gosto bom de uma laranja é preciso que haja uma laranja. E para se sentir a delícia de um beijo é preciso que haja uma boca que me beije! Os cinco sentidos só fazem amor com coisas existentes, no presente. Eles vivem no “aqui” e no “agora”.
Mas há um sexto sentido dotado de propriedades mágicas, um sentido que nos permite fazer amor com coisas que não existem: esse sentido se chama “pensamento”.
Digo que o pensamento é um sentido mágico porque ele tem o poder de chamar à existência coisas que não existem e de tratar as coisas que existem como se não existissem. E é dele que surge a grandeza dos seres humanos. O pensamento nos dá asas, ele nos transforma em pássaros!
“Mas que realidade têm as coisas que não existem?”, poderão perguntar os filósofos. Aí serão os poetas que darão respostas aos filósofos. “Que seria de nós sem o socorro das coisas que não existem?”, perguntava Paul Valery. E Manoel da Barros acrescentaria: “As coisas que não existem são mais bonitas!”. Leonardo da Vinci pensava e desenhava máquinas que não existiam e que só poderiam existir num futuro distante. Mas que alegria aquelas entidades não existentes lhe davam! Por isso ele as guardava como segredos perigosos que, se conhecidos, poderiam levá-lo à Inquisição. Mas o prazer valia o risco!
Beethoven estava completamente surdo. No seu mundo os sons não existiam. Mas do silêncio dos sons que não existiam ele fez surgir, no seu pensamento, a Nona Sinfonia, que canta a alegria da vida.
Faz uns meses resolvi reler o livro “Cem Anos de Solidão”, do Gabriel Garcia Marques. Que amontoado de não-existentes! Invencionices de alguém que trata o existente como se não existisse. Pensei, de brincadeira, que ele deveria estar bêbado quando escreveu o livro, tantos são os absurdos maravilhosos que ele constrói. Uns tolos disseram que aquele livro era uma parábola sobre a América Latina. Ou seja, disseram que o livro falava sobre uma coisa que existia: o realismo fantástico de Gabriel Garcia Marques, depois de passar pelo crivo da hermenêutica, nada mais seria que uma crônica histórica disfarçada. Nada mais longe da verdade.
O livro “Cem Anos de Solidão” só existe no espaço imaginário do que não existe. E, apesar de saber que aquilo que estava escrito era mentira, que nunca acontecera porque era impossível que acontecesse, eu ri, sofri, vivi. Meu corpo fez amor com o inexistente. O que não existe nos faz viver. Não vivemos só de pão. Somos comedores de palavras. E as palavras operam em nós estranhas transformações. Quantas pessoas eu degolei com minha espada de samurai ao ler “Shogun”!
Que extraordinário exercício de alienação é a literatura! Mergulhados num livro, a realidade que nos cerca deixa de existir. Estamos inteiramente no mundo do pensamento. Se Marx estava certo ao afirmar que “o homem é o mundo do homem” então, na literatura, tornamo-nos criaturas dos muitos mundos da fantasia. Tornamo-nos personagens de uma estória inventada, “atores” de teatro.
Todo artista é um fingidor. Todo leitor tem de ser um fingidor. Fingir, brincar de fazer de contas, tratar as coisas que são como se não fossem e as coisas que não são como se fossem! É dessa loucura que surgem as mais belas criações da arte e da ciência.
Por isso eu me daria por feliz se a educação fizesse apenas isso: introduzir os alunos no mundo mágico do pensamento tal como ele acontece na literatura. Quem experimentou a magia do pensamento uma única vez não se esquece jamais!
By Rubem Alves.
Han-Na Chang está despontando como uma das mais brilhantes maestrinas da sua geração, já tendo estabelecido uma carreira internacional de sucesso também como celista desde que obteve o primeiro lugar e o prêmio de música contemporânea na Quinta Competição Rostropovich Internacional de Cello em Paris em 1994, com apenas 11 anos de idade.
Nascida na Coreia do Sul em 23 de Dezembro de 1982, Han-Na começou a estudar piano aos três anos de idade e celo a partir dos seis anos. Em 1993 sua família mudou-se para os Estados Unidos, onde ela se matriculou na Juilliard School. Logo em seguida, ela começou a ter aulas com o grande professor Mischa Maisky, em Siena, Itália.
Em 1995, ela fez sua estreia tocando Variations on a Rococo Theme de Tchaikovsky e Concerto nº 1 de Camille Saint-Saëns para Celo com o próprio Rostropovich regendo a Orquestra Sinfônica de Londres!
Com sua habilidade e profundo senso de interpretação, Han-Na nos mostra um talento maravilhoso tanto como celista como regente, colocando-a em destaque e uma das mais respeitadas artistas multi-facetadas.
Desde 2007, dedica a maior parte do seu tempo à regência, onde se tornou diretora musical da Orquesta Filarmônica do Catar e principal regente convidada da Orquestra Sinfônica Trondheim, ambas funções logo após o início de suas performances frente as orquestras!
Entre as mais recentes e futuras performances, estão incluídas a Staatskapelle Dresden; Orquestra Sinfônica WDR de Colônia, Alemanha; Orquestra Sinfônica de Bamberger; Sinfônica de Gothenburg; Sinfônica de Seattle, EUA; a Orquestra Real Filarmônica de Liverpool; a Grosses Orchester Graz; a Orquestra do Teatro de San Carlo di Napoli, e as Orquestras Sinfônicas de Singapura, Tokyo e de Tivoli.
Em seu próprio país, a Coreia do Sul, Han-Na ministra música clássica tanto para adultos como para crianças.
O video abaixo nos mostra um pouco do seu talento ímpar!
By Joemir Rosa.
Quantas vezes você tentou lembrar o nome de uma músca, o artista que cantava e só sabia um trechinho dela, mesmo que fosse só a melodia. Frustrante, não?
Mas agora seus problemas acabaram!
Chegou Midomi, um aplicativo que reconhece a música que está sendo cantada, murmurada ou assobiada, e traz os resultados que se encontram em sua base de dados na Internet, com as várias versões gravadas.
O legal do programa é que ele possui um filtro para reconhecer idiomas específicos e uma lista imensa de palavras-chaves. O melhor de tudo é que você não precisa saber cantar afinado. Basta saber um trecho da canção que procura e o aplicativo faz o resto. Mesmo quando você canta muito baixo ou com dicção ruim, ele mostra uma lista com músicas que tenham qualquer palavra identificada.
Claro que nem tudo é perfeito e pode falhar algumas vezes, trazendo resultados um tanto diferentes dos que você está procurando. Portanto, tente cantar, murmurar ou assobiar o mais próximo possível da melodia.
O banco de dados do Midomi só é tão grande porque ele usa conteúdo enviado por usuários do site. A biblioteca do aplicativo desafinou feio quando a tarefa foi encontrar músicas brasileiras. Isso mostra que não tem muita gente do Brasil na comunidade. Portanto, se quiser encontrar muito mais da nossa música brasileira, vale a pena registrar-se no site e gravar suas músicas preferidas.
Acesse www.midomi.com e encontre aquela canção que você queria lembrar, com seu artista preferido! É tudo grátis! E com versão para a língua portuguesa!
No próprio site você encontra mais informações sobre o sistema. Basta clicar em Como funciona? e ler as instruções.
O site ainda apresenta muitas informações sobre novos artistas, videos, fotos, lançamentos e links para adquirir músicas no site da Amazon.
Ah, e o aplicativo tem versão para iPhone e Android também.
Divirtam-se!!!
By Joe.