A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas.
Talvez sempre tenham sido e sempre serão. Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos.
E, talvez, a cada vez tenhamos sido forçados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que este adeus é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá.
Às vezes, dar adeus é a maneira mais sábia de se encontrar. Dar adeus a tudo que te desperta sentimentos, pensamentos ou atitudes pequenas, mesquinhas, deixe que vá.
Mesmo que doa, mesmo que à primeira vista pareça superficial e até ingrato. Deixe que vá.
Traz junto de ti unicamente o que podes suportar, o que não obscurece teu olhar e nem limita teu voo.
Persistir no arrastar de correntes é uma prova de desamor próprio. É peso desnecessário, não deve ser nem levado e nem compartilhado.
“Crônica de uma morte anunciada” poderia ser o título deste post. Parece que, de certa forma, todos sabíamos qual o final que aguardava Amy Winehouse. Fácil dizer isso agora, diriam uns …
Mas a vida que a cantora levava, regada à drogas, álcool e relacionamentos complicados, só poderia acabar do jeito que recebemos a triste notícia deste último sábado.
Uma pena para quem gosta de boa música, pois Amy era dona de uma voz poderosa em uma mulher que parecia muito frágil. Voz comparável à das grandes divas do jazz, como Sarah Vaughn, Macy Gray e outras grandes intérpretes.
Bom … acho que tudo que pudesse ser dito e sentido sobre Amy Winehouse já aconteceu nestas últimas vinte e quatro horas…
Então, melhor que dizer o óbvio é ver e ouvir uma das mais lindas interpretações dessa fantástica cantora, que vai nos deixar muita saudades. A letra de “Back to Black” (Volta ao Luto) é triste (como quase todas que Amy compunha) e fala de um amor que se foi, de um adeus, e de um luto. Como o que estamos sentindo agora …
Amy se foi, mas sua voz será eterna! Descanse em paz, Amy …