Fardos inúteis
Conta uma lenda que dois monges que atravessavam uma área deserta quando diante de um rio violento, avistaram uma linda jovem que tentava atravessá-lo sem sucesso.
Um dos monges, não sem dificuldades, atravessou o rio e, colocando a mulher em suas costas, conseguiu atravessar o rio em segurança.
A jovem abraçou-o agradecida, comovida com o seu gesto e seguiu seu caminho…
Retomando a jornada, o outro monge que assistira a tudo calado, repreendeu o amigo, falando do contato carnal que houvera com aquela jovem, da tentação de ter aquele contato mais direto com o corpo da mulher, o que era proibido pelas suas leis. E durante um bom trecho do caminho, esse monge falou sobre a mulher e sobre o pecado cometido, até que, aquele que ajudou a jovem na travessia falou:
– “Querido amigo, eu atravessei o rio com a jovem e lá eu a deixei, mas você ainda continua carregando-a em seus pensamentos…”
Assim, todos sabem que não carregamos fardos maiores que aqueles que podemos suportar e muitos dos nossos fardos já poderiam estar abandonados em outras curvas da vida, mas nós insistimos em carregá-los. Levamos nossas dores e frustrações ao extremo.
Dramatizamos demais, elevamos ao cubo cada dor, cada ofensa, cada contrariedade e, por isso, não conseguimos relaxar, perdoar ou mesmo ser felizes, pois o peso que vamos acumulando em nossas costas são demais para qualquer ser humano.
Então, convido-o a algumas reflexões:
– “Quais são os fardos que você continua carregando e que já não estão mais com você?”
– “Qual é a dor que você anda revivendo e fazendo com que velhas feridas voltem a sangrar?”
– “Por que você não consegue perdoar quem lhe magoou?”
– “Quantas oportunidades você anda deixando para trás por estar amarrado ao passado?”
Desarme-se dos velhos pensamentos, do espírito de revolta, da tristeza.
Hoje é dia de desmontar o velho acampamento do comodismo e seguir adiante na longa jornada que a vida apresenta.
Quanto mais leve a sua mochila, mais fácil a subida rumo à felicidade…
By Paulo Roberto Gaefke.
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